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Discos Voadores, Propulsão e Relatividade

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Resolva o problema de propulsão dos OVNIs e terá aberto ao homem todo o universo. Aqui está uma teoria que pode explicá-la.

Nos últimos anos temos sido visitados por um grande número de aeronaves estrangeiras. Na realidade, provavelmente estas visitas têm estado ocorrendo por um longo tempo, talvez pelo que chamamos de períodos de tempo geológicos. Entretanto, em 1947 ou um pouco antes, o número destas visitas se elevou muito. Desde 1947 um grande número de pessoas, em todo o mundo, tem visto os famosos discos voadores, ou objetos voadores não identificados (OVNIs) .

Durante os últimos anos os observadores têm notado a realização por parte destas naves de manobras acrobáticas de natureza assombrosa.

Aparentemente, a maioria dos discos não depende de qualquer sistema de propulsão familiar aos nossos conhecimentos científicos ou, pelo menos, aos conhecimentos científicos de até recentemente. Somente muito poucos têm sido observados com hélices e alguns com motores de reação ou de jato puro e muitos não dispõem nem mesmo destes. Na verdade, o disco voador típico flutua sobre a terra, sem meios visíveis de apoio, e então acelera a velocidades indescritíveis para alguma outra parte do globo.

A falta de qualquer sistema de propulsão conhecido capaz de tais efeitos tem levado muitas pessoas a imaginar que os donos dos discos voadores foram capazes de dominar a física gravitacional. O sistema de propulsão usado deve, de alguma maneira, aplicar o que é popularmente conhecido como antigravidade. Há dificilmente qualquer maneira, pelo menos tanto quanto os leigos e os especialistas possam ver, em que a sua capacidade de permanecer acima da terra, sem jatos nem hélices, nem dispositivos extensos de sustentação, possa ser explicada.

Entretanto, um enigma adicional, ainda que estritamente relacionado, é o da movimentação típica do disco. Pois tanto a gravidade quanto a inércia parecem ter sido conquistadas também. Muitas narrativas — algumas aparentemente autênticas falam de OVNIs aparecendo subitamente nos céus, vindos não se sabe de onde, e depois desaparecendo no que parece um instante. A menos que algum truque ótico esteja envolvido, os discos devem ser capazes de acelerações verdadeiramente extraordinárias. Relato típico sobre disco, como aparece nos jornais locais através do mundo, é do objeto visto cruzando a velocidade de umas poucas centenas de quilômetros por hora e então, subitamente, desaparecer a uma velocidade que parece ser de milhares de quilômetros por hora.

Além destas acelerações lineares extraordinárias, os discos parecem superar a inércia de outras maneiras. Parecem fazer ângulos retos perfeitos a velocidades elevadíssimas, sem resultados desastrosos à sua estrutura ou à sua tripulação — se é que esta existe. Pelo menos dois de meus amigos me disseram terem visto discos voadores que se moviam no céu a altíssima velocidade fazerem curvas em ângulo reto, instantaneamente.

Ainda um outro truque — eles aparecem capazes de se movimentar através da atmosfera a velocidades e em níveis de densidade do ar claramente incompatíveis com qualquer tecnologia do conhecimento público. Quando um objeto se move através do ar, a fricção das moléculas em atrito com a sua superfície faz com que o material se aqueça. Nos nossos interceptores a jato muito rápidos, são necessários sistemas de esfriamento. Sabemos todos como os meteoros penetrando na atmosfera e o nariz dos cones dos mísseis que reentram na atmosfera terrestre se aquecem a tal ponto que, em muitos casos, se desintegram ou se queimam completamente. Todavia, movimentando-se a velocidades comparáveis e em atmosfera mais densa, os OVNIs não parecem mostrar tais efeitos. Na verdade, aparece freqüentemente alguma luminosidade em volta deles — especialmente à noite — e ocasionalmente aparecem rastros de fumaça, mas a máquina propriamente dita parece sobreviver. Para os especialistas em mísseis isto é muito curioso.

Em todas estas manobras fica em jogo o nosso entendimento das inflexíveis leis da inércia, que governam o nosso mundo. Newton foi o primeiro a formulá-las claramente no seu princípio duplo de que um objeto em repouso tende a permanecer em repouso a menos que uma força lhe seja aplicada, e se uma força lhe é aplicada o objeto tende a se movimentar na direção da força aplicada e proporcionalmente a ela. Estas leis da inércia de Newton são ainda a base de muitos dos pontos de vista científicos do mundo. Entretanto, de acordo com estas leis combinadas às das forças de atração molecular da matéria, que são igualmente fixas na natureza — ou pelo menos assim o pensamos — torna-se muito difícil explicar o comportamento dos discos.

Quando os discos voadores aceleram da velocidade zero a muitos milhares de quilômetros por hora, em uns poucos segundos, por que será que sua maquinaria interna não fica toda quebrada e todos os membros de sua tripulação achatados?

Qualquer um que tenha feito uma curva a uma velocidade demasiado elevada sabe da tendência persistente do seu veículo em continuar na direção original em que vinha, contrariando a resistência dos pneus e do mecanismo de direção.

Da mesma maneira, quando um disco voador faz uma curva repentina, viajando a muitos milhares de quilômetros por hora, por que as moléculas ou cristais da sua estrutura metálica não se partem — devido à grande tensão imposta pelas leis da inércia?

E, finalmente, quando os discos disparam através da atmosfera, por que as moléculas desta se atritando contra o disco não fazem com que o aquecimento da fricção queime eventualmente o objeto?

São estes desempenhos notáveis que têm levado muitas pessoas a acreditar que os discos não são reais. Objetos materiais não podem se comportar desta maneira! Os discos devem ser luzes que se movimentam, ilusões de ótica, miragens, padrões de difração devidas às lentes formadas na atmosfera, ou, ainda para outros, fantasmas ou espíritos.

O Chefe do Serviço Secreto da Força Aérea advertiu vivamente, depois das grandes visões observadas no Aeroporto de Washington, há alguns anos, que a Força Aérea não tinha qualquer coisa com energia infinita e sem massa. Qualquer pessoa que conheça física não-relativística acredita que seria impossível para qualquer massa ponderável se comportar como os OVNIs o fazem. Todavia, a discussão desta dificuldade parece muito real, na verdade.

Pois os discos existem! Eles têm sido fotografados! Aparecem nas imagens do radar! De perto parecem muito com naves feitas de metal ou de material transparente como o plexiglas. Pondo de lado os seus truques fora do comum, parecem ter todas as características de objetos de material denso, que foram projetados, fabricados, manufaturados ou seja lá o que for.

Se os discos são veículos sólidos e reais devemos proceder a uma revisão de nossas idéias sobre a natureza, a um ou dois respeitos. Ou devemos concluir que o nosso conhecimento das leis que mantém unidos os átomos e moléculas é incompleto ou devemos revolucionar nossos conceitos sobre a inércia.

Caso ambas as alternativas estejam além do alcance da ciência moderna, não haverá razão para preferir uma em lugar da outra.

Entretanto, há de fato uma maneira perfeitamente boa de explicar os discos dentro da teoria física moderna. Para fazê-lo, todavia, devemos passar às alturas abstratas da física, em particular à Teoria Geral da Relatividade, de Albert Einstein. Entretanto, antes de ficarmos demasiado assustados, deixem-nos dizer que a Teoria Geral não é tão complexa e intrincada como algumas pessoas pensam. Sua fama de difícil vem do fato de que, para percebê-la, é necessário apreciar sob um novo conceito a maneira em que sentimos o mundo.

O conceito da inércia, de Newton, nos diz que um objeto permanece em repouso a menos que alguma força lhe seja aplicada e, quando isto ocorre o objeto se desloca de acordo com esta força. Newton tinha idéias algo confusas do porquê da existência da inércia. Num determinado ponto, no seu Principia, ela é quase parte inerente da matéria. Noutro ponto, as forças centrífugas ou inerciais vêm de alguma coisa chamada espaço absoluto. A persistência da matéria no seu estado, de acordo com Newton, vem de sua relação a um mundo absoluto de espaço, mais definitivo do que qualquer sistema material que possamos conceber.

Esta noção de Newton jamais foi satisfatória e, no final do século XIX, o filósofo e físico austríaco, Ernest Mach, dedicou suas críticas a ela. Mach, a quem todos conhecem pelos seus números Mach em aerodinâmica, foi também um precursor do Círculo de Viena, que desenvolveu o positivismo lógico. Para ele, qualquer coisa além da nossa capacidade de observação — como o espaço absoluto — era irreal. Daí ter ele proposto que a inércia fosse uma referência a toda a matéria do universo. Por toda a matéria do universo ele quis significar todas as estrelas fixas, ou nos dias de hoje, todas as galáxias, pois sabemos que o cosmos é constituído de um vasto número de estrelas reunidas num vasto número de galáxias. Para Mach, um objeto sujeito às leis da inércia o era em relação a todas as estrelas, ou, como diríamos hoje, a todas as nebulosas.

Entretanto, o princípio de Mach, como Einstein o chamou, apresentava uma dificuldade. Não fornecia qualquer ligação física entre as estrelas e o sistema inercial. Mach apenas substituiu o universo pelo espaço absoluto de Newton, como um sistema de coordenadas no qual os objetos existiam e se movimentavam. Ele não nos proporcionou qualquer esclarecimento adicional que nos mostrasse o que é a inércia, ou por que funciona do modo que o faz.

Talvez devêssemos dizer que ele adiantou muito pouco para nós, mas muito para Albert Einstein. Em 1916, Einstein propôs a Teoria  Geral  da Relatividade. Na realidade era uma teoria da gravitação universal e da inércia.  Einstein reduziu as duas forças à mesma coisa e expressou isto no seu famoso Princípio da Equivalência:   forças gravitacional e inercial são indistinguíveis e iguais.

Sua ilustração deste princípio é um homem num elevador, nas profundezas do espaço. O homem está afastado de qualquer objeto grande. Se o elevador se movimentar uniformemente em qualquer velocidade constante, desde as muito pequenas até as muito grandes, o homem parecerá quase sem peso. Não sentirá qualquer peso ou força de gravidade. Entretanto, se o elevador se acelerar, se for puxado por um cabo cósmico, no sentido da altura do homem, a uma velocidade que vá se acelerando, começará a sentir como se a gravidade estivesse agindo sobre ele. Quando for alcançada uma certa velocidade, equivalente nas medidas terrestres, a 9,75 metros por segundo, o homem imaginará que está de volta na Terra e que está submetido às forças da gravidade exatamente como  estava antes de deixar a Terra. Realmente, como é natural, não o está. Sua impressão errônea é meramente o resultado da inércia e da aceleração do elevador. Não há gravitação, ou deveríamos dizer mais corretamente, não há objeto grande na sua vizinhança. Assim, Einstein ilustrou o fato de que a inércia e a gravidade têm exatamente os mesmos efeitos sobre o observador e não podem ser distinguíveis na base de observações locais.

Ele foi mais além. Buscou explicar a gravidade e a inércia nos mesmos termos físicos. Enquanto o peso dos objetos sobre um grande corpo celestial como a Terra é causado pela atração gravitacional da última, o comportamento inercial do objeto é explicado pela atração gravitacional de toda a matéria, em todos os lugares.

Para usar uma analogia simples, o cachimbo sobre a mesa a minha frente permanece onde está principalmente porque todas as estrelas e nebulosas do cosmos o estão puxando, e o puxam em todas as direções imagináveis. É como se milhões e milhões de pequenos arames estivessem ligados ao cachimbo simetricamente, a toda a sua volta, e o estivessem puxando igualmente, ao mesmo tempo, em cada direção. Da mesma maneira, se atiro meu lápis através da sala ele segue numa linha reta (a parte da gravidade da Terra) porque está sendo puxado em ângulos retos a direção do seu vôo pela totalidade da matéria do universo, de todas as estrelas ou nebulosas. Assim, a inércia do mundo familiar é realmente gravitação, mas não a gravitação de cada partícula do universo; é o efeito da soma do empuxo, puxada, ou campo, dependendo de como se considere o mecanismo, todavia ilusório da gravitação.

Mas, se perguntará, como nos ajudará isto a explicar como os discos voam?

Se os donos dos discos tiverem sido capazes de inventar um meio revolucionário de antigravidade, como por exemplo uma rede eletromagnética que colocassem em torno de suas naves, isto quereria dizer que, da mesma maneira como a gravidade da terra é dominada, a inércia gravitacional de todo o resto do universo também o será. Se a gravitação, ou ultrapartículas, ou campos que respondem pela gravitação da Terra forem barrados, o efeito gravitacional do resto do universo será também evitado. Assim, os discos, com a sua rede antigravitacional, serão capazes de voar sobre a Terra e de ignorar também as leis da inércia. Eles estarão literalmente flutuando  dentro  de um pequeno envelope,  onde nem a gravidade nem a inércia terão qualquer influência. Se as criaturas que constituírem e tripulam os discos dominaram a gravidade, terão,  de acordo com Einstein, sobrepujado também a inércia.

A chave para as coisas bem estranhas que acabo de dizer é pensar como um átomo, ou uma molécula, ou um grupo delas que constituem um objeto, se comportará se a influência inercial não puder alcançá-lo. O cachimbo sobre a minha mesa voará através do quarto, agora, ao mais leve toque do meu dedo. Da mesma maneira, se agora atirar meu lápis através da sala, a brisa mais leve o levará em ângulo reto em direção ao outro lado. Em outras palavras, podemos presumir que os átomos e a matéria se tornarão quase totalmente independentes do seu ambiente, numa área livre  da inércia.  Podem  se movimentar em uma direção tão facilmente quanto em outra. Não têm tendência a permanecer numa predeterminada e rígida posição que a inércia normalmente conservaria; podem voar em qualquer direção a que as impedir a força mais leve.

Penso que isto explica como os discos podem acelerar de zero a milhares de quilômetros por hora e se desacelerarem na mesma razão, como podem empreender as dramáticas manobras relatadas. Uma vez que uma força, de qualquer tipo, os impulsione numa direção diferente da de sua linha de deslocamento, não há tendência para que os seus átomos e moléculas continuem se movimentando na direção primitiva. Assim, não há tensões sobre as estruturas das naves e as forças de atração molecular do seu material não são rompidas.

Também os seus ocupantes, se podem viver em tal mundo sem inércia, não são achatados de nenhuma maneira e nem mesmo perturbados pelos giros da superestrutura que lhes fica à volta. Presumivelmente, podem sentar lendo um livro sem tomar conhecimento de que seu aparelho estava realmente fazendo as acrobacias mais notáveis.

O conceito da rede antiinercial e antigravitacional pode também explicar por que os discos não se queimam quando atravessam a atmosfera a altíssimas velocidades. Considere a molécula ou átomo de um gás como batendo com força contra outros átomos na atmosfera, sujeito às leis de inércia, como qualquer coisa é, mas não ocasionando muito dano ou perturbação em virtude de sua pequena massa; um disco passa velozmente e a molécula passa para dentro da rede antigravitacional. Subitamente esta pequena molécula de ar fica completamente livre! Ela já não tem energia cinética; pode bater em qualquer coisa sem causar a mais leve fricção. Em outras palavras, ela entra na rede como um projétil mas bate no disco como uma pluma.

Entretanto, quando o disco continua velozmente, esta molécula de ar sai atrás da rede num estado muito agitado. Está de novo num mundo inercial e começa a bater fortemente em outras moléculas também muito agitadas. Seus pequeninos e diminutos impulsos são aumentados como resultado da fricção que não era antes possível e isto causa uma libertação de energia — a luminosidade vista à volta dos discos, especialmente à noite.

Chegados a este ponto talvez devêssemos proceder a uma revisão do que foi dito e do que não o foi.

Num sentido explicamos como os discos voam, mas não como é gerada a rede antigravitacional e antiinercial. Algumas vezes os discos voadores sob observação durante o dia, através de vidros polaróides, bem como algumas de suas fotografias, exibem um tipo de halo ou coroa a sua volta. Naturalmente, isto bem pode ser um indício físico da rede ou tela. Entretanto, o modo pelo qual é produzido é ainda um mistério, pelo menos para este escritor. É quase certo que, de alguma maneira, o campo envolve eletricidade e magnetismo, pois os efeitos de ambos têm sido notados em conexão com os discos voadores. Ê também provável que a energia nuclear seja usada na geração do processo porque aumentos nos níveis de radioatividade têm acompanhado os vôos dos OVNIs. Todavia, nada sabemos a respeito do mecanismo exato que produz a rede. As pesquisas nesta área são altamente sigilosas. A potência terrestre que primeiro desenvolver esta tecnologia terá uma vantagem militar imensa. Tornará não somente os aviões mas também os mísseis balísticos obsoletos.

Consideremos o que o domínio pelo homem da gravidade e da inércia pode significar para sua vida na Terra e seu progresso no espaço — se outras raças permitirem que faça algum. Em primeiro lugar, aqui embaixo na Terra, o controle da gravidade e da inércia pode bem transformar muito do nosso sistema econômico.

Podemos pensar imediatamente em aviões livres da gravidade com a vantagem adicional de serem capazes de controlar a inércia, que governa (e embaraça) tanto as nossas vidas.

Se a inércia puder ser controlada, uma criança de cinco anos de idade poderá embalar um elefante sobre seus joelhos; o trabalho do mundo poderá ser feito com quantidades diminutas de energia — dependendo, naturalmente, de quanto seja necessário para produzir a tela ou rede antigravitacional e inercial.

Poderemos ser capazes de mover montanhas com apenas a quantidade de energia necessária para iluminar uma casa. Todo o fenômeno da fricção pode ficar dentro da nossa capacidade de manipulá-lo; composições de estrada de ferro serão capazes de deslizar pelos trilhos, cobertas com uma rede antiinercial, movidos por motores com somente uma fração de cavalo.

A idéia de vôos livres da inércia abre possibilidades interessantes para as viagens pelo espaço. Com vôos livres da inércia, o espaço já não será uma barreira para viagens dentro do sistema solar!

Alguns astrônomos e físicos, chamando a atenção para as enormes quantidades de energia necessárias para acelerar até mesmo uma carga útil diminuta a velocidades próximas à da luz, de modo a fazer a viagem até as estrelas mais próximas dentro de um período razoável de tempo, têm mantido o ponto de vista de que a única comunicação que a humanidade jamais poderá ter com a vida inteligente, em qualquer outro lugar, é pelo rádio.

As distâncias entre as estrelas são medidas em anos-luz e somente um limitado número de estrelas está dentro da equivalência de 90 anos-luz. Assim, a necessidade de se aproximar da velocidade ótica em viagens interestelares torna-se óbvia. Todavia, mesmo ao aproximar-se dela, sob as velhas leis da inércia, é um assunto difícil, que alguns cientistas acreditam ser impossível.

O Dr. Frank Drake ilustra o problema calculando que para levar a Enciclopédia Britânica ao nosso vizinho estelar mais próximo seria necessário um foguete tão grande que o seu jato de arrancada queimaria todo o Estado da Flórida.

Outros cientistas, naturalmente, acreditam que as viagens interestelares sejam possíveis, mesmo sob as limitações de um mundo inercial. O grande físico alemão, Professor Singer, uma vez propôs um veículo interestelar capaz de varrer os átomos de hidrogênio do espaço, recolhendo-os numa rede gigantesca e convertendo-os em combustível durante a viagem.

Entretanto, se formos capazes de desenvolver uma rede antigravitacional e antiinercial poderemos nos aproximar da velocidade ótica com a necessidade de muito pouca energia.

Pode também significar que espécies mais elevadas, que há muito descobriram esta técnica, têm viajado entre as estrelas com regularidade. Por sua vez, isto aumentaria a verossimilhança de que o nosso sistema solar seja visitado por raças de outras estrelas.

por Raymond Bernard


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