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Sagrado Feminino Vampirismo e Licantropia

As Rainhas Dragão

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Lord A .’. (RedeVamp)
Excerto do livro Mistérios Vampyricos

Existe um relato intitulado “As Rainhas Dragão” que fala sobre os mitos de origem da Transilvânia, o qual descobri ainda na década passada, escrito pelo pesquisador David Wilson – mais conhecido como Awo Falokun Fatunmbi, um oraculista especializado no “Ifa” dos africanos. O artigo foi escrito como uma revelação recebida da parte de seus parentes, originários de Arad na Transilvânia, e que tinham o sobrenome Fenyes, cujo significado é “portador da luz”, mais ou menos como o “cohen” hebreu – tal sobrenome pode indicar uma função ritual nas respectivas culturas citadas. Logo no começo do artigo, somos apresentados ao avô Carlos Fenyes, advogado da família Habsburg, e seu filho Adelbert (Adelburt), que era médico da mesma família nos tempos que antecederam a Primeira Guerra Mundial – este também foi embaixador austríaco no Egito. Para quem não conhece os Hapsburg, eles foram a última família que ocupou o trono do Sacro Império Romano-Germanico; alegavam descendência de Cristo, bem como lhes era atribuída a posse da lança de Longinus, a qual inclusive teria perfurado o peito do Messias crucificado e tornava invencível quem a detivesse, tanto que na Segunda Guerra o próprio Hitler não sossegou até consegui-la. A lança também pertence aos mistérios do Graal e tem muita história – sua aparição mais recente foi na trama do filme Constantine, com Keanu Reeves.

Segundo consta, o título de Sagrado Imperador doado à tal família Hapsburg pela Igreja Católica comprou o silêncio deles em sua peculiar história familiar. Particularmente, dado o tom germânico, eu pensaria em Balder como ancestral totêmico e deus sacrificado, mas isso não importa. Segundo o próprio autor, ele detém provas externas acumuladas ao longo de quatro décadas de pesquisa e acredita que a história como nos é ensinada nas escolas, condicionada por interesses de controle político e filtrada pelo academismo e o pensar moderno, e bastante diferente daquilo que realmente aconteceu – e isso tem a ver com a posse de uma tecnologia espiritual que deveria ser um presente para todos e jamais monopolizada em benefício de poucos. E tudo isso pode ser encontrado na história da própria Transilvânia.

Historiadores dizem que a linguagem escrita começou na Europa há quase 5 mil anos; na Transilvânia, há amostras encontradas em sítios arqueológicos que datam de 10 mil anos atrás – estranho intervalo que parece ser ignorado pelos acadêmicos por romper a conformidade de suas ideias. Na mesma região, também foi encontrado um mapa de porcelana com características topográficas exatas. O mapa é impossível de ser datado, mas itens que estavam enterrados juntamente ao mapa foram datados como tendo 20 mil anos de idade. Então, no tempo em que os europeus supostamente estariam fabricando ferramentas toscas de pedra, também estariam forjando mapas em ajuste exato de escala. Alguma coisa está faltando aí, pois o mito da Criação da Transilvânia diz que um caçador seguia um antílope do norte da África até a região das montanhas do que agora é a Roménia.

Segundo David Wilson, existem evidências de que essa região era uma colônia de mineração do antigo Egito. Os egípcios sabiam, compreendiam e usavam os segredos da alquimia como base para o processamento do metal e a transformação do espírito humano. A história acadêmica tende a dispensar a noção da alquimia como uma ciência real, e a matéria recebe pouco estudo sério nos tempos de hoje. Alquimia, da palavra alkemit ou Ala kemit, significa “luz da terra de kemit” ou “luz da terra negra”. A terra do Egito ao longo do Rio de Nilo é rica em platina. Por um processo de fundição, os egípcios conseguiam extrair irídio da platina e, para Wilson, tal elemento assumia importante caráter sagrado nos ritos iniciáticos – permitindo que os adeptos pudessem ver Deus em um arbusto ardente, ou seja, ver através dos véus e realizar jornadas em duplo etéreo.

Na Transilvânia, os segredos da alquimia e desses mistérios eram guardados pelas misteriosas “Rainhas Dragão”, assim como no Egito – um curioso sacerdócio que se mistura com os dragonistas (escrevia assim há quase 20 anos, mas hoje prefiro draconiano) nesse estranho artigo. Suas origens jazem no imaginário atribuído aos “vigias” e “anjos caídos”, para os místicos, e nas estrelas cadentes e meteoritos, para os míticos.

Aparentemente, houve um dilúvio universal que teria exterminado tais sacerdotisas ou quem sabe uma raça com sangue de dragão. Mas aquelas que moravam na Transilvânia conseguiram escapar para as regiões que atualmente pertencem ao Iraque e ao Egito, conforme é narrado no próprio mito da criação da Transilvânia.

Todo mito de criação tende a ser etnocêntrico e especulativo. Em todo caso, a tradição das Rainhas Dragão existia nas regiões montanhosas da Romênia, na antiga cultura acadiana da Suméria e no começo das dinastias egípcias.

Bárbara von Cilli

David também aponta que o escopo de influência dessas mulheres abrangeu o sul da Europa, o norte da África e porções do Oriente Médio, que possuíam uma cultura única, composta de uma confederação solta de Cidades-Estados. Essa cultura recebeu nomes diferentes por historiadores pronomes que refletem a influência do deslocamento de poder entre Cidades-Estados mas falham na precisão da apreciação espiritual comum, ligações científicas e culturais que sustentaram o desenvolvimento desta região. As Rainhas Dragão eram responsáveis pela consagração ritual de reis na Bacia Mediterrânea. Elas possuíam templos no atual Iêmen, no oeste da Nigéria e no sul da França.

Antigamente um rei não podia reinar a menos que fosse ungido pelas Rainhas Dragão, o processo de unção era feito com uma mistura de gordura de crocodilo e sangue menstrual. As Rainhas Dragão tinham abundância de certos hormônios, que podiam ser usados para abrir o terceiro olho, dando ao rei ungido o dom da clarividência. A habilidade de se produzirem os hormônios necessários era considerada genética, então para ser uma Rainha Dragão era necessário também ser filha de uma Rainha Dragão.

Essas mulheres tinham poder de veto efetivo sobre aquele que iria reinar e, como consequência, a tradição desenvolvida fez com que as Rainhas Dragão se tornassem a primeira esposa do rei e, para proteger sua herança genética, elas se casariam com seus irmãos. Esta é a origem do termo sangue azul. Para manter o terceiro olho aberto, os reis ungidos precisavam ingerir regularmente um ritual preparado de sangue menstrual das Rainhas Dragão, assim eles fariam parte do tribunal real.

No Oriente Médio, as Rainhas Dragão viviam em comunidades chamadas Haréns, mas não eram as rameiras descritas na literatura ocidental. A tradição de beber sangue menstrual era chamada “fogo da estrela”, e tal cerimônia foi denegrida pela Igreja Católica pelas histórias de vampiros.

As Rainhas Dragão não eram mordidas por regentes demoníacos; elas preparavam suas poções com carinho e gostavam de beneficiar a comunidade. Acreditava-se que se o rei estivesse alinhado com seu mais alto self como resultado de contato com outras dimensões, ele reinaria em benefício do povo para manter-se alinhado com o plano original da Criação. Em outras palavras, a vida era feita para o benefício de todos. As Rainhas Dragão também eram as guardiãs do mistério da alquimia. A arte ancestral da alquimia foi tanto usada para transformar o metal quanto como medicina para iniciação. A alquimia é essencialmente o aquecimento da platina para fazer irídio.

Na Bíblia o “irídio” é chamado “maná”, que significa “o que é?”. O irídio ou mana era ingerido como parte de um processo ritual. O iniciado jejuava por 30 dias e ingeria mana por dez dias. No fim do processo, o iniciado era descrito como aquele que podia ver Deus em um arbusto em chamas. Essa iniciação é descrita no Livro do Gênesis, quando Moisés recebe os Dez Mandamentos. O processamento do “maná” exige fornos que geram grande calor, e as Rainhas Dragão podiam abrir portais interdimensionais para criar uma chama azul usada para fazer o “mana”. Essa chama tinha um tremendo calor, mas não queimava a carne humana, era chamada de “a chama eterna” e, uma vez acesa, não se apagava. O processo para fazer tal chama é descrito na literatura alquímica como a linguagem dos pássaros. Quando um portal interdimensional é criado vem a relampejar como um flash de câmera, e este lampejo é simbolicamente descrito como um espírito de pássaro. As Rainhas Dragão tiveram vários nomes que dependiam da cultura e região em que elas atuavam.

Esses nomes incluíam Isis, Hator, Maria e Sheba (como a Rainha de Sabá). Acredito que tenha existido um Jesus histórico, mas sua vida não possui uma precisão refletida na Bíblia. “Messias” quer dizer o “Ungido”, e esta é a palavra hebraica usada para descrever as iniciações das Rainhas Dragão.

Na cultura judaica, as Rainhas Dragão eram chamadas de “Maria”. Então, Jesus foi iniciado por Maria, sua mãe, e por Maria Madalena, sua irmã e esposa. Se olharmos para as tumbas dos faraós egípcios, notaremos que seus órgãos internos eram colocados em jarros separados. As Rainhas Dragão usavam esses órgãos como parte do processo de unção. A alquimia do “mana” é tal que, se você ingerir um órgão interno de alguém que faleceu, absorverá suas memórias e experiências de vida. Esta era a base para a crença de que os reis eram divinos. Eles literalmente recebiam a experiência coletiva de todos os seus predecessores. Por essa razão, o corpo de um rei ungido era importante para a instalação do próximo rei.

Alguns filmes e romances vampirescos até hoje trazem releituras dessa curiosa ideia ligada à antropofagia ritualística de certas culturas – incluindo algumas previamente mencionadas em outras páginas, tais como Schytes (Cítas) e os Getae.

Conforme anunciei é, sem dúvida alguma, um artigo que explora a mitologia e a história de forma audaciosa, embora duvido de que haja acadêmicos dispostos a fundamentá-lo ou oferecer algum detalhamento sobre os muitos tópicos lá presentes.

Reproduzi apenas a parte mais convergente para nosso estudo e com o tema deste livro. Mas aqueles que encontrarem o artigo na íntegra observarão apontamentos do autor que demonstram como o Império Romano decidiu criar imperadores sem a dependência das Rainhas Dragão o que os levou às suas políticas de extermínio ao longo do Crescente Fértil e da região da Galileia, para assegurar que nenhum novo rei ungido surgisse naquela região.

O autor também acredita que o corpo de Jesus foi removido da região e levado para o sul da França, para evitar que este caísse nas mãos romanas, o segredo da atual posse do corpo inclusive é guardado pela família do autor, no caso o David Wilson. Ele também explica que a história europeia é pautada no conflito entre os que regiam por iniciação obtida com as Rainhas Dragão e aqueles que regiam sob as bênçãos do papa que comandava a nova regra divina – sua aceitação levou um milênio e meio de confrontos e programas de extermínio em massa daqueles que estiveram reunidos com as “Rainhas Dragão”. Todas as cruzadas e mesmo a caça inquisitorial às bruxas teriam sido os tentáculos desse plano para assegurar o extermínio de todas as Rainhas Dragão e suas descendências.

Mas elas sobreviveram, mesmo que poucas, e seu alcance era longo, Wilson acredita que os Templários e algumas Ordens Monásticas ou de Cavalaria tenham sido criações veladas delas para preservar descendentes e recuperar artigos importantes do seu culto.

Eleanor de Aquitania

Gosto de pensar que talvez algumas rainhas, como Eleanor de Aquitânia (velada criadora do romance de cavalaria e por extensão do tantra ocidental incluso nessas obras) tivesse sido uma delas. Bem como muitas outras damas que vestiram o manto azul de Nossa Senhora e foram patronas de muitas dessas ordens; sincretismo é sempre uma ferramenta curiosa ao lançarmos nossos olhares rumo ao passado. Sábias dragonistas, hábeis em sua invisível arte, jamais se deixariam pegar fácil e certamente estariam por detrás dos meandros do poder. O que não me deixa esquecer de Bárbara von Cilli e até mesmo Elizabeth e Zsofia, da Famila Bathory, ao menos próximo do contexto vampírico que exploramos neste livro.

Como atribuir elementos míticos e místicos às chamadas Catedrais Góticas é tema recorrente no ocultismo, e próprio David Wilson aponta que elas foram construídas para guardar os segredos dessa alquimia das Rainhas Dragão e que sua grande Deusa era Ísis, velada nos subsolos como uma Madona Negra, onde povos nômades da Transilvânia secretamente iam rezar em suas rotas de peregrinação pelo mundo.

A beleza e a importância do culto das Madonas Negras bem como sua expressão da força maior são exploradas no blog Cosmovisão Vampyrica, em, www.redevamp.com.

Infelizmente, os Templários foram destruídos, como bem sabemos, e seu legado e sabedoria tomados pelos membros ávidos de poder do clero e da monarquia não iniciada nos mistérios das “Rainhas Dragão” e acabaram sendo desvirtuados em muitos lugares. O sacrifício de garotas virgens (e que ainda não houvessem menstruado) atos de pedofilia acabaram sendo algumas das práticas erróneas e criminosas mais comuns associadas com esse contexto.

As acusações de nobres beberem o sangue de terceiros – comum da parte dos protestantes para com algumas famílias no Leste Europeu – podiam ser verdadeiras, talvez fossem apenas propaganda política para intimidar adversários ou, ainda, quem sabe, tentativas posteriores dos descendentes do “Sangue do Dragão” tentando recuperar fundamentos que apenas sentiam o potencial para obter, mas que agora estavam fragmentados ou não acessíveis.

Em todo caso, o artigo de David Wilson se encerra com o autor em tom pesaroso pelo descaso dos administradores do museu criado por seu avô na velha mansão Fenyen em Pasadena, Califórnia, para com a rica história de sua família, que tem no brasão a imagem do Dragão Alado, das antigas Rainhas Dragão.

Um fato relevante é que no transcorrer dos séculos tanto a Igreja Católica romana, como a Reforma e o Protestantismo, e mais recentemente o partido comunista fizeram o possível para denegrir e destruir a herança pré-cristã da Transilvânia. Há uma perene influência ou sincronicidade com a cultura dos dragões da Suméria através dos Cárpatos.

O próprio David Wilson aponta em uma das postagens do seu blog que atualmente existem mais de 26 famílias que carregam o dragão vivendo na região. Vale observar que dragões e povos serpentes intervindo e interagindo com humanos existem em diversas eras e culturas – mais recentemente esses mitos são explicados como os anunnaki e outros alienígenas reptilianos na linguagem moderna – será que eles passaram por Marte antes de chegarem aqui?

Particularmente prefiro o tom conotativo dos mitos e ritos mais antigos.

Um epílogo ao Morte Súbita

Lord A:. em 31.05.2022

Meu livro Mistérios Vampyricos foi pesquisado e redigido entre os anos de 2003-2012 e publicado em agosto de 2014 como sabem. Ainda hoje o lançamento dele no stand da Madras Editora na Bienal do livro, em São Paulo, foi uma marca indelével – lembramos até o sabor do vinho chileno da festa. A obra foi bem sucedida. Reencontrar este trecho do livro em 2022 (quase uma década depois da minha última revisão) é como achar uma garrafa selada com uma mensagem dentro a beira mar. Agradeço ao Thiago Tamosauskas por reviver este trecho aqui no Morte Súbita.

Dragões, anjos caídos ou simplesmente estrelas cadentes e meteoritos? Todos são fascinantes per se! Eles encarnam aqueles relatos atribuídos a “Memória” ou a “Ancestralidade” que é escrita na pedra e no sangue; diametralmente oposta à história escrita em papel ou pergaminho.Que sempre serviu na maior parte das vezes para justificar alguns babacas possuírem as chaves do arsenal, da biblioteca, da prisão e do palácio – e quase sempre essa última chave sempre foi a mais importante para eles. Sem tudo isso esses caras são e sempre serão o que foram um bando de estúpidos. Essa abstração chamada humanidade sempre e em sua maioria foi composta por eles. Desde o neolítico e estes serviam para morrerem como água. E para alguns dos “nossos” transmitirem e ressurgirem através de nós em tempos melhores. Dizem que todas obras ocultistas da modernidade oscilam entre dois pólos – Phil Hine e Michael W Ford para iniciantes versus Kenneth Grant e Michael Bertiaux para quem manja. É o que dizem. No entanto, se ouvidam de uma Maria de Naglowska da vida e outras mulheres muito mais interessantes.

Ainda hoje uma taça de vinho a beira de uma fogueira na floresta em noite de lua negra oferece algo; que jurisprudentes e sacerdotes (abraâmicos) da história escrita pelos povos do livro jamais conseguirão apagar.Sejam generosos com o que lhes direi: ainda assim prefiro interpretar tais assuntos por viés do conotativo, do subjetivo, da alegoria, do simbólico e metafórico tão caro e precioso a alquimia. Então, ao concluírem a apreciação dos meus livros ou este texto não saiam por aí buscando no Mercado Livre por irídio, banha de crocodilo ou fazendo propostas pouco usuais para vossas mulheres. Sejam, digamos, mais razoáveis. Saber o mito não implica ter a receita do rito e do seu preparo ou condução. A vida adulta implica saber disso. E saboreiem mais noites de vinho e a luz de uma fogueira, com limões vermelhos jogados dentro dela antes de acender as chamas.

No livro falei e pontuei bastante o relato do grande David Wilson, ele usava seu nome civil nas redes sociais, na época que escrevi Mistérios Vampyricos; mas hoje é mais conhecido por seu nome religioso como Awo Falokun Fatunmbi e tem um trabalho extraordinário promovendo o Ifá e sendo babalawo na América do Norte. Para investigar e entender as origens de sua família húngara, seguiu curiosas visões de seus ancestrais que o levaram inesperadamente à África. Dentre muitos de seus livros Ancestral Memories, aprofunda seu relato sobre as Rainhas Dragões. Todas as suas obras publicadas falam por si e se encontram disponíveis, lá na Amazon e podem ser conhecidas neste link.

As tais Rainhas Dragões foram aquelas que nos primórdios eram avatares de grandes deusas em tribos notáveis e impérios destacáveis.Sua descendência, sua criação e suas dinastias eram de outra estirpe. O que nos leva a um “Sangue” ou ainda o papo de “Sangue-Bruxo” caro aos tradicionalistas bruxos ingleses. Também falamos de uma raça humana em aparência que figura em histórias de Lovecraft, Yeats, Machen e antes deles nas fábulas onde há seres feéricos. E que depois da idade média foram sintetizadas meramente como bruxas ou vampiras. É uma história talhada na pedra e no “Sangue”, não em pergaminhos delicados ou feitos para evitarem diálogos com o velho norte. O que mais posso lhes dizer sobre tais diálogos é o seguinte – quando o resultado dele parecer biografia e cronologia da editora Marvel, você já perdeu o fio da meada. É sobre lampejos e conexões.

Vocês podem chamar as Rainhas Dragões por outros nomes também, elas estarão lá como sempre estiveram. Estão aqui desde o início, como me confessaram incontáveis vezes.

Contos de fadas antigos e o folclore podem falar melhor disso do que textos acadêmicos – ou tabelas de ocultistas protestantes que juram saber até o cep de Lúcifer na Vila Madalena em São Paulo. Parem com isso! Falamos do que vem desde (pelo menos) o neolítico e jaz nos estratos e camadas cerebrais igualmente primitivas que habitam a camada dos imperativos do nosso cérebro, desvelando como somos mais irracionais e movidos por desejos realizados (ou não realizados) do que gostamos de pontuar e assumir nas redes sociais. Curtam o calor e a luz da fogueira, em uma floresta nas noites sem luar – saboreiem o vinho! Quem sabe no céu escuro anjos caídos, dragões ou estrelas cadentes e meteoritos não lhe contem tudo que estiver preparado para receber?


Lord A.’. é autor de diversos livros entre eles, Mistérios Vampyricos, Deus é um Dragão e a série Codex Strigoi. Desenvolve ainda uma série de iniciativas e eventos culturais para a divulgação da Cosmovisão Vampyrica e da comunidade vamp no Brasil bem como as transmissões da RedeVamp, o site redevampyrica.com, o podcast Vox Vampyrica, e a comunidade Campus Strigoi

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