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A descoberta Momentosa do Almirante Byrd – A Terra Oca

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A MAIOR DESCOBERTA GEOGRÁFICA DA HISTÓRIA HUMANA

“Aquele Continente Encantado nos Céus, Terra de Eterno Mistério!”

“Gostaria de ver aquela terra além do Pólo (Norte). Aquela área além do Pólo é o Centro do Grande Desconhecido!”

Contra-Almirante Richard E. Byrd

As duas declarações acima, feitas pelo maior explorador dos tempos modernos, Contra-Almirante Richard E. Byrd, da Marinha dos Estados Unidos, não pode ser compreendida ou fazer qualquer sentido de acordo com as velhas teorias geográficas, de que a Terra é uma esfera sólida, com um centro ígneo, e na qual ambos os Pólos, Norte e Sul, são pontos fixos. Se tal fosse verdade, e se o Almirante Byrd voou por 2.730 e 3.690 quilômetros, respectivamente, através dos Pólos Norte e Sul, para as terras geladas e cercadas de neve do outro lado, cuja geografia é razoavelmente bem conhecida, seria incompreensível que ele fizesse tal declaração referindo-se a este território no outro lado dos Pólos, como “o grande desconhecido”. Igualmente, não teria ele razão para usar a expressão “Terra de Eterno Mistério”. Byrd não era um poeta, e o que descreveu foi o que observou do seu avião. Durante o seu vôo ártico, de 2.730 quilômetros, além do Pólo Norte, ele informou pelo rádio que viu embaixo não gelo e neve, mas áreas de terra, constituídas de montanhas, florestas, vegetação, lagos e rios e, na vegetação rasteira, um estranho animal, parecido com ó mamute encontrado congelado no gelo do Ártico. Evidentemente, tinha entrado numa região mais quente do que os territórios cercados de gelo que se estendem do Pólo até a Sibéria. Se Byrd tivesse esta região em mente não teria razão de chamá-la o “Grande Desconhecido”, uma vez que poderia alcançá-la voando através do Pólo, para o outro lado da região ártica.

A única maneira pela qual podemos compreender as enigmáticas declarações de Byrd é descartando a concepção tradicional da formação da Terra e considerando uma outra, inteiramente nova, de acordo com a qual as suas extremidades ártica e antártica não são convexas e sim côncavas, e que Byrd penetrou nas concavidades polares quando foi além dos Pólos. Em outras palavras, ele não viajou através dos Pólos, para o outro lado, e sim entrou nas concavidades polares ou depressões, que, como veremos mais tarde neste livro, se abrem para o interior oco da Terra, onde há plantas, animais e vida humana, desfrutando de um clima tropical. Este é o “Grande Desconhecido” ao qual Byrd se referia quando fez sua declaração — e não a área circundada de gelo e neve, no outro lado do Pólo Norte, estendendo-se até às extremidades superiores da Sibéria.

A nova teoria geográfica, apresentada neste livro, pela primeira vez, torna as declarações enigmáticas e estranhas de Byrd compreensíveis e mostra que o grande explorador não era um sonhador, como pode parecer aos que se prendem às velhas teorias geográficas. Byrd tinha entrado num território completamente novo, que era “desconhecido” porque não constava de qualquer mapa, porque todos os mapas são feitos na crença de que a Terra é esférica e sólida. Uma vez que aproximadamente todas as terras desta esfera sólida foram exploradas e registradas pelos exploradores polares, não poderia haver lugar em tais mapas para o território que o Almirante Byrd descobriu, e que chamou de o “Grande Desconhecido” — desconhecido por não constar de qualquer mapa. Era uma área de terras tão grande quanto a América do Norte!

Este mistério somente pode ser solucionado se aceitarmos a concepção básica da formação da terra apresentada neste livro e apoiada pelas observações dos exploradores árticos, que serão citados. De acordo com esta nova concepção revolucionária, a Terra não é uma esfera sólida, mas é oca, com aberturas nos Pólos, e o Almirante Byrd penetrou por estas aberturas, por uma distância de cerca de 6.420 quilômetros, durante suas expedições de 1947 e 1956, ao Ártico e à Antártica. O “Grande Desconhecido”, ao qual Byrd se referiu, era esta área de terra sem gelo, dentro das concavidades polares, abrindo-se para o interior oco da Terra. Se esta concepção é correta, como tentaremos provar, então ambos os Pólos Norte e Sul não podem existir, pois ficariam no ar, no centro das aberturas polares, e não ‘estariam na superfície da Terra. Este ponto de vista foi apresentado, pela primeira vez, por um escritor americano, William Reed, no seu livro Phantom of the Poles, publicado em 1906, logo depois de o Almirante Peary ter reinvidicado a descoberta do Pólo Norte, e negando que o tivesse realmente feito. Em 1920, um outro livro foi publicado por Marshall Gardner, chamado A Journey to the Earth’s Interior ou Have the Poles Really Been Discovered?, fazendo a mesma afirmativa. Estranhamente, não tinha conhecimento do livro de Reed e chegou às suas conclusões independentemente. Reed e Gardner asseveraram que a Terra é oca, com aberturas nos pólos e que no seu interior vive uma população muito grande, de milhões de habitantes, em adiantado estado de civilização. Este é provavelmente o “Grande Desconhecido” ao qual o Almirante Byrd se referiu.

Repetindo, Byrd não podia ter qualquer parte da superfície conhecida da Terra em mente quando falou do “Grande Desconhecido”, mas antes uma nova e até então desconhecida área de terras, livre de gelo e neve, com vegetação, florestas e vida animal, que não existe em qualquer lugar da superfície da Terra, mas dentro da depressão polar, onde recebe o calor do interior oco da Terra, que tem uma temperatura mais alta do que a superfície, com a qual se comunica. Somente baseados nesta concepção podemos compreender as afirmações do Almirante Byrd.

Em janeiro de 1956, o Almirante Byrd dirigiu outra expedição à Antártica e lá penetrou por 3.690 quilômetros, além do Pólo Sul. A comunicação pelo rádio, desta vez (13 de janeiro de 1956), disse: “Em 13 de janeiro, membros da expedição dos Estados Unidos penetraram por uma extensão de terra de 3.690 quilômetros, além do Pólo. O vôo foi feito pelo Contra-Almirante George Dufek, da Unidade Aérea da Marinha dos Estados Unidos.”

A palavra “além” é muito significativa e será desorientadora para aqueles que acreditam na velha concepção de uma Terra sólida. Significaria a região do outro lado do continente Antártico e o oceano além, e não podia ser “um vasto território novo” (não existente em qualquer mapa), e nem poderia a sua expedição, que achou este território, ser “a mais importante expedição na história do mundo”. A geografia da Antártica é razoavelmente bem conhecida e o Almirante Byrd não teria adicionado qualquer coisa significante ao nosso conhecimento do continente Antártico. Se este fosse o caso, então por que teria ele feito tal declaração, aparentemente arrebatada e sem base — especialmente considerando o seu alto conceito, como Contra-Almirante da Marinha dos EUA e sua reputação como grande explorador?

Este enigma fica solucionado quando compreendemos a nova teoria geográfica de uma Terra Oca, que é a única maneira pela qual podemos achar sentido nas declarações do Almirante Byrd e não considerá-lo um visionário, que viu miragens nas regiões polares, ou pelo menos imaginou que as viu.

Depois de regressar de sua expedição antártica, em 13 de março de 1956, Byrd comentou: “A atual expedição descobriu uma vasta Terra nova.” A palavra “Terra” é muito significante. Não podia ter se referido a qualquer parte do continente Antártico, pois ele não consiste de terra, sendo todo de gelo, e além disto, sua geografia é razoavelmente bem conhecida e Byrd não fez qualquer contribuição de valor para a geografia da Antártica, como outros exploradores o fizeram, deixando os seus nomes como lembranças na geografia desta área. Se Byrd tivesse descoberto uma vasta área nova na Antártica, ele a reivindicaria para os Estados Unidos e ela seria chamada pelo seu nome, do mesmo modo que no caso do seu vôo de 2.730 quilômetros além do Pólo Norte ter sido feito sobre a superfície da Terra, entre o Pólo e a Sibéria.

Entretanto, não achamos tais conquistas a crédito do grande explorador, nem deixou ele o seu nome na geografia do Ártico e da Antártica, no modo pelo qual aquela declaração, acerca da descoberta de uma vasta terra nova justificaria. Se a sua expedição antártica tivesse descoberto uma nova e imensa região de gelo no continente gelado da Antártica, não seria apropriado o uso da palavra “terra”, que significa uma região sem gelo, semelhante àquelas sobre as quais Byrd voou por 2.730 quilômetros, além do Pólo Norte, que tenha vegetação verde, florestas e vida animal. Nós devemos, entretanto, concluir que essa expedição de 1956 por 2.300 milhas além Pólo Sul foi sobre território também sem gelo, não registrado em qualquer mapa, e não sobre qualquer parte do continente Antártico.

No ano seguinte, em 1957, antes da sua morte, Byrd chamou esta terra além do Pólo Sul (não gelo, do outro lado do Pólo Sul) “aquele continente encantado no céu, Terra de mistério eterno”. Não poderia ter usado esta afirmação se se referisse à parte do continente gelado da Antártica, que fica do outro lado do Pólo Sul. As palavras “mistério eterno”, obviamente, se referiam a alguma outra coisa.

Referiam-se aos territórios mais quentes, não mostrados em qualquer mapa, que ficam dentro da Abertura do Pólo Sul e levam ao interior oco da Terra.

A expressão “aquele encantado continente no céu” refere-se, obviamente, a uma área de terra e não de gelo, refletida no céu, que age como um espelho, um estranho fenômeno observado por muitos exploradores polares, que falam de “ilha no céu” ou “água no céu”, dependendo de que o céu polar esteja refletindo terra ou água. Se Byrd tivesse visto os reflexos de água ou gelo, não usaria as palavras “continente” nem o chamaria de um “encantado” continente. Era “encantado” porque, de acordo com as concepções geográficas aceitas, este continente que Byrd viu refletido no céu (onde os glóbulos de água agem como um espelho para as superfícies embaixo) não podia existir.

Citaremos a seguir Ray Palmer, editor da revista Flying Saucers, e um dos principais especialistas americanos em discos voadores, que é da opinião de que as descobertas do Almirante Byrd, nas regiões Ártica e Antártica, oferecem uma explicação para a origem dos discos voadores que, ele acredita, não vêm de outros planetas e sim do interior oco da Terra, onde existe uma civilização avançada, muito à nossa frente em aeronáutica, usando discos voadores para viagens aéreas e saindo para o exterior da Terra, através das aberturas polares. Palmer explica os seus pontos de vista da seguinte maneira:

“Quão bem conhecida é a Terra? Há qualquer área na Terra que possa ser considerada como possível de ser a origem dos discos voadores? Há duas. As duas áreas de importância principal são o Ártico e a Antártica”.

“Os dois vôos do Almirante Byrd sobre ambos os Pólos provam que há uma ‘esquisitice’ a respeito da forma da Terra nas duas áreas polares. Byrd voou para o Pólo Norte, mas não parou lá e voltou, mas seguiu por 2.730 quilômetros além dele e então retrocedeu no seu curso, para a sua base ártica (devido estar se acabando o seu suprimento de gasolina) . Quando progrediu além do ponto do Pólo, terra sem gelo, lagos, montanhas cobertas de árvores, e mesmo um monstruoso animal, parecido com o mamute da antigüidade, movendo-se na vegetação rasteira, foram vistos, e tudo isto foi declarado pelo rádio, pelos ocupantes do avião. Durante a quase totalidade dos 2.730 quilômetros o avião voou sobre terra, montanhas, árvores, lagos e rios”.

“Que era esta terra desconhecida? Será que Byrd, viajando para o norte, entrou no interior da Terra, através da abertura do Pólo Norte? Mais tarde a expedição de Byrd foi para o Pólo Sul e depois de ultrapassá-lo, seguiu 3.690 quilômetros além dele”.

“Penetramos, de novo, numa terra misteriosa e desconhecida que não aparece nos mapas de hoje. De novo, não encontramos declarações, além das iniciais, relativas à descoberta (devido à supressão oficial das notícias — o Autor).

E, e mais estranho de tudo, encontramos os milhões de habitantes do mundo completamente sem curiosidade em relação àquela publicação”.

“Aqui estão os fatos: Em ambos os pólos existem vastas áreas de terras desconhecidas, em nada inabitáveis, estendendo-se por distâncias que somente podem ser chamadas de tremendas, porque abrangem uma área maior do que qualquer área continental conhecida! A Terra Misteriosa do Pólo Norte, vista por Byrd e sua equipe, é pelo menos de 2.730 quilômetros numa direção e não é concebível que seja apenas uma faixa estreita. É uma área talvez tão grande quanto a dos Estados Unidos”!

“No caso do Pólo Sul, a terra atravessada além do Pólo inclui uma área tão grande quanto a América do Norte e mais o continente Antártico”.

“Os discos voadores podem vir dessas duas terras desconhecidas ‘além dos Pólos’. Os editores da revista Flying Saucers são de opinião que a existência dessas terras não pode ser refutada por ninguém, considerando os fatos que esboçamos, relativos às duas expedições.”

Se o Contra-Almirante Byrd asseverou que a sua expedição polar sul foi “a expedição mais importante, na história do mundo”, e se depois de voltar da expedição afirmou, “a presente expedição descobriu uma terra nova vasta”, seria estranho e inexplicável como uma descoberta tão importante, de uma área de terras tão grande quanto a América do Norte, comparável à descoberta da América por Colombo, não recebesse atenção e fosse quase totalmente esquecida de modo que, do mais ignorante ao mais ilustrado, ninguém sabe a seu respeito.

A única resposta racional para este mistério é que, depois do breve anúncio pela imprensa americana, baseado na informação pelo rádio do Almirante Byrd, a publicidade adicional tenha sido suprimida pelo Governo, para o qual Byrd trabalhava, e de que havia razões políticas importantes pelas quais as históricas descobertas do Almirante Byrd não deviam ser conhecidas pelo mundo. Ele tinha descoberto duas áreas de terras desconhecidas, medindo um total de 6.420 quilômetros numa direção e provavelmente tão grande quanto os continentes da América do Norte e do Sul juntos, uma vez que os aviões de Byrd retornaram sem alcançar o fim deste território, que não está registrado em qualquer mapa.

Evidentemente, o Governo dos Estados Unidos receou que algum outro governo pudesse ficar sabendo das descobertas de Byrd e empreendesse vôos semelhantes, indo muito além do que foi Byrd, e talvez reinvidicando estas áreas de terras para si.

Comentando as declarações de Byrd, feitas em 1957, um pouco antes da sua morte, e nas quais ele chama o novo território descoberto, além dos Pólos, “aquele continente encantado no céu” e “terra de eterno mistério”, disse Palmer:

“Considerando isto tudo é de se admirar que todas as nações do mundo achassem, subitamente, a região polar sul (particularmente) e a polar norte tão intensamente interessantes e importantes e tenham se lançado em explorações numa escala realmente tremenda em extensão?”

Palmer conclui que esta nova área de terras, que Byrd descobriu e que não está em qualquer mapa, existe dentro e não no lado de fora da Terra, uma vez que a geografia do lado de fora é muito bem conhecida, enquanto a de dentro (do interior da depressão polar) é “desconhecida”. Aquela foi a razão pela qual Byrd a chamou de a “Grande Desconhecida”.

Depois de discutir a significância do uso, por Byrd, dos termos “além” em vez de “através” dos Pólos, para o outro lado das regiões Ártica e Antártica, Palmer conclui que o que Byrd mencionou foi uma área de terras desconhecidas, dentro da concavidade polar e se comunicando com o interior mais (incute da Terra, o que explica sua vegetação e vida .mimai. Ela é “desconhecida” porque não está na superfície externa da Terra e por isso não é registrada em qualquer mapa. Escreve Palmer:

“Em fevereiro de 1947, o Almirante Richard E. Byrd, que é o homem que mais contribuiu para tornar conhecida a área do Pólo Norte, fez a declaração seguinte: ‘Gostaria de ver a terra além do Pólo. Aquela área além do Pólo é o centro do grande desconhecido’.”

“Milhões de pessoas leram esta declaração nos jornais. Milhões se emocionaram com os vôos subseqüentes do Almirante ao Pólo e a um ponto 2.730 quilômetros além dele. Milhões ouviram as descrições do vôo, irradiadas e também publicadas nos jornais”.

“Que terra era esta? Olhe no seu mapa. Calcule a distância de todas as terras conhecidas, que mencionamos antes (Sibéria, Spitzbergue, Alasca, Canadá, Finlândia, Groenlândia e Islândia). Uma boa porção delas está bem dentro do alcance de 2.730 quilômetros. Entretanto, nenhuma parte delas está a 320 quilômetros do Pólo. Byrd não voou sobre terra conhecida. Ele próprio a chamou ‘a grande desconhecida’. Grande ela o é na verdade! Pois depois de 2.730 quilômetros sobre terra, quando foi obrigado a voltar, em virtude das limitações do seu suprimento de gasolina, não tinha chegado ao seu fim! Ele devia estar de volta à ‘civilização’, mas não estava. Devia ter visto apenas oceanos cobertos de gelo, ou no máximo oceanos parcialmente desobstruídos. Ao contrário, estava sobre montanhas cobertas por florestas”!

“Florestas”!

“Incrível! O extremo limite norte das terras de florestas está localizado bem para baixo, no Alasca, Canadá e Sibéria. Ao norte daquele limite nenhuma árvore existe! Em toda a volta do Pólo Norte, não existem árvores dentro de um raio de 2.730 quilômetros”!

“Que temos aqui? Temos o vôo bem autenticado do Almirante Richard E. Byrd a uma terra além do Pólo, que ele tanto desejava ver porque era o centro do grande desconhecido, o centro do mistério. Aparentemente, seu desejo foi satisfeito ao máximo e, todavia, hoje esta terra misteriosa não é mencionada em qualquer lugar. Por quê? Foi aquele vôo de 1947 uma ficção? Mentiram todos os jornais? Mentiu o rádio do avião de Byrd”?

“Não, o Almirante Byrd voou além do Pólo”.

“Além”?

“Que quis dizer o Almirante quando usou aquela palavra? Como é possível ir além do Pólo? Façamos algumas considerações. Imaginemos que fomos transportados, por algum meio miraculoso, ao ponto exato do Pólo Magnético Norte. Chegamos lá, instantaneamente, sem saber de que direção viemos. Tudo o que sabemos é que devemos seguir do Pólo para Spitzbergue. Que direção tomamos? Para o sul, naturalmente! Mas, que sul? Todas as direções, a partir do Pólo Norte, vão para o sul”!

“Este é na realidade um problema simples de navegação. Todas as expedições ao Pólo, quer as de avião, de submarino ou a pé tiveram que enfrentar este problema. Ou têm de retornar sobre as suas  pegadas ou descobrir que direção sul é a que devem tomar para chegar onde quer que tenha sido determinado. O problema é solucionado tomando qualquer direção e nela continuando por cerca de 30 quilômetros. Então se pára, determina-se a posição pelas estrelas e se a correlaciona com a bússola (que então já não aponta para baixo, mas em direção ao Pólo Norte Magnético) traçando então o nosso curso no mapa. É então simples seguir para Spitzbergue, dirigindo-se para o sul”.

“O Almirante Byrd não seguiu este procedimento tradicional de navegação. Quando alcançou o Pólo continuou  36 por 2.730 quilômetros. De toda maneira, continuou num curso para o norte, depois de cruzar o Pólo. E, fantasticamente, consta dos registros que o conseguiu, ou não teria visto aquela ‘terra além do Pólo’, a qual, até hoje, se esquadrinharmos os registros dos jornais, livros, rádios e televisão, e os verbais, jamais foi visitada outra vez”!

“Aquela terra, nos mapas de hoje, não pode existir.

Entretanto, como ela existe, a única conclusão possível é a de que os mapas de hoje são incorretos, incompletos e não representam a situação verdadeira do Hemisfério Norte”.

“Assim, tendo localizado uma grande massa de terra no Norte, inexistente nos mapas de hoje, nina terra que é o centro do grande desconhecido, isto só pode ser interpretado como significando que os 2.730 quilômetros de extensão, atravessados por Byrd, são apenas uma parte dela.”

Uma descoberta tão importante, que Byrd chamou de “a mais importante” na história do mundo, devia ter sido conhecida por todo mundo, se as informações a ela concernentes não tivessem sido suprimidas tão completamente que ficaram quase totalmente esquecidas, até serem mencionadas no livro de Giannini, Worlds Beyond the Poles, publicado em Nova York, em 1959. De modo semelhante, o livro de Giannini não foi objeto de propaganda pelo editor e permaneceu desconhecido.

No final do mesmo ano de 1959, Ray Palmer, o editor da revista Flying Saucers, tornou pública a descoberta do Almirante Byrd, da qual tomou conhecimento pela leitura do livro de Giannini. Ficou tão impressionado que, em dezembro daquele ano, publicou esta informação na sua revista, que é vendida nos jornaleiros de todos os Estados Unidos. Verificou-se então uma série de incidentes estranhos, indicando que forças secretas estavam conspirando para evitar que as informações contidas na edição de dezembro da revista Flying Saucers, transcritas do livro de Giannini, se tornassem públicas. Quais são essas forças secretas que tinham uma razão especial para suprimir a publicação de informações relativas à grande descoberta de novas terras pelo Almirante Byrd, terras estas que não estão em qualquer mapa? Obviamente, são as mesmas que suprimiram a publicação, exceto de uma curta notícia na imprensa, logo depois que Byrd fez sua grande descoberta e antes que Giannini publicasse sua declaração, a primeira em muitos anos, em 1959, doze anos depois que a descoberta foi feita.

O anúncio, feito por Palmer das descobertas de Byrd, no Ártico e na Antártica, foi a primeira publicidade em grande escala, desde o tempo em que foram feitas e brevemente anunciadas, e é muito mais significante do que as citações e declarações do livro de Giannini, que não foi devidamente anunciado e teve uma venda muito limitada. Por esta razão, logo que a edição de dezembro de 1959 de Flying Saucers estava pronta para ser enviada aos assinantes e distribuída aos jornaleiros, ela foi misteriosamente removida de circulação — evidentemente pelas mesmas forças secretas que suprimiram a publicação desta informação, desde 1947. Quando o caminhão chegou do impressor para entregar as revistas ao editor, elas não estavam no caminhão! Um telefonema do editor (Sr. Palmer) ao impressor descobriu que não havia recibo provando que o despacho tinha sido efetuado. Como as revistas tinham sido pagas, o editor exigiu que o impressor recolocasse as matrizes na impressora e tirasse as cópias devidas. Entretanto, estranhamente, as matrizes não estavam disponíveis e tinham sido tão danificadas que a reimpressão não pôde ser feita. Entretanto, onde estavam os milhares de revistas que haviam sido impressas e tinham misteriosamente desaparecido? Por que não havia recibo do despacho? Se estivesse perdido e as revistas tivessem sido remetidas para um endereço errado, apareceriam em algum lugar. Entretanto, nunca apareceram!

O resultado é que 5.000 assinantes não receberam a revista. Um distribuidor, que recebeu 750 exemplares para vender, foi dado como desaparecido e 750 revistas desapareceram junto com ele. Estas revistas lhe foram enviadas com o pedido para serem devolvidas se não fossem entregues. Elas não retornaram.

Uma vez que a revista desapareceu completamente, foi publicada de novo, vários meses mais tarde, e enviada aos assinantes.

Que continha esta revista para ocasionar a sua supressão desta maneira — por forças invisíveis e secretas? Continha um relato de vôo do Almirante Byrd além do Pólo Norte, em 1947, cujo conhecimento já havia sido suprimido previamente, exceto pela sua menção no livro de Giannini, Worlds Beyond the Poles.

A edição de dezembro de 1959 de Flying Saucers foi obviamente considerada tão perigosa pelas forças secretas que tiveram uma razão especial para retirá-la do mundo e conservá-la secreta. Nesta edição de Flying Saucers as declarações abaixo foram citadas, do livro de Giannini:

“Desde 12 de dezembro de 1929 que expedições polares, da Marinha dos EUA, determinaram a existência de extensões indefinidas de terras, além dos pontos polares.

Em 13 de janeiro de 1956, quando este livro estava sendo preparado, uma unidade aérea dos EUA penetrou numa extensão de 3.690 quilômetros, além do Pólo Sul, o presumido fim da Terra. Aquele vôo foi sempre sobre terra, água e gelo. Por razões muito substanciais o vôo memorável foi escassamente notificado pela imprensa”.

Os Estados Unidos e mais tarde trinta outras nações prepararam expedições polares inéditas, para o período 1957/58, a fim de penetrarem na Terra, que agora ficou provado se estender além de ambos os pontos polares. Minha revelação original, da então desconhecida terra que fica além dos Pólos, em 1926/28, foi intitulada pela imprensa como “mais ousada do que qualquer coisa que Júlio Verne jamais concebeu”. Então Giannini citou as declarações do Almirante Byrd que apresentamos acima:

Fevereiro de 1947: “Gostaria de ver a terra além do Pólo. Aquela área além do Pólo é o centro do grande desconhecido”. — Contra-Almirante Richard E. Byrd, da Marinha dos Estados Unidos, antes do seu vôo de sete horas sobre as terras além do Pólo Norte.

13 de janeiro de 1956: “Em 13 de janeiro, membros da expedição dos Estados Unidos realizaram um vôo de 3.690 quilômetros da base de McMurdo Sound, que fica 640 quilômetros a oeste do Pólo Sul, e penetraram por uma extensão de terras de 3.690 quilômetros, além do Pólo” — Notícia do rádio, confirmada pela imprensa em 5 de fevereiro.

13 de março de 1956: “A presente expedição descobriu uma vasta terra nova” — Almirante Byrd, depois de voltar da Terra além do Pólo Sul. 1957: “Aquele continente encantado no céu, terra de mistério eterno” — Almirante Byrd.

O mundo científico não deu atenção ao livro de Giannini. A estranha e revolucionária teoria geográfica que apresentou foi ignorada e dada antes como excêntrica do que como científica. Todavia, as declarações do Almirante Byrd somente podem fazer sentido se tal concepção da existência de “terra além dos Pólos”, como reivindicado por Giannini, for aceita. Giannini escreve:

“Não há um fim físico das extremidades norte e sul da Terra. A Terra não pode ser circunavegada no sentido norte e sul, no verdadeiro significado da palavra. Entretanto, certos vôos ’em volta do mundo’ têm contribuído para a interpretação popular errada de que a Terra foi circunavegada no sentido norte-sul.

‘Sobre o Pólo Norte’, voltando às Zonas Temperadas do Norte, sem fazer um giro de 180 graus, jamais pode ser conseguido, porque não há um fim da Terra ao norte.

O mesmo é verdadeiro em relação ao Pólo Sul.

A existência de mundos além dos Pólos tem sido confirmada por explorações navais dos Estados Unidos durante os últimos trinta anos. A confirmação é substancial. O mais antigo explorador do mundo, o Contra-Almirante Richard Evelyn Byrd, chefiou a memorável expedição governamental àquela terra sem fim, além do Pólo Sul. Antes da sua partida de São Francisco, ele fez uma importante declaração pelo rádio de que ‘esta é a mais importante expedição na história do mundo’. A subseqüente penetração de terras, além do Pólo, numa extensão de 3.690 quilômetros, de 13 de janeiro de 1956, provou que o Almirante Byrd não tinha exagerado.”

Comentando as declarações de Giannini, a respeito da impossibilidade de seguir direto ao norte, sobre o Pólo Norte, alcançando o outro lado do mundo, o que aconteceria se a Terra fosse convexa e não côncava nos Pólos, escreve Palmer, na sua revista Flying Saucers:

“Muitos leitores afirmam que os vôos comerciais continuamente cruzam o Pólo e voam para o lado oposto da Terra. Isto não é verdade, embora os funcionários das empresas aéreas, quando perguntados, possam dizer que o seja. Eles fazem manobras de navegação que, em todos os casos, eliminam automaticamente um vôo além do Pólo em linha reta. Pergunte aos pilotos destes vôos polares. Peca-lhes que indiquem um vôo transpolar, no qual você possa comprar uma passagem, que realmente cruze o Pólo Norte. Examinando a rota dos vôos através da área do Pólo Norte, achamos sempre que passam em volta do Pólo ou pelo seu lado e nunca diretamente através dele. Isto é estranho.

Seguramente que um vôo anunciado como passando diretamente sobre o Pólo Norte atrairia muitos passageiros, que gostariam de passar por tal experiência. Entretanto, estranhamente, nenhuma linha aérea oferece tal vôo. As rotas aéreas sempre passam num lado do Pólo. Por quê? Não será porque, se fossem diretas através do Pólo, em vez de aterrissar no lado oposto da Terra, o avião penetraria naquela terra além do Pólo, ‘o centro do Grande Desconhecido’, como o Almirante Byrd a denominou?”

Palmer sugere que uma tal expedição, que viaje diretamente para o norte e continue na mesma direção depois de alcançar o ponto do Pólo Norte (que ele acredita estar no centro da concavidade polar e não em terra sólida) deveria ser organizada, repetindo a rota do Almirante Byrd, até que seja alcançado o interior oco da Terra. Isto, aparentemente, nunca foi feito, a despeito de que haja, nos arquivos da Marinha dos Estados Unidos, dados dos vôos das descobertas do Almirante Byrd. Talvez a razão para isto seja que a nova concepção geográfica da formação das regiões polares, que precisa ser aceita antes que possa ser apreciada a verdadeira significação das descobertas do Almirante Byrd, não foi aprovada pelos chefes da Marinha que, em conseqüência, deixaram o assunto de lado e se esqueceram dele.

A citada declaração de Palmer, de que as linhas aéreas comerciais não passam sobre o Pólo Norte, parece razoável em vista das novas descobertas soviéticas relativas ao Pólo Norte Magnético, segundo as quais não é um ponto e sim uma linha comprida, e que acreditamos ser circular, constituindo a borda da concavidade polar, de tal maneira que qualquer ponto desta circunferência possa ser chamado de Pólo Norte Magnético, porque ali a agulha da bússola se volta diretamente para baixo. Se este é o caso seria então impossível aos aviões cruzar o Pólo Norte, que está no centro da depressão polar e não na superfície da Terra, como estaria de acordo com a teoria de uma Terra sólida e de uma formação convexa no Pólo. Quando os pilotos, de acordo com a leitura da bússola, acreditam que alcançaram o Pólo, alcançaram realmente a borda da concavidade polar, onde está o verdadeiro Pólo Magnético Norte.

Referindo-se ao livro de Giannini, Palmer comenta:

“O estranho livro, escrito por Giannini, apresentou a única possibilidade pela qual pode ser provado, definitivamente, que a Terra tem uma forma singular no Pólo Norte, como acreditamos que tenha também no Pólo Sul, não necessariamente com um orifício que se estenda toda a vida, mas como um biscoito redondo que tenha crescido tanto no cozimento que o buraco seja somente uma depressão profunda em cada extremidade, ou como um gigantesco pneu de automóvel, montado numa roda compacta, com calotas côncavas.

Nenhum ser humano jamais voou diretamente sobre o Pólo Norte e continuou na mesma direção. Seu editor acha que isto devia ser feito, e imediatamente. Temos os aviões para isto. Seu editar deseja certificar-se se um tal vôo daria em algum dos países que estão em volta do Pólo, necessariamente no ponto oposto exato ao de partida. A navegação devia ser feita não pela bússola ou por triangulação em mapas existentes, mas somente pela bússola giroscópica, num curso reto, desde a decolagem até o momento de aterrissar. A bússola devia ser giroscópica não somente no plano horizontal, mas também no plano vertical (depois que se penetrasse na abertura polar). Deverá haver uma orientação positiva para a frente, que não possa ser posta em dúvida.

“Todo mundo sabe que uma bússola giroscópica horizontal, como as usadas atualmente, faz com que o avião ganhe continuamente em elevação, enquanto progride, e a Terra se curva para baixo. De acordo com a nossa teoria, de uma depressão polar, quando o avião entrar nesta, a bússola giroscópica deverá indicar um ganho em elevação muito maior devido à Terra se curvar para dentro no Pólo Norte. Então, se o avião continua num curso para norte, o ganho em altitude continuará cada vez mais à proporção que o avião siga, e se tentar manter a mesma altitude, se curvará para dentro do interior oco da terra.”

As declarações seguintes de Giannini, em resposta à carta de alguém que leu a seu respeito, na revista Fiying Saucers, de Palmer, são muito interessantes:

“O escritório em Nova York, das Pesquisas Navais dos EUA, concedeu permissão ao autor para transmitir, pelo rádio, uma mensagem de boa viagem ao Contra-Almirante Richard Everlyn Byrd, da Marinha dos EUA, na sua base ártica, em fevereiro de 1947.

Naquele tempo, o falecido Almirante Byrd anunciou pela imprensa que ‘gostaria de ver a terra além do Pólo. Aquela terra além do Pólo é o centro do grande desconhecido’. Depois disto, o Almirante Byrd e uma força naval executaram um vôo de sete horas, sobre 2.730 quilômetros de terras, que se estendiam além do Pólo Norte, o teórico  ‘fim’ da Terra.

Em janeiro de 1947, antes do vôo, este autor foi capaz de vender uma série de artigos de jornal para um sindicato nacional de notícias, somente por ter assegurado ao diretor do sindicato que Byrd iria, de fato, além do imaginário ponto do Pólo Norte.

Como resultado do conhecimento prévio do autor da então comumente desconhecida terra que se estendia além dos pontos dos Pólos, e depois que os artigos do sindicato foram cedidos à imprensa, o autor foi objeto de investigações pelo escritório da Inteligência Naval dos EUA. Aquela investigação foi devida ao fato da confirmação definitiva de Byrd, das teorias revolucionárias do autor.

Mais tarde, em março de 1958, o autor fez uma palestra, pelo rádio em Missouri, explicando a importância da descoberta da terra além do imaginário ponto do Pólo Norte, da teoria arcaica.”

Falando dos relatos do vôo do Almirante Byrd, além do Pólo Norte, em fevereiro de 1947, que apareceram nos diários de Nova York, Giannini, comenta:

“Estas narrativas descreveram o vôo de Byrd, de 2.730 quilômetros, por sete horas, sobre terras e lagos de água doce ALÉM do presumido ‘fim’ da Terra, no Pólo Norte. Os despachos telegráficos foram intensificados até que uma rigorosa censura foi imposta por Washington.”

Um outro escritor americano sobre discos voadores, Michael X., ficou impressionado pelas descobertas de Byrd e chegou à conclusão de que os discos voadores deviam vir de uma civilização avançada, do interior da Terra, cujas bordas externas Byrd visitou. Ele descreve a viagem de Byrd da seguinte maneira:

“Havia um estranho vale embaixo. Por uma razão também estranha, o vale que Byrd viu não estava coberto de gelo, como devia estar. Era verde e luxuriante. Havia montanhas cobertas por espessas florestas e havia grama viçosa e vegetação rasteira. Ainda mais espantosamente, um grande animal foi visto se movimentando na vegetação rasteira. Numa terra de gelo e neve quase perpétuos isto era um mistério estupendo.

Quando o Almirante Byrd entrou neste país desconhecido, no ‘centro do grande desconhecido’, onde estava ele? A luz da teoria de Marshall Gardner estava no próprio vestíbulo que leva ao interior da Terra e que fica além do Pólo.

Tanto o Alasca quanto o Canadá têm visto muitos discos voadores nos últimos tempos. Por quê? Será que há alguma conexão com a ‘terra além do Pólo’ — aquele território desconhecido, dentro da Terra?

Deve haver uma conexão. Se os discos voadores entram e saem do interior da Terra pelas aberturas polares é natural que sejam vistos muito mais freqüentemente pelos habitantes do Alasca e do Canadá do que por pessoas das outras regiões do mundo. O Alasca, assim como o Canadá, fica perto do Pólo Norte.”

Às observações acima, de uma concentração de discos voadores no Ártico, correspondem observações similares de Jarrold e Bender, de uma concentração na Antártica, onde é admitido por especialistas em discos voadores haver uma base, de onde são vistos subir e retornar. Entretanto, de acordo com a teoria deste livro, o que ocorre realmente no Ártico e Antártica é que os discos voadores emergem e tornam a entrar nas aberturas polares, que levam ao interior da Terra, seu verdadeiro lugar de origem. Aime Michel, na sua teoria da “linha reta” provou que a maioria dos vôos dos discos voadores é realizada na direção norte-sul, o que é exatamente o que deveria acontecer se as suas origens fossem polares, das aberturas norte e sul.

Em fevereiro de 1947, quase na mesma ocasião em que o Almirante Byrd fez a sua grande descoberta de terra além do Pólo Norte, foi feita outra constatação no continente Antártico, o do Oásis de Bunger. Esta descoberta foi feita pelo Capitão-de-Corveta David Bunger, que estava pilotando um dos seis grandes aviões de transporte usados pelo Almirante Byrd, para a operação Highjump, da Marinha dos EUA (1946/47).

Bunger estava voando terra adentro, da Barreira de Gelo de Shackleton, perto da Costa da Rainha Mary, na Terra de Wilkes. Ele e sua equipagem estavam a cerca de seis quilômetros da linha da costa, onde ficava o mar aberto. A terra que Bunger descobriu era livre de gelo. Os lagos eram de muitas cores diferentes, variando do vermelho ferruginoso ao verde e azul escuros. Cada um dos lagos tinha mais de 5 quilômetros de comprimento. A água era mais quente do que a do oceano, como Bunger descobriu amerissando com seu hidroavião em um dos lagos. Cada lago tinha uma praia de declive suave.

Em volta dos quatro lados do oásis, que era de forma aproximadamente quadrada, Bunger viu neve e gelo brancos, eternos e sem fim. Dois dos lados do oásis se elevavam a quase trinta metros da altura e consistiam de grandes paredões de gelo. Os outros dois tinham um declive mais suave e gradual.

A existência de um tal oásis, na longínqua Antártica, uma terra de gelo perpétuo, indicaria condições mais quentes, que existiriam se o oásis estivesse na abertura polar sul, que leva ao interior mais quente da terra, como no caso dos territórios mais quentes, com terra e lagos, que o Almirante descobriu além do Pólo Norte, e que estavam, provavelmente, dentro da abertura polar norte. De outra maneira, não se pode explicar a existência de um tal oásis, de território não gelado, no meio do continente Antártico, com quilômetros de espessura de gelo. O oásis não podia ser o resultado de atividade vulcânica, porque sua área era de cerca de setecentos e setenta quilômetros quadrados, demasiado grande, portanto, para ser afetada pelo calor vulcânico. Uma melhor explicação é a de correntes de ar quente vindas do interior da Terra.

Assim, Byrd no Ártico e Bunger na Antártica, fizeram ambos descobertas semelhantes, de áreas de terras mais quentes, além dos Pólos, mais ou menos na mesma época, no princípio de 1947. Entretanto, eles não foram os únicos a fazerem tal descoberta. Há algum tempo um jornal de Toronto, no Canadá, The Globe and Mail, publicou uma fotografia de um vale verde, tirada por um aviador, na região ártica. Evidentemente, o aviador fotografou do ar e não tentou aterrissar. O aviador deve ter ido além do Pólo Norte, no interior do mesmo território mais quente que o Almirante Byrd visitou, e que fica dentro da abertura polar. Esta fotografia foi publicada em 1960.

Como confirmações adicionais da descoberta de Byrd, há relatos de indivíduos que afirmaram terem entrado pela abertura polar norte, como muitos exploradores árticos o fizeram sem o saber, e penetrado longe o bastante por ela até alcançar o Mundo Subterrâneo, no interior oco da Terra. O Dr. Nephi Cottom, de Los Angeles, declarou que um dos seus pacientes, um homem de ascendência nórdica, lhe contou a história seguinte:

“Vivia perto do Círculo Ártico, na Noruega. Num verão, eu e um amigo resolvemos fazer uma viagem de barco juntos, e ir tão longe quanto pudéssemos para o norte. Assim, armazenamos provisões de boca para um mês, num pequeno barco de pesca, e nos fizemos ao mar, com vela e também com um bom motor de popa.

No fim de um mês tínhamos viajado bem longe, para o norte, além do Pólo e numa estranha e nova região. Ficamos muito espantados com o clima de lá. Quente, e às vezes as noites eram tão cálidas que quase não se podia dormir.

(Exploradores árticos que foram ao norte longínquo têm feito narrativas semelhantes, de clima quente, às vezes o bastante para fazer com que tirem suas roupas mais pesadas — o Autor.)

Depois, vimos algo tão estranho que ficamos ambos assombrados. Em frente do mar aberto e quente, em que estávamos, vimos o que parecia uma grande montanha. Naquela montanha, num determinado ponto, o oceano parecia estar desembocando. Confusos, continuamos naquela direção e rios encontramos navegando num vasto e profundo vale, que levava para o interior da Terra. Continuamos navegando e vimos então o que nos surpreendeu ainda mais — um sol brilhando dentro da Terra!

O oceano, que nos tinha levado para dentro do interior oco da Terra, gradualmente transformou-se num rio. O rio ia, como descobrimos mais tarde, através de toda a superfície interna do mundo, de uma extremidade à outra. Ele pode ir, se se o segue toda a vida, do Pólo Norte até o Pólo Sul.

Vimos que a superfície interna da terra é constituída, como a outra o é, de terra e água. Há abundância de luz solar e muita vida, tanto animal quanto vegetal. Navegamos mais e mais, para dentro desta região fantástica, fantástica porque tudo era de tamanho grande em comparação com as coisas do lado de fora. As plantas são grandes, as árvores enormes e, finalmente, chegamos até os GIGANTES .

Eles viviam em lares e cidades, da mesma maneira como o fazemos na superfície da Terra. Usavam um tipo de condução elétrica, semelhante a um monotrilho, para transportar as pessoas. Corria ao longo das margens do rio, de cidade para cidade.

Vários dos habitantes do interior da Terra — gigantes enormes — descobriram nosso barco no rio e ficaram muito surpresos. Entretanto, foram bastante amistosos. Fomos convidados a jantar com eles, nos seus lares, e assim separei- me do meu companheiro, seguindo ele com um gigante para o lar deste, e eu indo para a casa de outro gigante. Meu amigo gigantesco me levou para a sua casa, apresentou-me a sua família, e fiquei completamente aterrorizado ao ver o tamanho enorme de todos os objetos do seu lar. A mesa de refeições era colossal. Foi posto na minha frente um prato com uma quantidade tão grande de comida que poderia me alimentar, abundantemente, por uma semana. O gigante me ofereceu um cacho de uvas e cada uva do tamanho de um dos nossos pêssegos. Provei urna e achei bem mais doce do que qualquer uma que tivesse comido ‘do lado de fora’. No interior da Terra todos os frutos e hortaliças são bem mais gostosos e saborosos do que os que temos na superfície externa da Terra.

Permanecemos um ano com os gigantes, apreciando tanto o seu companheirismo quanto apreciavam nos conhecer. Observamos muitas coisas estranhas e fora do comum, durante nossa visita a esse povo notável e ficávamos continuamente assombrados diante do seu progresso científico e das suas invenções. Durante todo o tempo, jamais foram inamistosos para conosco, e permitiram que retornássemos para os nossos próprios lares, do mesmo modo que fomos — de fato, ofereceram-nos cortesmente proteção em caso de a necessitarmos, na viagem de regresso.”

Esses gigantes eram, evidentemente, membros de raça antediluviana dos Atlantes, que estabeleceram residência no interior da Terra, antes do dilúvio histórico, que submergiu Atlântida.

Uma experiência semelhante, de uma visita ao interior oco da Terra, pela abertura polar, mas completamente independente, foi citada por um outro norueguês, chamado Olaf Jansen, e registrada no livro, The Smoky God, de autoria de Willis George Emerson, um escritor americano. O livro é baseado numa narrativa feita por Jansen ao Sr. Emerson, antes de sua morte, descrevendo suas experiências reais, durante a visita que fez ao interior da Terra e aos seus habitantes.

O título, The Smoky God, se refere ao sol central do interior oco da Terra, que sendo menos brilhante e menor do que o nosso sol, aparece como “esfumaçado”. O livro conta a experiência verdadeira de um pai e filho escandinavos que, com o seu pequeno barco de pesca e ilimitada coragem, tentam encontrar a “terra além dos ventos do norte”, de cuja beleza e calor tinham ouvido falar. Uma tempestade de vento extraordinária os leva pela maior parte da viagem, através da abertura polar para o interior oco da Terra. Ficaram por lá dois anos e regressaram pela abertura polar sul. O pai perdeu a vida, quando um iceberg se quebrou e destruiu o seu barco. O filho foi salvo e depois passou 24 anos preso, como louco, por haver contado a história das suas experiências a pessoas incrédulas. Quando foi finalmente solto não contou mais a história a ninguém. Depois de 26 anos como pescador, economizou dinheiro bastante para ir para os Estados Unidos e se estabeleceu no Illinois e mais tarde na Califórnia. Aos noventa anos de idade, acidentalmente, o novelista Willis George Emerson o ajudou e ele lhe contou a história. Quando morreu, o velho homem deixou-lhe os mapas e o manuscrito descrevendo suas experiências. Recusou-se a mostrá-los a quem quer que fosse enquanto estava vivo, devido a sua experiência passada, em que as pessoas não o acreditavam e o consideravam louco se mencionasse o assunto.

O livro, The Smoky God, descrevendo a viagem extraordinária de Olaf Jansen ao interior oco da Terra, foi publicado em 1908. Conta a respeito das pessoas que vivem no interior da Terra, as quais ele e o seu pai encontraram durante a sua visita e cuja língua aprenderam. Disse que viviam de 400 a 800 anos e eram muito avançados em conhecimentos científicos. Podem transmitir seus pensamentos, de um para o outro, por certa espécie de radiação, e têm fontes de energia maiores do que a nossa eletricidade. São os criadores dos discos voadores, que funcionam por meio desta energia superior, obtida do eletromagnetismo da atmosfera. Eles têm três metros e sessenta centímetros de altura ou mais. É notável como esta descrição, de uma visita ao interior da Terra, coincide com a anterior e, todavia, são completamente independentes, uma da outra. Igualmente, o tamanho gigantesco dos seres humanos, que vivem no interior da Terra, coincide com o grande tamanho da vida animal, observada pelo Almirante Byrd que, quando do seu vôo de 2.730.quilômetros além do Pólo Norte, observou um animal estranho, parecido com o antigo mamute. Apresentaremos mais tarde, neste livro, a teoria de Marshall Gardner, pela qual os mamutes encontrados em blocos de gelo não são animais pré-históricos e sim enormes animais do interior da Terra, que foram levados para a superfície pelos rios e congelados dentro do gelo formado pela água que os transportou.

 

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Nota:

Para aqueles se perguntando, mas quem diabos é, ou foi o almirante Byrd, aqui vai uma pequena biografia:

Richard Byrd

Richard Evelyn Byrd (25 de Outubro, 1888 – 11 de Março, 1957), vice-almirante da Marinha dos Estados Unidos, foi um aviador, pioneiro e explorador polar, que sobrevoou o Pólo Norte em 9 de maio de 1926, e dirigiu numerosas expedições à Antártida, sobretudo um vôo sobre o Pólo Sul em 29 de novembro de 1929.

Nascido em Winchester (Virgínia), cursou a academia de Annapolis, obtendo o brevê em 1916. Frequentou a escola de voo da Marinha e ao final da Primeira Grande Guerra comandou uma unidade aérea na Nova Escócia. Iniciou as atividades que o tornariam famoso na expedição de D. B. MacMillan à Groenlândia em 1924 e sobrevoou o Polo Norte com o piloto Floyd Bennett em 1926.

Seu maior prestígio veio quando o mesmo organizou uma expedição científica de exploração da Antártica, nas proximidades do Polo Sul. Passou o inverno voando a identificar vários pontos do teritório e em 1928, fundou a base Little America, na Baía das Baleias. Em voo pilotado por Bernt Balchen voou ao polo sul em 1929 e as experiências e conhecimentos adquiridos lhe permitiram as demais viagens ao continente Antártico.

Em 1930, já almirante, retornou à Antártica no comando de uma expedição de 50 homens e entre 1933 e 1934 fez vários sobrevoos no continente, fez diversos experimentos meteorológicos e geológicos e descobriu as montanhas Edsel Forde a Terra de Marie Byrd. Na sequência, visando estudos meteorológicos, permaneceu cinco meses sozinho numa tenda, a 198 quilômetros a sul da base Little America. Passou ali a longa noite polar e sua experiência foi descrita em seu livro “Sozinho” (Alone). Em 1946 comandou mais uma grande expedição, com quatro mil homens e muitos recursos materiais. Mapeou o continente gelado e buscou minerais, dentre eles o Urânio.

Foram cinco suas expedições ao continente austral, entre a primeira de 1929 e a última em 1956. Entre 1946 e 1947, levou adiante a grande operação chamada High Jump (Pulo Alto), durante a qual descobriu e cartografou 1.390.000 km2 de território antártico. Em 1955 realizou a expedição Deep Freeze também na Antártica, tendo voado pela última vez sobre o polo austral em 1956.

Byrd chegou a competir com Charles Lindbergh pela primeira travessia do Atlântico norte, mas um acidente que feriu seu piloto Floyd Bennett o impediu de sobrepujar Lindbergh em 1927. Porém, ainda no mesmo ano, com Balchen como piloto, completou a travessia Nova Iorque – Normandia.

Recebeu diversas medalhas por heroísmo em combate, por suas expedições e descobertas. Participou como piloto de guerra na Segunda Guerra Mundial na Europa e no Pacífico.

Morreu em sua casa em Boston (Massachussets), em 1957, e está sepultado no Arlington National Cemetery, Virginia, como herói nacional e internacional.

por Raymond Bernard

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