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Magia do Caos

Introdução à Psibermágicka

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Por Peter J. Carroll.

Uma introdução à Tese Ipsissimus de Frater Stokastikos √-1o por nós mesmos.

Abandonando o formato literário convencional, apresentamos um catálogo conciso e abrupto de notas, observações, provocações, feitiços e rituais, para desafiar qualquer aspirante a mago com a sagacidade e ousadia de brincar com eles.

Em comemoração à nossa descoberta de seis dimensões, e em respeito a Santo Aleister Crowley, que foi pioneiro no formato que usamos aqui, agora adotamos o conceito de soletrar a arte e a ciência do mago como MÁGICKA.

(Melhorias para esta terceira edição do Psibermágicka escrito durante o outono de 2008, aparecem intermitentemente no texto entre parênteses. Uma década de pesquisas adicionais nos convenceu da necessidade de incluir a quarta dimensão (a curvatura) do espaço e do tempo no modelo de Hiperdobra para retomar a gravidade em uma descrição da realidade quântica-mágica.

Além disso, as hiperesferas que constituem este universo e todas as partículas nele devem vorticitar, mas a maioria delas anon…………

COMENTÁRIO 1:

Celebramos o início de um período de silêncio e nossa retirada dos papéis de Mago e Pontífice do Caos com o lançamento deste volume.

Nós vagamos pelo mundo por uma década e mais como um ‘eu’ buscando a magia secreta de ‘ser’. Então, com a realização da Legião do nosso Fazer, surgiu a clareza. O domínio do Templo, Riqueza, Honras e Poder então seguiram mais ou menos sem esforço. Você não precisa vender sua alma para ter sucesso com a magia de cor quase branca. Você apenas tem que reconhecer a existência de suas outras sete.

(Bem, o período de silêncio parece ter chegado ao fim depois de apenas uma década e meia. Tempo suficiente para fazer e lançar um segundo filho, para fazer o império de negócios funcionar mais ou menos no piloto automático e resolver alguns problemas esotéricos que nos incomodaram por metade de uma vida.

Escrevemos este livro como uma espécie de ‘adeus por enquanto’; delineando o tipo de pesquisa que pretendíamos realizar no interregno, daí os espaços que agora nos vêm a calhar.

A Maybelogic Academy nos atraiu de volta à briga pública e nos levou a fundar o Arcanorium College, onde alguns dos melhores bruxos e aprendizes do mundo se encontram para conspirar contra a realidade consensual.)

2. POR QUE MÁGICKA? IRRACIONAL:

Nos encontramos encarnados em um universo pós-moderno incrivelmente vasto de origem acidental entre macacos semi-inteligentes que buscam gratificações emocionais, poder, identidade pessoal e respostas a perguntas tolas, enquanto negociam essas mercadorias entre si. No entanto, as gratificações recomendadas e as identidades socialmente aprovadas parecem travessuras maçantes do que dois quilos inteiros de cérebro podem alcançar. Pior ainda, os deuses e Deuses dos macacos, apesar de todas as suas pretensões cósmicas, aparecem como antropomorfismos ridiculamente paroquiais, abstraídos de estruturas de linguagem defeituosas, agravados pelo desejo de obediência do animal de carga.

Desprezando todo o lixo à venda, alguns tentam criar seus próprios poderes, gratificações, identidades e explicações, e se autodenominam como magistas.

A arrogância, então, explica o melhor disso:
Mas Por Que Não!

Como a crença nas próprias capacidades leva evidentemente a capacidades crescentes, os magistas consideram que vale a pena acreditar em sua capacidade de realizar o impossível, mesmo que tenham sucesso nisso apenas ocasionalmente.

(De fato, e embora tenha doído muito, até aprendemos matemática suficiente durante o sabático para desafiar a Teoria do Big Bang.)

COMENTÁRIO 2:

Como nada tem sentido além daquele que escolhemos dar, devemos ou investir crença e significado em algo ou abandonar o jogo e cair direto no esquecimento.

Ao selecionar as crenças, podemos buscar o valor máximo de entretenimento e o aprimoramento da capacidade, independentemente dos chamados ‘fatos’; pois se um ser humano realmente deseja algo, as estatísticas não contam para nada.

Pessoalmente, atribuímos muito do nosso sucesso a um generoso desprezo pelos fatos aparentes que uma educação científica nos ensinou inadvertidamente.

Identifique o sentido agudo.

(Duvidamos que quaisquer fatos realmente existam.

Temos apenas observações e interpretações.

A maioria das interpretações permanece questionável.

A crença em qualquer deus aumenta a autoconfiança, mas ao preço de toda a bobagem teológica que a acompanha. Por que então não adotar a crença em si mesmo diretamente como um magista?

Se falhar ocasionalmente, eles recorrem a

Pm = P + (1-P) M ^1/P (A 2ª equação de magia, do Liber Kaos).

A Crença Dobra a Probabilidade (às vezes).)

3. A MULTIMENTE DE NÓS MESMOS:

Alguns filósofos e psicólogos lamentam a desintegração ou fragmentação do eu no mundo contemporâneo.

Nós celebramos este desenvolvimento.

A crença em um único eu decorre de monoteísmos religiosos tendo apenas um único deus. Joguemos fora o bebê junto com a água do batismo.

Se você se considera um ‘indivíduo’, no sentido de ‘indivisível’, você não viveu.

Se você apenas se considera um único ser capaz de desempenhar vários papéis, ainda não os interpretou in extremis.

Os eus devem permitir a cada um uma chance de atingir seus objetivos na vida, se você deseja alcançar qualquer sensação de realização e permanecer são.

(Muitas pessoas parecem passar a vida tentando parecer normais, previsíveis e consistentes para si mesmas e para aqueles que as cercam. Elas acabam entediadas consigo mesmas, desprovidas de qualquer profundidade de recursos internos, sufocadas pelas inibições que defendem suas próprias identidades monolíticas.

Se você só pode viver uma vez de cada vez, também pode ter várias identidades paralelas em movimento naquele momento.)

COMENTÁRIO 3:

Os autores se desculpam antecipadamente por qualquer irritação e confusão causada pelo uso da gramática caótica padrão que evita todos os conceitos de ‘ser’ e usa ‘nós’ em vez de ‘eu’, em reconhecimento à natureza legionária da multimente pessoal.

Se você ainda não aceita o princípio dos eus múltiplos, considere por que os humanos passam tanto tempo nos templos de Vênus, Luna, Baco e Marte, tentando escapar de seus eus Solares 1 cotidianos, em busca de amor, sexo, intoxicação e divertimentos violentos.

(Não mudaríamos uma palavra disso. Na verdade, conjuramos a conveniente ilusão do eu singular para simplificar nossas relações com os outros e com nós mesmos.

Na realidade, temos o nome ‘Legião’, temos mundos, deuses e demônios festejando dentro de nós.

Solte os laços do Ego e relaxe aquela velha e cansada teoria da mente pós-monoteísta para abrir o tesouro interior.)

4. MÁGICKA I – CIÊNCIA E MÁGICKA:

Os dez capítulos seguintes aumentam os procedimentos técnicos e a teoria geral da mágicka dados em nossos dois livros anteriores, o Liber Null e Psiconauta e o Liber Kaos: O Psiconomicon.

A LEI DE STOKASTIKOS:

“Qualquer forma de magia suficientemente avançada parecerá indistinguível da ciência.” 1

COMENTÁRIO 4:

Nossas estruturas de linguagem impõem a causalidade como modo de percepção. A causalidade não governa este universo. Os humanos rotulam eventos que eles associam frequentemente como causalmente conectados, e eventos que eles associam apenas ocasionalmente como coincidência.

Pessoalmente, preferimos considerar a ciência como o estudo e a engenharia de coincidências altamente prováveis, como a tendência das maçãs caírem quando caem das árvores. Preferimos considerar a mágicka como o estudo e a engenharia de coincidências menos prováveis, como a tendência das árvores de deixar cair maçãs quando pedimos.

Tudo funciona por mágicka; a ciência representa um pequeno domínio da mágicka onde as coincidências têm uma probabilidade relativamente alta de ocorrência.

Metade da habilidade na mágicka consiste em identificar probabilidades que valem a pena serem aprimoradas.

(Mais algumas equações foram fenomenizadas durante o interregno,

ΔSKo Δt3 ~h

Mostra um novo membro da classe de relações de incerteza/indeterminação do estilo Heisenberg, onde os efeitos associados à entropia mínima podem se propagar por grandes distâncias no tempo tridimensional.)

Nota [1] Arthur C. Clark cunhou esta declaração em sua forma reversa.

5. MÁGICKA II: ATAQUE MÁGICKO:

Ataque por Encantamento, Defenda por Evocação.

COMENTÁRIO 5:

Lembre-se (e use) o fato de que ataques mágickos imaginados criam muito mais baixas do que ataques mágickos reais. No entanto, não arrisque tentar adivinhar a natureza de um ataque mágicko real, pois isso aumentará sua vulnerabilidade a ele.

Para defesa, evoque ou crie um servidor/cibermorfo/eidolon de uso geral. Esqueça procedimentos ingênuos como erguer espelhos astrais ou escudos: eles têm pouco mais do que valor psicológico. Ataque ou contra-ataque vigorosamente com encantamentos devidamente ensigilizados, feitos sob medida para criar efeitos altamente específicos. Use a bala em vez da granada.

Faça aos outros o que eles fariam a você, mas faça primeiro.

Esses segredos podemos revelar, tendo nos retirado do serviço ativo depois de muitas campanhas

— Field (Campo) Magus Stokastikos.

(Na verdade, parece que já pegamos o bastão várias vezes desde então. O universo parece se encher de nova malícia e estupidez da entropia no minuto em que você vira as costas para ele.

Os humanos lutam principalmente para mudar o comportamento de seus rivais e adversários. O melhor ataque mágicko realiza essa mudança de comportamento diretamente e ignora completamente a carnificina intermediária.

Fonte: Psybermagick, por Peter J. Carroll.

Tradução por Ícaro Aron Soares.

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