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Sétima Hora – Nuctemeron

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A Sétima Hora, a hora que diz: “Um fogo, que concede a vida a todos os seres animados, é governado pela vontade de homens puros. O Iniciado estende a mão e o sofrimento transforma-se em paz!

Sabeis que a Sexta Hora nos revelou a perfeita purificação do campo de respiração, o corpo astral, o qual se encontra entre o Ser Áurico e a Personalidade. De que maneira se realiza essa purificação e quais as conseqüências correspondentes, explicamo-vos com detalhes. Então, tendo se realizado essa purificação, tornou-se o candidato dos Mistérios Universais uma entidade perfeitamente livre. O candidato está de posse de todos os seus poderes originais, e aprende a usá-los e a utilizar as forças encerradas nesses poderes.

Sua situação microcósmica é a seguinte: Os pontos magnéticos, situados no sexto anel áurico, tornam-se receptíveis. O Firmamento Magnético tornou-se luminoso, e o firmamento magnético do sétimo anel, que rege o nascimento natural, tornou-se totalmente subordinado ao Novo Firmamento O Fogo Magnético do Universo, do qual dimana a vida, não precisa mais penetrar no campo de respiração através do emaranhado de fios da rede do destino, mas, assim como o Fogo é, segundo o seu propósito original, entra no sistema microcósmico do candidato, e pode concentrar-se, perfeitamente puro, no campo de respiração, campo de respiração no qual o candidato respirando com um coração sétuplo purificado, alimenta o seu ser com esse fogo hermético. E diz então a Sétima Hora: “Um fogo que concede a vida a todo ser animado, é governado pela vontade de homens puros.”

E perguntamos: O fogo, que concede a vida a todos, já está sendo governado pela vossa vontade? Não parece! E dizemos isto impessoalmente, visto que estamos para descrever o tipo de homem iniciado e perfeitamente liberto.

Bem que vivemos do fogo que concede a vida, mas em razão do vosso nascimento dialético, violentais esse fogo, e cada pulsação é um atentado contra os seus santos valores. E deste modo entrais em conflito com ele!

E existe um fogo ímpio que nos mantém aprisionados, e que só em pequenina parte, extremamente pequenina, podemos influenciar com a nossa vontade. Donde vem ele? Qual a sua explicação?

Pois bem, esse fogo dialético, fogo que, conforme diz com acerto Jacob Bohme, crepita em impiedade, esse fogo é assim, porque as sete raças raízes originais, que povoaram todo o Universo visível, o Sétimo Domínio Cósmico – o Jardim da Humanidade Divina, a grande oficina da humanidade divina – não souberam utilizá-lo de maneira justa.

Todos nós somos os descendentes dessas sete raças originais, e o Firmamento Magnético, a lípica da qual vivemos e somos, é fiel reflexo do universo da impiedade. O firmamento magnético do nosso nascimento natural é projeção do sistema solar e do zodíaco, e assim ele é, ao mesmo tempo, a proteção do conjunto das hostes estelares.

Todo esse Firmamento onirevelado é uma rede gigantesca de pontos magnéticos, que se projeta fielmente em nosso Ser Áurico. Através do Ser Áurico, essa rede se projeta em nosso campo de respiração e no círculo ígneo da pineal no Santuário da Cabeça. Desta maneira, somos verdadeiros prisioneiros na Rede do Destino.

Essa rede do macrocosmo se projeta no cosmos, a do cosmos no microcosmo e a do microcosmo se projeta em nossa personalidade. E assim debatemo-nos e contorcemo-nos, ano após ano, no emaranhado de linhas dessa monstruosa rede magnética, até que somos consumidos e tragados pelo fogo.

Uma ciência existe, porém, que todos vós conheceis, seja unicamente de nome, seja por experiência, ciência que é atualmente denominada Astrologia. No passado foi tida em alta conta por vários povos. É uma ciência mediante a qual procura-se estabelecer o modo pelo qual os raios magnéticos do macrocosmo e do microcosmo agem na personalidade. É uma ciência da qual parte certamente grande atração sedutora, ciência na qual se caminha efetivamente por vias estelares. Praticamo-la pessoalmente durante anos. Durante quinze anos dedicamo-nos ao seu ensino, e os nossos alunos foram instruídos no tocante ao fato de eles estarem suspensos na rede do destino, quanto ao fato de serem absolutamente prisioneiros, e que cada dia, sim, cada hora de nossa vida era determinada pelas radiações magnéticas e pela sua configuração.

Foi ensinado o modo de se obter com exatidão a configuração das radiações, e mesmo conhecer, com antecedência, as respectivas conseqüências. Mas depois de tomarmos conhecimento muito bem de tudo isso e o experimentarmos bem, ficamos apreensivos em face desse poder magnético desenfreado. E neste ponto já se tratavam das conclusões.

As conclusões extraídas dessa ciência, poderão ser as seguintes:

Como me conduzo como prisioneiro na rede do destino?

Como me conduzo sob o flagelo das radiações magnéticas?

Como recebo os seus golpes?

Qual o modo mais vantajoso de debater-me na rede?

Qual a melhor maneira de utilizar a rede, para lutar na vida até que a morte por combustão seja o resultado final?

Ou, por outro lado, em contraposição a essas cogitações:

Como libertar-me da rede do destino?

Como passar-me para uma Vida Libertadora, onde não serei mais explorado pela Aranha da vida dialética?

Ainda a primeira conclusão poderia ser:

Como sigo, com o auxilio dessa ciência, o meu caminho para a morte?

Ou deveria ser:

Já que vi o Destino e encarei a Medusa, despeço-me desta realidade mortal para trocá-la pela Realidade de um Novo Caminho que leva à Vida.

Quando puderdes comemorar esta despedida, então vem a Gnosis com sua Oniabarcante Sabedoria; e rogaremos, como o faz Hermes Trismegisto até agora: “Oh! que jamais nos enganemos na Gnosis!”

Realizamos, a seu tempo, a despedida do plano horizontal da Astrologia, e sabemos que muitos há que não podem desprender-se dessa ciência, para seu próprio e grande prejuízo! Pois que a Astrologia e a sua aplicação tendo em vista a sua estrutura mágica, prendem fortemente à Terra. Isto não é mau para aqueles que estão ligados à Terra e centralizados no eu, e querem assim permanecer mas para aqueles que procuram a Gnosis, a Astrologia é nefasta e fatal. Não queremos declará-la ciência proibida para vós, mas, considerando à Luz da Gnosis, declaramo-la ciência inútil e perigosa.

Para os que têm essa ciência em grande estima, queremos perguntar: A Astrologia e a sua aplicação tornou-vos, alguma vez, mais felizes? Este ponto precisais tê-lo bem claro. E então passai para a tremenda verdade da Sétima Hora do Nuctemeron: “Um fogo, que concede a vida a todos os seres animados, é governado pela vontade de homens puros.” E isto significa que, se seguirdes a Senda, a Senda da Gnosis, já por longos anos indicada para vós, entrais em ligação com um outro Universo Magnético, com o Universo íntegro, o Universo Sanador.

O universo dialético obtém suas forças do Fogo Primordial, do fogo intato, incontaminado e puro. Esse fogo é então transformado pelos Eões da natureza, e carregado de influências secundárias, e assim passa a ser fogo ímpio. Contudo o Fogo Primordial continua presente, e está mais perto de nós do que as nossas mãos e pés, ele é onipresente. A sua Força-Luz não conhece nenhum enfraquecimento e desvio. Não brilha mais num lugar que em outro. E uma radiação que todo envolve! Ele É! Concede a vida a todo ser animado, e, por fim, também àqueles seres que não o recebem de primeira mão, mas recebem-no de segunda mão do universo dialético, ainda mesmo que seja transformado e profanado. Aqueles que tem êxito em se alçarem a essa Luz, e sabem manifestar para si um Novo Céu, um Novo Firmamento Magnético, o qual realiza dentro desse círculo de fogo uma Nova Terra, e assim, como homens purificados, desabrocham no Fogo Onipresente, não estão ligados a uma nova, a uma outra rede do destino, mas estão e vivem numa Força-Fogo que pode ser empregada e guiada pela sua vontade purificada e acrisolada.

Eles não caminham curvados sob a matéria, mas estão acima dela, eles governam a Substância Original e o Fogo que nela resplandece. Para eles o espaço da Substância Original torna-se novamente um Éden, um Jardim dos Deuses, uma Oficina, uma oficina no sentido lato da palavra, segundo a intenção primordial.

Visto que até este momento o Jardim dos Deuses está sujeio a grandes danos e profanação, e os descendentes das sete raças primordiais estão submetidos à natureza das coisas, governados pela natureza, o trabalho dos Libertos no Jardim dos Deuses é evidente.

Aqueles que se encontram agrilhoados à natureza da morte, devem ser despertados quanto à sua natureza primordial. Uma vez despertados, devem ser auxiliados para que essa natureza primordial obtenha a vitória sobre a natureza da morte; e todos os esses, forças e criações, inimigos da natureza original, devem ser neutralizados. Assim deve estender e assim estenderá a mão o Iniciado, a mão de sua autoridade sobre os novos poderes de seu novo estado de vida, a fim de que o sofrimento onipresente seja substituído pela paz, isto é, a fim de transfigurar e regenerar em concordância com a Natureza Divina. Esse é o sentido das palavras: “O Iniciado estende sua mão e o sofrimento se transforma em paz.”

Não penseis que os Iniciados Gnósticos vão correr atrás de vós para vos servir com suas forças e possibilidades em vosso dialético, fortalecer-vos nesse estado e auxiliar-vos nas condições como vos encontrais dependurados na rede do destino.

Não, eles estendem a mão para vós e sobre vós para libertar-vos do incessante sofrimento – se for do vosso desejo mostra-se que a Sétima Hora do Nuctemeron permite-nos dar um primeiro lance de olhos no grande e maravilhoso trabalho dos libertos, os quais mudam o sofrimento universal em paz, ao passo que administram o Fogo Magnético Divino, que é onipresente.

Por isso, pode-se dizer, com certeza, que o Jardim dos Deuses ficará purificado, que o sofrimento que nele está presente por toda parte, será mudado em paz, a Paz da Nova Jerusalém! Por isso que se diz:

“A Sétima Hora expressa o triunfo do Mago, ele dá aos homens e aos povos nova felicidade, ele os protege mediante suas sublimes instruções, ele paira sobre vós como uma águia, ele dirige correntes do fogo astral.

Todos os portais do Santuário estão abertos para ele e todas as almas, que diligenciam pela Verdade, confiam-se a ele. Ele é belo em grandeza moral e traz consigo e em si o resplandecente Poder do Amor.”

As estrelas conversam entre si. A alma dos sóis responde ao suspiro das flores. As correntes da harmonia fazem todos os seres da natureza harmonizarem-se entre si.

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