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O Triângulo Mágico – Prática da Evocação Mágica (4 de 22)

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Um triângulo mágico ao contrario do círculo mágico que simboliza o infinito, o interminável, a conexão com Deus, o alfa e o omega, é simbolo de manifestação, de tudo que foi feito, de tudo que foi alguma vez criado.

Sem o conhecimento do simbolismo do triângulo mágico e de todos os outros acessórios mágicos, o trabalho ritual e cerimonial não seria possível.

Todos grimórios ou ritos de exorcismo geralmente requerem que o mago que está trabalhando com um triângulo mágico veja que o espirito invocado, o ser ou poder esteja manifesto. A manifestação do ser – um espírito – em um triângulo é somente um aspecto da magia ritual, e nenhum ser estará completamente manifesto ao menos que o mago compreenda o completo simbolismo do triângulo mágico.

Para ter a idéia correta do simbolismo que alguém deve , em alguma extensão, estar familiarizado com Cabala e deve ter um completo conhecimento do segredo do número três. Quanto mais ele souber sobre a analogia do número místico três, mais profundamente estará apto a penetrar no simbolismo do triângulo que desenha e mais facilmente será para um ser manifestar a sí próprio.

Nos levaria muito distante se fossemos lidar completamente, neste ponto, com o número místico três e suas analogias. Eu posso somente dar umas poucas dicas as quais podem servir ao mago como princípios guias.

Acima de tudo, o triângulo é um diagrama do mundo tridimensional que conhecemos, i.e. o mundo mental, astral e físico.

Cada poder que deva ser projetado no mundo físico deve correr através dos três planos mencionados acima. O diagrama mostra-nos que o triângulo deve ser construído com sua ponta para cima e além disso indica que dois poderes projetam-se de um ponto no alto para a direita e esquerda e terminam em uma linha fixando seus limites.

Observando o diagrama destas duas linhas divergentes como um todo, mostra que os dois poderes universais, o Plus e o Minus, eletricidade e magnetismo, os quais são unidos pela linha abaixo.

Por isto o mundo causal manifesto é simbolizado, o qual, do ponto de vista astrológico, é equivalente a saturno, i.e. o número místico três.

No mundo mental simboliza a força de vontade, intelecto e sentimento; no mundo astral simboliza poder, legalidade e vida; e no mundo físico simboliza, como já dito acima, o Plus, o Minus e o neutro.

O triângulo com sua conformidade é assim refletido em tudo e em cada plano, pois é o início de tudo que foi criado, a causa de tudo compreensível.

O número místico três, i.e. o simbolismo do triangulo, representa como bem conhecido um papel muito importante em cada religião.

Na religião cristã, por exemplo, há a trindade: Deus pai, Deus filho e o espírito santo; na religião índia há Brahma, Vishnu e Shiva, i.e. o criador, o preservador e o destruidor, etc. . Centenas de analogias simbólicas podem ser dadas aqui, mas é deixado ao mago ir mais profundamente dentro dos detalhes deste simbolismo e suas analogias. A coisa mais importante para ele é saber que o triângulo equilátero, o qual é , para o mago, o símbolo universal situado hierarquicamente após o círculo mágico.

Um mago nunca seria apto a obter um certo poder ou certo ser dentro de um círculo sem o auxílio de um triângulo mágico, pois o círculo é, como conhecemos, o símbolo do infinito e não um símbolo de manifestação. Nenhum mago deve nunca esquecer este fato.

Alguém pode, claro, chamar um ser ou poder em uma figura diferente de um triângulo, e isto é feito comumente com baixos espíritos, mas quando lidando com altos poderes ou seres de alta hierarquia o mago nunca estará apto a trabalhar sem ter desenhado o diagrama relevante, i. e. um triângulo, imediatamente após ter construído um círculo mágico.

O mago irá agora estar familiarizado do fato que o círculo é o primeiro diagrama que não tem limites; o triângulo é o primeiro diagrama com limites ou símbolo-espacial no qual um ser, um poder, etc. pode ser projetado.

No caso da evocação mágica o triângulo tem que ser largo o suficiente para dar espaço suficiente para o poder ou ser evocado ou projetado, pois o ser ou poder nunca deve ser maior que o triângulo por sí só. O mago deve assegurar-se que o ser ou poder que ele chamou está sob seu completo controle, e que ele próprio, enquanto permanecer no centro do círculo, está assim representando um poder superior, uma idéia universal, divina.

Consequentemente, um ser que foi chamado para o triângulo não é capaz de deixa-lo sem a permissão do mago, ou para usar um termo mágico, sem “abdication”. Para o formato do triângulo, ele pode ser duplamente de ângulo agudo ou com ângulo reto.

Para o triângulo o mesmo material é usado que para o círculo. Quando operando ao ar livre, o triangulo pode ser desenhado com uma arma mágica como uma espada mágica ou adaga. Se o círculo estiver inscrito em um pedaço de tecido, então o triângulo tem que ser desenhado nele também. A construção do triângulo deve ser feita magicamente; não somente a mão física do mago é empregada, deve ser desenhada enquanto o mago está completamente consciente de sua mão astral e mental, similarmente à construção do círculo mágico.

De outro modo o triângulo não irá produzir efeito e não terá influência no poder do ser a ser invocado. O mago tem que meditar, de modo que com a ajuda do triângulo como símbolo mais elevado, a manifestação do ser desejado ou poder seja efetuada. O mago irá em breve perceber que quanto mais ele souber sobre o simbolísmo do triângulo mágico, maior será sua influência sobre o ser ou poder que ele evocou.

Além disso, é uma grande vantagem para o mago conhecer desde já que no ponto de desenhar o triângulo ele está, em sua consciência, conectado com Deus, estado cuje ele trouxe à tona através de ter meditado ou usado sua imaginação, então realmente não é o mago que está desenhando o triângulo, mas a deidade incorporada no mago.

É bem útil redesenhar a linha de um velho triângulo com uma das armas mágicas mencionadas acima cada vez antes de utiliza-lo novamente, de modo a reviver as analogias dentro do triângulo e também dentro da mente do mago.

No caso do triângulo estar pintado em um pedaço de roupa, o mago deve gentilmente seguir as linhas com a arma. No caso de operações mágicas cuja nenhuma arma mágica seja necessária as linhas do triangulo podem ser traçadas por um bastão mágico ou com o dedo indicador  somente.

O selo ou talismã do ser correspondente é usualmente colocado no centro do triângulo, de modo a expressar seu significado simbólico. Eu devo dar uma completa descrição de como um selo ou talismã deve ser feito em um dos capítulos subsequentes.

Um mago bem treinado pode colocar um condensador fluídico, importante que relevantemente carregado, no centro do triângulo, ao invés do selo, colocando o em um vaso largo, dentro da assim chamada taça mágica. Mas ele pode também usar um pedaço de papel úmido impregnado com  condensador fluídico e carregado para a manifestação do poder ou ser que será chamado. É, em princípio, dependente do gosto individual do mago de qual das duas possibilidades descritas ele fará uso. Em alguns casos estes detalhes podem, entretanto, depender da escolha dos poderes ou seres que estão para serem evocados ou manifestos pela vontade do mago.

Eu já lidei com condensadores fluidicos, com os líquidos e sólidos assim como com os de tipos simples e complicados, em meu primeiro livro “Iniciação ao Hermetismo”; o mago pode usar tanto condensadores fluidicos simples como complicados, qualquer que sirva seu propósito melhor.

O triângulo mágico é, assim como pode ser visto do que foi dito, principalmente um diagrama para colocar o mago em contato com o poder ou ser que ele deseja empregar. Pode servir a um certo propósito, ou, se necessário, também a mais de um propósito. Seu objetivo é primeiramente entrar em contato com o ser ou poder que o mago deseja empregar, e em segundo lugar chamar um certo ser do macrocosmo em nosso mundo físico, e em terceiro condensar o ser em um modo que possa inclusive ter certos efeitos em nosso mundo físico. Tudo isto é dirigido pela vontade do mago. O ser ou poder evocado pelo mago irá tanto afetar o mundo mental, astral ou o físico, assim como o mago desejar obter.

Seguindo os princípios os quais por hora são bem conhecidos do mago, cada poder ou ser irá somente ter efeitos dentro das esferas das quais ele foi chamado e em qual foi condensado. Isto significa que, por exemplo, um ser projetado na esfera mental não será naturalmente apto a influenciar o mundo físico, mas somente irá tornar-se efetivo no mundo mental. O mesmo é valido para os mundos astrail e físico. O leitor irá encontrar mais detalhes sobre o mistério da condensação ou materialização de uma esfera na outra em um capítulo posterior.

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