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O instituto Nacional de Justiça publicou em 1988 a melhor definição do que seria um assassinato serial:
“Uma série de dois ou mais assassinatos cometidos como eventos separados, normalmente, mas nem sempre, por um infrator atuando isolado. Os crimes podem ocorrer durante um período de tempo que varia desde horas até anos.”
Analizando cuidadosamente a descrição acima podemos ver que não existe a necessidade da presença de um humano, ou seja, nem apenas pessoas podem ser classificadas como Serial Killers. Se você acha isso absurdo, continue lendo.
No início da primeira década dos anos 2000 um número de telefone foi emitido pela Mobitel, uma empresa búlgara de telefonia celular. Durante alguns anos diferentes pessoas tiveram esse número. Acredite ou não – na verdade você já estava esperando por isso – cada uma das pessoas que tiveram esse número de telefone morreram. MORRERAM. CADA UMA DELAS.
Em 2001 o primeiro dono do número, Vladimir Grashnov morreu de câncer. Vladimir era, coincidentemente, o presidente e dono da Mobitel. Uma morte horrível, mas que apenas servia de prelúdio para as próximas, talvez ele tenha pronunciado as fatídicas últimas palavras “não mexam no número do meu telefoneeeeeeeehhhhh…”, nunca saberemos, mas assim que Vladimir morreu a companhia disponibilizou o número, que foi então adquirido por Konstantin Dimitrov. Konstantin era um chefão da máfia búlgara, daqueles poderosos, casca grossa, que adora sair com modelos. Em um desses encontros, em 2003, ele foi baleado e morto. O número ficou sem dono, novamente, mas assim como um boneco de crianças assassino, ele não descansaria até encontrar uma nova vítima, o que aconteceu em pouco tempo, Konstantin Dishliev.
Este terceiro pobre coitado não compartilhava apenas do nome da vítima anterior, mas também da maldição. Vladmir, o primeiro dono do número morreu em 2001, Konstantin, o mafioso, em 2003. Você conseguiu perceber algum padrão nisso? Se conseguiu então sabe o que aconteceu exatos 2 anos depois. Sim o segundo Konstantin foi morto a tiros do lado de fora de um restaurante Hindú na capital da Bulgária.
Agora, seria interessante um matemático entrar em jogo para calcular quais as chances de dois homens com o mesmo nome, Konstantin, que seguiam linha similares de trabalho, o primeiro era mafioso, o segundo o chefão de um império de drogas, serem mortos de maneira similar, baleados em restaurantes, e ambos carregando o mesmo número de celular. Mas vamos deixar isso para algum matemático desocupado.
Bem, se isso não é uma maldição, não sei do que chamar, 3 mortes, cada uma acontecendo em intervalos de 2 anos. O que posso dizer é que a companhia Mobitel ligou os pontos e resolveu que não queria ser acusada de cumplicidade com um serial killer, e por isso tirou o número do mercado. Quando perguntaram aos representantes da empresa o que achavam dessas “coincidências” eles simplesmente responderam:
“Sem comentários. A política da empresa não permite que discutamos sobre números individuais de telefone”.
Alguém ficou curioso? Uma bala para quem acertar o número!
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