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Muito bem, até agora vimos muito da teoria sobre caçar fantasmas, chegou o momento para sairmos para algum trabalho de campo, mas como fazer isso? Você comprou algum equipamento, se familiarizou com ele, estudou sobre os diferentes tipo de experiência, leu livros, sites e… não sabe agora como dar o próximo passo.
Assim que começar a se envolver com a caça a fantasmas irá descobrir que todo mundo tem uma boa história para contar. Mas em geral as coisas não vão muito além disso. Praticamente todo mundo tem uma história de assombração na família, um primo ou prima esquisita que vê ou fala com espíritos ou é “sensitivo” ou “médium”. Tudo isso é muito interessante e lhe dá algum material de comparação, mas você não quer terminar apenas ouvindo histórias com uma mochila cheia de equipamentos e sem nada nas mãos.
É aqui que entra a importância do trabalho de pesquisador. A parte mais importante da pesquisa é o pesquisador. Assim, vamos antes de tudo falar de sua equipe. Você possui uma equipe? Alguém possui experiência ou são todos curiosos ou pessoas entediadas? Existe um líder? Se houverem outras pessoas elas respeitam esse líder?
Como vimos no início deste texto é muito melhor se caçar fantasmas na companhia de um colega do que sozinho. Além de aliviar um pouco a tensão natural desta atividade a pessoa que está como sua dupla serve como um referencial objetivo, pode confirmar ou negar alguma experiência. Só você viu aquela senhora transparente fazer careta e atravessar o teto ou todos viram? É impressão sua, ou está vindo um som parecido com o choro de crianças do andar de cima?
Organizar uma equipe, geralmente é algo divertido em um primeiro momento, mas depois de algumas horas revendo vídeos e ouvindo gravações pode te deixar com muita raiva de alguns “supostos amigos”. Quando for começar procure por pessoas que tenham os mesmos interesses. Como dissemos, muitas vezes 80% do trabalho de um caçador se resume a uma atividade tediosa. Também é necessário que alguém coordene a equipe e isso não é bem visto por pessoas que não se conhecem – “por que é que EU tenho que fazer o que ELE diz?”.
O ideal é que assim que forme um grupo a liderança seja sorteada e mudada a cada experiência de campo, com o tempo o melhor líder surgirá naturalmente e assim todos tem a chance de se acostumar com todos, e ver quais as pessoas que funcionam melhor em duplas.
Existe um número ideal de pessoas para um grupo de caçadas?
Não.
Apesar de grupos serem bons, existem caçadores e caçadores que trabalham muito bem sozinhos. São os chamados lobos solitários. Se for trabalhar em duplas é bom considerar números pares de pessoas, a não ser que escolha alguém para ser o coordenador. E se ao invés de duplas formarem trios?
Pense apenas que inicialmente pode ser fácil formar um grupo grande, mas o trabalho de um grupo de Caça Fantasmas não pode ser sustentado com fogo de palha. Quando percebem que não vão ver uma manifestação por fim de semana as pessoas começam a desanimar. É melhor ser criterioso inicialmente do que ser deixado na mão na hora de analisar e tabular os resultados de uma pesquisa.
São tantas coisas a se considerar que querer fechar um formato pré determinado chega a ser impossível. Pense o seguinte: lugares muito grandes são cobertos de forma mais ampla por mais pessoas com mais equipamentos. Já em locais menores, muita gente mais polui o ambiente e fica no caminho uns dos outros do que menos pessoas. O que costuma funcionar melhor é formar um grupo pequeno de pessoas que tenham empatia e então juntar força com outros grupos. Uma vez que você comece a pesquisar sobre fantasmas invariavelmente encontrará outras pessoas e grupos interessados, pequenas células se unindo muitas vezes funcionam melhor do que tentar montar de cara grandes grupos e coordená-los.
Além disso em lugares fechados muitas pessoas mudam as condições ambientes, como temperatura e umidade do ar, isso pode confundir leituras – alguns medidores CEM apitarão se forem sensíveis e na sala ao lado houverem duas ou três pessoas com lanternas, câmeras e gravadores ligados nas mãos, da mesma forma que uma parede fina deixará a temperatura de alguém, uma ou mais pessoas, encostado nela afetar leituras de um termômetro laser. Por outro lado, muitas assombrações e aparições se tornam mais ativas em lugares mais ou menos movimentados. Assim apenas o tempo e a experiência poderão te dizer qual a melhor forma de você trabalhar.
Tendo dito isso, uma caçada solitária possui exatamente os mesmos protocolos de uma caçada em grupo, por isso este roteiro serve tanto para você, lobo solitário, quanto para você e seu grupo. Como já dissemos um grupo permite que diferentes tarefas sejam executadas simultaneamente, ou seja, o trabalho pode fluir mais rápido, assim caso este seja o seu caso, o de ter ou fazer parte de um grupo, divida as funções. Novamente a dica é no início revezar cada tarefa entre os membros para descobrir quem é melhor em fazer o que.
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