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Sexta Hora – Nuctemeron

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A Sexta Hora, até onde acaba de chegar a nossa exposição, diz: “O Espírito permanece impassível. Ele vê o monstro infernal vir ao Seu encontro e está sem medo.”

Pudemos, então, estabelecer que a Quinta Hora foi a “Hora da Vitória”, na qual o candidato nos Mistérios Gnósticos, primeiramente, lança um olhar retrospectivo e depois, sob nenhuma condição, toma a decisão de não mais trabalhar com as forças e os métodos da vida antiga; porque, se o fizesse, essas forças, como que automaticamente, passariam a governá-lo. Em seguida, dirige os seus olhos para o futuro, onde, provido de forças completamente novas, isto é, provido das forças das Grandes Águas, as Forças do Espirito Sétuplo, como servo de Deus e dos homens, toma sobre si a sua tarefa.

Após ter comemorado a sua vitória, o candidato se encontra em seu caminho de desenvolvimento, pela primeira vez, como homem perfeitamente livre, dentro da natureza da morte.

Agora, para ele, valem integralmente as palavras: “Está no mundo mas não é do mundo.”

Muitos foram os místicos que procuraram dar solução a essas palavras, fugindo, literal e corporalmente, do mundo. Ocultaram-se atrás das grossas paredes dos mosteiros, ocultaram-se em lugares inacessíveis das florestas virgens ou das montanhas e, isto não bastando, procuraram ainda, no interior das paredes dos mosteiros, o isolamento em celas.

Mas agora não se trata de paredes e celas em lugares isolados, mas trata-se de estar no mundo, no sentido mais amplo da palavra. E, em meio deste mundo, o candidato provará que é uma peça valiosa e atuante a serviço do mundo e da humanidade; uma peça ativa, perfeitamente mergulhada na vida da natureza da morte, tendo como objetivo poder assim aproximar-se de todos os que, nessa mesma natureza, se encontram aprisionados.

E, deste modo, está o candidato no mundo e no entanto não pertence ao mundo!

Esse é o segredo da Arte Hermética.

O “não pertencer ao mundo” não é nenhuma fuga do mundo, nenhuma inimizade pelo mundo ou pela vida, mas é estar no mundo, servi-lo e, através dos Mistérios Gnósticos e com o seu auxilio, vencer interiormente este mundo, por meio do Nascimento da Alma e do Novo Estado de Consciência. E alcançar o poder, mediante o novo estado de ser, manter impassível o Espirito diante dos ataques e da tirania dialéticos.

Semelhante homem tornou-se um homem sem medo. Ele se encontra, em sentido gnóstico, enobrecido para o serviço à humanidade. Ele pode caminhar sossegadamente pelo mundo e, não obstante, contar com perigos, porém ele não os teme, devido a Nova Força interior.

Penetrar nessa superior e profunda Liberdade, deve ser o anseio mais profundo e a meta de todo aluno da Escola Espiritual, porquanto toda forma dialética de liberdade é um grande e fundamental embuste, uma auto-ilusão absoluta e sempre uma forma de aprisionamento. Permiti, pois, que acompanhemos o rumo da verdadeira Liberdade de um tal servo da humanidade, dentro da vida dialética. Ele realiza sua tarefa por incumbência da Luz Universal. Por isso ele recebe o título de Rei-Sacerdote. Seu sacerdócio é-nos compreensível porque ele serve a Deus e ao homem, ele é uma luz, na Senda, para o pesquisador. A sua realeza devemos compreendê-la no sentido clássico. Um rei, em sentido fundamental, é um monarca, um homem que se tornou autônomo, um homem que, vivendo verdadeiramente o sacerdócio, elevou-se a essa autonomia.

Não há poder algum (afora o da Gnosis) que esteja acima do dele. Não há na dialética domínio algum em que ele não poderia penetrar para realizar sua tarefa. Com certeza, já deveis ter lido na Escritura Sagrada Universal acerca da verdadeira realeza da alma, da realeza que foi libertada pelo Espirito. Compreende-se que um tal Sacerdócio Real, um estado de ser absoluto, seja necessário para o Obreiro do Reino de Deus!

Por isso que semelhante Sacerdócio Real é, por exemplo, indicado como Sacerdócio Real de Melquisedec, o do misterioso dirigente de uma Ordem elevada, a Ordem de Melquisedec.

Melquisedec é a entidade que representa a Superior Justiça Divina, e reside na eqüidade do Divino Reino da Paz. Por isso, diz-se que ele é Rei de Salém, Rei do Reino da Paz. Todos, portanto, e na Sexta Hora de sua viagem para a Vida Universal começam a sua tarefa em serviço integral, são reis-sacerdotes segundo a Ordem de Melquisedec, com que se indica, na natureza da morte, a elevada autonomia e a inviolabilidade desse sacerdócio. Assim, precisais compreender bem que o candidato nos Mistérios Gnósticos, candidato que ingressou na Ordem do Sacerdócio Real e executa o seu trabalho prestimoso, tem mais o que fazer, do que talar e testemunhar a respeito da vida libertadora do estado da alma. Mediante exemplo dinâmico e vivo, e mediante a construção de um “campo de trabalho”, um tal rei-sacerdote precisa estimular os pesquisadores a tomarem em suas mãos o cajado de peregrino. Este trabalho é, porém, tão somente uma relativa e pequenina parte do que, efetivamente, vai ser realizado. O campo de atividade, ao qual o Rei-Sacerdote deve dirigir-se, é tão extenso, que é quase impossível fazer-se dele uma idéia.

Quem, pois, quer também compreender, mais ou menos, o significado da Sexta Hora, deve procurar dar uma vista de olhos nesse “campo de atividade”, para abranger algo de sua grandiosidade e inviolabilidade.

Vivemos num mundo de ilusões, cujas causas, em sua maioria, encontram-se veladas. Quem quer realmente auxiliar uma criatura, em todos os seus caminhos, pelo campo da existência, deve conhecer as mais recônditas causas desta vida.

Todos nós possuímos caracteres distintos, e não obstante sermos seres humanos, possuímos tipos basicamente diferentes, e, nas mesmas situações, pensaremos, sentiremos e agiremos diferentemente. As atividades psicológicas são, quanto às causas e os resultados, inteiramente individuais.

Poderíamos liquidar essas diferenças falando em: passado, karma, estado de sangue, fatores hereditários, raça, povo, vida burguesa, mas, com tais palavras, pouco damos a entender basicamente. Pois, quando dizemos que somos produtos do passado, então ainda nada dissemos da verdadeira natureza desse passado; e não é nada fácil sondar completamente esse passado, ainda que seja um pouco dele. Na Escola aproximando-nos desse problema quando dizermos que toda manifestação de vida é a conseqüência de uma certa radiação eletromagnética de natureza cósmica. Mas também assim ainda nada dissermos daquilo que se encontra por trás.

Os raios cósmicos, no que se refere ao seu objetivo, vêm diretamente a nós ou não? Existem forças ou seres que a esse respeito ocasionam transformações que as distorcem com segundas intenções? Existem talvez ainda outras obstruções? Não seria que vários reinos de vida estariam se influenciando reciprocamente, fazendo surgir assim toda a espécie de radiações secundárias?

Deste modo podereis propor uma série de perguntas, e, quando na Escola da Rosacruz dizermos simplesmente que há uma radiação dialética e uma radiação gnóstica, estamos unicamente balbuciando o primeiro princípio de uma ciência da radiação, que deve ser investigada, ciência esta da qual se devem explicar todas as causas e estados da vida, antes de que se possa falar de um verdadeiro auxílio, de uma verdadeira terapia.

O que sabemos basicamente um do outro?

Vemos uns aos outros fazer coisas estranhas, funestas, deploráveis muitas vezes consternados, perguntamos por que?

E assim assomam muitas perguntas! Por que um vem para a Escola da Rosacruz e um outro não? Por que muitos, que estavam a ponto de encontrar a Rosacruz, no último momento, recuaram?

Que influências invisíveis fizeram-no mudar de direção?

Eis por que o verdadeiro e profundo amor ao próximo requer que se saiba por que alguém pensa, sente e age assim como o faz.

Que forças, em toda sua variegada multiplicidade, governam o homem? É possível, uma vez descoberta a fonte dessas forças, obstruí-las ou desviá-las de seu curso em relação a determinados grupos humanos?

Percebeis que possuir o domínio e o conhecimento da ciência da radiação, em sentido universal, é uma necessidade para se executar verdadeiro serviço ao próximo?

Os Antigos distinguiram muitos grupos de radiações, segundo os seus efeitos. Eles personificaram esses grupos e assim fala-se de deuses, ídolos e espíritos. Mediante muitas invocações e apelos, mediante muitas práticas ocultas, procurou-se, em seguida, limitar a eficácia de certas radiações em sua atividade; ao mesmo tempo, procurou-se estimular outras radiações. Assim, descobrimos que se trata de uma antiga ciência que, em certo sentido, perdeu-se, foi esquecida e arruinou-se, por ter sido empregada, ilegitimamente. Essa ciência só deve ser conhecida e utilizada, quando se está animado de intenções verdadeiramente gnósticas, intenções que a todos nós são diariamente sugeridas.

Podemos esboçar para vós essa Ciência (ciência que há muitas dezenas de milhares de anos esteve em poder da humanidade), para com segurança e rapidamente aplainar, um para o outro e conjuntamente, o Caminho para a Vida Libertadora.

Porém, desde há muito que esse Antigo Saber, outra vez foi retirado para os Mistérios da Ordem de Melquisedec, e só é presenteada àqueles que, na Sexta Hora, devem iniciar o seu trabalho auxiliador..

Em nosso próximo artigo, vos falaremos acerca dessa Ciência das Radiações Cósmicas, sobre sua natureza, objetivo e prática, a fim de pôr o significado da Sexta Hora do Nuctemeron sob luz clara.

Uma parte da Sexta Hora foi agora esclarecida para vós, justamente a que diz: “O Espirito permanece impassível. Ele está sem medo.” A outra parte: “Ele vê o monstro infernal vir ao seu encontro”, deve ainda seguir-se, e com estas últimas palavras faz-se, sob certos aspectos, referencia às Radiações Intercósmicas.

O Espirito permanece impassível. Ele vê o monstro infernal vir ao Seu encontro e está sem medo.

Examinaremos neste artigo a segunda parte da Sexta Hora, cujo texto completo diz: “O Espirito permanece impassível. Ele vê o monstro infernal vir ao Seu encontro e está sem medo.”

Temos, por conseguinte, de responder à pergunta: Por que o homem liberto da dialética, mas que ainda nela se encontra em atividade a serviço do mundo e da humanidade, está absolutamente sem medo, apesar de ver aproximar de si o monstro infernal?

É necessário que compreendais bem que esse “sem medo” nada tem a ver com um eventual medo atinente a si mesmo, medo que se refira ao seu próprio estado de ser, porquanto o candidato, já na Quinta Hora, obteve a vitória sobre a morte e sobre a matéria. Por isso que é compreensível, quando ele dá inicio a sua tarefa de libertação da humanidade, não pode, de nenhum modo, tratar-se de um vulgar medo atinente à sua existência, e, por conseguinte, também atinente à típica luta dialética pela existência.

O liberto tornou-se “sem medo” em relação à existência e, por isso, não tem nenhum sentido, na Sexta Hora, referir-se novamente a um estado que se relaciona com o ser natural.

Além disso, seria desperdício de preciosas palavras, visto que, conforme pudestes concluir conosco, o conjunto concernente ao Nuctemeron, às 12 Horas Mágicas, se caracteriza por uma formulação especialmente concisa. Todo esse conjunto pode ser posto numa folha de papel.

Por conseguinte, Apolônio de Tiana ligou à Sexta Hora uma toda outra intenção, e assim faz-se necessário uma exposição bem pormenorizada. Tende em vista, nesta afirmação, a constituição de um microcosmo.

Como sabemos, o quadro exterior de um microcosmo consiste, primeiramente e por fora, no grande campo magnético. Em seguida, encontramos o sétuplo ser áurico, que se compõe de camadas de diferentes potências, e está semeado de pontos magnéticos.

No interior desse ser áurico vemos um espaço aparentemente vazio, e falamos de campo de respiração ou de campo astral, e nesse campo de respiração encontramo-nos como personalidade.

Pois bem, queremos muito especialmente chamar a vossa atenção para esse “campo de respiração” do microcosmo. Verdadeiramente, na Escola, nunca fizemos um estudo minucioso desse campo.

Bem que sabíamos, entretanto, que o “campo de respiração” é um campo organizado, e que nele circulam várias correntes de energia de natureza astral, correntes que estão ligadas ao sistema fígado-baço. Além disso, no “campo de respiração” habitam forças das quais o microcosmo precisa ser libertado, forças demoníacas, auto geradas, que estorvam os homens, forças que, para eles, podem ser fatais, muitas vezes.

Apolônio de Tiana deseja que o candidato, em sua reflexão sobre a Sexta Hora, tome conhecimento desse fato e descubra que espécie de forças se fazem presentes no “campo de respiração”, ou corpo astral de um microcosmo. E quando nos aprofundarmos no assunto, constataremos que, jamais houve momento, para nenhum microcosmo, em que o seu “campo de respiração” não estivesse povoado.

Numa das precedentes exposições sobre o Nuctemeron, ficamos sabendo que se deve processar geral purificação e ordenação das várias tensões e radiações magnéticas nos vários órgãos e esferas do microcosmo.

No entanto, queremos dizer-vos que, quando num microcosmo certas tensões magnéticas são constatadas, esclarecidas e dissolvidas, tensões estas que entravam e prejudicam os homens, acontece que no lugar delas sempre surgirão outras relações magnéticas.

Em que se concentram, no decorrer dos anos, os vossos pensamentos, sentimentos, forças volitivas e atividades, que na maioria das vezes determinam vossas ações?

Sabeis que determinados pensamentos e sentimentos se vos impõem periodicamente. Eles influenciam vossa secreção interna, vosso sangue e vosso fluido nervoso. E, com a regularidade de um relógio, permaneceis ocupados com as conseqüências corporais de todas essas influências, abertas ou veladamente, hesitando ou com muito medo, e, como que sujeitos a uma pressão ou, talvez, com certo agrado, ou ainda com profundo desgosto, passais a ações que se harmonizam com essas influências. Muitos lutam desesperadamente contra essas inclinações, mas não há ninguém que possa dominá-las. O homem é obrigado a obedecê-las, ainda quando põe em suas ações maior ou menor dose de cultura, de modo que as conseqüências correspondentes talvez satisfaçam à sua consciência ou a iludam.

Procura-se enfeitar todo esse processo com uma etiqueta psicológica, filosófica. Discute-se academicamente sobre ele e procura-se dissecá-lo psico-analiticamente.

Buscam-se vias que nos dêem um comportamento pelo qual o nosso próprio grande conflito de consciência, causado por todos esses impulsos e sentimentos animalescos, possa ser eliminado, possa ser dissolvido psico-analiticamente.

A razão mais profunda de tudo isso radica, sem exceção, no “campo de respiração” do microcosmo, no qual tem sua base todos os estados magnéticos, tensões, tendências e forças.

Algumas dessas tensões entram pelo sistema fígado-baço, e fala-se então de subconsciente. Outras se põem a caminho através do cerebelo pela medula alongada ao coração, e fala-se então em desejos, anseios e estados sentimentais.

Outras ainda penetram pelas aberturas da pineal e perturbam os órgãos sensoriais e os órgãos intelectivos e, por fim, os órgãos da vontade, e quando o fogo da vontade é atiçado então surge a irrupção, como lei natural.

Por que sois assim como sois?

Por que agis do modo como agis?

A resposta podeis encontrá-la no “campo de respiração” e em seus habitantes.

Muitas dessas forças que lá residem, lá já se encontravam ao nascerdes, porquanto o microcosmo, que vos mantém cercados, não era puro e virgem ao nascerdes! Antes de vós já existiram muitos outros habitantes em vosso microcosmo.

Ele é uma casa que já foi habitada muitas vezes.

E muitos moradores do “campo de respiração”, que se fazem constatar desde o inicio, nos pressionam. Eles foram tomando o governo em vossa vida e a impelem em direções várias. Eles ganham poder sobre vós em concordância com as vossas experiências e situações.

Talvez tenhais admitido que todos os povos primitivos, com sua crença em demônios, com seu perfeito animismo, foram insensatos, incongruentes.

Não, nesse ponto todos eles são igualmente naturais e verídicos.

Eles não desmentem os fatos, não sabem outro caminho senão admitir a realidade e a ela corresponder. Eles procuram servir, em perfeita rendição e por turno, todos os seus deuses do “campo de respiração”, a fim de satistazê-los e assim não aumentar as tensões.

O que os primitivos povos fazem, aberta e naturalmente, todo povo culto faz às escondidas e sob muitos disfarces, mesmo com o nome Jesus Cristo na boca.

Compreendeis o que pensamos a respeito de semelhante cultura. Não há homem algum de estrutura dialética, que não sirva aos seus deuses do “campo de respiração”! Isto não é nenhuma acusação, mas tão somente expomo-vos a realidade, retiramos as máscaras.

Não há homem dialético algum e nenhum homem espiritual que possa subtrair-se da direção das forças magnéticas de seu “campo de respiração”.

Por isso, não deveis presumir o que na realidade não sois. Somos, em sentido mais profundo, pobres homúnculos, todos, segundo a natureza, joguetes das forças magnéticas.

Dos artigos precedentes vimos que, para o grande conflito de consciência e principalmente para o portador do Átomo Original, a vida, em sua totalidade, é um conflito de consciência e a única solução reside em fazer-se desenvolver na Gnosis outras e novas forças magnéticas no “campo de respiração”.

Realizamos isto, em primeiro lugar, mediante fé inabalável, profunda ânsia e dedicação que não conhece solução de continuidade. Este é o segredo do sucesso. Denominamo-lo: “ESTAR SOBRE O TAPETE.”

Se tiverdes êxito em introduzir algumas dessas forças magnéticas libertadoras em vosso “campo de respiração”, obedecendo-as, seguindo-as perfeitamente, ao se fazerem valer através de um dos canais em vossa vida, e vós, nessa força, resistis, do vosso íntimo, às outras forças, então estareis no bom caminho.

E o candidato segue esse caminho como já o consideramos na Segunda Hora.

Vosso “campo de respiração” microcósmico é a vossa esfera vital, literalmente vosso “campo de respiração”, vossa esfera particular e perfeitamente equivalente ao grande campo de respiração do cosmos-terra.

Se o vosso “campo de respiração” é de natureza inteiramente dialética, isto significa que ele se coaduna com o grande campo de respiração exterior, do qual encheis os vossos pulmões.

Assim, a vossa pequena natureza encontra-se perfeitamente sintonizada com a grande natureza, com todas as conseqüências resultantes desse aprisionamento.

Mas, quando mediante verdadeiro discipulado e realização enérgica e não há nenhum outro caminho sois bem sucedidos em fazer desenvolver e manter forças magnéticas gnósticas em vosso campo de respiração, então também muda para vós o grande campo de respiração.

Então não mais assimilais o seu veneno, os seus demônios e todos os perigos que a humanidade demoníaca, a dialética demente faz aí vibrar, mas então só podereis inalar o que serve para a vossa paz, para a vossa saúde e magnificência, e aí modifica-se a vossa respiração. Prestai, pois, atenção à Sexta Hora.

O Irmão da Sexta Hora, como homem perfeitamente liberto e servo da humanidade, encontra-se absoluta e evidentemente, em seu trabalho, em país inimigo. Por conseguinte, é uma verdade que salta aos olhos o fato de que as inúmeras tensões magnéticas monstruosamente infernais – agrupadas em grandes poderes no grande “campo de respiração” cósmico – vão contra esse irmão, porque o Servo da Luz está a ponto de arrebatar as vítimas desses poderes.

Mas um obreiro dessa categoria está absolutamente sem medo. Ele não está temeroso com relação a si mesmo, o que é evidente! Ele também não tem receio quanto ao resultado de seu trabalho salvador, libertador! Disto queremos tratar mais de perto. Suponde que procurais salvar uma alma, estando vós na condição de liberto. Os poderes infernais levantam-se contra vós, eles não podem prejudicar-vos, mas sim, o objeto de vossa assistência.

Os grandes poderes infernais enclausuram aquela criatura, à qual estendeis as vossas mãos. Puxam-na com força! Ela é como um joguete em seus braços de vampiro!

E ao mesmo tempo, compreendeis também, por que todo Servo da Luz Universal é mal compreendido em seu trabalho, por que ele é alvo de injurias, de grande ódio, de inospitalidade, oposição, calúnia e hostilidade organizada. Por que precisa estar continuamente de guarda com relação às suas atividades, mesmo em seu ambiente imediato.

A inimizade e o ódio sistemático e natural do monstro infernal assaltam-no dia e noite naqueles que ainda se prestam para tanto. No entanto, tudo isto não o perturba. Seu espirito está impassível, ele, o servo, está sem medo, não está preocupado, mesmo quando é ameaçado por aqueles para os quais volta-se o seu amoroso interesse. Então não será ele vencido pela dor, pelo pesar e pela desgraça, por todas estas experiências com a humanidade possessa?

Não, porque ele sabe perfeitamente que é senhor absoluto.

Ele vencerá! Mas como?

Porque em todos os seus caminhos está cercado e acompanhado, dia e noite, pela Justiça Vingadora de Deus. Que é isto?

Seria uma especulação acerca do deus do Velho Testamento?

Não, todo Irmão da Luz possui em seu “campo de respiração uma força magnética, uma tensão magnética que, de fato, pode ser denominada justiça vingadora, força que o acompanha e o protege de modo absoluto, força que, pelos Rosacruzes Clássicos, e sem nisto quererem ser do Velho Testamento, foi denominada Jeová. Eles se colocaram, conscientemente, em todos os seus trabalhos, sob a Sombra de Suas Asas.

E quando o monstro infernal faz uma tentativa de oposição ao amoroso trabalho de colheita, quer direta quer indiretamente através de terceiros, e o Irmão obreiro não se perturba absolutamente e não tem nenhum medo e, segundo os padrões dialéticos não desenterra o machado de guerra para a luta pela existência, então a Força Jeovática que o acompanha, que o penetra e o cerca, falará por seu intermédio e o auxiliará através de todos os perigos, até que o seu objetivo tenha sido atingido.

Seria então essa Justiça Jeovática uma radiação vingativa, rancorosa, sedenta de sangue e mortal?

Não, ela é um Fogo Protetor.

Quem agride ou insulta esse fogo, ou de algum modo o ameaça, é, em conseqüência disto e em tempo determinado, queimado por ele!

Quem presta cuidadosa atenção a isso e conhece a história da Santa Obra e de seus obreiros, sempre verá confirmada essa lei de proteção.

Essa é a explicação da Sexta Hora de Apolônio de Tiana.

Um fogo, que concede a vida a todos os seres animados, é governado pela vontade de homens puros. O Iniciado estende a mão e o sofrimento transforma-se em paz.


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