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Banimento Ritualístico: Guia de Orientação Prática

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Paulo Jacobina do Pedra de Afiar

Prática basilar que qualquer magista e estudante de esoterismo deve dominar, o “Banimento Ritualístico” é o primeiro passo para se realizar qualquer atividade envolvendo magia. Contudo, é importante destacar que, costumeiramente, ele é visto como uma técnica e não, como deveria ser, como a manifestação de um conhecimento. Isto significa que, muitos daqueles que realizam banimentos, na verdade, repetem uma “receita”, mas sem saber o porquê de cada item que integram a própria receita.

O desconhecimento dos mecanismos essenciais de uma prática, acarretam em algumas consequências para o seu executor.

A primeira delas, encontra-se no fato de que, uma vez que o executor não compreende os mecanismos que regulam aquela “receita” que está seguindo, ele não tem parâmetros para determinar se aquele ritual é válido, isto é, se ele, de fato, funciona; e se atende ao propósito almejado pelo executor. Pois, mesmo que funcione, ele pode não ser o ritual correto para o que o magista quer. Em ambos os casos, o executor, no mínimo, sentir-se-á frustrado, posto que dedicou recursos, latto sensu, para uma prática que não alcançou o seu objetivo.

A segunda consequência passível de destaque está na possibilidade não perceber a ocorrência de elementos desnecessários no ritual. Mesmo que o ritual descrito tenha elementos corretos e que a sua execução se encontre alinhada com os objetivos do magista, a presença de elementos desnecessários, isto é, que não geram qualquer efeito associado ao seu objetivo. A presença de elementos desnecessários faz com que o executor do ritual canalize energias para atividades que não atendem ao seu propósito, enfraquecendo o poder do próprio ritual. Além disso, pode gerar a propagação de práticas “vazias”, o que remete à primeira consequência, e gerar desinformação para aqueles que buscam enveredar pelo caminho da magia.

A terceira consequência que merece destaque, para fins deste material, e, provavelmente, a mais importante, está no fato de que, o desconhecimento do verdadeiro porquê de cada item se encontrar em um ritual, reduz a sua eficácia. Rituais são ações simbólicas e, como tal, geram uma comunicação sem comunicação, isto é, fazem com que o seu executor, ao se encontrar diante de um símbolo existente no ritual faça emergir, de si, aquilo o que se conhece e que ali se encontra, tornando permanente algo que é contingente. Em outras palavras, a verdadeira prática do ritual transforma o fugaz em algo permanentemente habitável, habitável pela potência criativa-criadora que se encontra latente dentro do magista. Desta maneira, o desconhecimento tanto dos símbolos, quanto das suas funções (papéis e processos) na Manifestação, impede o magista de verdadeiramente realizar um ritual.

Portanto, além de aprender a técnica, isto é, o movimento, a vocalização, que itens que deve usar, o momento propício para cada prática, é importante que o magista aprenda os mecanismos que sustentam aquela técnica. Para tanto, o presente material irá estabelecer, sem, é claro, esgotar o tema, panoramas gerais de compreensão que o estudante de magia deve ter para realizar um Ritual, com destaque para o Ritual de Banimento.

SUMÁRIO

  1. A Lógica do Ritual de Banimento
  2. Mecanismos Magísticos no Ritual de Banimento
  3. Executando o Ritual Menor do Pentagrama

VIDEOS COMPLEMENTARES:


Paulo Jacobina mantêm o canal Pedra de Afiar, voltado a filosofia e espiritualidade de uma forma prática e universal.

 


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