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“Este novo padre vir até nós é como um julgamento…
Que Deus nos salve do passado.”
Em 1214 um monge, Philip de Bayeux, retornando de uma peregrinação passou por um vilarejo chamado Saint August.
Havia um sino tocando no castelo, que ficava situado no centro da vila, e ele ficou tão tocado pelo seu som que quis ir mostrar sua gratidão para a família real.
Ele entrou pelo castelo e se dirigiu até a capela, e lá encontrou toda a família rezando. Mas no altar, colocado na frente da cruz estava uma imagem do demônio, o anticristo1.
Vendo isso o peregrino se enfureceu, destruiu o lugar e amaldiçoando a todos, até mesmo a criança mais jovem.
“E a cada sete anos vocês irão tomar o forma do lobo, e irão conseguir alimento através de presas e garras, e sua mente deverá permanecer humana para melhor saberem o horror de seu castigo!”
Eles mudaram, mas mantiveram isso em segredo.
Sete anos depois eles não tiveram tanta sorte. Os camponeses os viram em sua forma de lobo e os mataram.
Um panfleto entitulado “The Wolves of Saint August” (Os Lobos de Saint August), foi publicado em Paris em 1332, mas quando isso aconteceu o nome da cidade já havia sido mudado.
1 O que o monge viu e achou que fosse o anticristo na verdade provavelmente foi um antigo deus da fertilidade.
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Quando eu comecei a bolar esta história, tudo o que eu tinha era uma vaga idéia onde Hellboy se encontrava em uma cidade onde todos tivessem sido devorados por um lobisomem gigante. Não muito para se começar, eu admito, mas por sorte eu possuo alguns poucos livros sobre lobisomens que são muito bons. Eu estudei e descobri uma antiga lenda irlandesa (provavelmente datando do século XI) que contava como São Patrício (St. Patrick) tentou converter a Irlanda para o Catolicismo. Ao invés de prestarem atenção no sermão sua audiência começou a gritar e uivar para ele como lobos. Isso o deixou tão bravo que ele perdeu a cabeça e amaldiçoou a todos para que a cada sete anos eles e seus descendentes se transformariam em lobos. […]
“The Wolves of St. August” teve sua primeira aparição em capítulos de oito páginas nos números 88 a 91 da revista Dark Horse Presents.
Mike Mignola
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