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O incensário mágico – Prática da Evocação Mágica (5 de 22)

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Muitas pessoas erroneamente pensam que o ser desejado ou poder deve aparecer quando eles estão meramente levando adiante uma incensação ou citação e eles ficam muito disapontados quando eles, em consequência, tem apenas sucesso parcial ou nenhum sucesso. As vezes eles tornam-se vítimas de sua própria imaginação ou de vários tipos de alucinações, o qual é mesmo pior. Eu irei revelar ao leitor o grande mistério e o significado simbólico do incensário mágico.

Acima de tudo, o simbolismo do incensário concentra o mistério da materialização e condensação do ser ou poder desejado.

Desde que este fato é conhecido apenas por poucos iniciados, muitas evocações na qual a exteriorização de um ser é planejada desviam-se do objetivo.

Como um bom exemplo do que significa, deixe me comparar tais procedimentos defeituosos com um peixe que é colocado fora de seu elemento, fora da água, sob a suposição que ele irá continuar a viver no ar. Mais adiante alguém não ficaria nem um pouco surpreso do peixe ter falecido rapidamente. É o mesmo em respeito ao chamar seres e poderes.

Se um ser deve ser chamado de um mundo invisível para este, então uma atmosfera deve ser criada a qual o ser possa achar agradável. Seria semelhantemente impossível para um ser humano entrar, com seu corpo físico, em uma atmosfera mais tênue sem tomar as medidas necessárias antes de faze-lo.

Uma disposição apropriada ao longo de uma vontade e fé fortes pode, entretanto, permitir a alguém produzir uma oscilação no próprio microcosmo a qual é agradavel ao ser, e então pode-se ser apto a entrar em contato com o ser, em um procedimento similar ao que foi descrito no “Iniciação ao Hermetismo”, i.e. em um capítulo lidando com a magia do espelho.

Entretanto o ser em tal caso poderia nunca ser capaz de transferir a si mesmo em nosso mundo físico para ter qualquer efeito nele. Somente altas inteligências (seres espirituais) familiarizadas com as leis do mundo físico e conhecedores de como aplicar estas como um alto iniciado, que conhece e controla as leis das esferas fora do nosso mundo físico, são patos a preparar o local para manifestação – no caso nosso triângulo – por sí só. Em um caso como este, entretanto, o mago não tem a possibilidade de usar e comandar o ser que teve que produzir as condições para projeção por sí só, nem mesmo se ele criasse a forma da divindade dentro de sí mesmo.

Ele deveria estar satisfeito com o fato de que um ser deste tipo nunca concordaria com ele como uma verdadeira autoridade mágica mas iria, ao contrário, tentar engana-lo deliberadamente, ou iria recusar a obedece-lo.

Este tipo de evocação, na qual um ser cria a atmosfera necessária por sí só, é infortunadamente praticada por feiticieiros que, devido a ignorância ou treinamento mágico incompleto, são incapazes de preparar o assim chamado espaço mágico para o ser citado.

O ser chamado por um feiticieiro de tal modo irá, na maioria dos casos, recusar a obedecer, ou irá tentar enganar o feiticeiro, ou mesmo força-lo a concordar com um contrato, um pacto; não mencionando as ameaças e muitos outros perigos que tal feiticeiro teria de enfrentar. O caso do Dr. Fausto e Mefistopheles é um exemplo arrasador.

Eu devo ter um pouco mais a dizer destes dois posteriormente neste livro. Sem dúvida, tem havido centenas de casos semelhantes na história do homem; a maioria deles, entretanto, tem permanecida desconhecida.

Um iniciado autêntico tomando todas medidas e considerando todas analogias aplicáveis para magia ritual nunca terá de temer tal tragédia. É entretanto necessário para o mago conhecer bem o simbolismo de todos auxiliáres mágicos e entende-los, de modo a obter completo controle sobre seres e poderes.

O incensário serve, como eu disse acima, como um simbolismo da materialização de um ser. O mago é obrigado a criar a atmosfera necessária para o ser que ele pretente evocar, ele não deve confiar no ser para fazer isto, pois ele criaria a atmosfera que servisse ao seu próprio desejo; de outro modo o mago estaria em perigo de cair sob a completa influência daquele ser.

De acordo com os mais antigos mistérios disponiveis no assunto, a criação da atmosfera para um ser desejado de qualquer nivel hierárquico podia ser entendida como ajuste ao espaço mágico. Várias intruções tem estado em uso até os dias atuais. Nós estamos em posse de velhos rolos de papiros egípcios dando instruções de como trazer à tona a necessária concentração no espaço mágico, mas desde que seus símbolos foram mal interpretados eles tem sido tanto deixados fora de uso ou sido completamente mal entendidos.

Quando preparando o espaço para materialização de um ser, pertinente ao simbolismo do incensário, é necessário que o espaço tenha sido primeiramente impregnado. Eu já lidei com a impregnação do espaço no plano físico e com sua carga para sí próprio ou para outra pessoa em “INICIAÇÃO AO HERMETISMO”, e apontei lá como é importante esta impregnação, esta concentração no espaço mágico no qual o desejado ser ou poder deve manifestar a sí mesmo, quando preparando o incensário. A qualidade da impregnação do espaço depende do tipo de poder ou ser que está para ser evocado.

Claro, ninguém dará carga no espaço com o princípio da terra quando de fato ele quer trabalhar com o elemento fogo, etc. . Isto seria não somente sem sentido, mas seria também uma contradição à Lei.

Se, por exemplo, o mago deseja trabalhar com seres dos elementos, ele deve carregar o espaço aonde ele quer ter os seres materializado com os próprios elementos dos seres. Gnomos e outros espíritos da terra podem somente aparecer em locais carregados com os elementos da terra, espíritos da água somente em locais carregados com os elementos da água, e espíritos do ar e fadas somente irão manifestar-se aonde os elementos mentais e astrais da água estão prevalecendo; salamandras ou espíritos do fogo em um espaço carregado com o elemento fogo; Seres elevados e inteligências devem ter o espaço preenchido com luz. A luz deve ter a cor de sua analogia planetária. Seres Extraplanetários somente aparecem em um local cheio com uma fina luz branca.

A exata coloração da luz planetária é efetuada através da imaginação. Seres da esfera de Saturno irão, por exemplo, somente aparecer para você se você criar uma luz violeta, a cor de Saturno. Seres do planeta Júpiter irão mostra-se , se a vibração da cor for azul.

Os seres do Sol aparecerão em uma cor dourada, aqueles do planeta Marte em uma cor vermelha, aqueles de Vênus em uma verde, aqueles da esfera de Mercúrio em uma laranja e aqueles da lua em uma cor prateada. Quando trabalhando com seres positivos a coloração das esferas individuais em luz clara e brilhante pode ser apenas uma muito pequena.

Quanto mais escura a cor se torna, mais difícil se torna para um bom ser tornar-se manifesto. Quando operando com seres negativos a cor apropriada tem que esta profunda e saturada. Se alguém tentar que um ser positivo seja manifesto em um espaço impregnado com uma cor com uma vibração escura – mesmo que seja sua cor apropriada – poderia acontecer que um ser negativo da esfera planetária correspondente tomasse a forma do ser positivo invocado, tentando faz-se passar pelo ser positivo desejado. É uma regra que um ser apareça que tenha as características da cor criada. Baixos seres precisam uma cor escura , i. e. uma vibração mais baixa, do que seres elevados, os quais, de fato, tem uma cor limpa e consequentemente uma cor com uma vibração mais elavada.

Quando trabalhando ao ar livre, um certo espaço tem que ser designado por auxílio da imaginação de alguém; quando operando em um quarto fechado é essencial que toda sala seja carregada com o elemento apropriado. A impregnação é tanto efetuada através da respiração através dos pulmões ou através dos poros fazendo uso dos poderes da imaginação ou pela força da imaginação somente. Para criar a luz colorida apropriada ou elemento, o mago tem que usar seu corpo, no qual ele primeiro carrega com o elemento ou luz colorida e após esvazia no espaço através das mãos e seu bastão mágico ou diretamente através dos poros, consequentemente preenchendo e vitalizando-o – i.e. preparando – para o ser ou poder a ser invocado.

Esta pratica da transferência imaginária de luz colorida do corpo do mago para dentro da sala que é usada para evocar seres e poderes que devem servir aos próprios propósitos do mago. Entretanto, o mesmo método é aplicado no caso do mago pretender intensificar e projetar de seu próprio corpo, alma e espírito – i. e. de seu microcosmo – uma qualidade ou poderes também pertencentes a uma analogia planetária.

Quando trabalhando com seres os quais devem servir outras pessoas além do mago, a impregnação somente deve ser efetuada através de sua imaginação sozinha; a impregnação do espaço tem então de ser efetuada diretamente do universo. O poder desejado ou ser irá somente estar apto a operar e intensificar a sí mesmo em um espaço preparado deste modo.

Se o espaço é suficientemente impregnado, o mago pode escolher criar uma condensação especial no triângulo mágico e formar, pelo auzílio de sua imaginação, a forma do ser evocado.

O poder de condensação, ou dinâmica, do elemento apropriado é, por assim dizer, de importância suprema, pois a manifestação efetiva do ser depende totalmente sobre isto. De modo a facilitar esta condesação o mago pode também empregar um incenso fraco cujos ingredientes devem, entretanto, ser apropriados à esfera planetária da qual o ser deve ser chamado.

Se o mago quiser ter uma influência especialmente forte para efeitos físicos, então o fluido condensado elétrico ou magnético deve ser transferido à forma criada para aparição enquanto queima incenso. Ele pode pode também banir um dos dois fluidos, ou, se ele quiser, ambos fluidos – neste caso chamado fluído eletro-magnético – (“Iniciação ao Hermetismo” – capítulo sobre “voltagem”) – em um condensador fluídico o qual em consequência será usado para o ser tornar-se fisicamente efetivo.

Se, entretanto, o mago que pretende materializar um ser não insistir em sua aparência em uma forma especial e não se importar que o ser apareça sem forma, ou em uma forma escolhida por sí mesmo, então a superfície do condensador flúidico líquido ou sólido colocada dentro do triângulo tem que ser carregada com o Volt eletromagnético apropriado enquanto o mago está concentrado no desejo de que o ser possa usar este poder para efetuar os resultados desejados.

O leitor encontrará as instruções necessárias para criação desta carga voltaica no formato de uma bola com um interior elétrico e superfície magnética no “Iniciação ao Hermetismo” no capítulo que lida com “voltagem”. Lá também todas leis, por exemplo, sobre a duração de um efeito, etc. devem ser consideradas.

O incensar fisicamente com os ingredientes necessáris somente irá facilitar a criação do fluído eletromagnetico. Possivelmente, o mago irá usar no início se precisar de algo para suportar sua concentração na matéria. Mas não é essencial de todo, e um bom mago , tendo todas as leis perfeitamente sob seu controle podem certamente realizar sem isto.

O uso de ingredientes narcóticos, como sugerido em muitos livros de exorcismo deverão ser evitados por um mago verdadeiro, pois tais narcóticos, descontando seus efeitos intoxicantes, não ajudam realmente a evocar o ser desejado, mas meramente causa alucinações ou projeções similares na sub-consciência do ser desejado. Um mago genuíno nunca irá, entretanto, arriscar sua saúde por tal experimento ou similares.

Se o mago pretende que pessoas falecidas ou qualquer outros seres vivendo no mundo do akasha ou astral apareçam em sua frente, ou se ele quer usa-los para certos outros propósitos, então ele tem que impregnar o espaço com o Akasha no modo descrito acima e tem de usar o fluído eletromagnético como uma carga voltaica ou criar uma. Eu devo, entretanto, retornar ao assunto e dar uma maior descrição disto em um dos próximos capítulos lidando com necromancia.


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