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Lilim – Os Filhos e Filhas de Lilith

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O QUE É UM LILIM?

Lilim são os filhos de Lilith de acordo com o folclore judaico e os ensinamentos cabalísticos. Acreditava-se que Lilith era a manifestação sexual e prazerosa da Deusa. Ela era a principal divindade da religião predominante que o antigo judaísmo procurou destruir.

Esse folclore dizia que Lilith tinha o controle da vida ou da morte sobre qualquer criança produzida por qualquer união sexual não prescrita pela lei judaica. Incluía a união sexual entre marido e mulher à luz de velas, com a mulher nua ou em algum momento proibido pela lei.

A LEI JUDAICA ACERCA DAS RELAÇÕES SEXUAIS:

As crianças geradas sob tais condições eram almas oprimidas. De acordo com a lei judaica, a união sexual deve ser mantida sagrada. Qualquer ato ou omissão que a tornasse menos sagrada colocava a criança gerada sob o poder de Lilith.

Tal lei judaica era estritamente antinatural. Por exemplo, se o marido desejasse o corpo nu de sua esposa, ou cometesse qualquer ato sexual proibido, dizia-se que ele teria permitido que Lilith entrasse no útero fecundado. E, portanto, ela teria poder sobre a criança.

Qualquer criança concebida fora do casamento era filho de Lilith, um lilim. Porque bastardos não podiam ser concebidos legalmente.

Hoje muitos chamariam tais leis de ridículas e desumanas. Mas lembre-se que estas eram leis religiosas judaicas impostas a pessoas escolhidas por Deus que deveriam obedecê-lo em todos os seus atos de vida.

Até o século passado, acreditava-se universalmente que qualquer pensamento ou emoção forte na mente de um homem ou mulher durante o ato de amor se imprimiria no feto gerado.

O LATIDO DE UM CÃO:

Por exemplo, pensava-se supersticiosamente que se um cachorro latindo assustasse a mulher no momento do clímax, a criança produzida teria cabelo crescendo em todo o rosto. Se um dos pais fizesse uma expressão facial de prazer,uma “careta” durante o ato sexual, uma criança nascida da união teria feições feias ou distorcidas.

Tais regulamentos deveriam destruir completamente todo prazer luxurioso e sexual entre marido e mulher e tornar sua união sexual estritamente para propagação. Às vezes, os regulamentos não eram apenas para fins proibitivos.

O amor e o romance não foram introduzidos na sociedade em geral até os séculos XI e XIII pelos trovadores no sul da França e se espalhando pela Itália e pelo Mediterrâneo.

AS RELAÇÕES SEXUAIS NO CRISTIANISMO:

Muitos casamentos da nobreza eram pré-arranjados e santificados pela Igreja e envolviam a retenção e expansão do território.

É por isso que o homem muitas vezes tinha uma amante. É claro que o cristianismo também tinha seus regulamentos. Por exemplo, a Igreja Católica frequentemente aconselhava os bons católicos a fazerem amor sob o retrato de Jesus ou da Virgem Maria. E manter pensamentos religiosos em suas mentes durante o clímax mútuo. (Acreditado como sendo necessário para a mistura dos “espermatozóides” masculinos e femininos).

Deixar de fazer isso poderia resultar em seu filho gerado receber alguma imperfeição física por causa de seu pecado, bem como cair sob a influência do Diabo.

Existe um ditado que diz que a igreja influencia os católicos do berço ao túmulo. Mas o aconselhamento anterior a torna pré-berço.

O CONSELHO DO ZOHAR ACERCA DAS RELAÇÕES SEXUAIS:

A fim de evitar tal destino trágico, ou o desagrado de Deus, os bons judeus buscaram o conselho do Zohar. Isso envolvia concentrar-se na santidade de Deus durante a hora da relação sexual e recitar uma oração especial que termina. “Eu me agarro ao Santo, Envolvo-me na santidade do Rei”.

O marido tinha que cobrir a cabeça dele e da esposa por uma hora. E continuar fazendo isso por três dias enquanto tenta gerar um filho. Outro relato dizia que por trinta dias, a água limpa deveria ser aspergida ao redor da cama.

Como se pode ver, a maioria dessas regulamentações, não importa em que circunstância, era obviamente para separar a geração de filhos do processo natural da vida.

O OBJETIVO DOS REGULAMENTOS DAS RELAÇÕES:

Os regulamentos tinham que ser seguidos para que a influência do mal pudesse ser evitada. Não era de admirar que o mito de Lilith e seus lilim tivessem sobrevivido por tanto tempo.

Os regulamentos serviam a um duplo propósito:

– Amedrontar o povo para a servidão religiosa e

– Fortalecer o poder dos líderes religiosos.

Os líderes alertaram seu povo que qualquer violação das leis religiosas faria com que a temida Lilith e seus filhos, os lilim, saíssem para matar ou atacar seus filhos gerados.

FATOS SOBRE OS LILIM:

Os lilim “se multiplicam como humanos, comem e bebem e morrem”. Eles foram gerados quando Lilith deitou entre os lençóis na cama do casal quando eles fizeram amor.

Quando uma violação dos regulamentos ocorre pelo homem ou pela mulher ou ambos, Lilith é capaz de capturar qualquer “faísca” ou energia causada pela violação para produzir seus próprios filhos, os lilim. Isso ocorre quando gotas de sêmen podem escapar de serem depositadas no útero da esposa.

Usando o excesso de energia inerente à semente do marido, Lilith é capaz de projetar espiritualmente alguma sombra de si mesma no útero, deslocando ou alterando as “sementes” da esposa.

Em um contexto mais moderno, Lilith usando as energias do esperma do marido altera de forma influente os óvulos da esposa. Igualmente como na operação espiritual anterior, os demônios, os lilim, nascem de uma mulher mortal.

O PROCESSO DA CRIAÇÃO E A ORIGEM DOS LILIM:

(Este é um processo semelhante ao descrito no texto “A Menstruação na História e a Jornada Espiritual da Mulher”, que gerou o Caim da gnose.) Lilim deriva vagamente do termo ilegítimo. Como aplicado a todas as crianças nascidas fora do casamento e pertencentes a Lilith. Mas os lilim também poderiam surgir de pais legítimos que pecaram durante a concepção. Atualmente, os lilim masculinos são comumente chamados de íncubos e os lilim femininos são as súcubos.

O folclore judaico descreveu os lilim como facilmente reconhecíveis por sua pilosidade excessiva, símbolo de sua natureza bestial. Eles deveriam ter o topo da cabeça calvo. Muito provavelmente porque, na prática, os bons judeus usam uma boina para cobrir o topo da cabeça, os quipás, e alguns monges e padres cristãos europeus raspavam o topo da cabeça.

Talvez não seja coincidência, mas muitas vezes os monges e sacerdotes eram indistinguíveis de demônios para o rabino medieval.

A.G.H.

Referência:

Tyson, Donald. Sexual Alchemy: Magical Intercourse with Spirits (Alquimia Sexual: Relações Sexuais Mágicas com Espíritos). St. Paul, MN. Llewellyn Publications. 2000. pp. 80-83

Fonte:Lilim – What is and Meaning, by A.G.H

Texto adaptado, revisado e enviado por Ícaro Aron Soares.


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