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Sufismo

Husayn ibn Ali

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Por Mark Soileau.

Husayn ibn Ali ibn Abi Talib (também chamado de Husain e Hussein) (626-680) foi neto do profeta Muhammad e o terceiro imã dos xiitas, martirizado em Karbala.

Muhammad, o profeta do Islã, não deixou filhos e tinha apenas dois netos, Hasan e Husayn, que nasceram de sua filha Fátima (m. 633) e de seu primo de confiança, Ali ibn Abi Talib.

Muhammad era muito carinhoso com seus netos, especialmente o mais novo, Husayn, que tinha apenas seis anos de idade quando seu avô morreu.

Husayn nasceu em Medina, atual Arábia Saudita, em 626.

Junto com seu irmão Hasan ele acompanhou seu pai, Ali, em campanhas militares.

Após a morte de Ali (o quarto califa, embora seus seguidores pensassem que ele deveria ter sido o primeiro) em 661, Hasan reivindicou o califado, mas logo renunciou a sua reivindicação sob pressão de Muawiya, que havia reunido apoio militar a fim de tomar o califado para si.

Obediente a seu irmão, Husayn também reconheceu Muawiya como califa e continuou a fazê-lo mesmo após a morte de Hasan em 669.

Ele recusou-se, entretanto, a reconhecer o filho de Muawiya, Yazid (r. 680-683), que era conhecido como um tirano imoral, como herdeiro aparente.

Quando Muawiya morreu em 680, o governador de Medina tentou forçar Husayn a prestar obediência a Yazid, mas Husayn fugiu para Meca.

Lá ele recebeu notícias dos cidadãos de Kufa no Iraque, que procuravam se opor ao Califado Omíada, com Husayn como seu líder.

Apesar dos avisos sobre os perigos de tal revolta, Husayn deixou Meca com um pequeno grupo de familiares e apoiadores para se encontrar com seus seguidores em Kufa.

No caminho, ele foi confrontado pelas forças militares do Califado Omíada, e as tentativas de negação falharam.

O grupo de Husayn acabou acampando em um local no deserto conhecido como Karbala.

Husayn soube que seus seguidores em Kufa o haviam abandonado e, tendo ficado preso no deserto e isolado da água, ele deu a seus apoiadores a oportunidade de fugir durante a noite, mas eles permaneceram ao seu lado, sabendo que estavam em grande desvantagem numérica e que tinham poucas chances de sobreviver.

No décimo dia do mês de Muharram, dia este também conhecido como Ashura, Husayn novamente se recusou a se render, e a luta começou.

Embora tenham lutado corajosamente, os homens do grupo de Husayn foram massacrados, e Husayn também foi morto.

Sua cabeça foi cortada e enviada para Yazid em Damasco junto com as mulheres e crianças de seu grupo, incluindo sua irmã Zaynab e seu filho Ali, que se tornaria o quarto imã, Zayn al-Abidin (m. 713).

O derramamento do sangue do último neto do Profeta Muhammad foi um evento emocional que tocou todos os muçulmanos, mas para os xiitas foi uma tragédia que simbolizava, de forma dramática, a injustiça e a opressão.

Com este evento, o martírio tornou-se uma característica distintiva do xiismo e Husayn, tornou-se o arquétipo do mártir.

Sua morte em Karbala foi recontada em inúmeros livros e poemas e é reencenada todos os anos no décimo do mês de Muharram, também conhecido como Ashura, em dramatizações teatrais emocionais – muitas vezes acompanhadas por lamentadores batendo e cortando seus corpos com navalhas para relembrar o derramamento do sangue de Husayn.

Leitura adicional:

– Mahmoud Ayoub, Redemptive Suffering in Islam: A Study of the Devotional Aspects of Ashura in Twelver Shiism (The Hague: Mouton, 1978);

– Peter Chelkowski, ed., Taziyeh: Ritual and Drama in Iran (New York: New York University Press, 1979);

– Moojan Momen, An Introduction to Shii Islam: The History and Doctrines of Twelver Shiism (New Haven, Conn.: Yale University Press, 1985);

– Allamah Sayyid Muhammad Husayn Tabatabai, Shiite Islam. Translated by Seyyed Hossein Nasr (Albany: State University of New York Press, 1975).

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Fonte:

Encyclopedia of Islam

Copyright © 2009 by Juan E. Campo

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Texto adaptado, revisado e enviado por Ícaro Aron Soares.


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