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Satanismo e Influência Satânica

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É um fato – raramente entendido e apreciado – que muitos indivíduos seguem a liderança criativa de alguns poucos. É também verdade que alguns desta maioria absorvem a criatividade de outros e a promulgam novamente – às vezes de modo levemente alterado, para clamar que aquele conheicmento é deles mesmos, e que as pessoas necessitam do estímulo de novas formas, idéias, e caminhos, nascidos através de um gênio criativo ou dois – para vitalizá-los e começar o processo de mudança interna e externa.

A história recente do Satanismo dá evidência disto. Vários tipos de Satanismo tem emergido durante os séculos, assim como tiveram vários expoentes para ele. Historicamente, Satanismo é frequentemente tomado ser – por aqueles desconhecidos com o Caminho da Mão-Esquerda – como Diabolismo; isto é, a invocação do Diabo e a composição de um pacto com Ele. Isto é evidenciado nos Grimórios medievais e naqueles que foram acusados de tais coisas. Mais tarde, vários indivíduos foram reconhecidos como ‘Satânicos’ ao ensinar uma forma de satanismo, o mais familiar sendo Crowley. Ainda mais tarde, várias organizações emergiram, cada clamando ser Satânica e cada ensinando o que eles consideravam como autêntico Satanismo. O mais significante destes são a Igreja de Satan (Anton Lavey), o Templo de Set (Michael Aquino) e a Ordem dos Nove Ângulos (ONA).

DIABOLISMO

Central para todas as formas é o medo – dos poderes, entidades invocadas. Então o uso de várias formas de proteção como os ‘círculos’. O ‘pacto’, tão familiar dos grimórios e descrições do Diabolismo, era um entre um mestre (o Diabo) e um servo (o sacerdote). Implícito em todas as formas de Satanismo do tipo Grimório, é a crença (derivando da religião Nazarena) de Satan como um anjo caído no final das contas governado novamente por ‘Deus’ – havia sempre a possibilidade de ser ‘salvo’. O Diabolista arquetípico era um desviado ou praticante Nazareno, cujas conjurações traziam excitação e um senso do ‘proibido’.

CROWLEYISMO

Enquanto ‘Thelema’, como uma doutrina e crença, é considerada por muitos não-Ocultistas como ‘Satânica’, há muito pouco satanismo verdadeiro nela, ou de fato na própria vida e trabalhos de Crowley. O trabalho de Crowley é, de muitas formas, uma continuação de sociedades e grupos esotéricos influenciados pelo Oriente, ativos antes e durante seu próprio tempo – um tipo de Tantra Ocidentalizado, pesadamente imbuído de qabalismo. O seguidor arquetípico de Crowley é alguém versado em doutrinas Occultas e misticismo, que busca através de sexo e outros ritos certos estados de consciência, e quem é orientado em direção à uma crença em Thelema como uma nova fé/crença.

IGREJA DE SATAN

A igreja adquiriu um grande perfil na mídia devido à capacidade de espetáculos de LaVey. Ele expôs a filosofia do egoísmo não-iluminado e interesse próprio, junto com uma crença na carnalidade. Os rituais estão na tradição dos grimórios e imbuídos com simbolismo/noções qabalísticas (incluindo algumas derivando de Crowley). Mais adiante, o Diabo foi dispensado como um poder externo – fazendo o tipo Laveyano de Satanismo mais de um sistema prático de crenças do que uma perigosa (em termos Ocultos) tarefa.

TEMPLO DE SET

O Templo de Set foi e é, essencialmente, um desenvolvimento intelectual da Igreja de Satan. Ao original foi adicionado uma infraestrutura intelectual (derivando em parte das várias mitologias e tradições) e uma estrutura organizacional com o objetivo de fazer o Satanismo uma ‘nova’ religião, aceitável a um insignificante número de indivíduos. Ambas a Igreja de Satan e o Templo de Set (o último mais do que o primeiro) insistem na crença de sua própria versão de Satanismo – e esperam que o membro/aderente aceite/conforme. Há assim um encorajamento de dependência pelo indivíduo sobre o grupo (e em particular o líder(es) e Mestre).

ORDEM DOS NOVE ÂNGULOS

A Ordem primeiro emergiu na visão do público no início dos 1980 (eh), e basicamente ensinou que Satanismo era um meio de alcançar própria percepção e habilidades ocultas, e que isto pode ser feito apenas numa base individual através de direta, pessoal experiência.

O membro arquetípico da CoS era uma figura de robes negros que representava um ‘papel’, e quem colocava a realização do ego e prazer antes de tudo. LaVey foi aceito como um ‘Mestre’ e uma autoridade para ser reverenciada – e um culto à personalidade foi desenvolvido. O membro arquetípico da ToS é alguém que leu um monte de literatura Oculta, que se ocupa em discussões com os outros sobre suas crenças e práticas, e que gosta do carisma e apelo de ser um ‘Satanista’. Frequentemente eles se vestem para o partido – e necessitam de uma identidade de grupo, um senso de ‘pertencer’. Eles também aceitam a autoridade do Templo e estão contentes em deixar uma organização conferir avanço sobre eles (na forma de títulos e posições).

O membro arquetípico da ONA é um sacerdote/sacerdotisa solitário lutando – através de práticas (e às vezes sombrias) experiências voltadas para a auto-realização, guiados pelos ensinamentos da Ordem, e pelo encontro ocasional com alguém que tem ido por aquele caminho antes.

Cada uma das manifestações acima são consideradas uma após a outra. Más o que, então, é Satanismo? Por qual critério pode tal manifestação ser julgada? Primeiro, deixe-nos considerar o que o Satanismo não é. Ele não é uma aceitação da moralidade convencional ou modos de vida; ele não é uma crença, ou fé, que causa a rejeição da realidade (e crueldade) da vida; ele não é um refúgio para as falhas, os covardes e os fracos. Satanismo é sobre orgulho, uma aceitação do valor individual. Ele é sobre desafio – contestar o aceitado, buscando conhecer o desconhecido e buscando descobrir, explorar e conquistar: uma recusa de se curvar ou ceder. É sobre excelência – de ir além do que é, em termos pessoais; de conseguir uma percepção e entendimento maior que a maioria. É o desejo de experimentar os limites do viver, de aspirar pelos deuses…

Diabolistas são insípidos, realmente patéticos: apenas uma curiosidade histórica: uma nota de rodapé na psico-patologia da religião Nazarena. Crowley foi uma realmente sub-desenvolvido egoísta, faltando o caráter para desenvolver verdadeiro insight próprio. Ele podia e manipulou outros, e possuía alguns poderes Ocultos (intuitivamente) e algum entendimento da Arte da Mágica. Seus seguidores estão encurralados nas falhas de seu sistema – chefe sobre os quais, é a auto-estupefação e auto-satisfação (e assim a ilusão de desenvolvimento), ao invés de verdadeira percepção própria e assim habilidades Ocultas.

Membros da CoS (e numa menor extensão aqueles da ToS) aceitam um Satanismo esterilizado – um ‘Satanismo seguro’, onde as Trevas são ditas estar apenas dentro, onde não possa ameaça-los. Eles também são apaixonados pela etapa inferior do entendimento Oculto – vendo nada além dos confims do ego e do carnal. A ToS diz ir mais longe, más ali há pouca ou nenhuma experiência prática do mal, do Sinistro, daquelas Forças Obscuras que são parte do Cosmos – ao invés disso há uma intelectualização. Também não há nenhuma ida aos extremos na vida, nenhuma prova que desafia (e faz) caráter – nenhuma busca por excelência pessoal. Ao invés disso, há a segurança de uma organização, a aceitação da autoridade do Templo e mandatos. Em resumo, o encorajamento de um tipo de servidão mental – em crença e prática. Todos estes são contrários para o que o Satanismo é.

Apenas a ONA entende e pratica Satanismo como ele é, insistindo que Satanismo é a respeito de auto-desenvolvimento individual tanto no mundo real quando no Oculto, e isto só pode ser conseguido por uma experiência longa, dura, perigosa e trabalhosa. Além disto, a ONA tem exibido uma criatividade e um entendimento que faz com que todas as outras manifestações pálidas em insignificância. Assim, não é nenhuma surpresa que tem sida tão influencial pelos últimos anos.

Esta influência foi, entretando, raramente reconhecida – outros grupos e indivíduos frequentemente tomaram emprestado seus ensinamentos, métodos e idéias e clamaram ser deles, este ’empréstimo’ não sendo confinado ao ‘Satanismo’ e grupos de LHP em geral. Isto é tanto natural e necessário – dada a esterilidade de criatividade que existe e tem existido em tais grupos, e dada a natureza da espécie humana em geral, e a Satânica em particular.

As contribuições chefe da ONA, em direção à um entendimento do Satanismo em particular, e o Oculto em geral, pode ser brevemente descrito:

1) Satanismo e o LHP (Caminho da Mão Esquerda) como um meio de desenvolvimento individual, levando ao Aprendizado e além – através de experiência prática e provas (veja os rituais de graduação).

2) A ênfase no desenvolvimento tanto do caráter mental quando físico do indivíduo.

3) Um grande entendimento de forças Mágicas (e Ocultas) – e assim sua natureza – através do desenvolvimento dos conceitos de causal e acausal, e um sistema abstrato para re-presentar isto, permitindo apreensão consciente (em oposição à crença e superstição).

4) A re-estruturação de símbolos mágicos e formas em termos arquetípicos – em particular a Árvore Septenária do Destino e o Quarteto deofel (o último explicando o arquetípico, particularmente no ‘mundo real’ do ponto de vista do Novato Sinistro).

5) A criação de um Tarô Sinistro cujas imagens são Sinistras, e assim imbuídas com energia Satânica.

6) Revelar e de forma significante extender Mágica Aeônica – permitindo a qualquer indivíduo tomar para si tais trabalhos.

7) A ênfase num indivíduo Iniciado trabalhando sozinho e alcançando objetivos práticos – sem aceitar numa forma religiosa uma alta autoridade – e tornando isto alcançável por todo através da publicação de guias práticos para todos os aspectos do Satanismo (Naos, Codex Saerus, Sacramentum Sinistrum, Thernn, etc.).

8) Trazer uma percepção dos Deuses Sombrios – das energias/forças Sinistras que existem e que tem sido simbolizadas por ‘Satan’/o Diabo…

9) Uma ênfase nas qualidades pessoais – o caráter – de um Satanista, consagrado pelos conceitos de Excelência, Honra e o mote “morte, antes de se submeter para qualquer um ou qualquer coisa”.

10) Uma re-afirmação da positiva, elevada natureza do Satanismo como oposto à imagem estereotipada de obssessão com morte e decadência – um afastamento da imagem/papel do Satanismo como uma figura ‘Diabo’/Mefisto dum tipo de ator obcecado com carnalidade e estímulo para seu ou sua própria fraqueza, e buscando atenção da mídia, em direção ao sacerdote/sacerdotisa trabalhando secretamente preocupado com seu próprio desenvolvimento e trabalhos de Mágica Sinistra esotérica…

Uma leitura compenetrada de literatura, enunciados e outras formas causais por outros grupos e indivíduos, desde a manifestação da ONA, mostrará a extensão de sua influência – de como, de uma forma subjetiva, tais indivíduos e grupos tem sido mudados por uma organização Sinistra. Tais mudanças, e tal influência, crescerá, embora é muito provável que ela fique despercebida por todos salvo os poucos Adeptos genuínos.

– Ordem dos Nove Ângulos –

Traduzido por Fabius Maximus Sanguinus

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