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Sitra Achra

Prefácio da versão em português – Os Rituais Satânicos

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Fenix Konstant

Anton LaVey não foi apenas a mais notável voz do satanismo no século XX. Ainda que seus detratores desgostem, a verdade é que sem ele o satanismo sequer teria passado pelo grande renascimento que passou na chamada Nova Era Satânica, iniciada em 1966 e ainda marchando orgulhosa rumo ao futuro. Seu livro “Os Rituais Satânicos” (The Satanic Rituals) é uma importante parte de seu legado.

 

Escrito em 1972 para ser o livro irmão da Bíblia Satânica, esta obra cumpre uma função complementar mas evidentemente diferente da primeira incursão de LaVey. Enquanto a Bíblia tem a função de expor a doutrina satânica e dar as principais chaves da magia materialista, Os Rituais Satânicos expõe ao leitor um vasto arsenal de cerimônias para serem realizadas por templos, grottos, capelas e pequenos grupos de praticantes.

Os detalhes e preparações pré-rituais não poderiam ser mais enfatizados e os preâmbulos culturais que antecedem cada ritual são tão interessantes quanto as cerimônias em si.

Os rituais foram criados para libertar a personalidade humana de seus grilhões mais comuns, celebrar aspectos obscuros da psique, exercitar habilidades mentais e é claro para a pura e simples diversão e indulgência dos praticantes. Enquanto na Bíblia Satânica os rituais básicos de destruição, compaixão e luxúria deram uma estética unidirecional a magia satânica, neste livro essa tendência explode em uma miríade de possibilidades. Aqui LaVey revela o quão eclético e multicultural podem ser os rituais satânicos. Os ritos possuem raízes, francesas, nórdicas, eslavas e árabes e inclui ainda cerimônias inspiradas nos contos de terror e ficção de H.P. Lovecraft. Desta forma, essa obra aproxima os satanistas da corrente análoga da magia do caos.

Por fim, a cuidadosa tradução de Fenix Konstant é um agrado à parte aos leitores de língua portuguesa. Fenix ao apresentar ao projeto Morte Súbita inc o banquete desta sua tradução quebrou com estilo um longo jejum do público lusófono pelas obras máximas do satanismo contemporâneo. Ele conseguiu a façanha de manter-se fiel a obra original e soube ainda apresentar quando necessário notas explicativas e comentários adicionais que enriqueceram sobremaneira o trabalho final.

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