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Mesmerismo e Ocultismo: Uma Perspectiva Pessoal

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Por Robson Belli[1]

O fascínio da humanidade pelo desconhecido tem sido uma constante através dos séculos. Desde as primeiras narrativas orais até os livros de história e as teorias modernas, sempre buscamos explicações para aquilo que está além de nossa compreensão imediata. Duas áreas que continuam a atrair a atenção e a curiosidade das pessoas são o mesmerismo e o ocultismo. Como entusiasta de ambas as práticas, gostaria de compartilhar minha perspectiva pessoal sobre elas e a relação entre as duas.

O “magnetismo animal”, também conhecido como mesmerismo, refere-se a uma teoria proposta no final do século XVIII por Franz Mesmer, um médico austríaco. Mesmer acreditava que todas as coisas vivas emitiam um tipo especial de “energia fluida” ou “força magnética”, e que essa energia poderia ser canalizada e manipulada para fins de cura. Ele postulou que as doenças eram causadas por desequilíbrios ou obstruções deste fluido natural no corpo, e que ajustando ou redirecionando esse fluxo, poder-se-ia restaurar a saúde.

Para realizar seus tratamentos, Mesmer usaria técnicas que envolviam passar as mãos sobre o corpo do paciente ou fazê-lo segurar objetos que supostamente estavam carregados com este fluido magnético. Algumas pessoas relatavam sentir calor, formigamento ou outras sensações durante os procedimentos, e muitas alegavam ter sido curadas ou aliviadas de suas aflições.

Enquanto o conceito de magnetismo animal não encontrou respaldo na ciência médica estabelecida, ele foi fundamental na origem da hipnose moderna. Muitos dos pacientes de Mesmer entravam em estados transe durante os tratamentos, que se assemelhavam ao estado hipnótico. Mesmer chamou esse estado de “crise magnética”.

O mesmerismo foi amplamente debatido na Europa no final do século XVIII e início do século XIX, com muitos críticos e defensores. Com o tempo, a teoria do magnetismo animal foi em grande parte desacreditada, mas deixou um legado duradouro na forma da hipnose e no interesse pelo poder da sugestão e da mente sobre o corpo.

Em resumo, o magnetismo animal é uma teoria antiga sobre um fluido vital ou energia que se acredita influenciar a saúde e o bem-estar. Embora essa ideia específica não tenha resistido ao escrutínio científico, ela serviu como base para desenvolvimentos posteriores no entendimento da mente humana e seus efeitos sobre o corpo.

Já o ocultismo abrange um espectro muito mais amplo. O termo refere-se a práticas, estudos e tradições que buscam o conhecimento escondido, abrangendo desde a alquimia até a magia cerimonial e a astrologia. O ocultismo tem suas raízes em antigas tradições e se entrelaça com diversas culturas e religiões ao redor do mundo. Em minha jornada, encontrei no ocultismo uma rica tapeçaria de simbolismos, práticas e filosofias que oferecem uma visão alternativa da realidade.

Agora, qual é a relação entre o mesmerismo e o ocultismo? Em minha opinião, ambos compartilham um desejo intrínseco de entender e manipular forças não vistas. Enquanto o mesmerismo busca influenciar a mente e o corpo através da sugestão, o ocultismo procura manipular as forças espirituais e naturais através de rituais e símbolos. Ambos representam uma busca humana por poder, compreensão e, em muitos casos, cura.

No entanto, é essencial abordar essas práticas com uma mente aberta, mas também crítica. Em minha jornada, aprendi que é fácil ser seduzido por promessas grandiosas ou teorias sem fundamento. Por isso, é vital estar sempre buscando conhecimento, tanto nas antigas tradições quanto nas descobertas científicas modernas, para encontrar um equilíbrio entre fé e razão.

O mesmerismo e o ocultismo são testemunhas da incessante busca humana pelo desconhecido. Ambas as práticas oferecem insights valiosos sobre a natureza do ser humano e do universo ao nosso redor. E, enquanto continuamos a explorar essas fronteiras, é crucial manter uma mente aberta, crítica e sempre questionadora.


Robson Belli, é tarólogo, praticante das artes ocultas com larga experiência em magia enochiana e salomônica, colaborador fixo do projeto Morte Súbita, cohost do Bate-Papo Mayhem e autor de diversos livros sobre ocultismo prático.

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