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PSICO

Karen Greenlee: A Necrófila Impenitente

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Em 1979 um casal incomum foi parar nas primeiras páginas de vários jornais. Ela, Karen Greenlee na época com 23 ano, fugiu com um Cadillac 1975 fúnebre, ele, John Mercure na época com 33 anos, estava morto e embalsamado, dentro do caixão, na traseira do Cadillac. Sua família o estava esperando para ser enterrado.

O casal desapareceu por dois dias, Karen decidiu passar algum tempo sozinha com o cadáver. Quando a polícia os encontrou no condado vizinho, Karen tinha tomado uma overdose de mais de 20 comprimidos de Tylenol com codeína – mas ela sobreviveu. No caixão, com Mercure, uma confissão de 4 páginas e meia onde admitia ter feito sexo com outros 20 ou 40 cadáveres, dizendo que aquilo era um vício.

“Por que eu faço isso? Por quê? Por quê? Medo do amor, de relacionamentos. Nenhum romance machuca assim … Isso é um abismo. Eu sou uma rata de necrotério. Este é o meu buraco de rato, talvez meu túmulo.”

Karen trabalhava como aprendiz de embalsamado na Funerária Memorial Law em Sacramento, na Califórnia, quando roubou o carro com seu amor e sumiu. Como necrofilia não era ilegal na Califórnia naquela época Karen foi acusada por ter roubado um carro fúnebre e ter interferido com um funeral, ela se declarou culpada e teve que pagar uma multa de U$255 dólares e passou 11 dias na cadeia. Quando foi libertada teve acompanhamento psiquiátrico.

Algum tempo depois Karen e a funerária foram processadas em U$1.000.000 de dólares pela mãe de John Mercure, que alegou estar em “sofrimento emocional severo”. Eventualmente o psiquiatra de defesa, Dr. Captane Thomson, disse que não acreditava que o evento tivesse causado algum “impacto duradouro” na mãe de Mercure, que já tinha um quadro de depressão e alcoolismo. Eventualmente ambas as partes chegaram a um acordo e o processo terminou com a quantia de U$117.000 dólares trocando de mãos.

A imprensa se esbaldou, sua “sogra” ganhou uma bela grana, os advogados ficaram ricos e Karen acabou perdendo o emprego, sua carreira e sua fonte de prazer sexual. Alguns anos depois do evento ela fez as pazes com sua sexualidade.

“Quando escrevi aquela carta eu ainda ouvia a sociedade. Todo mundo dizia que necrofilia era errado então eu devia estar fazendo algo errado. Mas quanto mais as pessoas tentavam me convencer de que eu era louca, mais consciente dos meus desejos eu me tornava.”

A seguinte entrevista aconteceu no apartamento de Karen, um pequeno estúdio repleto de livros, desenhos de cenas de necrofilia e adornos satânicos.

– Lá atrás, durante o julgamento, pelo que li nos jornais, parece que você teve muito pouco apoio.

Karen: Nada de apoio, nenhum. Os jornais foram a pior coisa. Até hoje eu odeio repórteres. Um deles chegou a me comparar com Richard Trenton Chase, o “Vampiro Assassino”. O que eu recebi de apoio chegou na forma de obrigações de família. Um dos meus irmãos se recusou a ter qualquer contato comigo, ele ficava dizendo “quero me lembrar dela como era antes”. Um tempo depois ele veio falar comigo e pediu desculpas, mas até hoje não fica confortável ao meu lado. Meu outro irmão foi mais solidário, mas até ele ficava me perguntando “como você fez isso?”.

Antes do julgamento eu tive um namorado que descobriu sobre mim. Ele ficou puto e me bateu muito. Ele disse que eu não era uma mulher e que podia ir foder meus cadáveres. Eu fiquei surpresa. Ele sabia! Aparentemente um monte de pessoas sabia e eu não sei como elas descobriram.

Com os homens era típico, eles sempre achavam que eu curtia cadáveres porque era frígida e se eu desse uma chance para me levarem para a cama eles me curariam e se eu passasse a ter prazer com eles não precisaria mais daqueles defuntos velhos. Isso aconteceu várias vezes. Às vezes cheguei a transar com caras para ver se era isso mesmo.

– A pergunta que mais ouço é “como ela consegue?”

Karen: Sim, essa é a pergunta! As pessoas ficam perguntando isso – até as pessoas que parecem ser descoladas, ter mente aberta – ai quando respondo elas dizem “Nossa, isso é muito interessante” e se afastam. Eu não ligo de falar sobre isso. Sobre como faço. Eu não ligo, mas qualquer pessoas que faça sexo não deveria ter esse tipo de dúvida. Parece que todo mundo acha que prazer sexual se resume a ser penetrada, isso é um monte de merda! A mulher tem várias áreas sensíveis e são elas que precisam ser estimuladas.

Além disso existem tantos aspectos diferentes de expressão sexual: toque, carinho, 69 e até ficar de mãos dadas. Aquele corpo está só deitado ali, mas tem tudo o que precisa para me fazer feliz. O frio, a aura da morte, o cheiro da morte, o ambiente funerário… tudo isso contribui.

– O cheiro da morte?

Karen: Claro, eu acho o aroma da morte muito erótico. É óbvio que existem aromas de morte e “aromas” de morte. Se você pensa em um corpo que ficou flutuando semanas dentro de um rio ou uma vítima de incêndio, isso não me atrai muito, mas um corpo recém embalsamado.. isso sim é completamente diferente.

Também existe a atração por sangue. Quando você está montada em um cadáver, fazendo amor de forma apaixonada, ele tende a regurgitar sangue pela boca… Acho que é o tipo de coisa que você tem que ver para entender.

– E com todo aquele problema da Aids naquela época…

Karen: Essa foi a razão por eu ter ficado quieta por um tempo. Com certeza eu teria achado uma forma de invadir alguma funerária ou necrotério, mas o tipo que me atraía, jovens nos seus vinte anos, eram os que estavam morrendo de Aids.

– Você participava do funeral dos seus amantes-cadáveres?

Karen: Sim. Era muito conveniente trabalhar em funerárias. Eu dirigia para o cemitério com a família. Eu podia chorar a perda de um ente querido junto com eles. A diferença é que meus suspiros eram diferentes! As pessoas não sabem muito bem como diferenciar quando você está tomada de tristeza ou tomada de desejo. Houve casos que membros da família me abraçavam e diziam “estamos tão felizes por você ter vindo!”, e ai você tem que começar a inventar aquele velho papo “É… eu conheci ele na escola…”. Se o cara não tinha namorada quando era vivo eles achavam que eu era “o amor secreto!”

– Você não estava em Sacramento na época do julgamento, estava?

Karen: Não. Eu estava trabalhando em uma funerária em outra cidade enquanto frequentava a escola. É engraçado, mas no dia que recebi o telegrama sobre o julgamento, me dizendo para entrar em contato com meu advogado, eu fui para a funerária e fui demitida por coisas que tinha feito lá.Parece que alguém ficou sabendo de mim. Eu sei que ninguém me viu fazendo nada, mas acho que devem ter suspeitado de algo. Claro, eles ainda não sabiam nada sobre Sacramento ainda, descobriram isso depois! No mesmo dia, duas coisas totalmente diferentes me acertaram num período de cinco horas.

Eu trabalhei naquela funerária por quase 1 ano. Foi lá que aconteceram grande parte das minhas atividades extra curriculares. Eu tinha as chaves, então voltava lá depois que todo mundo tinha encerrado o dia e passava a noite toda por lá. Tinha um cara que vivia na funerária em um apartamento no andar de baixo. Ele costumava beber até capotar e dormia com uma Magnum .357 debaixo do travesseiro.

– O cara que foi o motivo do julgamento…

Karen: John Mercure?

– Sim. Eu fiquei sabendo que mudaram ele de cemitério depois do processo.

Karen: Isso aconteceu na época em que eu estava invadindo funerárias. Tinha essa sala lateral, onde eles fazem as vendas, cheias de brochuras. Eu li lá que tinham emitido uma ordem de exumação para John Mercure. Ai li sobre isso naquele papel. Parece que a mãe dele queria exumar o corpo, que ela não enterraria o gato dela naquele cemitério. No dia em que ele foi exumado eu fui para um campo lá perto de onde ele tinha sido enterrado. Eu fiquei sentada lá e fiquei vendo ele ser desenterrado e passarem ele para um outro agente funerário. Mandaram ele para o Michigan.

– Quando foi que você se tornou consciente de sua necrofilia?

Karen: Eu me senti atraída a isso toda a minha vida. Eu fazia funerais para meus bichinhos quando eles morriam. Eu tinha um cemitério de bichinhos. Eu vivia em uma cidade pequena e o churrasco dos bombeiros era no prédio vizinho da funerária, se você precisasse usar o banheiro, tinha que usar o da funerária. Tudo se tornava uma desculpa para eu precisar ir ao banheiro, então saia explorando e terminava no necrotério.

– Você não ficava com medo, como as outras crianças?

Karen: Não! Eu amava! Eu tinha uma curiosidade sincera. Eu ficava passeando por aqueles corredores…

– Você sente falta de trabalhar em funerárias?

Karen: Sim. Sinto uma falta terrível! Mesmo se não fosse necrófila, eu amo o trabalho funerário. Eu adoro embalsamar e tudo mais. Quer dizer, exceto pessoas obesas. Os corpos que eu odiava ter que trabalhar eram os de pessoas obesas. Especialmente se tivessem passado por uma autópsia. As vísceras escorriam para o chão… merda… e toda aquela gordura derretendo. Eca!

– Você mencionou o “Vampiro Assassino”, Richard Trenton Chase. Ele também não era de Sacramento?

Sim, a segunda funerária em que trabalhei – eu não trabalhava mais lá na época – recebeu os corpos das vítimas de Chase, um homem, uma mulher e a criança, então me contaram todos os detalhes grotescos da aparência dos corpos. Eles foram massacrados. Foram estripados e estavam com merda dentro das bocas. Chase começou matando animais e então bebia seu sangue e quando isso não lhe satisfazia mais ele evoluiu para pessoas. Ele matou esse casal, sequestrou seu filho, o matou e o jogou em uma lata de lixo. O agente funerário que embalsamou os corpos disse que não era de se impressionar facilmente, mas ele ficou enojado quando viu os corpos.

– Qual o casso mais bizarro que você viu?

Hmmm… teve um garoto que caiu do carro quando a mãe fazia um retorno e ela passou com o carro por cima da cabeça dele. Outro garoto sufocou com plástico da embalagem de cigarro. Um cara se suicidou atirando na cabeça com uma espingarda de chumbo. Ele teve que atirar várias vezes, e levou um tempo para morrer, mas finalmente conseguiu. Teve outro cara em que trabalhei, um travesti que, de alguma forma, conseguiu se estrangular com sua meia-calça. Eu não acho que foi intencional, eu acho que ele estava tentando ter orgasmos mais intensos se estrangulando e acabou enforcado. Não seria a primeira vez que alguém cometeu esse erro.

– E qual o funeral mais estranho?

Uma vez um bando de fanáticos religiosos fizeram um velório para um de seus membros. Eles não queria que o corpo fosse embalsamado, só queriam ela vestida no caixão. Normalmente nós não fazíamos isso, mas decidimos ser bonzinhos e arrumamos ela e colocamos na sala para ser velada. Nós estávamos do lado de fora e ouvimos alguém dizer: “LEVANTE-SE EM NOME DE JESUS!”. Quando fomos ver eles estavam rezando e estapeando o corpo. Estavam falando em línguas. Isso foi bizarro.

– Parece que existe uma camaradagem muito forte entre agentes funerários, quase como uma sociedade secreta.

E existe mesmo. Agentes funerários são muito unidos entre si porque pessoas normais não curtem muito se relacionar com a gente. Eu sempre tive aquela sensação de que quando chegasse em uma festa me apresentariam como “Karen, a agente funerária”, claro que ninguém é apresentado como Karen, a secretária, ou Karen a assistente veterinária. Muita gente acredita que agentes funerários são muito sérios e muito sombrios. Se elas fossem para as salas onde preparamos os cadáveres para ouvir as piadas e brincadeiras que fazemos veriam que essa ideia é besteira.

– Algum agente funerário testemunhou contra você ou a seu favor durante o julgamento?

Um diretor funerário testemunhou a favor das práticas funerárias. Perguntaram para ele “com que frequência a necrofilia ocorre neste meio?” Ele respondeu “não ouvimos nada a respeito disso nesta profissão.”

– O que é uma baita mentira!

Com certeza… necrofilia é muito mais popular do que a maioria das pessoas imaginam. As funerárias apenas não relatam. Teve esse lugar que eu invadi e eu percebi que eles sabiam que alguma coisa estava errada. Eles chegaram a me pegar no ato e me deixaram fugir.

Em outro lugar que eu trabalhei um cara veio falar comigo e disse “algum está bagunçando com esse corpo, parece que alguém tentou trepar com ele!” Eu só respondi “Meu Deus, sério?” Eu acho que eles acabaram percebendo quem era que estava fazendo aquilo depois. Eu sei que hoje eles sabem.

Um agente funerário com quem trabalhei gostava de enfiar a trocar (uma agulha grande usada para drenar fluídos dos corpos) dentro do pau de tudo quanto era cadáver. Ele ria e dizia “olha… parece que alguém está de pau duro”, esse cara era muito esquisito. Ele parecia com o Larry dos Três Patetas e eu acho que ele tinha algumas tendências necrófilas. Ele ficava bravo se não havia nenhum cadáver de mulheres para trabalhar, ficava andando de um lado para o outro. Uma vez eu peguei ele na sala de preparação, ele disse que estava mijando no funil que ficava na ponta da mesa, quando eu entrei ele estava subindo as calças. Eu disse “eu não conto se você não contar”.

– Você disse que te pegaram no ato uma vez?

Sim. Eu tinha tentado me matar e estava vivendo em uma casa de reabilitação perto dessa funerária. Então decidi ir para o mausoléu e tentar me matar de novo. O mausoléu tinha uma porta que o conectava ao necrotério. Eu estava sentada ali, deprimida pra caralho e tive um estalo… fui até a porta, peguei minha carteira de motorista e passei pelo vão onde ficava o trinco e * CLICK* a porta se abriu! Eu não pude acreditar, fechei a porta rápido… peguei a carteira e passei de novo. CLICK. A porta abriu de novo. Eu fui andando até a sala de preparação e calhou de ter um cadáver lá. Então me diverti um pouco, brinquei um pouco e a vontade de me matar passou completamente. Eu falei para as pessoas da casa de reabilitação que tinha passado a noite com umas amigas. Eu voltei lá várias vezes. Às vezes, quando não tinha nenhum cadáver, eu saía de mansinho, eu costumava usar a porta dos fundos.

Mais ou menos uma semana depois eu invadi de novo a funerária. Eu estava me divertindo na mesa quando senti que tinha alguém por perto. De repente eu ouvi passos vindo pelo corredor. Eu desci da mesa em silêncio e cobri o cadáver com o lençol de novo, minhas roupas estavam todas bagunçadas e emaranhadas, eu estava coberta de sangue – o corpo tinha recebido uma autópsia. Na sala de exposição dos caixões tinha um com a tampa aberta em cima de um daqueles carrinhos sancionados para transporte e eu me escondi atrás dele, mas minhas pernas ficaram aparecendo. Um homem e uma mulher apareceram e começaram a gritar “quem é você? O que está fazendo aqui?” Ai o homem disse para a mulher “vai pegar a arma e chama a polícia, eu vou ficar aqui”. Eu sabia que só tinha uma chance então sai correndo feito louca. Eu já conhecia o lugar feito a palma da minha mão então corri pelo corredor, sai de lá e fugi pelo cemitério.

Na época eu tinha um amigo que trabalhava lá na funerária e ele veio conversar comigo. “Alguém invadiu a funerária… eles sabem que foi você.” Depois disso colocaram um alarme lá. Eu acho que chamaram a polícia, mas ninguém nunca veio atrás de mim. Tenho certeza que eles não queria esse tipo de publicidade para a funerária deles.

Aquela foi a última vez que quase me pegaram, então comecei a invadir alguns túmulos.

That was the last time I got very close, except for I’ve broken into a few tombs.

– Você tem percebido alguma mudança na atitude das pessoas em relação à necrofilia?

Sim, quando cheguei aqui eu notei. Virou quase uma mania, a última novidade! Mas eles não são necrófilos de verdade.. são pseudo-necrófilos, seguidores de uma modinha de estética de morte. Eles cultuam a morte, mas existem aqueles que provavelmente abraçaria a oportunidade se tivessem a oportunidade.

– Talvez exista essa rede de necrófilos que, pela falta de um fórum, nunca vão saber da existência um do outro.

Bom… tem o grupo da Leilah Wendell, a Associação Americana de Pesquisa e Esclarecimento necrófilos (American Association of Necrophilic Research and Enlightenment). Eles vão atrás e conseguem alguma informação sobre isso.

– Deve ser frustrante quando as pessoas dizem “nós temos que curar você” ou “você devia tentar ser mais normal”.

E é. Por um tempo eu me peguei pensando “É… isso não é normal. Por que eu não consigo ser como as outras pessoas? Por que o que deixa todo mundo feliz não funciona para mim?” Eu já atravessei todo tipo de inferno por causa disso mas no fim acabei me aceitando como sou. Essa é a minha natureza e eu posso tirar proveito disso. Eu fico miserável quando tento ser algo que não sou. Sem contar que muitas dessas pessoas que vem me encher tem esqueletos muito piores em seus armários, coisas que podem ser consideradas questionáveis por seus iguais. Eu tive um amigo gay que, quando descobriu que eu era necrófila, disse “Você pode acabar no inferno por causa disso!”

Depois de 1979 quando me colocaram em condicional, parte do acordo judicial foi que eu passasse por terapia. Eu tive essa assistente social muito boa, ela era muito legal. Não me julgava, Quanto mais eu falava com essas pessoas, mais eu percebia que a necrofilia faz sentido para mim. A causa do meu problema era o fato de eu não me aceitar. Eu ainda estava tentando viver minha vida com os valores de outras pessoas. Aceitar isso foi ter finalmente paz. Todas essas pessoas que vivem tentando mudar quem eu sou apenas me ajudaram a me encontrar e a ter mais contato com minhas emoções. Naquela época eu saia do consultório da terapeuta e ia direto para uma funerária. É pessoal… não funcionou!

Algum tempo depois, Karen disse que se arrependeu de dar esta entrevista, mudou seu nome e se mudou para outra cidade desaparecendo…

Sua história serviu de inspiração para o conto “Nós tão raramente olhamos para o amor” (We So Seldom Look On Love) de Barbara Gowdy, escrito publicado em 1992, que por sua vez inspirou o filme canadense independente “Kissed – cerimônia de amor” (Kissed) de 1996, dirigido por Lynne Stopkewich. Como Greenlee, o personagem principal do filme era uma jovem que trabalhava como embalsamadora fascinada por cadáveres e que se envolvia em necrofilia. O retrato pintado pela atuação de Molly Parker do polêmico papel rendeu-lhe um prêmio de “Desempenho de uma atriz em um papel principal” no 18º Genie Awards.

Em 1996, Greenlee ressurgiu, viajando pela América do Norte com sua poesia, conferenciando sobre necrofilia e liberação sexual. De acordo com Esoterra, uma importante revista de terror e cultura extrema dos anos 1990, Sally Jessy Raphael gravou uma entrevista com Karen Greenlee, mas se recusou a exibi-la porque Greenlee se recusou a mostrar arrependimento por suas ações.

Greenlee contribuiu com um capítulo para The Gospel of Filth, um livro que detalha a história e as influências ocultas da banda de metal extremo Cradle of Filth.

A história de Greenlee também foi a inspiração para um estridente musical de rock intitulado The Unrepentant Necrophile criado pelos The Coldharts apresentado em festivais como a quarta edição do Twin Cities Horror Festival e o Orlando Fringe Festival 2017.

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