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Consciência – Palestras sobre o Trabalho de Gurdjieff

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Há vários níveis de consciência. O mais baixo podemos chamar de coma, ou sono sem sonhos, onde o corpo físico da pessoa está inerte e não consegue perceber nenhum estímulo externo.

Um nível acima é o sono com sonhos. Ë o momento em que estamos sonhando. Lá tudo é possível e sem lógica, enquanto se está no sonho nada se pode perceber do mundo físico. Apenas recebem-se alguns estímulos de fora como sons, temperatura e posições incômodas. Um nível acima é o sono desperto, ou estado de vigília. A pessoa abre os olhos, levanta-se, escova os dentes, etc e sua cabeça continua ainda meio no sono, seu corpo continua agindo mecanicamente, a cabeça fica fora daquilo que ele está fazendo. E assim vai pela vida, sonhando acordado. Tudo em sua vida acontece acidentalmente, e o que ele imagina que faz porque quer, está, na verdade, sendo levado a fazer (o estudo, o trabalho, diversão, etc).

Consciência de si – podemos dizer que essa é a situação onde a pessoa está de certa forma desperta ou acordada. Isso raramente acontece, só em situações de grande perigo, de risco de vida. Nessas situações a pessoa acorda imediatamente para tentar sair da situação. Seu coração bate acelerado, ela sente seu corpo todo e seus movimentos mudam totalmente. Mas, em seguida, volta a dormir, isto é, volta a situação anterior de sono desperto, ou vigília e aí passa a dormir novamente, divagando, falando mecanicamente, agindo como sempre agiu, completamente identificado ou distraído, imaginando estar acordado.

Esta situação de Consciência de si pode ser algo mais concreto, mais real, mas para isso é necessário um esforço interior para mantê-la por alguns momentos, alguns segundos, e, se o esforço continuar, esta consciência pode perdurar por horas ou até ser algo definitivo. Mas para isso há a necessidade de um Trabalho sobre si. Quando isso acontece, o homem já tem alguns momentos e outro nível de consciência, que chamamos de Consciência Objetiva, que também é fruto de um trabalho sobre as emoções e só podemos passar a praticá-la no caso de já possuirmos a Consciência de Si. É um trabalho completamente diferente, onde se exige não só um grupo, como um objetivo geral fora do grupo, que consiste em saber e sentir o porque da necessidade do Trabalho, independente das situações. A Consciência Objetiva também pode ser definitiva.

Além da Consciência Objetiva há a Consciência Plena, porém, na escola de Gurdjieff são consideradas apenas quatro, a consciência de sono, de vigília, de consciência de si e consciência objetiva, pela razão que não temos a possibilidade de nos lembrar dos momentos de consciência superior, apesar de já a possuirmos, e, em certos casos, termos lembranças, pequenos lampejos dela.

Nós somos a consciência que temos, portanto o esforço ou trabalho que fazemos sobre nós mesmos é com esse objetivo: criarmos condições de perceber a consciência superior que existe, por termos o direito de saber o nosso destino espiritual antes da passagem.

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