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22 alternativas sensatas para a morte involuntária

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A maioria dos seres humanos encaram a morte com uma ‘atitude’ de impotência, seja resignada ou com medo. Nenhum desses ‘ângulos de enfoque’ submissos e freqüentemente mal-informados, frente ao evento mais crucial da vida de uma pessoa, pode ser considerado como enobrecedor.

Atualmente, existem muitas opções práticas disponíveis para lidarmos com o processo de morrer. A passividade, a falha em aprender sobre estas opções, poderá ser o ultimo e definitivo engano. A famosa proposição de Pascal sobre a existência de Deus traduz-se em termos da vida moderna como uma aposta que não envolve riscos, apoiada sobre a habilidade da tecnologia. Por milênios, o temor da morte depreciou a confiança individual e aumentou a dependência na autoridade. Ora, o membro leal de uma família ou reservatório genético pode orgulhar-se da tenacidade e sucesso em sobreviver de seus iguais.

Mas com relação ao indivíduo, as perspectivas tradicionais são bem menos exaltadas. Vamos ser curtos e grossos aqui. Como podemos ficar orgulhosos de nossos sucessos passados, andarmos eretos e nos encaminharmos com entusiasmo para o futuro se, implacavelmente à nossa espera em alguma esquina futura, nos aguarda a Velha Senhora Morte, a Colhedora de Vidas?

Mas que trabalho de primeira linha os Construtores do Mundo fizeram ao transformarem esse Conceito de Morte em um Show-Espetáculo de Horror! A tumba. Mortificação. Extinção. Degeneração. Catástrofe. Perdição. Fim. Fatalidade. Malignidade. Necrológicos. O final.

Notemos a atitude de negativismo calculado. Morrer ‚ decair, entregar o espírito, morder o pé, chutar o balde, perecer. Tornar-se inanimado, sem vida, defunto, extinto, moribundo, cadavérico, necrótico. Um cadáver, uma rigidez, um corpo, uma relíquia, alimento para vermes, um corpo de delito, uma carcaça. Que fim miserável para o jogo da vida!

O Temor da Morte era uma Necessidade Evolutiva no Passado.

No passado, o dever genético reflexo de Controle Gerencial Total (aqueles que se encontram no controle social de v rios reservatórios genéticos = governantes, autoridades, instituições, etc.) era fazer com que os seres humanos se sentissem fracos, impotentes e dependentes frente à morte. O bem da raça ou nação era garantido a custo do sacrifício do indivíduo.

A obediência e submissão eram recompensadas num planejamento de pagamento através do tempo. Pela devoção dele ou dela, era prometida a imortalidade ao indivíduo, naquele centro-de-enxame pós-mortem variadamente conhecido como ‘céu’, ‘paraíso’ ou ‘Reino do Senhor’. Para poder manter a atitude de dedicação, os controladores do reservatório genético tinham de controlar os ‘reflexos de morte’, orquestrar os estímulosdisparadores que ativam os ‘circuitos de morte’ do cérebro. Isto foi obtido através de rituais que imprintam a dependência e docilidade, quando os sinais de alarme da morte disparam dentro do cérebro.

Talvez possamos compreender melhor esse processo de imprint ao considerar um outro conjunto de ‘rituais’, aqueles pelos quais o enxame humano controla os reflexos de concepção-reprodução. Uma discussão destes apresenta um menor potencial de alarmalo. E os mecanismos de controle impostos pela atuação dos mecanismos sociais são semelhantes em ambas as situações (morte e reprodução). Convidamos o leitor a ‘sair fora do sistema’ por alguns momentos, para ver vividamente aquilo que ordinariamente está invisível por estar tão entrincheirado dentro de nossas expectativas.

Na adolescência, cada grupo de iguais fornece rituais, tabus e orientações éticas destinadas à guiar a situação toda-importante do esperma-óvulo.

O controle efetuado pelo indivíduo dos mecanismos do DNA excitado sempre representa uma ameaça ao processo de reprodução do enxame. Padrões no vestir, namorar, corte, anticoncepcionais e de aborto são fanaticamente convencionados em sociedades tribais e feudalizadas. A inovação pessoal ‚ fortemente condenada e ostracizada. As democracias industriais variam em termos de liberdade sexual permitida aos indivíduos. Mas nos estados totalitários, como China e Irã, por exemplo, uma moralidade rigidamente conservadora controla os reflexos de acoplamento e governa as relações rapaz-moça. Debaixo do domínio do ditador Mao, o ‘romance’ foi abolido porque enfraquecia a dedicação ao Estado, isto, o reservatório genético local. Se os adolescentes pudessem pilotar e selecionar seu próprio acoplamento, então teriam maior probabilidade em fertilizar fora do enxame e uma maior probabilidade de insistir em dirigir suas próprias vidas e, pior de tudo, menor possibilidade de educarem seus filhos com uma lealdade cega de reservatório genético.

Mesmo os mais rígidos rituais de imprint social guardam os ‘reflexos de morte’ . O controle efetuado pelo enxame das respostas de ‘morte’ ‚ considerado como garantido em todas as sociedades pró-cibernéticas. No passado essa degradação conservativa da individualidade era uma virtude evolutiva. Durante épocas de estabilidade das espécies, quando as tecnologias tribais, feudais e industriais estavam sendo ainda dominadas, a sabedoria sofisticamente afinada estava centrada no reservatório genético, armazenada na consciência linguística coletiva, nos arquivos de dados raciais do enxame.

Uma vez que a vida individual ‚ curta, brutal, sem objetivos, aquilo que um indivíduo aprendia era quase irrelevante. O mundo estava mudando tão lentamente que o conhecimento podia apenas ser corporificado nas espécies. Na falta de tecnologias para o domínio pessoal da transmissão e armazenamento da informação, o indivíduo era, portanto, muito lerdo, muito pequeno para ter alguma importância. A lealdade ao coletivo racial era então uma virtude. A Criatividade, a individuação Prematura eram anti-evolucionárias naquela época. Uma distração estranha, mutante. Apenas os idiotas de Greenwich Village tentariam cometer um pensamento independente, não-autorizado.

Nas eras feudal e industrial, o Gerenciamento fez uso do temor da morte para motivar e controlar indivíduos. Atualmente, os políticos fazem uso dos artesãos da morte, os militares, policiais e a punição capital para proteger a ordem social. A religião organizada afirma o seu poder e riqueza ao orquestrar e exagerar o temor à morte.

Entre as muitas coisas que o Papa, o Ayatollah e os Protestantes Fundamentalistas concordam temos: uma compreensão confiante e um domínio auto-direcionado do processo de morte são a última coisa a ser permitida ao indivíduo. A própria noção de uma Inteligência Cibernética Pós-Social ou uma opção-consumista de imortalidade‚ um tabu, pecado. Pelas mesmas razões previamente v lidas de proteção do reservatório genético.

As religiões espertamente monopolizaram os rituais da morte para ampliar seu controle sobre os supersticiosos. Através da história, os sacerdotes e mullahs rodearam o ser humano agonizante como abutres negros. A Morte pertencia a eles.

À medida que encerramos o século vinte, somos sistematicamente programados sobre Como Morrer. Os hospitais são povoados com sacerdotes/ministros/rabinos prontos a realizarem os ‘últimos ritos’. Cada unidade do exército tem o seu capelão Católico para administrar o Sacramento da Extrema Unção (que frase, realmente!) ao soldado que expira. O Ayatollah o Mullah-Chefe do Culto de Morte Islâmico, manda os seus soldados adolescentes para os campos minados do Iraque com etiquetas garantindo imediata transferência para os Campos de Chegada de Allah. O Paraíso corânico. Um terrível acidente automobilístico? Chame os médicos. Chame os sacerdotes! Chame o Reverendo!

Na Sociedade Industrial, tudo torna-se parte do Grande Negócio. A morte passa a envolver a Cruz Azul, Medicare, Sistemas de Saúde de Grupo, a Administração de Finanças de Serviços de Saúde (HCFA), alas de pacientes terminais. Serviços funerários. Cemitérios. Os rituais de enterro.

Os monopólios da religião e das linhas de montagem do processo de Gerenciamento Total dos agonizantes e mortos ‚ ainda mais eficiente do que o dos vivos.

Recordemo-nos de que o conhecimento e escolha seletiva sobre tais assuntos do reservatório genético como a concepção, fertilização em laboratório, gravidez e aborto são demasiadamente perigosos aos pais da(s) igreja(s).

Mas o suicídio, o conceito de direito de morrer, a eutanásia, a expansão da vida, experiências fora do corpo, experimentos ocultos, cenários de viagens astrais, relatos de morte/renascimento, especulações extraterrestres, criogenia, bancos de esperma, bancos de DNA, Tecnologia de Inteligência Artificial capaz de conferir capacidades e poderes aos indivíduos – tudo que encoraje ao indivíduo vir a se engajar numa especulação especial e experimentação com a imortalidade – representa um anátema aos ortodoxos Pastores de Sementes das eras feudais e industriais.

Por que? Porque se o rebanho não teme a morte, então o controle do Gerenciamento Religioso e Político ‚ quebrado. O poder da ferramenta genética ‚ ameaçado. E quando o controle sobre o reservatório genético se enfraquece, inovações genéticas e visões mutacionais tendem a aparecer.

Alguns acreditam que a Era Cibernética a que estamos ingressando poderia marcar o início de um período de individualismo iluminado e inteligente, um tempo único na história, onde a tecnologia está a disposição de indivíduos para dar apoio a uma imensa diversidade de estilos de vida personalizados e culturas, um mundo de diversos grupos sociais interativos, cujo número de sócios-fundadores ‚ um (1).

A tecnologia da computação e comunicação em franca explosão oferece um delicioso festim de conhecimento e escolha pessoal dentro de nossas possibilidades. Debaixo dessas condições, a sabedoria atuante e o controle, naturalmente são transferidos dos reservatórios genéticos de poder antigos para localizarem-se nos cérebros em rápida modificação, cérebros de indivíduos capazes de lidarem com uma taxa da mudança em plena aceleração.

Com a ajuda de acessórios adaptados às necessidades do ser, pessoal e quantumlinguisticamente programados, o indivíduo poder escolher o seu próprio futuro social e genético. E talvez escolher não ‘morrer’.

 

A Teoria de Evolução por Ondas

 

As teorias correntes da genética sugerem que a evolução, como tudo o mais no universo, acontece em ondas. Assim – nos tempos da evolução Pontuada, de metamorfose coletiva, quando muitas coisas estão mutando ao mesmo tempo, então os dez mandamentos dos ‘antigos’ tornam-se dez outras sugestões Em tais momentos de rápida inovação e de mutação coletiva, o dogma conservador do enxame pode ser perigoso, suicida. A experimentação individual e a exploração, o desafio sério, metódico e científico dos tabus tornam-se a chave para a sobrevivência da escola genética.

 

Agora, à medida que ingressamos na Era Cibernética, chegamos a uma nova sabedoria que amplia nossa definição da imortalidade pessoal e de sobrevivência do reservatório genético: As opções pós-biológicas das espécies da informação. Um conjunto fascinante de escolhas-gourmet subitamente aparecem no menu desdobrante do Café Evolucionário.

 

Está começando a parecer que na Sociedade da Informação, o ser humano individual poder escrever o roteiro, produzir e dirigir sua própria imortalidade. Aqui encaramos o Choque Mutacional na sua forma mais geradora de pânico. E, como fizemos na compreensão das mutações anteriores, o primeiro passo a ser dado ‚ desenvolver uma nova linguagem. Não devemos impor os valores ou os vocabulários das espécies do passado sobre a nova Cultura Cibernética.

 

Você permitiria que o zumbido de um culto pró-literato paleolítico controlasse a sua vida? Ir deixar com que as superstições de uma cultura tribal-urbana (agora representada pelo Papa e pelo Ayatollah) o atire fora de cena? Ir deixar com que as táticas de obsolescência planejada, mecânicas, da Cultura Fabril controlem a sua existência?

 

Assim, não mais façamos piedosos e mansos cordeiros discursos sobre a morte! Chegou o momento para falarmos de maneira entusiasmada e fazermos piadas sobre a responsabilidade de controlarmos o processo de morrer. Para começar, vamos desmitificar a morte e desenvolver metáforas alternativas para a consciência abandonando o corpo. Vamos especular de boa vontade sobre opções pós-biológicas. Vamos ser corajosos ao abrirmos um amplo espectro de possibilidades pós-biológicas.

 

De início, vamos substituir a palavra morte por um termo mais neutro, preciso e científico: Coma Metabólico. E em seguida vamos seguir em frente ao sugerirmos que esse estado temporário de ‘coma’ pode ser substituído por: Auto-Metamorfose, uma modificação auto-controlada da forma corporal, onde o indivíduo escolhe mudar o seu veículo de existência sem qualquer perda de consciência.

 

Então, vamos estabelecer uma distinção entre o coma metabólico voluntário e involuntário. Vamos explorar essa ‘terra de ninguém’ fascinante – o período dentre a morte corporal e a neurológica em termos do processamento de conhecimentoinformação aqui envolvido. Vamos coletar alguns dados sobre aquela zona ainda mais intrigante que agora começa a ser pesquisada nos campos interdisciplinares da ciência, chamada de Vida Artificial (2).

 

Que capacidades de processamento de conhecimento-informação podem ser preservadas depois que ocorreram tanto o coma metabólico quanto o cerebral? Que sistemas naturais e artificiais, a partir do crescimento de estruturas minerais, até a auto-reprodução de autômatos matem ticos formais, representariam alternativas de candidatos promissores à biologia frente à manutenção da vida?

 

E vamos realizar o ultimo ato de Inteligência Humana. Vamos nos aventurar com uma tolerância calma, aberta, e com rigor científico, naquela perene terra incógnita e fazer a pergunta final: Que possibilidades de processamento de conhecimento-informação podem permanecer depois do fim de toda a vida biológica: somática, neurológica e genética?

 

Como pode a consciência humana ser abrigada em um hardware situado fora deste envoltório carnal úmido, gracioso, atraente e cheio de prazer que agora habitamos? Como pode a lagarta construída a base de carbono tornar-se uma borboleta de silicone?

 

Christopher S. Hyatt, Ph.D. e A.K. O’Shea sugeriram três estágios de Inteligência Pós- Biológica: 1. Reconhecimento Cibernético das miríades de variedades de processamento do conhecimento-informação envolvidas nos muitos estágios de morte; 2. Gerenciamento Cibernético, com o desenvolvimento de habilidades de processamento de conhecimento-informação enquanto em estado fora do corpo, fora do cérebro e além do DNA; 3. Tecnologia Cibernética, alcançando uma entre muitas das opções de imortalidade.

 

A Inteligência de Reconhecimento Cibernética

 

Reconhecemos que o processo de morte, amortizado por milênios pelos tabus e superstições primitivas, subitamente tornou-se acessível à inteligência humana. Aqui experimentamos as intuições súbitas sobre o fato que não devemos ir quieta e passivamente para aquela noite escura ou paraíso disneyano iluminado feericamente por neons ou música ambiente monótona da multidão de regressão a vidas passadas. Descobrimos que o conceito de coma metabólico irreversível, conhecido como morte‚ uma superstição feudal, uma estratégia de Marketing promotora de eficiência da sociedade industrial. Compreendemos que podemos descobrir dúzias de alternativas ativas e criativas frente ao ato de irmos de barriga para cima, agarrados aos logotipos das companhias da Cruz cristã, Cruz Azul, Cruz Crescente ou aos cartões de sociedade das Companhias de Saúde Privada.

 

O reconhecimento sempre ‚ o início da possibilidade de uma modificação. Depois que compreendermos que a ‘morte’ pode ser definida como um problema de processamento de conhecimento-informação, então soluções para esse ‘problema’, que existe há tanto tempo, podem surgir. Podemos descobrir que a coisa inteligente a ser feita ‚ tentar manter as nossas capacidades de processamento de conhecimento-informações por tanto tempo quanto possível. Em forma corporal. Em forma neutra. Nos circuitos de silicone e nos meios de armazenamento magnético dos computadores atuais. Na forma molecular, através do empilhamento atômico da nanotecnologia dos computadores do futuro. Em forma criogênica, como dados armazenados, lendas, mitos. Na forma de filhos que são ciberneticamente treinados em usar a Inteligência Pós-Biológica. Em forma de reservatórios genéticos pós-biológicos, info-reservatórios, formas virais avançadas residindo nas redes mundiais de computadores e matrizes de ciberespaços do tipo descrito nas novelas de William Gibson (3).

 

O segundo passo para alcançar a Inteligência de Reconhecimento Pós-Biológica‚ mudar de um modo passivo para um ativo. Os humanos da era industrial foram treinados em esperar docilmente o término e a devolução de seus corpos para serem enterrados aos sacerdotes e à fábrica (hospitais).

 

Nossa espécie agora está desenvolvendo habilidades cibernéticas para planejar antecipadamente; para fazer com que a vontade do indivíduo prevaleça. A coisa inteligente a ser feita ‚ ver o ato de morrer como uma mudança na implementação do processamento de informações: orquestra-la, gerencia-la, antecipar e exercer as muitas opções disponíveis. Consideramos aqui vinte e dois métodos distintos de evitar um modo de morrer submisso ou cheio de medo (4).

 

A Inteligência Pós-Biológica Programadora

 

Em outras publicações, autores definiram oito níveis de inteligência: biológica, emocional, mental-simbólica, social, estética, neurológico-cibernética, genética, atômico-nano-tecnológica. Em cada um desses estágios existe uma fase de reconhecimento, seguida por uma fase de programação ou reprogramação cerebral. Para reprogramar é necessário ativar os circuitos do cérebro que mediam aquela dimensão particular da inteligência. Uma vez que este circuito é ‘ativado’, torna-se possível reimprinta-lo ou re-programa-lo.

 

A neurologia cognitiva sugere que a forma mais direta de reprogramar respostas emocionais‚ de reativar os circuitos apropriados. Para reprogramar respostas sexuais‚ eficiente reativar e reexperienciar os imprints originais da adolescência e reimprintar novas respostas sexuais.

 

Os circuitos do cérebro que mediam o processo de ‘morte’ são rotineiramente experienciados durante as crises de ‘quase morte’. Por séculos as pessoas contaram: ‘A minha vida inteira passou num relance frente aos meus olhos enquanto eu afundava na água pela terceira vez’.

 

Essa experiência de ‘quase morte’ pode ser ativada através do uso de certas drogas anestésicas. Ou por um aprendizado suficiente dos efeitos das drogas indutoras de experiências fora do corpo, de forma que se pode fazer uso de técnicas hipnóticas para ativar os circuitos desejados sem que tenhamos de usar estímulos químicos externos.

 

Imediatamente vemos que os rituais intuitivamente desenvolvidos por grupos religiosos têm a intenção de induzir estados de transe relacionados com o ato de ‘morrer’. A criança sendo educada numa cultura Católica ‚ profundamente imprintada (programada) pelos ritos dos funerais. A chegada de um sacerdote solene para administrar a extremaunção torna-se um código de acesso para o estado Pós-Biológico. Outras culturas têm diferentes rituais para ativarem e depois, controlarem os circuitos de morte do cérebro. Até recentemente, muitos poucos tiveram a permissão de um controle pessoal ou personalizado para realizar uma escolha.

 

Talvez essa discussão dos ‘circuitos de morte do cérebro’ seja excessivamente inovativa. Algumas vezes‚ mais fácil compreender novos conceitos sobre a nossa espécie por referência a outras espécies. Quase todas as espécies animais manifestam ‘reflexos de morrer’. Alguns animais abandonam o rebanho para morrer isolados. Outros ficam de pernas separadas, estoicamente postergando o ultimo momento. Algumas espécies ejetam o organismo agonizante do resto do grupo social.

 

Para ganhar um controle navegacional sobre os nossos processos de morte, sugerem-se três passos fundamentais: 1. Ativar os reflexos de morte imprintado pela nossa cultura, experiencia-los, 2. Detectar as suas raízes e, 3. Re-programar.

 

O objetivo‚ desenvolver um modelo científico da cadeia de processos cibernéticos (conhecimento-informação) que ocorrem quando nos aproximamos deste estado metamórfico – e intencionalmente desenvolver opções para assumirmos uma responsabilidade ativa frente a estes eventos.

 

Alcançando a Imortalidade

 

Desde a origem da história humana, filósofos e teólogos especularam sobre a imortalidade. De maneira constrangida, reis envelhecidos ordenaram m‚todos para a extensão da duração da vida. Um exemplo dos mais dramáticos desse impulso antiquíssimo ocorre no velho Egito, que produziu a mumificação, as pirâmides e os manuais tais como o Livro Egípcio dos Mortos.

 

O Livro Tibetano dos Mortos (Budista) apresenta um modelo primoroso dos estágios pós-mortem e técnicas para guiar o estudante a um estado de imortalidade que‚ neurologicamente ‘real’ e sugere técnicas científicas para a reversão do processo de morte.

 

O novo campo de engenharia molecular está produzindo técnicas dentro do âmbito do atual consenso da Ciência Ocidental para implementar a auto-metamorfose. O objetivo do jogo ‚ derrotar a morte – dar ao Indivíduo o domínio disto seria a estupidez final.

 

UMA LISTA PRELIMINAR DE OPÇÕES DE IMORTALIDADE

(Para substituirmos o Coma Metabólico Involuntário e Irreversível)

 

I. TREINAMENTO DE TÉCNICAS PSICOLÓGICAS/COMPORTAMENTAIS

 

As técnicas dessa categoria não ajudam na obtenção da imortalidade pessoal por si mesmas, mas são úteis para adquirir a experiência da ‘morte experimental’, uma Exploração reversível e voluntária do território entre o coma corporal e cerebral, uma morte geralmente chamada de Experiência Fora do Corpo ou Experiência de Quase Morte. Outros a denominaram de Viagem Astral ou Memórias de Re-encarnações Prévias.

 

1.  Meditação e hipnose

 

Estas são as rotas iogues clássicas para explorarmos estados não-comuns da consciência. São bastante bem conhecidas e exigem tempo e esforços intensos. Para uma discussão mais completa e ampla dessas técnicas, recomendamos Crowley (5).

 

2.  Experiências psicodélicas cuidadosamente planejadas para induzir um estado de ‘morte’ e uma consciência genética (re-encarnação/pré-encarnação).

 

Não existe aqui, nenhum tipo de envolvimento com alguma teoria ocultista sobre a encarnação biológica. Nos referimos a técnicas que permitem o acesso à informação e aos programas operacionais armazenados no cérebro do indivíduo em estados de consciência normais, são sub-rotinas atuando abaixo do acesso voluntário (6).

 

3.  Experiências Fora do Corpo com o uso de anestésicos.

 

John Lilly escreveu amplamente sobre as suas experiências com pequenas dosagens de anestésicos(7). _ possível que os efeitos subjetivos ‘fora-do-corpo’ de tais substâncias são (meramente) interpretações de uma disrupção (perturbação) proprioceptiva. Ainda assim, as experiências relatadas por Lilly parecem indicar que existem informações disponíveis através dessas rotas de investigação.

 

4.  Tanques de Privação e Isolamento Sensorial.

 

Novamente, foi Lilly quem investigou esse assunto de forma mais completa(8).

 

5.  Exercícios de Re-Programação (suspensão de efeitos e substituição de imprints primitivos de ‘morte’ impostos pela cultura).

 

6.  Desenvolvimento de Novos Rituais para guiar as Transições Pós-Corporais.

 

Os nossos tabus culturais proibiram o desenvolvimento de trabalhos muito detalhados nesta área. Uma das poucas fontes disponível ‚ E.J. Gold(9).

 

7.  Exercícios de Pré-encarnação

 

Com estes, usamos o m‚todo preferido de alteração de consciência (drogas, hipnose, transe xamânico, ritual vudu, frenesi de nascer de novo), para criar roteiros futuros.

 

8.  ’Morte’ Voluntária Esteticamente Orquestrada.

 

Este procedimento foi chamado de suicídio, isto é, ‘auto-assassinato’, por autoridades que desejam controlar o processo de morte. O Sr. e Sra. Arthur Koestler, membros ativos do grupo britânico EXIT, têm um programa que providencia um coma metabólico muito digno e gracioso. Um californiano, HADDA, está tentando colocar uma emenda nas eleições do estado, para permitir com que pacientes terminais possam planejar um coma metabólico voluntário juntamente com seus conselheiros médicos. Os não-californianos podem sempre buscar por um médico iluminado, ou amigos adultos que concordem com isto e que possam atuar como guias para as Terras Ocidentais.

 

II. TÉCNICAS SOMÁTICAS PARA A AMPLIAÇÃO DA DURAÇÃO DA VIDA.

 

Técnicas para inibir o processo de envelhecimento compreendem o enfoque clássico da imortalidade. No estado atual da ciência, estas meramente ‘compram tempo’.

 

9.  Dieta

 

A pesquisa clássica sobre a dieta e longevidade foi desenvolvida por Roy L. Walford, médico (10).

 

10.  Drogas de Extensão de Vida

 

Estas incluem drogas anti-oxidantes e outras. Uma referência ‚ a ‘Expansão da Vida’, por Sandy Shaw e Durk Pearson.

 

11. Programas de Exercícios.

 

12. Variações de Temperatura.

 

13. Tratamentos de Sono (hibernação)

 

14. Imunização Contra o Processo de Envelhecimento.

 

III. PRESERVAÇÃO SOMÁTICA/NEURAL/GENÉTICA

 

Técnicas nesta classe não garantem o funcionamento contínuo da consciência. Elas produzem o coma metabólico potencialmente reversível. Elas são alternativas para a preservação de estrutura dos tecidos até que alcancemos uma época de um conhecimento médico mais avançado.

 

15. ‘Conserva’ Criogênica ou pelo Vácuo.

 

Por que permitir que o corpo ou cérebro degenerem, quando isto parece implicar em nenhuma possibilidade para o futuro? Por que permitir que o arranjo cuidadoso de crescimentos dendríticos em nossos sistemas nervosos, que poder ser o reservatório de todas as nossas memórias, seja comido por fungos? A preservação perpétua de seus tecidos está disponível atualmente a preços moderados(11).

 

16. Preservação Criônica do Tecido Neuronal, ou do DNA

 

Aqueles que não estão particularmente apegados aos seus corpos podem optar para a preservação apenas dos elementos essenciais: seus cérebros, juntamente com os códigos instrucionais capazes de fazer crescer novamente algo geneticamente idêntico a atual bio-maquinaria.

 

IV. MÉTODOS BIO-GENÉTICOS PARA A EXTENSÃO DA VIDA.

 

Existe qualquer necessidade em experienciar o coma metabólico, afinal das contas? Temos mencionado modos de ganhar controle pessoal da experiência, para evita-lo através de técnicas ‘convencionais’ de longevidade, para evitar a dissolução irreversível do substrato sistêmico.

 

Agora começam a emergir técnicas que permitem uma garantia muito mais vívida de uma persistência pessoal, uma transformação metamórfica em direção a uma forma diferente de substrato no qual o programa de computador da consciência roda.

 

17. Reparo Celular/DNA

 

A nanotecnologia ‚ a ciência e a engenharia mecânica de sistemas eletrônicos construídos em dimensões atômicas(12). Uma das habilidades previstas e da nanotecnologia ‚ o seu potencial para a produção de nano-máquinas replicantes no interior de células biológicas. Essas enzimas artificiais irão realizar o reparo celular, à medida que ocorre o dano oriundo de causas mecânicas, radiação e outros efeitos do envelhecimento. O reparo do DNA garante a estabilidade genética.

 

18. Clonização.

 

A replicação biológica de cópias pessoais geneticamente idênticas de você mesmo, em qualquer momento desejado, está começando a tornar-se possível. O sexo é divertido, mas a reprodução sexual é biologicamente ineficiente, adaptada apenas para a indução da variação genética em espécies que ainda evoluem através dos acidentes devidos ao acaso de uma combinação probabilística.

 

V – MÉTODOS CIBERNÉTICOS (PÓS-BIOLÓGICOS) PARA A OBTENÇÃO DA IMORTALIDADE (VIDA ARTIFICIAL EM SILÍCIO)

 

Como o autor cyberpunk neuromântico Bruce Sterling nota, a evolução movimenta-se em ondas, irradiando-se para fora numa diversidade omnidirecional, e não seguindo uma trajetória única e linear. Alguns visionários do silício acreditam que a evolução natural da espécie humana (pelo menos os ramos especiais dela) está a ponto de se completar. Não mais estão interessados em meramente procriar, mas em planejar seus sucessores.

 

O cientista em robótica de Carnegie-Mellon, Hans Moravec escreve: “Devemos nossa existência à evolução orgânica. Mas devemos a ela muito pouca lealdade. Estamos no limiar de uma modificação no universo, comparável à transição do não-vivo à vida”.(13)

 

A sociedade humana já alcançou um ponto de virada na operação do processo de evolução, um ponto no qual o próximo salto evolutivo da espécie está debaixo de nosso controle. Ou, colocando de forma mais correta, os próximos passos, que irão ocorrer em paralelo, resultarão de uma explosão da diversidade de espécies humanas. Não mais estamos dependentes de uma capacitação em qualquer senso físico para a sobrevivência; nossos aparelhos quânticos ou outros mais antigos, mecânicos, fornecem o necessários para isto em todas as circunstâncias. Num futuro próximo, os métodos (agora emergentes) de tecnologia computacional e biológica, irão fazer da forma humana algo totalmente determinável pela escolha individual.

 

Como espécie de carne e sangue estamos moribundos, presos num momento ‘local ótimo’, para tomar de empréstimo a teoria de otimização matemática. Além desse horizonte que a humanidade alcançou, existe o desconhecido, aquilo que até agora foi muito mal imaginado. Iremos planejar nossos filhos e co-evoluir intencionalmente com os artefatos culturais que são a nossa progênie.

 

Os seres humanos já vêm em alguma variedade de raças e tamanhos. Em comparação ao que ir significar ser ‘humano’ no decorrer do próximo século nós, humanos da atualidade, somos tão indistinguíveis uns dos outros quanto moléculas de hidrogênio. Nosso antropocentrismo irá diminuir.

 

Vemos duas categorizações de princípios da forma do ser humano no futuro, uma biológica: um híbrido bio/máquina de qualquer forma desejada e uma que sequer ser biológica: uma ‘vida eletrónica’ nas redes de computadores. Humanos como máquinas e humanos dentro de máquinas.

 

Destes, os humanos como m quinas talvez serão mais facilmente aceitos. Atualmente, já dispomos de implantes e próteses grosseiros, membros artificiais, válvulas e órgãos inteiros. Os contínuos progressos na tecnologia mecânica de velho estilo lentamente aumentam a totalidade da integração homem-máquina.

 

A forma de vida eletrônica do humano dentro da m quina ‚ ainda mais alienígena para nossas formas atuais de conceitos de humanidade. Através do armazenamento dos sistemas de crenças e valores de uma pessoa, em estruturas de dados ‘on line’, ativadas por estruturas de controle selecionadas (o análogo eletrônico da vontade?), o sistema neuronal de uma pessoa ir funcionar em silício da mesma maneira que o faz numa ‘rede úmida’ cerebral, embora muito mais rapidamente, corretamente, muito mais automaleável e, se desejado, de maneira imortal.

 

19. Informacional – Arquivístico

 

Uma maneira padronizada de se tornar ‘imortal’ ‚ deixar uma trilha de arquivos, biografias e nobres obras que merecem ser tornadas públicas. O aumento da presença de um meio reconhecidamente estável em nossa Sociedade Cibernética faz disto uma plataforma mais rigorosa para uma existência persistente. O conhecimento possuído pelo indivíduo ‚ capturado por sistemas especialistas e sistemas de hipertexto de escala mundial(14), assim garantindo a longevidade e acessibilidade de memes texturais e gráficos. Visto fora da perspectiva do ‘Eu’, a morte não é um fenômeno binário, mas uma função continuamente variável. Quão vivo está você em Paris neste momento? Na cidade em que vive? No local onde está lendo isso?

 

20. Treinador de Cabeça – Transmissão de Bancos de Dados de Personalidade

 

O Treinador de Cabeça ‚ um sistema de computação que está sendo desenvolvido por Futique Inc., um dos primeiros exemplos de uma nova geração de programas psicoativos. Permite com que o usuário (o atuante) venha a digitalizar e armazenar pensamentos numa base de rotina diária. Se uma pessoa deixa, digamos, vinte anos de registros diários de desempenho mental armazenados, seu bisneto, após cem anos poder ‘conhecer’ e recuperar seus hábitos informacionais e desempenhos mentais. Para fornecer um exemplo dos mais vulgares, se os movimentos num jogo de xadrez de um indivíduo forem registrados, os seus descendentes poderão reviver, passo a passo, um jogo de seu tataravô feito no passado.

 

À medida que a leitura passiva‚ substituída por um ‘reescrever ativo’ as gerações posteriores serão capazes de reviver, como percebíamos, os grandes livros de nosso tempo. Ainda mais intrigante ‚ a possibilidade e implementação do conhecimento extraído ao longo do tempo de uma pessoa: suas crenças, preferências e tendências, como um conjunto de algoritmos guiando um programa capaz de atuar de forma funcionalmente idêntica à pessoa. Avanços na tecnologia da robótica irão fazer com que essas ‘Criaturas de Turing’ deixem de ser meros ‘cérebros dentro de garrafas’ e gerar híbridos capazes de interagir sensorialmente com o mundo físico.

 

21. Armazenamento Informacional Nano-tecnológico: em Direção a uma Transferência Computador-Cérebro Direta.

 

Quando um computador torna-se obsoleto, não temos de jogar fora as informações que ele contém. O hardware ‚ meramente um veículo de implementação para as estruturas de informação. As informações são transferidas para outros sistemas, para continuar a serem usadas. Os custos decrescentes de armazenamento de informações, CD-ROM e sistemas de memória WORM implicam que nenhuma informação gerada nos dias de hoje ter de ser perdida.

 

Podemos imaginar a construção de um substrato computacional artificial tanto funcional quanto estruturalmente idêntico ao cérebro (e talvez, com relação ao próprio corpo) de uma pessoa. Como? Através das capacidades previstas para o futuro da nano-tecnologia (15).

 

Nano-máquinas comunicantes que permeiam o organismo poderão analisar a estrutura neural e celular e transferir a informação obtida para maquinaria capaz de reproduzir, tomo por tomo, uma cópia idêntica. Mas e a alma? De acordo com o dicionário: ‘alma‚ o princípio que anima e confere vitalidade ao homem, creditado com faculdades de pensamento, ação e emoção, concebida como formando uma entidade imaterial distinguível de, mas temporariamente coexistente com o seu corpo.”

 

Numa primeira leitura, essa Definição parece ser um exemplo clássico de uma bobagem teológica. Mas estudada a partir da perspectiva da teoria da informação, seremos capazes de lidar com esse religio-jargão dentro de uma área científica. Vamos mudar a palavra bizarra ‘imaterial’ para ‘invisível aos órgãos dos sentidos desacompanhados de qualquer instrumento’, isto ‚, atômicos/moleculares/eletrônicos. Agora a ‘alma’ se refere às informações processadas e armazenadas em pacotes microscópicos, celulares, moleculares. A alma torna-se qualquer informação que ‘vive’, isto é, capaz de ser recuperada e comunicada. não ‚ verdade que todos os testes para a ‘morte’ em todos os níveis de medida (nuclear, neural, corporal, galáctico) envolvem a verificação pela não resposta a sinais?

 

A partir deste ponto de vista, as 22 opções para a imortalidade tornam-se m‚todos cibernéticos de preservação da capacidade única de sinalização. Existem tantas almas quantos formas de armazenar e comunicar dados. A cultura tribal define a alma racial. O DNA ‚ uma alma molecular. O cérebro ‚ uma alma neurológica. O sistema de armazenagem eletr”nica cria a alma de silicone. A nanotecnologia torna possível a alma atômica.

 

22. Computacional-Viral

 

A opção precedente permitiu a sobrevivência pessoal através do mapeamento isomórfico da estrutura neural para o silício (ou outro meio arbitrário qualquer de implementação). Também sugere a possibilidade de sobrevivência de uma entidade naquilo que parece ser uma retificação do inconsciente coletivo de Jung: a rede global de informação.

 

No século 21 imaginado por William Gibson, cibernautas temer rios e os cibernautas irão não somente se armazenar eletronicamente, como farão isto na forma de um ‘vírus de computador’, capaz de atravessar redes de computadores e de se auto-replicar como uma Proteção contra um ‘apagamento’ acidental ou malicioso por outras pessoas ou programas. (Imagine este cenário algo ridículo; ‘O que há nesse CD?’ ‘Ah, apenas um Leary antigo. Vamos reformata-lo.’)

 

Dada a facilidade de cópia de informações armazenadas em computadores, podemos existir simultaneamente em v rias formas. Onde o ‘eu’ se encontra nesta situação‚ assunto para a filosofia. A nossa crença ‚ que a consciência ir persistir em cada forma, correndo independentemente de ( e ignorando cada uma das outras manifestações do ‘Eu’, a menos que esteja em comunicação com uma ou mais das outras formas), clonificada em cada ponto de ramificação.

 

Notas

1- Essa lista de opções para o Coma Metabólico Voluntariamente Reversível e autometamorfose não é mutuamente exclusiva. A pessoa inteligente precisa de muito pouco encorajamento para explorar todas essas possibilidades. E tentar planejar muitas outras alternativas novas contra ir de barriga para cima, em fila para os Arquivos-Mortos do Gerenciamento.

2. KON-TIKI NA CARNE: no futuro próximo, aquilo que atualmente é considerado como garantido na forma de uma criatura humana perecível ser uma mera curiosidade histórica, um ponto entre outros de uma inimaginável diversidade multidimensional de formas. Indivíduos ou grupos de aventureiros estarão livres para escolher reassumir a forma de carne e sangue, construída de acordo com a ocasião pela ciência apropriada.

Tais expedições históricas podem muito bem ser conduzidas no espírito das viagens do Kon Tiki de Thor Heyerdahl. Viajar naquilo que à luz da História revela ser uma forma objetivamente improvável, meramente para provar que é possível, ou tão improvável quanto parece.

Notas e Referências

1. Os autores dividem os estágios da história humana em: tribal, feudal, industrial e cibernética

2. Los Alamos, famosa como berço das armas atômicas, atualmente também aloja o Centro para Estudos Não-Lineares, onde um grupo tem realizado reuniões semanais para discutir os muitos aspectos técnicos do novo campo da Vida Artificial. O centro recentemente patrocinou um workshop internacional de uma semana de duração, o primeiro no mundo, onde cientistas encontraram-se para discutir as implicações e a fundamentação das teorias do campo. A reunião foi amigável, divertida e selvagemente trans-disciplinar. Os pioneiros da nano-tecnologia delinearam os potenciais para a engenharia molecular e o especialista em robótica, Hans Moravec apresentou argumentos convincentes de que uma transformação genética estava em pleno desenvolvimento, sendo que nossos artefatos culturais agora estavam evoluindo para além do ponto de simbiose com a espécie humana. Estruturas auto-replicantes, de minerais e vírus de computadores foram demonstrados.

3. William Gibson, ciberpunk e visionário sci/fi publicou Neuromancer, Contagem Zero e Cromo Queimando. São leituras recomendadas pela sua visão técnica e socialmente plausível da vida high-tech do baixo mundo das ruas.

4. Os místicos poderão se lembrar de que também existem 22 caminhos para os Cabalistas, na ‘Árvore da Vida’, associada com o Taro.

5. Aleister Crowley, ‘Oito Palestras sobre Ioga’, dividida em duas partes, respectivamente intituladas: ‘Ioga para Yahoos’ e ‘Ioga para Covardes’.

6. Martin Minsky delineou uma teoria de que a ‘mente’ emerge de uma coleção de entidades menores interagindo conjuntamente, elas mesmas, isentas de mente. Isto está apresentado em seu livro, ‘A Sociedade da Mente’, 1986.

7. John Lilly, O Cientista e Programando e Metaprogramando no Bio-Computador Humano.

8. John Lilly, O Eu Profundo.

9. E.J. Gold, O Livro Americano dos Mortos, a ser lançado proximamente pela Ed. Eleusis, ver também a Estória da Criação.

10. Roy L. Walford, médico, A Dieta dos 120 Anos, 1986 e Máxima Duração de Vida, 1983.

11. Uma das poucas companhias de preservação criogênica em funcionamento é a Alcor Foundation, (800) 367-2228.

12. O proponente mais visível e eloqüente da nanotecnologia ‚ K. Eric Drexler, da MTI e Universidade de Stanford. Seu livro, Máquinas da Criação fornece uma visão detalhada do campo. Outros trabalhos mais técnicos incluem:

– K. Eric Drexler, Engenharia Molecular: Um Enfoque ao Desenvolvimento das Capacidades Gerais de Manipulação Molecular, Proc. Natl. Acad. Sci, vol. 78 #9, September, 1981, pp. 5275-5278.

– K. Eric Drexler, Rod Logic & Thermal Noise in the Mechanical Nanocomputer, Proc. 3rd Intl. Symposium on Molecular Electronic Devices, Elsevier, North Holland, 1987.

– K. Eric Drexler, Molecular Engineering: Assemblers and future Space harware, Aerospace XXI, 33rd Annual meeting of the American Astronautical Society, paper AAS-86-415.

– Feynman, R., There’s Plenty of rooms at the Botton, in ‘Miniaturization’, H.D. Gilbert (ed.), Reinhold, New York, 1976, pp. 282-296. (Um dos trabalhos originais enfocando a engenharia em escala molecular, o ganhador do prêmio Nobel, Feynman é sem dúvida um dos mais brilhantes cientistas da atualidade).

13. Hans Moravec, Mind Children, 1988.

14. Um sistema global de hipertexto para permitir acesso instantâneo on-line a redes globais de conhecimento foi imaginado e descrito por Ted Nelson em Literary Machines, publicado pelo autor. Outras informações estão disponíveis em Computer Lib de Nelson (1974), republicado pela Microsoft Press (1987).

15. Particularmente nos desculpamos destas especulações situadas presentemente para além das capacidades tecnológicas. O cérebro ‚ uma máquina das mais complexas, com algo de 1020 células individuais, conforme as estimativas mais atuais. Ainda assim somos redimidos por aquilo que vemos como a inevitabilidade tecnológica da nanotecnologia.

 

 

Timothy Leary, Ph.D. & Eric Gullichsen, Tradução: NoKhooja

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