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Dossiê Beatles

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Volta e meia o mundo é sacudido por algum fato, história ou boato a respeito do ‘fenômeno’ Beatles. Nenhuma banda ou grupo, em tempo algum, conseguiu influenciar tanto, tantas gerações seguidas como os Beatles. Mesmo após terem se passado três décadas da separação da banda ainda se percebe vez ou outra alguma influência, seja nos sons, ritmo ou letras que lembram algo deles. A verdade é que o rock estava em declínio nos Estados Unidos, quando os Beatles surgiram, no início dos anos 60. Os principais líderes da revolução rock haviam saído de circulação. Elvis Presley estava no exército e Chuck Berry na prisão. Buddy Holly e Eddy Cochran haviam morrido. Enfim, a música pop, que havia surgido na década anterior apresentava evidentes sinais de desgaste. A banda foi, portanto, um dos maiores canais de divulgação das seitas orientais, do uso indiscriminado das drogas, principalmente as alucinógenas e da rebeldia deflagrada contra a sociedade já desgastada e de certa forma conservadora. O ‘gosto’ pelas mensagens subliminares começou depois de uma visita do ex-beatle George Harrison à India em 1967, quando foi iniciado na seita hindu conhecida como Hare Krishna, pelo guru Maharishi, tornando-se adepto do movimento e seu maior divulgador no mundo ocidental. O movimento Hare Krishna (Hare=modo imperativo do verbo Hara, que significa ‘vibrar’, e Krishna é o nome de um deus na India) cresceria a partir de então de maneira assustadora, através da influencia causada pelos conteúdos do movimento contidos nos discos do grupo, como frases ou mantras (mantra=frases ou cânticos que são utilizados como invocatórios de entidades, semelhantes as utilizadas na Umbanda, Candomblé, Vodu, etc.) Estas influências podem ser destacadas principalmente nos discos: My Sweet Lord (Meu doce senhor), Living in the Material World (Vivendo no mundo material), Within You, without You (Dentro de você, sem você), The Hare Krishna Mantra (O mantra Hare Krishna). O excesso no uso indiscriminado de drogas, o orgulho exacerbado devido à fama, status e muito dinheiro, foram pouco a pouco minando e desagregando a união do grupo, até a dissolução total, quando cada um seguiu sua carreira solo. Não custa lembrar a infeliz e ‘maldita’ declaração de Lennon, que eles, Beatles, eram mais populares que Jesus Cristo. E aí, o sonho acabou…

VAMOS ÀS MENSAGENS

Consumo de drogas:

A canção “Lucy in the Sky with Diamonds” tem como iniciais as letras L.S.D (sigla do ‘Acido Alisérgico’) droga muito difundida na década de 60. Caetano Veloso, no movimento contemporâneo aos Beatles no Brasil, chamado tropicália, repetiria a dose com a canção “Alegria Alegria”, que também tem a mesma sigla – L.S.D. A canção “Day in the life” diz respeito a uma atemorizante viagem psicotrópica. “Yellow Submarine”, grande sucesso do grupo, era na verdade uma gíria para drogas. A canção “Magical mystery tour” faz o seguinte convite: ‘…Arregace sua manga, arregace sua manga, a tournée e misteriosa vem para lhe arrebatar…’ A canção “Hey Jude”, que pode ser traduzida também como ‘Hey viciado’ faz uma alusão clara às drogas, mais especificamente à uma agulha debaixo da pele: ‘…Lembre-se de deixá-la entrar debaixo de sua pele, e então começara a sentir-se melhor’. A revista Time depois de analisar o álbum “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band” (A Banda do Clube dos desamparados do Sargento Pimenta, gravado em 1967), descreveu o trabalho como ‘ensopado’ nas drogas.

Necrofilia:

Estive analisando o ‘Álbum Branco’ e certamente a música (se é que pode classificá-la desta forma) “Revolucion 9” é a mais estranha e misteriosa de todas as músicas que o grupo produziu. O que mais nos chamou a atenção, é que ela lembra uma alucinante viagem de ácido, e, dentre os sons de sirenes, gemidos de crianças, grunhidos de porcos, metralhadoras, etc., a única frase inteligível é “Number Nine”. Ora, isso nos levou quase que instintivamente a ouvir esta frase, em rotação contrária, e qual foi a nossa surpresa, a frase em ‘backward masking’ diz: “Turn me on DIED man” – Excite-me homem morto !

Ocultismo:

Na canção “Revolucion 9”, este número é repetido várias vezes nesta música. O número 9 é um dos números mais usados no ocultismo. As canções “Helter-Skelter” (Grande Confusão), “Blackbird” (Pássaro Negro), “Piggies” (Porcos), “Revolucion 1” e “Revolucion 9”, contém mensagens declaradamente ocultistas, contidas nas entrelinhas, ou seja – subliminares, e o mais interessante, estas cinco, fazem parte do “Álbum Branco”

Violência:

Uma das músicas que incitam ao crime é “Piggies”. A parte final desta música, descreve casais de Piggies (porcos) comendo bacon de garfo e faca. Na canção “Revolucion 9” nós observamos sons de metralhadora disparando e pessoas chorando, gritando ou morrendo.

Nas Capas:

Sgt. Pepper’s (1967) – Título da 1ªfoto: “Sgt. Pepper’s se tornou o hino oficial da cultura hippie” (S.Lawhead, Rock Reconsidered) Afirma-se que o grupo gastou cerca de 400 horas com a gravação deste álbum, das quais 200 foram empregadas na inserção de mensagens subliminares (Youth Aflame-out/82). Este álbum é caracterizado pela policromia modal (entrelaçamento de ritmos, utilização de recursos técnicos e música erudita). Este trabalho marca também a transição do rock tradicional para o rock progressivo. Esta capa está recheada de mensagens subliminares. Na verdade, todo o conjunto de elementos desta capa estão retratando uma espécie de funeral. Observe o esquife (caixão) coberto de flores vermelhas. Abaixo dele há um arranjo de flores amarelas, com a forma de um contra baixo, de canhoto, que seria de Paul ! (veja os comentários em ‘Abbey Road’).Veja que estranhas estas declarações de Paulo Coelho (As Valkirias-pag.127):

“…E as pessoas sempre respeitam mais aquele que diz coisas que ninguém entende. Do resto – Hare Krishna, Meninos de Deus, Igreja de Satã, Maharishi -, do resto todo mundo participava. A Besta – a Besta só para os eleitos ! “A lei do forte”, dizia um texto dela. A Besta estava na capa do Sargent Pepper’s, um dos mais conhecidos discos dos Beatles – e quase ninguém sabia. Talvez nem os Beatles soubessem o que estavam fazendo quando colocaram aquela fotografia lá.”

Paulo Coelho, ex-parceiro de Raul Seixas na composição de dezenas de músicas, neste trecho estaria fazendo uma citação ou referência a foto de Aliester Crowley, que estaria colocada nesta capa. Crowley (falecido em 1947), de quem eram discípulos indiretos, pois nem Raul, nem Coelho chegaram a conhecê-lo pessoalmente, é considerado o maior satanista deste século, e até hoje é cultuado por seus seguidores, e que usava também este nome “A Besta”. Conta-se que certa vez, durante um ritual satânico, sado-masoquista, Crowley fizera com que uma mulher praticasse uma relação sexual com um bode (o animal mais cultuado dentro do satanismo) e no momento do orgasmo, este teria imolado o animal, cortando seu pescoço. (Se você tiver interesse, estaremos abrindo uma biografia completa de Crowley, neste site)

“Abbey Road” Lançado em 26/set/69, cinco anos depois da suposta morte de Paul

É sem dúvida a capa mais polêmica de todas pesquisadas. Recentemente (21/out/00) a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, apresentou “Paul is Dead”. O filme revive o boato da morte do ex-beatle Paul McCartney, em 1966, quando a banda estava no auge. Segundo esse boato, Paul teria sido decapitado em um desastre de carro na Inglaterra e para evitar o choque que a notícia causaria nos fãs, um sósia foi colocado em seu lugar, e assim a banda deu seqüência à sua dominação mundial. John Lennon, que nunca engoliu a farsa, passou a espalhar pistas subliminares da morte do parceiro pelas famosas capas dos álbuns da banda. O filme é autobiográfico já que seu produtor conta a história exatamente como a conheceu: quando tinha 12 anos e ouviu-a no rádio. O filme é um trabalho de mestrado do diretor Hendrik Handloegten, 32, alemão formado na German Film and Television Academy. A verdade sobre a morte de Paul, teria vazado nos Estados Unidos, e divulgada por um DJ de uma rádio de Detroit. A noticia correu o mundo, virou obsessão de fãs-detetives durante anos, se transformou em livros, especiais de TV, sites e agora filme. (Folha de S.Paulo-20/out/2000). Alguns estudiosos realmente constatam diferenças nas músicas compostas antes e depois de 66, por Paul. O material de pesquisa desta pagina é do autor do site. Somente as relacionadas a Abbey Road, fazemos citação de Hendrik, e Lúcio Ribeiro (reportagem local) da Folha de S.Paulo (20/10/00). Se você tiver algum material, que possa acrescentar mais informações, mande seu email e a fonte, que estaremos publicando.

O Funeral – Os 4 Beatles, andando em fila, simbolizam a procissão de um enterro. John , de branco, seria o padre; Ringo, de preto, o agente funerário; Paul é o morto, e Harrisson seria o coveiro.

O Carro Na rua, um carro parece vir em direção a Paul. Ou, como os ingleses dirigem na mão esquerda, parece que o carro já atingiu Paul e segue em frente

O Carro de Policia- Um carro de policia, entre John e Ringo, esta parado. Parece estar atendendo a alguma ocorrência, como um acidente.

A Mancada – A mancada maior, o cigarro na mão direita de Paul. Ele era canhoto. Erro do sósia?

Pés descalços Paul é o único beatle de pés descalços. Há um costume de ingleses ser enterrado de pés descalços. Detalhe: seus olhos também estão fechados.

A chapa de um fusca que aparece à esquerda traz a inscrição LMW 28IF. O LMW poderia significar a abreviação de “Linda McCartney Weeps” (Linda McCartney Chora) ou “Linda McCartney Widow” (Linda McCartney Viuva). O 28IF seria “28 years IF alive”, o mesmo que 28 anos SE vivo, se referindo à idade de Paul à época do disco, se não tivesse morrido. Paul, na verdade, tinha 27. Mas, era o dito, em religiões indígenas a idade de uma pessoa é contada a partir da gestação. Então ela já tem 9 meses quando nasce. Logo, Paul teria 28 anos, na época.

Charles Manson

A prova mais concreta dos efeitos das mensagens subliminares dos Beatles. Ninguém interpretou mais realisticamente e encarnou tão enlouquecidamente as mensagens contidas nas entrelinhas dos trabalhos dos Beatles, como Charles Manson, ou Charles The “Man’s Son” (Charles, o filho do Homem, maneira pela qual era chamado Jesus Cristo, no evangelho). Não assinava mais Charles Milles Manson, mas “Charles Will is Man’s Son” Charles era o líder e uma espécie de guru de um pequeno grupo de hippies chamado ‘A Família’, que viviam na periferia das cidades, vendendo drogas, praticando sexo grupal, roubando e realizando cerimônias ritualisticas. Ficavam ouvindo durante horas seguidas suas canções em busca de pistas e símbolos ocultos. Eram na verdade uma espécie de seita, destas apocalípticas de alucinados fanáticos que volta e meia aparecem na mídia atual. Quando os Beatles lançaram o ‘Álbum Branco’, ele gastou muito dinheiro (em cartões de crédito roubados, claro!) ligando para Londres e deixando recados como “Diga ao Paul e ao John que eu entendi tudo !”, como se as mensagens do disco fossem realmente dirigidas a ele. Em 9 de agosto de 1969, Manson começaria a ter notoriedade internacional como um dos ícones mais idolatrados deste século. Ex-presidiário, carismático e desesperadamente apaixonado pelos Beatles, Manson e a ‘família’ cometeriam um dos crimes mais hediondos da história. Cinco pessoas pagaram com a vida, as loucas interpretações das letras das músicas inspiradoras dos homicídios. Eles entraram na mansão em Beverly Hills, alugada pelo cineasta Roman Polanski (diretor de ‘O bebê de Rosemary’). Curiosamente uma das vítimas era sua esposa, a bela Sharon Tate, atriz promissora, com 26 anos de idade e que estava grávida de oito meses. Mesmo assim, ela não foi poupada, seu corpo foi perfurado 16 vezes pela longa lâmina de uma baioneta, e depois, enforcada. Os assassinos confessaram depois que gostariam de ter arrancado o bebe de sua barriga. Na noite seguinte, o grupo entraria em outra mansão e repetiria a tragédia com o casal Leno e Rosemary La Bianca, proprietários de uma rede de supermercados, considerados “piggies”, porcos, para Manson. Vicente Bugliosi, que foi designado pela justiça norte-americana como promotor para atuar nos casos Sharon e La Bianca, no final do processo escreveu um livro sobre o caso com a colaboração de Curty Gentry (Manson: Retrato de um crime repugnante. Tradução de A.B.Pinheiro Lemos. Editora Record-1978. R.Janeiro. 705 páginas). Vicente constatou a incrível semelhança da cena que viu, o casal morto com dezenas de golpes de garfos e facas e na parede, escrita com o próprio sangue, a frase “Death to Piggies” (morte aos porcos) com a música dos Beatles – “Piggies”. Segundo Manson, os brancos ricos eram os ‘piggies’ e a revolução negra era descrita em ‘Blackbird’ e ‘Revolucion 9’ virou ‘Revelacion 9’ como sinal de sua confusa ideologia, fazendo analogia ao Novo Testamento. Outra música que o levou a prática de crimes foi “Helter-Skelter”, onde se ouve grunhido de porcos e metralhadora disparando. Cria também que os Beatles eram os 4 anjos mencionados no livro do Apocalipse, último livro da Bíblia, e que ele, Charles era o quinto anjo do mesmo livro, ou o quinto beatle, Stuart Sutcliff, que em 1962, morrera na Alemanha. Se as teses de Vicente Bugliosi são infundadas, por que G.Harrison não permitiu as citações das letras do grupo em seu livro?

Mesmo cumprindo prisão perpétua numa penitenciária, Manson continua fazendo discípulos na música pop. Um dos casos mais recentes foi o de Axl Rose, da banda Guns N’Roses. “The Spaghetti Incident” seria apenas mais um disco da banda, se entre as músicas não houvesse a “Look at your game, girl” de ninguém menos que Charles Manson. Axl que durante muitos shows da banda também desfilou com a imagem de Manson estampada numa camiseta, tentou justificar a escolha da canção de Manson, um dos assassinos mais frios que o mundo conheceu, porque a música tinha uma letra ‘interessante’. O mais novo fã usa o nome de Manson junto com o de Marilyn Monroe, no seu nome artístico. Trata-se de Marilyn Manson, andrógino, bissexual, satanista assumido que chega a assustar até mesmo metaleiros pesados, fãs de Iron Maiden, Ozzy e companhia. Anton La Vey, autor da Bíblia satânica e fundador da Igreja de Satã, nos Estados Unidos (já falecido), consagrou Marilyn sacerdote satanista antes de falecer.

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