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O Sigilo da Ressurreição

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O Sigilo da Ressurreição é um feitiço linear poderoso recebido através das bênçãos do Mestre Qayin e a graça dos Mortos Poderosos. É uma das ferramentas mais importantes utilizadas dentro do culto fetichista dos mortos, seus trabalhos mágicos e seus poderes. Este sigilo representa os atos de feitiçaria de entrada e aparição através do portal, como representada pela tampa de um caixão, e é usado para abrir o caminho que leva do reino dos mortos ao reino dos viventes.

Como todos os sigilos e símbolos usados dentro do culto do Ceifador Da Mão Esquerda, o Sigilo da Ressurreição pode ser ativado de diversas maneiras. Ademais, em contraste com o Sigilo do Portal dos Mortos, por exemplo, que pode ser usado somente dentro de um contexto do Altar dos Mortos, o Sigilo da Ressurreição tem como uso principal a conexão com a marcação e consagração de vários receptáculos e fetiches ocos, tais como urnas, vasos, caixões, caixas e qualquer outro tipo de vasos rituais contendo cinzas, ossos, terra de sepultura, e / ou outros elos físicos com as sombras com as quais se obtém contato.

O Sigilo da Ressurreição é mais frequentemente usado em conjunto com o Sigilo da Chave da Necromancia e a insígnia de Qayin Dominor Tumulus, já que sua essência está relacionada à mesma esfera de feitiçaria necromântica ás quais estes dois sigilos que se manifestam e se firmam. O Sigilo da Ressurreição geralmente é pintado com o sangue de um sacrifício animal apropriado ou com uma tinta vermelha mágica que tenha sido abençoada com as essências de sete plantas diferentes que possuam o poder de atrair, despertar e chamar de volta as sombras dos falecidos. Durante certos trabalhos de alta necromancia, o sigilo também é traçado sobre o chão, diretamente acima de uma sepultura, com a ajuda de um pó consistindo principalmente de farinha de cevada, misturadas em pequenas partes de losna e mirra.

O sigilo também é empregado dentro do ritual de criação de uma ‘Caixa do Espírito’, que é um instrumento usado para a conjuração, despertar e acomodação de uma sombra familiar dos mortos. O Sigilo da Ressurreição é marcado sobre a tampa da caixa com a tinta vermelha supra mencionada, e o restante das superfícies da caixa são marcadas de maneira similar com o importante Sigilo Chave, a insígnia de Qayin Dominor Tumulus; o nome do falecido, e outros símbolos relacionados ao reino dos mortos. Toda a caixa é então fumigada com a fumaça do incenso de necromancia.

As cinzas, ossos e terra de túmulo dos mortos são colocadas dentro da caixa, junto com diversas ervas saturninas, raízes e outras partes de plantas que possam fortalecer a presença dos mortos. Uma peça grande de cristal de quartzo transparente (para aumentar e concentrar as correntes de energia canalizadas através da caixa), sete pedras de ônix, e quaisquer objetos adicionais que trazem a assinatura astral dos mortos, tais como uma peça de jóia ou outros pertences pessoais que tenham tido íntimo contato físico e áurico com os mortos também são colocados dentro da caixa.

Três espelhos circulares são colados dentro da tampa da Caixa do Espírito, a fim de refletir e conter o poder acumulado dentro dela, através dos objetos e elos de ligação simpáticos diversos.

A caixa é então colocada à frente do altar do Senhor da Morte, e Sua estátua santificada é posta sobre a tampa fechada. Com o auxílio da fumaça da losna, mirra e tabaco, junto com outras oferendas apropriadas, incluindo sete taças cheias de água fria e sete velas vermelhas colocadas e acesas em torno da caixa, a sombra dos mortos familiares são invocadas e conduzidas através do Ponto da Simpatia que tenha sido aberto para isto através da estrutura mágica da Caixa do Espírito e os poderes dos feitiços de sigilos e conjurações.

Portanto, as sombras dos mortos se tornam ligadas à fundação e estrutura astral da Caixa do Espírito e pode se manifestar de diversas maneiras, a fim de se comunicarem, transmitir sabedoria, e conceder poder aos trabalhos de necromancia. Quando a sombra estiver completamente assentada dentro da caixa, seu poder é ativado por três batidas sobre a tampa. A Caixa do Espírito deve sempre ser aberta em nome de Qayin Dominor Tumulus.

A caixa é mantida sobre o Altar dos Mortos, e sua sombra recebe suas oferendas nas noites de segunda feira. Assim como outros mortos venerados, as sombras conjuradas são alimentadas com oferendas de incensos, velas, tabaco, licor, doces e comida sem sal, tudo em intenção de fortalecer e ativar seu poder e torná-los pronto para os trabalhos de feitiçaria.

Vincular uma sombra em si da maneira supra mencionada é muito poderoso, mas também é uma forma potencialmente perigosa de trabalhar com os mortos, pois se o dono da Caixa do Espírito não tiver a habilidade e sabedoria necessárias para manusear, concentrar, fortalecer e controlar a sombra assentada, ele corre o risco de ser vampirizado por ela.

Os trabalhos com a Caixa do Espírito é apenas um exemplo das diversas maneiras nas quais o Sigilo da Ressurreição pode ser usado para a prática de magia. É somente através de um contato direto com a essência espiritual do Senhor dos Mortos que a verdadeira gnosis em relação ás aplicações mais ocultas dos feitiços sem palavras e fórmulas lineares de evocação contidas nela pode ser obtida. Um método para adquirir uma maior percepção dos mistérios deste sigilo é, portanto, contemplar sua forma em frente ao altar do Mestre. Através de meditações, orações e invocações, se busca a iluminação que somente é concedida aos abençoados, pelas chamas negras que coroam a caveira do Senhor da Sombra da Morte.

 

Fonte: Liber Falxifer: O Livro do Ceifador da Mão Esquerda, Parte II, por N.A – A. 218.

Traduzido Por: Strige Kjosja E Frater Nigrvm K. Kyaho Tormentvm 218.

Texto revisado e enviado por Ícaro Aron Soares.

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