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Mitos sobre Fantasmas – Manual dos Caça-Fantasmas

Leia em 17 minutos.

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Graças a programas de televisão e novelas sobre fantasmas, alguns mitos foram criados sobre fraquezas desses seres. Maneiras agressivas de caçá-los e exterminá-los. A vida real é um pouco menos romântica e muitas dessas idéias, apesar de terem bases reais, extrapolam de tal forma que se torna necessário falarmos rapidamente de cada uma delas.

Sal

O sal sempre foi um elemento associado à purificação e a formas de se livrar de energias negativas. Desde os 7 pulinhos dentro do mar no ano novo até os banhos de sal grosso recomendados por “especialistas” de plantão sempre que você fala que nada parece dar certo na vida. Vamos dar uma olhada menos cultural no sal e nos concentrar em suas propriedades físicas.

O sal é como chamamos o composto cloreto de sódio, que quimicamente é ilustrado pela sigla NaCl. Os cristais de sal quando ionizados se tornam ótimos condutores de eletricidade, um exercício simples para entender isso é colocar água destilada em um container e tentar fazer uma corrente elétrica passar por ela. Em seguida dissolva um pouco de sal e veja se o resultado é o mesmo. Como você verá, ao contrário do que muitos imaginam, água por si só, apenas oxigênio e hidrogênio, nãoconduzem eletricidade, mas o sal dissolvido se ioniza na mistura e a torna um condutor muito melhor, isso ocorre porque uma solução de sal dissolvida em água é um eletrólito.

Assim, água salgada (o mar e banhos de sal grosso) de fato podem interagir com correntes elétricas, no caso do próprio corpo.

Por outro lado apenas sal também não conduz eletricidade, fora do eletrólito o sal é um isolante que não permite que a corrente elétrica se forme. Caso tente medir a corrente que passa por um copo cheio de sal de cozinha vai ver que é nula.

Podemos ver, desta forma, que o sal tem uma relação forte com campos elétricos, seja como eletrólito ou como isolante. Da mesma forma fantasmas tem uma relação com cargas elétricas. Mas afirmar que jogar sal na cara dele, ou dar tiros com munição de sal, afetam sua manifestação é forçar um pouco a barra. Caso um fantasma se materialize e você der um tiro de escopeta nele, com balas de chumbo, sal ou gelatina, a chance da manifestação ser afetada é muito grande,
já que você está afetando o campo eletrostático e não porque está jogando sal nele.

O mesmo serve para pessoas que acham que cercar uma casa ou um quarto de sal o tornam à prova de fantasmas. O sal seco é isolante, mas neste  caso ele tem a mesma utilidade que colar fita isolante no chão ao redor do quarto ou da casa, os campos se formam ou deixam de se formar dentro do ambiente, não fora de casa e então tentam entrar rastejando pelo chão. Se sal fosse alguma arma eficaz contra fantasmas não existiriam manifestações como o Holandês Voador, que vive no meio de uma concentração salina permanente.

Cristais

Cristais também tem fortes relações com eletricidade. Um deles é o quartzo, também muito popular para lidar com energias negativas. Mas qual a relação do quartzo com energia, seja negativa, positiva ou de qualquer outro tipo?

Alguns tipos de cristais como o quartzo, por exemplo, tem a propriedade de gerar uma tensão elétrica quando comprimidos. Lembra-se da experiência de martelar um cubo de açúcar que sugerimos em um capítulo anterior? É um exemplo disso. A tensão que esses cristais geram variando-se o grau de compressão que sofrem. Agora, uma qualidade dos efeitos elétricos é que eles podem ser revertidos, ou seja, da mesma forma que quando sofrem uma variação de forma repentina
geram uma tensão elétrica, quando expostos a uma tensão eles podem sofrer variações de forma.

Essa deformação que ocorre é conhecida por ter utilidades muito interessantes, um cristal pode, com uma aplicação de eletricidade, gerar sons e isso gera freqüências, como exemplo temos as agulhas de toca discos, banhos de ultra-som, nebulizadores, aparelhos elétricos contra mosquitos, relógios digitais, auto falantes e acendedores de fogão e isqueiros.

Desta forma cristais podem, de maneira sutil ajudar na criação de tons ou freqüências que ajudem na materialização/manifestação de um fantasma, ou mesmo interferir em um ambiente tornando essa materialização/manifestação mais difícil de ocorrer.

De qualquer forma, são interferências sutis e acreditar que um cristal ou um medalhão feito de cristal pode assustar ou vaporizar um fantasma
é um exagero.

Água

Como vimos no caso do sal, a água pode ser um ótimo isolante, se estiver livre de impurezas, ou um ótimo condutor de eletricidade, caso  contenha sal, ácidos ou outra substância que a transforme num eletrólito.

A diferença aqui é que muitas vezes não é apenas a água que serve como repelente de fantasmas, mas sim a água benta.

Independente de pesquisas que digam que a água absorve energias, que cristais de água congelados assumem diferentes formas apenas por alguém tê-los xingado ou elogiado, não vem ao caso aqui. No exemplo que demos de se usar um umidificador, já vemos que a água também tem a capacidade de afetar campos de eletricidade estática.

Alguns caçadores e estudiosos afirmam que locais que tem água, como lagos, represas, oceanos, rios, etc. por algum motivo são lugares onde manifestações fantasmagóricas são mais fortes, como se a água os atraísse ou os prende-se no lugar.

Além das qualidades elétricas da água, outro fator importante é que a água em movimento também serve como gerador de tons. Ela pode, quando possui uma cadência rítmica estável fornecer freqüências que podem ser utilizadas por fantasmas para se manifestar, seriam geradores de tons naturais.

Além disso, dar à água qualidades mágicas, tenha um padre rezado para ela ou não, é recair na superstição. Será que água abençoada por um padre católico consegue eliminar um fantasma judeu, ou ateu?

Em seu livro Summa Daemonica, o padre José Antonoio Fortea afirma que para se livrar de demônios, tudo o que um exorcista precisa é de fé e de vontade. O uso de água benta pode se encaixar ai, criando uma batalha de vontade com o fantasma, o mesmo efeito de um tapa com uma luva na face de alguém, talvez cause um efeito psicológico mas nada além disso.

Ferro

Outro mito que tem sua ligação com a eletricidade. Algumas pessoas costumam ser específicas e dizer que para se combater um fantasma devemos usar uma ferramenta de ferro puro ou ferro doce, que nada mais é do que o metal ferro com um alto índice de pureza.

O ferro é um condutor de eletricidade, a ferrugem resulta justamente da corrosão do metal, que muitas vezes é acelerada pela sua ionização por meio da água.

Assim, uma haste de ferro, quando atravessa um campo de eletricidade estática, serve de condutor para a eletricidade e a dissipa.

Mas isso não quer dizer que acertar um fantasma com um atiçador de lareira o faça sentir dor ou tenha um efeito muito diferente de  acertá-lo com um bastão de cobre, ou uma toalha molhada.

Até agora, como pudemos ver, grande parte dos mitos de maneiras de se atacar ou mesmo destruir um fantasma estão ligados de uma forma ou outra a eletricidade e maneiras de afetar um campo eletro magnético. É importante que nos lembremos que a imagem ou manifestação de um fantasma é como a roupa de uma pessoa, ela dá forma e uma aparência, mas não é parte daquilo que a veste. Afetar manifestações pode fazer com que não haja mais interação com o fantasm , é como trancá-lo em um porão e fingir que ele não existe mais. Muitos estudiosos e pesquisadores, assim como alguns caçadores, acreditam que a melhor maneira de se livrar de um fantasma é fazer com que ele dê o próximo passo e vá cuidar da evolução de sua existência, sendo indo para o  céu, seja descobrir que está morto, seja terminar as coisas que deixou por fazer. De fato, se você consegue fazer um fantasma abandonar o local onde não é bem vindo, então não há mais com o que se preocupar, caso não consiga isso, acabar com suas manifestações serve como prêmio de consolação.

Agora existem outros mitos que lidam diretamente com o fantasma, e com sua existência, vamos a eles.

Restos mortais

Queimar restos mortais de um fantasma é outra dos mitos que vem ganhando força com o tempo. Muitos dizem que ao se cremar um corpo ou  qualquer outro vestígio biológico de quando era vivo (mechas de cabelo por exemplo) fazem com que fantasmas percam o elo com a terra e os envie para sabe-se lá onde. Esta é uma idéia romântica mas que na prática se torna algo impossível de ser feito.

Em primeiro lugar a existência do fantasma não está ligada necessariamente a restos mortais. Existem fantasmas de pessoas que morreram em incêndios, ou a tanto tempo que basicamente não existe mais um elo biológico que a prenda por aqui, mas o fantasmas ainda existe.

Agora de fato existem fantasmas que continuam por aqui por terem uma ligação muito forte com algo que lhes pertenceu, mas não necessariamente algo que já fez parte de seu corpo quando era vivo, e destruir esse objeto não é maneira de se livrar do fantasma, ele pode inclusive se tornar agressivo e psicótico ao perceber que aquilo que lhe era tão caro foi simplesmente destruído, neste caso é melhor mudar o objeto de lugar do que dar um fim a ele.

Mesmo assim, suponha que essa afirmação seja um fato, que para se livrar de um fantasma você deve descobrir seus restos mortais e  queimá-los. Isso implica em descobrir onde o corpo está enterrado, assumindo que não tenha sido cremado. Depois disso você deve queimar o corpo. Sem entrarmos em detalhes legais e jurídicos sobre o ato de queimar um corpo a céu aberto, vamos analisar o que acorre em locais autorizados a de fato cremar pessoas.

O corpo humano é submetido a uma câmara que se enche de chamas e atinge uma temperatura de 1200oC. Ele permanece neste forno por 2 horas, onde a maior parte do corpo se evapora, mas algumas partes, principalmente as que contém partículas inorgânicas como óxido de cálcio, como os ossos resistem ao calor. Então esses restos ainda são colocados em um moinho para serem triturados por 25 minutos para que se sobre apenas pó.

De sabermos isso já dá para imaginar que simplesmente encharcar um cadáver de querosene, fluido de isqueiro ou mesmo gasolina e atear fogo não vai conseguir fazer com que o corpo todo vire cinzas. E mesmo que consiga queimar tudo, sobram ainda alguns pedaços de ossos, mesmo que você consiga moer esses ossos para ter pó, não seria sensato afirmar que este pó ainda são restos mortais?

A crença de limpeza por fogo tem raízes culturais antigas. Os gregos clássicos queimavam os corpos de soldados, imaginando que isso purificaria seus corpos. O fogo como agente purificador sobrevive até hoje, basta se lembrar que pecadores terminam sua existência ardendo no fogo do inferno, a idéia é mostrar que a alma pecadora é tão suja que mesmo uma eternidade no fogo não a limpará e a tornará pura. E dai a imaginar que tocar fogo em um cadáver pode de alguma forma
purificá-lo e permitir que seu fantasma desapareça deste plano é um pulo, mas mesmo assim muito romântico.

Ainda existe outra questão sobre o assunto. Imagine quantos restos mortais uma pessoa deixa para trás durante sua vida. Se uma mecha de cabelo é capaz de manter o fantasma de alguém preso a este mundo, o que dizer dos quilos de cabelo que esta pessoa cortou durante sua vida e que foram varridas para o lixo de toda barbearia ou salão de cabeleireiros que freqüentou? O que dizer de unhas cortadas e jogadas foras? De pele deixada em escovas, toalhas, lençóis, no chão?

Por onde andamos deixamos restos mortais. Como ter certeza de que conseguimos eliminar todo e qualquer pedaço da pessoa? De manchas de sangue em blusas a pele de bolhas arrancadas e jogadas no assoalho?

Assim, simplesmente desenterrar uma pessoa, ou conseguir alguma lembrança como dentes de leite guardados ou mecha de cabelos de quando era bebe, e tocar fogo nelas, não afetam a existência física do fantasma.

Pulso Eletromagnético

Um pulso eletromagnético é um pulso de alta energia e de largo espectro que se propaga pelo espaço gerando um campo elétrico defasado de um campo magnético. A onda causada por este tipo de pulso, quando atravessa componentes eletrônicos sólidos, gera picos de energia que podem literalmente fritar os componentes, danificando-os.

Os pulsos eletromagnéticos são comuns em explosões no sol e outras estrelas, em relâmpagos, o que causa às vezes apagões em algumas regiões, e em explosões atômicas. Mas com o tempo foram desenvolvidas maneiras mais portáteis e menos radicais de se criar equipamentos que geram esses pulsos, hoje, se procurar na internet, você pode encontrar maneiras de construir máquinas portáteis que geram pulsos menores, mas ainda assim eficazes.

A idéia é que usar uma dessas máquinas em um fantasma bagunça tanto sua composição que praticamente o evapora, existem ainda algumas teorias que envolvem acelerados de partículas sendo usados para se destruir fantasmas, mas são tão absurdas e, mesmo que funcionem, tão longe da realidade prática que não serão discutidas aqui.

Os equipamentos que geram os PEM tem nomes que variam de Arma de Pulso de Baixa Energia a Eletromagnetic EMP Blaster Gun, os valores variando
entre R$200,00 e R$80,000 reais.

Isso tudo esclarecido, quando colocado em prática um disparo de pulso eletromagnético pode danificar, muitas vezes de forma permanente, computadores e qualquer outro equipamento eletrônico que esteja ligado em uma casa, e não apenas ligado como em funcionando. Aparelhos em stand-by, máquinas que tenham baterias que façam parte delas funcionar mesmo desconectadas, etc. todos eles podem ser afetados. Se alguém na casa tiver marca-passos ainda por cima a experiência pode terminar em desastre. Fora isso o pulso pode afetar momentaneamente a manifestação do fantasma, mas não existe um estudo que mostre que esse tipo de detonação acaba com ele. Se partirmos do princípio que todos nós somos fantasmas potenciais, ou seja, que somos fantasmas vestindo ternos de
carne e ossos, então esses pulsos, se pulverizassem fantasmas, deveriam fazer o mesmo conosco, deixando um corpo vegetativo sem
“alma”.

Economize seu dinheiro e evite causar mais danos do que benefícios para seu cliente ou você mesmo, deixe esse tipo de idéia de lado.

Existe uma maneira de se destruir ou armazenar um fantasma?

Um dos maiores mitos criados pelo filma Os Caça-Fantasmas de 1984 é uma maneira de se capturar e de se aprisionar fantasmas. No filme os caçadores usam um acelerador de partículas portátil que dispara raios de prótons, que são partículas carregadas positivamente. Esses raios seria capazes de agir como potentes magnetos, atraindo os fantasmas, feitos de energia negativa e então prendê-los em uma armadilha temporária para levá-los a um container maior, onde permaneciam armazenados.

A idéia de se capturar fantasmas é antiga, mas até hoje não foi apresentada uma ferramenta capaz de realizar este feito. Fora da área de se caçar fantasmas de maneira científica existem aqueles que dizem conhecer truques ou rituais para se aprisionar espíritos, ou mesmo se livrar deles, mas todo método que não apresente uma constatação 100% objetiva não nos interessa, pois não pode ser medido ou quantificado. Assim mesmo hoje não existe uma maneira de se aprisionar ou se destruir fantasmas, o que nos leva para o próximo capítulo.

Médiuns

É impossível se falar de fantasmas por algum tempo sem esbarrar na mediunidade, e esses assuntos acabam se entrelaçando de uma forma tão firme que um capítulo sobre o assunto se torna necessário. Mas antes de começarmos a discuti-lo vamos deixar bem claro sobre o que estamos falando quando citamos médiuns e mediunidade. A mediunidade é o nome que damos a uma capacidade humana que permite que uma pessoa se comunique com espíritos.

Esta capacidade se manifesta independente da crença religiosa ou filosófica da pessoa, ou seja não é exclusividade de espíritas, pais de santo, pastores tomados pelo espírito santo ou de pessoas que acreditam em energias. Hoje sabemos que toda pessoa apresentam um certo grau de mediunidade, em algumas de maneira mais fraca e em outras de maneira mais intensa, são as pessoas que apresentam esse grau de mediunidade mais intenso que acabam recebendo o título de
médium.

Com o advento do surgimento e crescimento da doutrina espírita, o termo médium acabou sendo associado com esta crença e outros termos passaram a ser usados por pessoas que apresentam um grau mais elevado de mediunidade e não são espíritas como por exemplo clarividente, sensitivo ou intuitivo, mas todos esses termos tem o mesmo significado, claro que com o tempo cada termo acabou sendo usado em casos específicos, assim médiuns são pessoas que servem de elo entre o mundo que vivem e o mundo espiritual, seja como for conhecido – quarta vertical, quarta dimensão, plano espiritual, mundo astral, etc.; clarividentes são as pessoas que conseguem enxergar o mundo espiritual através da “terceira visão”; já intuitivo é o indivíduo é aquele que consegue sentir uma cadeia de eventos e intuir a sua natureza, da mesma forma que o sensitivo.

Vamos chamar aqui a todos de médiuns, não importa se a pessoa se enquadra melhor em uma sub categoria ou outra, já que no fundo todas se referem a pessoas que interagem com os fantasmas em um grau ou outro de sua existência.

Existem muitas formas de se comunicar com os espíritos a psicofonia, quando o fantasma fala através do médium, a psicografia, quando o fantasma escreve usando o corpo do médium, através da vidência, quando o médium é capaz de enxergar o fantasma mesmo quando outras pessoas não são capazes disso, além disso os médiuns podem também forçar o fantasma a se comunicar de forma direta através da tiptologia, que são batidas, da pneumografia, que é quando o próprio fantasma escreve os textos, da pneumatofonia, que é quando o próprio fantasma se comunica em voz auditível a todos e muitos falam da materialização, conhecida também como ectoplasmática. Caso comece a estudar sobre médiuns vai descobrir ainda muitas outras formas de comunicação entre os fantasmas
e nosso mundo.

Vendo a coisa desta forma, parece que ser um médium ou ter um em sua equipe é como ser ou trabalhar com o super-homem dos caça fantasmas. Apesar deste ser um pensamento atraente ele não é tão interessante assim na prática. Podemos afirmar que a mediunidade de fato existe?

Sabemos que durante décadas diferentes grupos se reuniram para tentar provar de forma objetiva se a mediunidade era um fenômeno real ou não. Desde a segunda metade do século XIX muitos trabalhos foram feitos para, através de testes, mostrar que a mediunidade era, ao menos, uma plausibilidade. Hoje, tudo o que pode ser dito a respeito de todos os estudos já feitos é que aqueles que desejaram provar que a mediunidade existe conseguiram de maneira satisfatória, e todos aqueles que desejaram provar que a mediunidade não existe também o conseguiram de maneira satisfatória. Desta forma se quisermos provar que este
fenômeno é real podemos pegar exemplos históricos como Leonora Piper e Gladys Osborne Leonard, podemos citar matérias que já foram publicadas na revista Science e os trabalhos desenvolvidos pelo neurocientista Nubor Orlando Facure e pelos médicos psiquiatras Leão e Francisco Lotufo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Da mesma maneira podemos pegar os dados coletados por anos pela Fundação Educacional James Randi que até hoje oferece U$ 1.000.000 de dólares para qualquer um que provar possuir qualquer tipo de faculdade “paranormal”, mediunidade inclusa.

Tendo isto em mente, qual a vantagem de se ter médiuns em grupos de caça fantasmas ou de se confiar na própria mediunidade em uma caçada?

Antes de mais nada, tenha em mente que a mediunidade pode ser uma ótima ferramenta, mas nunca um fim em si, e portanto deve ser tratada desta forma. Você simplesmente entrar em uma casa e um médium dizer: “sinto um espírito de uma criança de seis ou sete anos, que está triste por ter perdido a mãe e o nome dela pode ser rafael, ou gabriel” não quer dizer nada. Se de fato a pesquisa do local mostrar que ali morreu uma criança com aproximadamente 7 anos e se chamava
Samuel (próximo o suficiente) quer dizer que seu médium pode estar no caminho certo, mas isso também não é suficiente para um caçador. Da mesma forma que apenas o médium escutar os gritos ou as risadas em um local não tem muita utilidade objetiva em sua caçada. Já se por outro lado o médium ouve o fantasma e se comunica com ele e essa conversa é captada em um gravador a coisa muda de figura, drasticamente. Se o seu médium consegue enxergar o fantasma e a cada indicação dele você consegue uma fotografia ou uma gravação de vídeo, melhor ainda. Se seu médium consegue fazer o fantasma interagir com objetos sólidos ou
fazer com que ele siga seu caminho e deixe o local então você tem uma ferramenta valiosíssima em mãos.

Uma das melhores maneiras de se colocar os talentos do médium em uma caçada é não lhe dar nenhuma informação sobre o local ou o fantasma. Faça sua pesquisa, colha seus dados. E então leve-o para a casa e colha as impressões que ele conseguir, caso você seja o médium, visite o local sem nenhuma informação, tente captar tudo o que conseguir e depois tente bater com os fatos. Isto serve para saber se a sua mediunidade pode mais ajudar ou atrapalhar. Durante a caçada tente localizar os locais de maior atividade e dirija a equipe para que se concentrem naquele ponto, tente servir de isca para registros objetivos, mas nunca se esqueça a mediunidade é apenas mais uma ferramenta subjetiva que deveria ser usada para se conseguir registros objetivos da experiência.

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