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Misticismo – História da Magia

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A legitimidade de direito divino pertence de tal forma ao sacerdócio que sem ela o verdadeiro sacerdócio não existe. A iniciação e a consagração são uma verdadeira hereditariedade. O santuário é inviolável para os profanos. …As luzes da revelação divina se distribuem com uma suprema razão, porque descem com ordem e harmonia. Deus não esclarece o mundo com meteoros e raios, mas em compensação faz gravitar universos cada um ao redordo seu sol. …Muitos homens, que não podem forçar a harmonia revelada a concordar com seus vícios, proclamam a si mesmos como reformadores da moral. …Assim começam os sectários, agentes da anarquia religiosa que não desejamos entregar as chamas, mas que é preciso enclausurar como loucos furiosos. Assim se formaram as escolas místicas profanadoras da ciência.

Vimos por que processos os faquires da Índia chegavam …à luz incriada. O Egito teve também seus feiticeiros …e a Tessália, na Grécia, esteve cheia de conjurações e malefícios. Por-se em relação com demônios e deuses é suprimir o sacerdócio; mas a Alta Magia é a arte sacerdotal primitiva. Ela reprova tudo o que se faz fora da hierarquia legítima e aprova não o suplício, mas a condenação dossectários e feiticeiros.

Sendo a anarquia o ponto de partida e o caráter distintivo do misticismo dissidente, a concórdia religiosa é impossível entre os sectários; mas eles se entendem admiravelmente num ponto: o ódio a autoridade hierárquica e legítima. …É sempre o crime de Cam; o desprezo ao princípio da família, o ultraje inflingido ao pai… Os místicos anarquistas … embriagam-se de vertigens e não tardam a cair no abismo da loucura. …Os loucos tomam horror aos médicos e os místicos alucinados detestam os sábios.

 

Rituais de sangue

A Igreja, admitindo a possibilidade e a existência dos milagres diabólicos, reconhece a existência de uma força natural que, em mãos humanas, pode servir tanto ao bem quanto ao mal. …Os falsos [malígnos] milagres ocasionados pelas consgestões astrais têm sempre uma tendência anárquica e imoral, porque a desordem chama a desordem. Por isso os deuses e os gênios dos sectários são ávidos de sangue e prometem sua proteção ao preço do assassínio. Os idólatras da Síria e da Judéia faziam oráculos com cabeças de crianças.

…Dissemos que o sangue atrai as larvas. Nos sacrifícios infernais, os antigos cavavam um fosso e enchiam de sangue tépido e fumegante da vítimas, humanas ou não [caso do judeus, que sacrificavam animais; ou como os pré-colombianos, mais cruéis, que faziam sacrifícios humanos. Valas que conduziam o sangue do alto dos templos às bacias de pedra na base da pirâmides, de fato, podem ser vistas nas ruínas]. Desses poços de sangue os sacerdotes profanos viam rastejar, subir, descer, acorrer das profundezas da terra, de todas as profundidades da noite, sombras débeis e pálidas. Para tudo poder é preciso tudo ousar, tal era o princípio dos encantamentos e dos horrores dos magos negros.

Os falsos mágicos são reconhecidos pela sua relação com o crime …É sempre o mesmo amor às trevas, são sempre as mesmas profanações, as mesmas prescrições sangrentas. A magia da morte é o culto da morte. O feiticeiro abandona-se à fatalidade, ele abjura sua razão, renuncia à esperança de imortalidade e imola crianças. Ele renuncia ao casamento honesto e faz voto de devassidão estéril. [Mas] ….Quando o cérebro atrai violentamente uma série de imagens análogas a uma paixão …a luz extraviada se coagula …todos os excessos da vida …podem exaltar e produzir estagnações da luz astral. A ambição excessiva, pretensões orgulhosas à saúde, a continência hipócrita povoada de desejos, paixões vergonhosas, remorsos, tudo isso conduz ao enfraquecimento da razão, ao êxtase mórbido, à histeria, às visões, à loucura.

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