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Secretum Secretorum

Grau X- Iniciação ao Hermetismo

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Instrução mágica do espírito (X)

A Elevação do Espírito aos Planos mais Elevados

Antes de começar a acompanhar a prática desse décimo grau, o último de nosso curso, o mago deverá olhar para trás a se certificar de que domina cem por cento tudo o que foi ensinado até agora. Se isso não ocorrer, então ele deverá empenhar-se em fazer uma revi­são de tudo aquilo que não assimilou direito a esforçar-se em desenvolver adequadamente cada uma das capacidades. A pressa e a precipitação no desenvolvimento são inúteis a revelam-se extremamente desvantajosas no trabalho posterior com a magia. Para evitar decepções o mago deverá usar o tempo que for necessário para trabalhar sistemática a conscienciosamente. Deve saber que esse último grau já representa o final de seu desenvolvimento mágico no que se refere à primeira carta do tarô a para a qual ele precisa estar prepara­do se quiser prosseguir com trabalhos mágicos mais elevados, descritos nas minhas duas obras subseqüentes (“Die Praxis der Magischen Evokation” = A Prática da Evocação Mágica; a “Der Schlüssel zur Wahren Quabbalah” = A Chave para a Verdadeira Cabala). Caso surjam lacunas em seu trabalho, o mago jamais conseguirá dominar as forças superiores. Não é muito importante para ele assimilar esse curso em etapas alguns meses antes do previsto ou alguns meses depois, o principal é que ele não perca de vista a sua meta de it sempre em frente até alcançar as mais iluminadas alturas do reconhecimento divino. Numa visão retrospectiva o mago verá que já trilhou um longo caminho em sua evolução, o que é muito mais do que imaginou; mas ele precisa saber que esse é só o primeiro degrau de uma longa escalada. Quando ele tiver consciência de quanto conhecimento a experiência terá de acumular a absorver, adotará uma posição de humildade a reverência diante da fonte divina da sabedoria. Em seu coração ele não deverá abrigar ambição, egoísmo a convencimento, enfim, nenhuma característica negativa, pois quanto mais profundamente penetrar na oficina de Deus, tanto mais dedica­do a receptivo se tomará, internamente.

A sua primeira tarefa no décimo grau será obter o conheci­mento da esfera dos elementos. Com seu corpo mental ele deverá visitar as diversas esferas dos elementos, a se transportar ao reino dos gnomos ou espíritos da terra, depois aos espíritos da água ou das ninfas. Conhecerá o reino do ar, ou dos silfos, ou fadas, e finalmente o reino das salamandras, ou espíritos do fogo. Para um não-iniciado essas possibilidades soarão como fábulas, ou contos de fada, a vai considerá-las uma mera utopia. Para o verdadeiro iniciado não existem contos de fada ou lendas; elas devem ser basicamente entendidas como histórias simbólicas, que muitas vezes contêm verdades profundas. O mesmo vale para os gnomos, ninfas, silfos a salamandras. Baseando-se em suas próprias observações o mago se convencerá da existência efetiva desses seres. Uma pessoa magicamente não-instruída, cujos sentidos não foram desenvolvidos do ponto de vista espiritual, está só sintonizada nas vibrações do mundo material a não consegue imaginar a existência de outros seres, muito menos convencer-se disso. A maioria das pessoas está tão dominada pela matéria, por causa de seu modo de vida puramente materialista, a ponto de não entender a nem tomar consciência de algo superior a mais sutil, externo a nosso mundo físico. Mas para um mago instruído naturalmente as coisas são diferentes, pois ele desenvolve seus sentidos conscientemente; assim consegue ver muito mais a tomar consciência das energias, planos a seres superiores, convencendo-se deles por si mesmo. Na verdade esse é o objetivo do nosso curso, Le., instruir a pessoa para que além do mundo físico ela possa também tomar consciência de esferas mais elevadas a dominá-las. Não pretendemos nos precipitar e estudar temas correlatos, mas só nos limitarmos à prática do que deve ser feito para alcançarmos o mundo dos elementos.

No estudo anterior aprendemos que no mundo dos elementos, além do próprio elemento existem seres a ele correspondentes, que o habitam. A diferença entre uma pessoa a um ser do elemento consiste no fato da pessoa ser constituída de quatro, ou de cinco elementos, que a dominam, enquanto que o ser do elemento é composto somente do elemento puro que the corresponde. Pelo nosso conceito de tempo, esses seres possuem um tempo de vida bem mais longo que o nosso, mas não um espírito imortal. Geralmente um ser desses dissolve-se depois novamente em seu ele­mento. Deixaremos de lado as descrições dos detalhes pois o mago poderá conhecê-los sozinho em suas experiências práticas, o que será possível através da transposição de seu espírito. O mago deverá transportar-se ao reino dos elementos a promover um contato com o ser que o habita. Mais tarde ele até conseguirá dominar esse ser. A citação e a chamada de um ser desse tipo a nosso planeta material de modo passivo a ativo serão descritas em detalhes no capítulo correspondente à magia da evocação, na minha obra subseqüente, intitulada “Die Praxis der Magischen Evokation” (A Prática da Evocação Mágica).

Porém o mago deverá saber, sobretudo, que o reino dos ele­mentos não é o nosso mundo material a que ele não conseguirá transportar-se para lá sem uma capacitação prévia. Um ser dos elementos só pode se comunicar com o seu semelhante, a isso deve ser levado em conta. Um pássaro só consegue comunicar-se com um pássaro, a assim também um ser dos elementos não se entenderá com um ser humano, mas só com um ser do mesmo elemento que o seu. Caso um ser dos elementos queira relacionar­se com um ser humano, ele terá de assumir a sua forma a as suas características, para se aproximar do homem como homem. O mago então entenderá o porquê dos exercícios de transformação por ele realizados nos graus anteriores; um gnomo jamais entenderá um homem, a vice-versa. Durante a operação o mago deverá transformar-se num gnomo, ou o gnomo num homem. Portanto, antes de penetrar no reino dos espíritos da terra, o mago deverá assumir a forma de um gnomo. Se ele não tiver idéia de como é a aparência de um gnomo, deverá tentar ver a sua forma através da clarividência, no estado de transe ou através do espelho mágico. Ele saberá que os gnomos são homens bem pequenos, semelhantes aos duendes das histórias infantis. Geralmente eles têm longas barbas a capuzes, cabelos compridos, olhos cintilantes, e usam uma pequena túnica. Desse modo, ou semelhante a isso, é que o gnomo será visto pelo mago no espelho mágico. Ele poderá ver também que todos os espíritos da terra carregam uma pequena lâmpada, de luminosidade variável, usada para guiá-los no reino subterrâneo. Depois de se convencer da forma do gnomo através da visão no espelho mágico, o mago só precisará assumi-la em seu espírito, portanto no plano mental. Além disso ele terá de identificar-se com o elemento terra, Le., carregar toda essa conformação com o elemento terra, sem qualquer represamento. O mago não precisará imaginar mais nada além de que está mergulhando no reino subterrâneo, portanto, para dentro da terra. Isso the proporcionará uma sensação de escuridão ao redor. Através da imaginação ele deverá visualizar uma lâmpada com uma luz maravilhosa, que romperá toda a escuridão. Em suas tentativas iniciais nem perceberá muita coisa, mas depois de repetir as experiências algumas vezes, ele se acostumará de tal forma à escuridão que tomará consciência de seres com o seu próprio formato, principalmente quando a vontade de entrar em contato com eles é muito grande. Depois de várias tentativas ele observará que os seres se tornarão cada vez mais nítidos, a nos diversos trabalhos no reino da terra, chegará a vê-los completamente.

No reino dos espíritos da terra o mago nunca deverá abordar diretamente nenhum deles; deverá evitar ser o primeiro a fazer alguma pergunta, enquanto não for abordado por um dos seres. Poderá ocorrer que ele seja induzido a fazer algum comentário, em função do trabalho mútuo dos gnomos, mas não deverá se deixar conduzir a isso. Os espíritos da terra poderiam assim assumir o poder sobre o mago, que correria um grande risco, porque na verdade deveria acontecer o contrário, Le., o mago é que deveria deter o poder sobre eles. No caso de um acidente desse tipo poderia acontecer que os gnomos, com suas mais diversas artimanhas mágicas, prendessem o mago de tal for­ma através do elemento a ponto de transformá-lo num espírito da terra como eles, sem a possibilidade de voltar ao seu corpo original.

Depois de um certo tempo o cordão mental entre o corpo astral a material se romperia, acarretando a morte física. Um exa­me clínico constataria somente um ataque cardíaco. Porém o maga que tem o cuidado de se controlar através da instrução mágica e observa essa lei, não precisará ter medo. Ao contrário, assim que os gnomos começarem a falar, verão no mago um ser que lhes é superior a se tomarão seus melhores amigos. Essa lei de não falar primeiro só vale para as primeiras visitas, a mais tarde, assim que os gnomos se convencerem de que o mago os supera em termos de inteligência a de força de vontade, eles não só serão seus amigos, mas passarão a servi-lo obedientemente.

Os espíritos da terra são os mais próximos ao homem a gostam de servi-lo, principalmente quando reconhecem a sua superioridade. As visitas ao reino dos gnomos devem ser feitas o mais freqüentemente possível até que esse reino não ofereça mais nada de novo ao mago. Ele poderá aprender muitas coisas com os gnomos, a nenhum livro poderia contar-lhe tantos segredos sobre o reino da terra quanto as suas próprias vivências no mundo desses seres. Por exemplo, através dos gnomos o mago poderá tomar conhecimento do poder a do efeito de diversas ervas, conseguir o poder mágico sobre determinadas pedras, obter informações sobre tesouros escondidos, a muitas outras coisas. Será testemunha ocular de tudo o que existe debaixo da terra, como por exemplo, fontes subterrâneas, jazidas de minério, de carvão, etc.

Além disso ele poderá observar as diversas práticas mágicas dos gnomos, realizadas através do elemento terra. Com o tempo o mago descobrirá que existem diversos grupos de graus diferentes de inteligência entre os espíritos da terra no reino dos gnomos. Poderá entrar em contato com gnomos que são mestres no conhecimento da Alquimia. Quando finalmente o mago sentir-se em casa no reino desses seres, a tiver acumulado todas as experiências que os gnomos pode­riam the proporcionar, ele passará a explorar o reino seguinte, o do espírito das águas.

Do mesmo modo o mago deverá sintonizar-se com um espírito da água no espelho mágico a assumir o seu formato. Ele poderá constatar que os espíritos da água são parecidos com o homem a não aparentam nenhuma diferença quanto à forma ou ao tamanho. Geralmente os espíritos da água, chamados de ninfas, têm a forma de belas mulheres, apesar de existirem também espíritos da água masculinos. Por isso não é estritamente necessário, durante uma visita ao reino das águas, que se assuma a forma de uma mulher, e o mago só fará isso se tiver prazer em transformar­se imaginativamente numa ninfa. Uma vantagem disso é que ele não será perturbado pelas ninfas, pois além de serem muito belas, elas são muito insinuantes a sedutoras eroticamente.

Assim que o mago estiver espiritualmente preparado, preenchendo-se com o elemento água, Le., impregnando o seu espírito com água, ele deverá se transpor a algum grande lago ou à beira mar, o que preferir, a entrar espiritualmente no fundo da água. Aqui ele também não encontrará os espíritos da água logo ao chegar, mas através de repetidas tentativas a com um desejo forte de entrar em contato com os espíritos aquáticos ele acabará conseguindo atraí-los. No começo só encontrará formas de mulheres, que se movimentam na água com tanta liberdade quanto as pessoas. Será raro ele encontrar uma ninfa antipática, pois aqui também predomina uma determinada categoria de inteligência, a apesar de todas as donzelas aquáticas serem belíssimas, ele encontrará também algumas muito inteligentes, as assim chamadas líderes reais, providas de beleza a inteligência especiais.

O mago poderá notar que esses seres não só exibem seus dotes habituais, mas também executam os mais diversos trabalhos. Seria inútil descrever tudo isso em mais detalhes, pois o próprio mago poderá convencer-se pessoalmente disso. Nesse caso também vale a regra de jamais abordar um ser em primeiro lugar; o mago deverá sempre esperar até que falem com ele ou perguntem algo. Ele poderá ficar conhecendo tantas coisas sobre o elemento água, através das líderes inteligentes com as quais entrará em contato, que poderá até escrever livros sobre o assunto. Além de ficar sabendo tudo sobre a vida dos peixes, das diferentes plantas aquáticas, pedras submarinas, etc., elas também falarão ao mago sobre as mais diversas práticas mágicas do elemento água.

Mas ele deve ser advertido sobre a beleza desses seres, para não apaixonar-se a ponto de perder o chão sob os pés, pois tal amor poderia tomar-se um tormento para ele. Com isso não queremos dizer que ele não possa ter prazer junto a essas donzelas aquáticas, mas que ele sempre deverá ter em mente que a lei é o amor, mas o amor submetido à vontade. Uma donzela dessas poderia prender o mago com sua beleza sedutora, sua amabilidade a seu arrebatador erotismo, de tal modo que ele até correria o perigo de submeter-se a ela, o que o levaria à morte física. Muitos magos já sucumbiram a um amor infeliz desse tipo. É por isso que ele deverá ser forte, pois justamente esse reino da esfera dos elementos é o mais atraente, a se ele não conseguir refrear sua paixão, ficará totalmente submisso aos espíritos da água. Ao conseguir encontrar o reino dos espíritos da água e aprender com eles tudo o que se refere ao conhecimento mágico relativo ao elemento água, o mago deverá dirigir sua atenção ao reino seguinte, o dos espíritos do ar.

Ao contrário do reino aquático, cujos habitantes, as donzelas da água ou ninfas, gostam muito do contato com as pessoas, os espíritos do ar são muito esquivos à relação com os humanos. Do mesmo modo que os espíritos da água eles têm formas maravilho­sas, principalmente de natureza feminina, apesar de encontrarmos também alguns seres masculinos entre eles. Nesse caso o mago não precisará assumir diretamente uma forma condizente com os espíritos do ar, ele poderá impregnar a sua própria pessoa, o seu espírito, com o elemento ar, a se transpor imaginativamente à região do ar com o desejo de promover um contato com os seus espíritos.

Depois de várias repetições, durante as quais ele não deverá perder a paciência caso não consiga o seu intento logo no início, ele deverá estar constantemente empenhado em ver esses espíritos a qualquer preço, algo que com certeza conseguirá. No começo ele notará que os espíritos do ar o evitam, o que natural­mente não deverá desanimá-lo; verá seres maravilhosos, que pos­suem um maravilhoso corpo etérico, macio a flexível. Com seu espírito ele deverá imitar os espíritos do ar, movimentando-se de um lado a outro no espaço, flutuando no ar a deixando-se levar por ele; cedo ou tarde os espíritos o abordarão. Nesse caso também o mago deverá ser prudente a não falar primeiro com o espírito, masculino ou feminino. Poderia acontecer-lhe a mesma coisa que já descrevemos no caso do elemento anterior. Ao conseguir, depois de várias tentativas, estabelecer o contato com os espíritos do ar, o mago poderá também conhecer tudo o que se refere ao elemento correspondente; descobrirá muitas práticas mágicas a segredos que uma pessoa normal nem poderia imaginar.

Depois de conhecer bem o elemento ar a seus seres, a dominar todas as práticas mágicas a leis que the foram confiadas, o mago deverá passar a conhecer os espíritos do elemento fogo, e entrar em contato com eles. Sob certos aspectos esses seres são parecidos com o homem, mas demonstram algumas particularidades que um homem normal não possui; por isso é recomendável que o mago se certifique da forma de um espírito do fogo através da magia do espelho. Ele observará que os espíritos do fogo pos­suem um rosto menor do que o das pessoas a um pescoço extremamente comprido a fino. Deverá então transpor o seu próprio espírito, imaginativamente, à forma de um espírito do fogo, carregando-o com o elemento puro do fogo, a depois entrar na esfera espiritual de uma cratera ou montanha de fogo, o habitat mais marcante desses seres. No elemento anterior, dos espíritos do ar, o mago pôde perceber que os seus espíritos estavam constante­mente em movimento.

Isso ocorre ainda em maior escala com os espíritos do fogo, que pulam o tempo todo, como as labaredas de uma fogueira. O mago não deverá esquecer o preceito básico de jamais dirigir-lhes a palavra em primeiro lugar. Lá também existem grupos de inteligência variável, a quanto mais inteligente for um espírito do fogo, tanto mais bela a harmônica será a sua forma. Os espíritos mais elevados dentre os espíritos do fogo parecem-se mais ao homem, a naturalmente o mago tentará estabelecer um contato com esses seres mais inteligentes. Aprenderá muitas coisas relativas à magia prática, enfim, tudo o que se pode obter com o elemento fogo. Quando ele tiver conhecido bem os espíritos do fogo na cratera, ou seus respectivos líderes, conseguido estabelecer o contato com eles a aprendido tudo o que poderia aprender, ele poderá procurar aqueles espíritos do fogo que moram no ponto central mais profundo de nossa terra. Esses espíritos possuem conhecimentos bem mais profundos do que os dos espíritos das crateras. Só quando o mago tiver adquirido todos os conhecimentos sobre o elemento fogo, ele poderá dizer que se tornou o senhor absoluto sobre todos os elementos.

Durante as visitas a todos os seres dos elementos, o mago se convencerá de que cada ser desses, por mais inteligente que seja e por mais conhecimentos que possua, é constituído por um único elemento, enquanto que o homem encarna em si todos os quatro elementos, além de um quinto elemento, o do princípio de Deus. Então ele compreenderá porque a Bíblia diz que o homem é o mais completo dentre todos os seres a foi criado à imagem a semelhança de Deus. Por isso também é que se justifica a grande ânsia por imortalidade dos seres dos elementos e a inveja que sentem dos homens por esse privilégio. Todo ser dos elementos obviamente almeja alcançar a imortalidade e o mago tem a possibilidade de oferecer isso a ele. Não seria possível para mim aqui descrever em detalhes como isso pode ocorrer, mas qualquer mago terá uma intuição tão boa que poderá descobri-lo por si mesmo.

Através de suas próprias experiências o mago perceberá o quanto ele poderá aprender dos seres dos elementos. É lógico que essas experiências então se transferirão à memória, portanto ao corpo material, e o mago poderá aproveitar essas experiências transferidas à prática, também no plano material. Aos olhos de um não-iniciado as coisas que o mago consegue realizar com a magia natural parecerão verdadeiros milagres. Depois de mais esse Progresso do mago, i.e., conhecer os quatro reinos dos elementos, dominá-los na prática a através deles passar por ricas experiências, ele poderá conectar tudo isso com o aprendizado consciente junto a um mestre espiritual, um guru, ou espírito protetor. Como já mencionamos no item sobre o relacionamento passivo com o além, toda pessoa possui em seu caminho um espírito protetor que the foi destinado pela Providência Divina, a que estimula a super­visiona o desenvolvimento espiritual da pessoa. No relacionamento passivo o mago entrou em contato pela primeira vez com esse espírito protetor, a através de sua clarividência conseguiu vê-lo no espelho mágico ou em estado de transe, quando almejou muito esse contato.

Mas agora ele já chegou ao ponto de conseguir entrar em contato visual com o espírito protetor no plano mental. Não é difícil realizar isso na prática, pressupondo-se que o espírito protetor já não se deixou reconhecer antes por aquele mago que já domina totalmente o processo da viagem mental. A prática da ligação visível com o espírito protetor só exige uma coisa, que é elevar-se às alturas em espírito, verticalmente, como que apanhado por um redemoinho. Podemos eventualmente também imaginar o processo inverso, i.e., não sermos elevados às alturas, mas ficar­mos leves como o ar a sermos empurrados pela Terra. Isso fica a critério do tipo de concentração de cada um. Depois de algumas tentativas o próprio mago descobrirá os métodos que prefere. Assim que elevar-se espiritualmente, o mago deverá subir mais e mais, até a Terra parecer-lhe só como uma pequena estrela, a ele, flutuando no Universo, totalmente distante do globo terrestre, deverá concentrar-se no desejo de ser atraído para o seu guia ou de que este the apareça. Depois de algumas tentativas o mago se defrontará visualmente com o seu guia, ou anjo da guarda, como também é chamado. Esse primeiro encontro é uma experiência especialmente forte, pois dali em diante ele terá a possibilidade de relacionar-se boca a boca, ouvido a ouvido com seu guia espiritual, a sobretudo não esquecerá de the perguntar quando, como, e sob quais condições poderá entrar em contato com ele quando assim o desejar. O aluno deverá então obedecer à risca as indicações do guia. O guru assumirá dali em diante a instrução subseqüente do mago.

Depois que a ligação com o guru se concretizou, o mago pene­trará na última etapa de sua evolução mental, a como o mundo material denso não tem mais nada a the dizer, ele procurará explorar outras esferas. Isso ele conseguirá fazer do mesmo modo anterior, elevando-se verticalmente da Terra a concentrando-se na esfera que pretende explorar; de acordo com a sua vontade, essa esfera o atrairá para si. Como no seu espírito não existem os conceitos de tempo e espaço, ele poderá explorar cada esfera de imediato, sozinho ou acompanhado de seu guia.

Segundo a árvore cabalística da vida, ele alcançará primeiro a esfera da lua, depois, na seqüência, a de Mercúrio, de Vênus, do Sol, de Marte, de Júpiter, a finalmente de Saturno. Em todas as esferas ele encontrará os seres correspondentes e conhecerá na prática as suas leis a mistérios. Assim que o mago tiver conseguido visitar a dominar todo o Universo, portanto o sistema planetário das esferas dos seres, a sua instrução mental estará terminada. Ele conseguiu evoluir até tornar-se um mago completo, um Irmão da Luz, um verdadeiro Iniciado, que já alcançou muita coisa, porém ainda não alcançou tudo.

Instrução mágica da Alma (X)

A Ligação Consciente com seu Deus Pessoal

Na parte teórica desta obra didática eu citei o conceito de Deus, e o mago que já estiver bem adiantado em seu desenvolvi­mento poderá passar a ocupar-se da concretização desse conceito.
Antes de começar a trabalhar nesse último parágrafo de seu desenvolvimento, o mago deverá examinar se ele realmente já domina totalmente a instrução da alma de todos os graus, se ele alcançou o equilíbrio mágico a enobreceu sua alma a ponto de permitir que a divindade more nela. Muitas religiões falam da ligação com Deus na prática; a maioria delas defende o ponto de vista pessoal de que quando se faz uma oração a Deus sob forma de um pedido, uma devoção ou um agradecimento, então já se consegue estabelecer essa ligação. Para o mago que até agora trilhou o árduo caminho do desenvolvimento, essa afirmação naturalmente é insuficiente.

Para o mago, seu Deus é o ser mais elevado, mais verdadeiro a mais justo que existe. Por causa disso, logo no começo da iniciação, na sua evolução, o mago respeitou, obedeceu a seguiu a justiça relativa às leis universais, e é nessa justiça também que deve ser entendido o conceito de Deus. O mago seguidor dessa ou daquela religião, independentemente se for a religião cristã, judaica, budista, maometana, hindu, brahmane, ou alguma outra casta religiosa, a seguidor também do caminho da iniciação, deverá, sem exceções, respeitar a justiça universal das leis de seu conceito divino.

No seu ideal mais elevado o Cristão vai venerar o próprio Cristo e reconhecer nele as quatro características básicas, as quatro qualidades ou aspectos básicos que se manifestam na onipresença. Essas quatro características básicas são: a onipotência, a sabedoria ou conhecimento universal, o amor universal ou a bondade, e a imortalidade. O mago nunca vai encarar o seu Cristo como manifestação provida de uma única qualidade, mas também, relativamente às leis universais análogas aos quatro elementos, venerá-lo como a divindade suprema. O mesmo vale para o adepto do budismo, ou qualquer outra doutrina religiosa. Quando o mago trabalha corretamente a torna-se amadurecido do ponto de vista mágico, ele passará a classificar seu princípio divino nesses quatro fundamentos com suas características básicas, correspondentes aos elementos; esses quatro aspectos básicos de sua divindade representarão sua visão divina suprema.

A idéia de seu Deus não precisa estar ligada a uma pessoa viva ou que já viveu, ela pode ser simbólica. Basicamente é indiferente se o mago imagina, como símbolo do seu Deus supremo, Cristo, Buda, um deva, um sol, uma luz, uma chama, ou qualquer outra coisa. O que importa nesse caso não é a idéia em si, mas a qualidade que ele imprime à sua idéia. De qualquer modo, qualquer religião – visão de mundo tem de ser, para o mago, a idéia do conceito divino supremo, amoroso, precioso a digno de devoção, acima do qual não existe mais nenhum outro Deus. O seu relacionamento, ou ligação com a sua divindade, com o seu Deus, pode ser apresentado de quatro maneiras:

1. Do modo místico-passivo;
2. Mágico-ativo;
3. Concreto; e
4. Abstrato. O verdadeiro mago deverá dominar todas as quatro formas, mas ficará a seu critério pessoal o tipo ou a forma que escolherá para a sua ligação futura.

A forma místico-passiva de ligação com Deus é a mais freqüente entre os santos a beatos, para os quais, num arrebatamento ou êxtase, revelou-se o princípio divino. Mas assim o mago não saberá de que forma Deus se revelou a ele; então o tipo de revelação se expressará de acordo com sua visão suprema. Para o cristão ela terá a forma de qualquer símbolo fixo, como o formato do próprio Cris­to, de uma pomba branca, do Espírito Santo, ou o formato de uma cruz. Mas isso não tem muita importância.

O principal nesse caso é a qualidade ou característica da divindade que se manifesta à pessoa. O quão profunda, forte a penetrantemente Deus se revelará a cada um, depende da sua maturidade espiritual a anímica. Esse tipo de revelação é vivenciado por todas aquelas pessoas que entram no estado de êxtase ou de enlevo através da meditação profunda ou da prece. Todos os místicos, teósofos, ioguis, etc. vêem nesse tipo de revelação divina o alcance de uma meta almejada. A história nos mostra muitos exemplos dessa ligação mística com Cristo, a por isso não é preciso apresentá-las individualmente.

O segundo tipo de revelação divina é a mágico-ativa, condizente com a maioria dos magos. O mago instruído tenta aproximar-se ou relacionar-se com a sua divindade através de invocações. Nesse caso também podemos falar de uma forma extática, porém esta não surge como um fenômeno paralelo, como no tipo de revelação anterior, mas foi induzida conscientemente, de grau em grau. Nesse método, ou tipo de revelação, o interior ou espírito do mago, eleva­se até a metade do caminho em direção a Deus, a Deus vem ao seu encontro pela outra metade. A invocação de Deus nesse método mágico-ativo é teúrgica, verdadeiramente mágica, e o mago só de­verá se permitir realizá-la quando alcançar de fato a verdadeira maturidade.

O tipo de invocação fica a critério de cada um, pois não existem muitos métodos concretos. Tanto a invocação divina místico-passiva quanto a mágico-ativa poderão, por seu lado, ocorrer de forma abstrata ou concreta. A invocação concreta consiste em imaginar a divindade sob uma forma determinada, enquanto que a abstrata baseia-se na idéia divina abstrata das qualidades de Deus.

A prática de cada uma das possibilidades de revelação do conceito divino é extremamente simples. Se o mago meditar sobre o seu Deus a suas respectivas qualidades, mergulhado em seu interior, portanto, no princípio do Akasha, ou seja, em transe, e o tão esperado símbolo divino the aparecer durante essa meditação, então podemos falar de um tipo místico-passivo de revelação divina. Porém, se através de sua meditação com imagens o mago invocar em si ou no exterior cada uma das qualidades de sua divindade, indiferentemente se são imaginadas numa forma concreta ou abstrata, então trata-se de uma invocação divina mágico-ativa.

Quem já chegou até aqui em seu desenvolvimento não só poderá alcançar a ligação divina do tipo místico-passivo, mas também a do tipo mágico-ativo. Por isso é que dou preferência aos métodos das formas concreta a abstrata que o mago já consegue dominar. Um bom exercício prévio para a manifestação concreta da divindade consiste em colocar diante de si uma imagem, figura ou símbolo da divindade venerada. Então o mago deverá sentar-se em sua asana a fixar a imagem com tanta intensidade a por tanto tempo até que, fechando os olhos, a imagem de Deus the apareça. E também, ao fixar a imagem de sua divindade, ele a verá depois várias vezes reproduzida numa superfície branca próxima. Essas visualizações da divindade são um bom exercício prévio, pois ele ajuda o mago a produzir o surgimento da imagem de seu Deus à sua frente. O mago deverá repetir esse exercício várias vezes, até conseguir imaginar a sua divindade venerada a qualquer momento, em qualquer lugar a em qualquer situação, como se ela estivesse ali, viva.

Só depois disso é que ele poderá conectar essa imagem com as respectivas características divinas. No início ele não vai conseguir ligar logo as quatro características básicas divinas mencionadas, a sobre as quais ele meditou nos graus anteriores, todas de uma vez, com a imagem formada. Por isso ele deverá dedicar­se a cada uma delas separadamente, uma após a outra. A concretização da característica divina na imagem idealizada é muito importante a deverá ser repetida tantas vezes até que realmente a divindade do mago, provida das quatro características, seja por ele percebida. Quando isso tiver sido alcançado, então o mago deverá pensar na imagem de sua devoção não como uma imagem, mas como alguém vivo, atuante a irradiante, com tanta intensidade como se o seu Deus, a sua divindade pessoal estivesse à sua frente, vivo a existente de fato. Essa é a assim chamada ligação concreta com a divindade, externa a si mesmo.

Quanto mais freqüentemente ele usar esse método tanto mais forte a eficaz surgirá diante dele essa divindade, de forma visual a perceptiva. Assim que o mago sentir que tudo o que ele sabe sobre o conceito e a realização de Deus foi colocado na sua imagem invocativa, então deverá imaginar que essa divindade viva que surge à sua frente em todo o esplendor, com todas as quatro características básicas, toma o seu corpo, portanto entra nele a assume o lugar da sua alma.

Isso deve ser repetido pelo mago muitas vezes, até que ele sinta a divindade dentro de si com tanta força a ponto de perder a sua consciência pessoal a sentir-se a si mesmo como a divindade imaginada. De­pois de várias repetições dessa unificação com a divindade o mago deverá assumir as características concretizadas na imagem por ele idealizada. Então, não é mais o eu pessoal que atua através dele, mas a sua divindade. Ele vivencia a ligação divina concreta de seu Deus pessoal a não é mais a sua consciência, a sua alma, ou o seu espírito que falam pela sua boca, mas o espírito manifestado pelo Deus. Aí então o mago se liga com o seu Deus, a depois de muito tempo nessa ligação ele mesmo se torna Deus, compartilhando de todas as características básicas de sua divindade.

O método da ligação divina concretizada é muito importante para a prática mágica subseqüente, pois o mago deve estar em condições de ligar-se, desse mesmo modo, com qualquer divindade, de qualquer religião. Essa prática é necessária na magia de evocação e na teurgia, pois é a única forma de que o mago dispõe para promover a ligação com uma divindade a qualquer momento, a manter os seres subordinados sob a sua vontade. Para todos parecerá óbvio que desse modo o mago será capaz de ligar-se ao princípio divino com tanta força, que várias energias da divindade concretizada com a qual ele se ligou animicamente também se incorporam nele como característica, se já não estiverem ligados diretamente à imaginação. Em sua maioria essas características divinas são definidas, por nós iniciados, como capacidades ou energias mágicas, ou Siddhis.

Ao dominar bem a técnica da ligação divina concreta com a sua divindade imaginada, o mago deverá começar a concretizar a forma abstrata de ligação com o seu Deus. No início ele poderá conectar a sua idéia a uma idéia auxiliar, como, por exemplo, à luz, ao fogo; porém mais tarde isso também deverá ser deixado de lado, a ele não deverá projetar nada além da qualidade, primeiro externamente a depois internamente. Nesse caso também a qualidade da característica divina deve ser conectada primeiro ao órgão correspondente ao elemento, para que, por exemplo, a onipotência seja sentida abstratamente na cabeça, o amor no coração, etc. Através da repetição constante desse exercício poderemos nos identificar com a idéia abstrata de Deus de tal forma que não necessitaremos mais da imaginação de uma parte ou de uma região do corpo. Poderemos conjugar as quatro características básicas numa única idéia que formará a conscientização interna de nosso conceito divino na forma suprema. Através da repetição freqüente a manifestação de Deus aprofunda-se tanto que chegamos até a nos sentir como deuses. A ligação com Deus deverá ser tão profunda que durante a meditação não de­verá existir nenhum Deus fora ou dentro da pessoa; sujeito e objeto deverão estar tão fundidos um no outro que não haverá nada além de: “Eu sou Deus”, ou como diz o hindu em seus Vedas: “Tattwam asi – Isto é você!”.

Ao chegar a esse ponto o mago encerra o seu desenvolvimento mágico em forma astral, e nos exercícios seguintes ele só precisará aprofundar as suas meditações a fortalecer a sua divindade.

O Relacionamento com as Divindades

Ao chegar ao ponto de conseguir ligar-se com qualquer divindade, qualquer inteligência, ou qualquer ser divino, o mago estará em condições de atuar na esfera desejada, não como mago, mas como Deus.

Com isso termina para o mago a instrução mágica da alma do último grau. Não tenho mais nada a dizer sob esse aspecto, pois o mago se tornou uno com Deus, a aquilo que ele expressa ou ordena, é como se o próprio Deus o tivesse expresso ou ordenado; ele compartilha de todas as características básicas da divindade à qual está ligado.

Instrução mágica do corpo (X)

Métodos para a Obtenção de Capacidades Mágicas

BRAHMA e SHAKTI

O conhecedor de outros sistemas de iniciação encontrará um certo paralelo deles com o meu sistema, pois na verdade todos os caminhos são iguais. Como exemplo mencionarei aqui o sistema hindu da ioga, que é condizente com os sistemas de mistérios egípcios por mim indicados. No Kundalini-Ioga o aluno é induzido, pelo guru, a meditar sobre o Centro Muladhara, que se encontra no cóccix, a realizar exercícios de Pranajama. Quando examinamos mais de perto o simbolismo do Centro Muladhara, concluiremos que esse Centro possui a forma de um quadrado de cor amarela, com um triângulo vermelho em seu interior, dentro do qual se encontra um falo – o órgão sexual masculino – envolvido por uma cobra, que dá três voltas ao seu redor. O Centro Muladhara é o primeiro Centro, o mais primitivo a material, simbolizado por um elefante com a respectiva deusa preenchendo todo o canto do triângulo.

Esse modo simbólico de expressão, chamado na Índia de Laya Ioga é apresentado dessa maneira peculiar a representa a chave da iniciação para o primeiro degrau na Ioga. Esse símbolo pode ser interpretado de várias maneiras, mas a explicação mais correta é que o quadrado representa a Terra, o triângulo as três pontas ou rei­nos – o mundo material, astral a mental, o falo representa a força ­imaginação geradora, e a cobra o caminho e o conhecimento. O aluno já sabe que o princípio da terra se constitui de quatro elementos, por isso não há necessidade de maiores comentários. O aluno de Ioga deve sobretudo conhecer a dominar os três mundos, o material­ denso, astral-anímico a mental-espiritual.

Portanto, o Chakra Muladhara não passa de um diagrama de iniciação a corresponde à primeira carta do tarô. Na Índia nunca se menciona diretamente uma definição com tanta clareza, a cabe ao aluno chegar a isso sozinho, quando conseguir dominar esse Centro, Le., quando alcançar, em seu caminho espiritual, o desenvolvimento correspondente ao diagrama Muladhara. Não é à toa que chamam o Centro Muladhara de Centro Brahma, pois nesse estágio de desenvolvimento o aluno de Ioga reconhece Brahma, portanto a divindade em sua manifestação mais estável.

Brahma é o Eterno, Inexplorável, Universal, Indefinível, Constante a Tranqüilo, portanto a parte positiva. Brahma não gera nada de si mesmo, mas a criação surge através da sua Shakti, o princípio feminino. Portanto, no Centro Muladhara a Shakti representa a cobra que envolve o falo, a que usa a energia geradora do falo simbólico, portanto da imaginação.

Ainda teríamos muito a dizer sobre esse Centro, mas para o mago desenvolvido essa indicação deve bastar, para que ele reconheça a existência de um paralelo entre os sistemas religiosos a de iniciação. A imaginação é a energia de Shakti, ou Kundalini, que o mago deverá desenvolver sistematicamente. Numa visão retrospectiva de todo o nosso sistema de desenvolvimento em dez graus o mago perceberá que é justamente essa energia geradora, essa energia do falo, portanto a imaginação a sua formação, é que representam o papel mais importante.

Já encerrei a instrução mágica do corpo no nono grau, por isso nesse capítulo falarei só sobre o treinamento de algumas forças ocultas; o mago não precisará dominar todas elas, mas ele não deverá deixar nada desconhecido em seu desenvolvimento. Para cada fenômeno oculto ele deverá saber dar a explicação correta.

Sugestão

No capítulo sobre o subconsciente esse tema já foi por mim abordado, ao descrever a auto-sugestão ou auto-influência. As mesmas regras valem também para a sugestão sobre outras pessoas. Um pré-requisito para isso é que a fórmula da sugestão seja mantida, ao pé da letra, na forma verbal presente a imperativa. Em função do seu desenvolvimento espiritual o mago poderá transpor a sugestão desejada ao subconsciente de qualquer pessoa que não possua maturidade suficiente, sugestão esta que não precisará necessariamente ser pronunciada em voz alta, mas poderá ser formulada em pensamento ou telepaticamente. Para um mago é bastante fácil transmitir sugestões mesmo a grandes distâncias. Isso pode ser feito de duas maneiras; uma delas é procurar, com o espírito, a pessoa em questão, para influenciá-la sugestivamente, de preferência enquanto ela estiver dormindo. A outra seria desligar, através do Akasha, a distância que o separa do sujeito a ser sugestionado. Nem preciso dizer que nas sugestões à distância o mago também poderá usar o espelho mágico. É óbvio que uma sugestão poderá ser dada de forma a surtir efeito só num futuro distante, Le., o momento exato para que a sugestão surta o seu efeito também poderá ser transposto ao subconsciente do sujeito.

Telepatia

A telepatia pertence ao mesmo grupo de fenômenos que a sugestão. Para um mago é uma brincadeira de criança transmitir seus pensamentos às pessoas, mas nisso ele deverá observar que os pensamentos não deverão ser transmitidos ao corpo ou à alma, mas só ao espírito da pessoa em questão. Ele deverá imaginar o espírito da pessoa, Le., deverá excluir o corpo material a astral imaginativamente a ocupar-se só do espírito dela, ao qual transmitirá os pensamentos. Ficará a critério do mago transmitir ao sujeito se o pensamento é dele mesmo, do mago ou de outra pessoa qual­quer. Tudo isso deverá ser considerado durante a transmissão. Não são só os pensamentos que podem ser transmitidos a curtas ou longas distâncias, mas os sentimentos também. O mago nunca deverá esquecer, que com a ajuda de suas forças mágicas ele só deverá transmitir pensamentos positivos. Tenho certeza de que nenhum aluno ou mago fará mau use dessa habilidade. Os pensa­mentos podem até ser sugeridos contra a vontade da pessoa. Como o mago domina os elementos, ele poderá desligar os pensamentos da pessoa que quer influenciar telepaticamente, a introduzir os pensamentos que considerar válidos.

Hipnose

Um assunto semelhante à telepatia e à sugestão é a hipnose, pela qual uma pessoa é induzida a dormir à força, a the é roubada a vontade própria. Do ponto de vista mágico a hipnose é condenável, e o mago deveria se especializar menos nesse campo. Mas com isso não queremos dizer que o mago não está em condições de induzir o sono em qualquer pessoa. A prática é muito simples. Através da sua vontade ou do fluido eletromagnético o mago só precisará desligar a função do espírito para que o sono se instale rapidamente. Não é muito importante se para isso o mago utiliza a telepatia ou a sugestão. Ele poderá usá-las como meios auxiliares, mas não depende delas. Quase todos os livros que falam de hipnose recomendam o use da telepatia a da sugestão. Alguém que domina essas forças não precisa de nenhuma das duas, pois no momento em que ele afasta o corpo e a alma do sujeito, em pensamento, portanto não lhes dá atenção, a desliga ou paralisa a vontade dessa pessoa através da imaginação, logo surge a ausência de consciência, ou o sono. Com isso o subconsciente é liberado a torna-se receptivo a qualquer tipo de sugestão. Justamente esse ato de violência, Le., a intromissão na individualidade da pessoa, não é recomendável do ponto de vista mágico, e o mago só deverá recorrer à hipnose de qualquer tipo quando tiver uma intenção nobre, por exemplo, quando quiser transmitir ao sujeito boas sugestões, com um efeito excepcionalmente forte. Mesmo quando a pessoa desejá-lo expressamente, o mago deverá evitar hipnotizá-la. O verdadeiro mago evitará satisfazer qualquer tipo de curiosidade ou ânsia de sensacionalismo das pessoas, em relação a essas experiências hipnóticas. Em situações de grande perigo, o mago instruído poderá produzir uma espécie de hipnose do susto, paralisando, por alguns segundos, o espírito do rival, através de um raio de fluido eletromagnético; mas naturalmente esse método só deverá ser usado em caso de extrema necessidade, o que será muito raro na vida do mago. Já se comprovou cientificamente que até os animais podem ser hipnotizados, a se o mago quiser hipnotizar um animal, caso haja necessidade disso, atingirá o lado instintivo desse animal, por onde se produzirá uma ausência imediata de cons­ciência, mesmo no maior a mais forte dos animais.

A Hipnose em Massa dos Faquires

A hipnose em massa produzida pelos faquires e charlatães hindus não apresenta maiores problemas para o mago. Os faquires que se ocupam desse tipo de experiência às vezes nem sabem como esses fenômenos ocorrem, pois seu segredo é uma tradição, transmitida de uma geração a outra. Quando um determinado ambiente, lugar, etc., é carregado com o princípio do Akasha, to­dos os que estiverem no local ficarão impregnados, a esse princípio do Akasha passará então a predominar em cada um deles. Como o Akasha é o princípio das coisas primordiais, tudo o que se coloca nele deverá concretizar-se. A hipnose em massa dos faquires que forjam diversas cenas diante dos espectadores, é facilmente explicável baseada nessa lei. Dessa maneira até o mago conseguirá produzir uma hipnose em massa. Com uma palavra ou fórmula tradicional o faquir chama o Akasha para o ambiente e transpõe a esse princípio as imagens que os espectadores querem ver. Através das constantes repetições dessa experiência ela se toma tão automática que o faquir não precisa mais usar a imaginação, ou o Akasha, nem o processo que os espectadores querem ver. Basta que ele pronuncie a fórmula do Akasha para enfeitiçar as pessoas a em seguida pronunciar em voz baixa, os tantras e frases curtas do processo desejado pelos espectadores. Enquanto isso os espectadores tomam consciência, também em seqüência, da mesma coisa em imagens.

O fato dessas fórmulas serem fórmulas mágicas de fato é incontestável, pois esse segredo é herdado tradicionalmente de família em família, ao longo de centenas de anos. O possuidor de uma fórmula mágica desse tipo nem sabe mais qual o tipo de energia a ser liberada com ela. Ele sabe somente que ao pronunciar essa ou aquela fórmula, acontece isso ou aquilo, a não tenta saber porquê. Uma farsa tão ilusória produzida com o Akasha passa a ser muito admirada, principalmente por pessoas que não têm noção das leis mágicas superiores. Na Índia uma farsa desse tipo nada é além de mero negócio. Se tirássemos uma fotografia de uma cena desse tipo, veríamos, decepcionados, que não apareceria nada nas chapas; elas mostrariam somente o faquir com seus eventuais acompanhantes, sentados quietos a sorridentes. Essa experiência aparentemente secreta é facilmente explicável com base na lei mágica, a fica a critério de cada um ocupar-se disso ou até especializar-se no assunto.

Para o desenvolvimento mágico subseqüente e a evolução mágica essas experiências não têm qualquer significado. Eu só as mencionei para que o mago pudesse fazer uma idéia delas a encontrar para elas uma explicação do ponto de vista mágico.

Leitura do Pensamento

Muita propaganda é feita sobre a questão da leitura do pensamento. Para o mago instruído essa é uma coisa óbvia, a ele a considera um fenômeno menor que acompanha o seu desenvolvi­mento espiritual. A leitura do pensamento pode ocorrer através de imagens, da inspiração, ou intuição, conforme a predisposição do mago. O fato de podermos não só ler o pensamento de uma pessoa quando ela está próxima, mas também quando está distante, não precisa nem ser enfatizado, a não passa de um trabalho efetuado no Akasha. Cada pensamento, palavra a ação possuem sua cópia exata no mundo das coisas primordiais ou Akasha, o que já foi dito no capítulo referente ao Akasha.

Quando o mago se sintoniza no espírito da pessoa em questão a se carrega com o Akasha, ele consegue ler os pensamentos do momento atual, a quando olha para trás com um forte desejo interior, conseguirá ver também, sem esforço, os pensamentos do passado mais remoto. Depois que o mago praticou por algum tempo a alcançou uma certa perícia na leitura do pensamento, ele conseguirá ler qualquer pensamento brincando, mesmo o mais oculto. A formação de um pensamento pode ser intelectual ou imaginativa, sendo que os últimos são mais fáceis de ler. O mago só conseguirá fazer uma leitura completa do pensamento quando se tornar senhor absoluto de seu espírito e também da sua vida nos pensamentos. Essa é uma condição básica.

Caso contrário ele só captará os pensamentos parcialmente ou só conseguirá ler os pensamentos efetivos. Mas a leitura dos pensamentos não é uma questão complexa, só exige o contato espírito a espírito; o próprio mago deverá sentir-se como espírito. Os graus anteriores ajudaram-no bastante nisso, a ele precisará somente produzir a ligação com a pessoa em questão, na medida em que afasta o corpo e a alma dela em pensamento, para depois ler os seus pensamentos.

Psicometria

A psicometria é a capacidade de pesquisar um objeto qual­quer, uma carta, uma jóia, uma antiguidade, a sondar todas as circunstâncias que o cercam, no presente, no passado ou no futuro. Para o mago que acompanhou a parte prática deste curso a instruiu bem seus sentidos astrais da visão, da audição a do tato, essa capacidade é conseqüência dos sentidos astrais desenvolvidos e é bastante fácil de colocar em prática. O mago pega na mão o objeto a ser pesquisado ou coloca-o num local do corpo adequado a uma pesquisa mais minuciosa. Se ele quiser ver as circunstâncias em imagens, Le., pesquisá-las visualmente, deverá prensar o objeto contra a testa; se quiser vê-las inspirativamente, Le., auditivamente, deverá colocá-lo na região do coração, a caso ele queira sondá-­lo sensorialmente ou intuitivamente deverá colocá-lo no plexo solar, ou simplesmente segurá-lo em sua mão. Depois de concentrar-se no que ele pretende saber sobre o objeto, o mago deverá transpor-se ao Akasha ou ao transe, a ler, com seus olhos, ouvidos ou tato espirituais as diversas circunstâncias do presente, passado e futuro, que cercam o objeto. O mago poderá também usar o seu espelho mágico como meio auxiliar. Desse modo ele poderá ver, por exemplo, desenrolar diante de si, como num filme ou num panorama, todas as circunstâncias ligadas ao objeto a descobrir tudo o que se relaciona a ele. Naturalmente ele também tem a possibilidade de ver o remetente, além de poder ler os pensamentos do seu espírito, em qualquer escrito destinado ao próprio mago ou a outras pessoas, enviado por conhecidos ou estranhos. Em poucas palavras, ele pode ler nas entrelinhas de qualquer carta.

A psicometria também inclui a capacidade de entrar em contato físico, anímico ou espiritual com qualquer pessoa que já entrou em contato com aquele objeto, pois um objeto de qualquer natureza é o meio de ligação entre o corpo, a alma e o espírito do mago e a pessoa em questão. É óbvio que com a ajuda de um objeto o mago também conseguirá ler os pensamentos a uma grande distância. Ao mesmo tempo the é possível conhecer a alma da pessoa a descobrir, sem esforço, as particularidades de seu caráter e o estágio de desenvolvimento de sua alma no mundo do Akasha. O mesmo vale naturalmente também para o lado material, onde ele poderá descobrir o presente, passado a futuro da pessoa, ao estabelecer o elo de ligação entre a sua própria alma e a pessoa em questão, relativamente ao Akasha.

Uma pequena variante da psicometria é a psicografia. Mas ela não é muito relevante para o mago, a surge por si só a partir do que foi dito há pouco. Além de possibilitar a pesquisa e a identificação do remetente de uma carta através do elo de ligação, em todos os aspectos a detalhes, o objeto pode servir também para promover a ligação com a pessoa em questão a eventualmente influenciá-la espiritual, anímica a corporalmente. Podemos concluir então que a psicometria é uma capacidade menor derivada da nossa já conhecida clarividência.

Influência na Memória

Como já sabemos, a memória é uma característica intelectual de qualquer pessoa, cujos sentidos normais estão intactos. Mas ao mesmo tempo a memória é o receptor de pensamentos e de idéias do mundo mental a também do Akasha. Nós sabemos que todos os pensamentos a idéias são transpostos ao Akasha, e que a memória, através de sua característica receptiva chama-os de volta à consciência.

Depois que o mago se tornou o senhor no Akasha, ele consegue influenciar a memória, de forma direta ou indireta. De forma direta ele conseguirá reforçar a memória através do elemento correspondente, ou do fluido eletromagnético, ou através da simples influência no subconsciente, usando a imaginação. Caso ele trabalhe sobre a memória, poderá também facilmente enfraquecer, desligar ou apagar dessa memória, ou da consciência, certas idéias, pensamentos ou lembranças, através da imaginação.

A forma indireta de influência na memória é aquela em que o mago intervém diretamente nela através do princípio do Akasha. O mago, que pode ver os processos de imagens a pensa­mentos de cada pessoa no Akasha, poderá até deixá-los embaçados, através da imaginação, ou até destruir, enfraquecer ou separar a ligação entre as imagens do Akasha e a pessoa em questão. Como desse modo o mago tem a possibilidade de roubar a memória de uma pessoa, devemos advertir a todos sobre o mau use dessa capacidade; alguém que leva em conta a ética em seu desenvolvimento mágico jamais se deixará induzir a uma ação desse tipo.

O mago só deverá usar essa capacidade quando quiser enfraquecer ou apagar de vez as más experiências ou vivências que tenham deixado profundas marcas na memória de alguém. Nesse caso ele poderá fazer um bem, apagando da memória alguma mágoa do coração, má recordação ou desilusão que a pessoa não esteja conseguindo superar. Isso o mago poderá também fazer consigo mesmo, caso tenha sofrido grandes decepções a outros choques em sua alma, talvez anteriores ao seu desenvolvimento mágico, a que insistem em voltar à sua memória.

Se ele conseguir apagar essas imagens do Akasha, elas jamais retomarão. Se ele conseguir dominá-las através da sua vontade, da auto-sugestão ou outros métodos, então ele não precisará efetuar essa intervenção drástica no Akasha, para fazer sumir as imagens. O surgimento patológico da perda da memória pode ser explicado pela paralisia temporária da ligação com o mundo mental a também com o Akasha. Porém esse estado já é uma desarmonia, uma enfermidade, uma perturbação do espírito, que aparece por si só em função de diversas causas, como por exemplo, algum trauma, susto, etc.

A Intervenção no Akasha

De acordo com o capítulo anterior a memória é influenciada pelo Akasha, onde certas lembranças podem até ser apagadas. Além de poder agir sobre certas idéias a lembranças através da força de vontade a da imaginação, o mago instruído consegue também apagar do Akasha as causas ali registradas, que atuam nele ou nos outros como influências do destino. Porém ele só deverá fazê-lo nas circunstâncias em que tiver motivos fortes e justos para isso. Caso ele apague uma causa produzida pela própria pessoa em sua vida, o mago deverá produzir outra causa que exercerá um efeito correspondente no destino da pessoa. Essa interferência no destino de uma pessoa, quer se trate do próprio mago ou de outra pessoa qualquer, nunca deverá ser feita por motivos levianos.

O mago só poderá fazê-la quando puder justificar as suas ações diante da Providência Divina. A melhor maneira de apagar uma causa ou produzir outra, mais vantajosa ou não, é através de um Volt eletromagnético, cuja execução prática foi descrita na instrução do corpo do nono grau. Ainda existem outros métodos, mas todos eles se baseiam na vontade a na imaginação correspondente; depois de uma certa avaliação o próprio mago poderá determiná-los. O fato do mago poder modificar ou apagar as causas do destino de alguém a com isso também os pecados -ou o que se entende como pecado nas religiões, em que os pecados constituem os aspectos morais. Cristo já nos mostrou isso através das palavras: “Se eu perdoar os pecados de alguém, eles estarão perdoados para sempre.”

Impregnação de Ambientes à Distância

Já falamos aqui sobre a impregnação de ambientes em que o próprio mago se encontra, a também os diversos meios auxiliares recomendados para tal, como por exemplo, um espelho mágico com um condensador fluídico. Mas ainda não mencionei que o mago poderá também impregnar um ambiente à distância. Para isso existem duas possibilidades; a primeira é que ele poderá visitar o ambiente a ser impregnado, com o seu espírito ou seu corpo astral, sem considerar a que distância ele se encontra, a lá, através da imaginação, efetuar a impregnação desejada. Nesse caso valem naturalmente as mesmas regras que citei no capítulo sobre a impregnação de ambientes. A segunda possibilidade consiste no mago conectar o ambiente a ser impregnado com o seu próprio ambiente através do Akasha, de modo a tomarem-se um único no Akasha. Através dessa conexão de um ambiente com o outro até mesmo a maior das distâncias é eliminada. Tudo aquilo que for impregnado no ambiente do mago passará ao outro ambiente, por mais distante que esteja.

Mensagens pelo Ar

São bastante comuns, principalmente entre os magos a adeptos do Oriente a do Tibet. Quando a distância entre uma pessoa e um ambiente, qualquer que seja a sua dimensão, é vencida pelo princípio do Akasha, a em que A + B (matematicamente AB), Le., o tempo e o espaço foram suprimidos, podemos, nessas condições, quando estamos conectados com alguém, ler a transmitir pensamentos. Podemos também enviar a receber recados físicos, ao introduzirmos o fluido eletromagnético nesses dois pólos conectados no Akasha, de modo que, por exemplo, frases ditas no ambiente do mago poderão ser ouvidas também fisicamente a com nitidez no ambiente que foi conectado pelo Akasha. Quando a pessoa der a resposta no seu ambiente distante, ela poderá ser ouvida com tanta clareza no ambiente do mago como se estivesse lá, pessoal­mente. O fluido eletromagnético deverá ser produzido exatamente como foi explicado no capítulo sobre a voltização, com a diferença de que não assumirá a forma de uma esfera, mas a forma do ambiente. Uma conexão eletromagnética desse tipo através do Akasha, também permite que se falem palavras a frases, depois transmitidas às mais longas distâncias. Essas palavras a frases também poderão ser ouvidas a captadas por pessoas não-iniciadas nem instruídas magicamente. Através de exercícios contínuos

esse método de trabalho poderá ser tão materializado, fisicamente, que chega até a ter um efeito material, físico. Portanto não se trata aqui de uma transmissão de pensamentos, mas de palavras físicas, o que na ciência é conhecido como emissão a recepção de ondas de rádio. O éter, no qual se movimentam as ondas vibratórias das palavras, é o princípio do Akasha, e a eletricidade necessária a esse processo é, no nosso caso, o fluido eletromagnético. Por experiência própria o mago sabe que tudo o que a ciência consegue por meios físicos, não importando as energias emprega­das, se o magnetismo, o calor, etc., pode ser realizado de forma mágica.

Por isso não são só as palavras ou as ondas sonoras que podem ser transmitidas, mas as imagens também. Num ambiente preparado magicamente através da imaginação as imagens produzidas de forma visível, portanto materializadas, poderão ser vistas e captadas em todos os lugares por aquelas pessoas ligadas acusticamente com o ambiente emissor, portanto com o ambiente em que o mago trabalha. Veja a técnica moderna da televisão. É claro que hoje em dia também ocorrem outras transmissões, como as de sensações, aromas, etc., a que podem ser concretizadas através do Akasha a do fluido eletromagnético, até em distâncias muito grandes. Mesmo as interferências nos elementos podem ser transmitidas desse modo. O éter material ainda não foi utilizado em sua totalidade, e o futuro nos mostrará que podemos transmitir, não só ondas sonoras como as do rádio ou imagens como as da televisão, mas também outros tipos de energia. Esse é mais um campo de trabalho da ciência, a tenho certeza de que nos próximos tempos também poderemos transpor ondas térmicas, Le., o calor através do éter, e a grandes distâncias. O mago ainda pode­ria realizar muitas outras coisas sob esse aspecto, coisas que poderiam ser transmitidas pelo éter. Poderia sintonizar tranqüila­mente o conhecimento mágico com o conhecimento técnico-físico a químico. Com base nas leis universais ele chegaria a fazer descobertas bem maiores, mas qualquer antecipação na evolução teria conseqüências sérias.

A Exteriorização

Ao longo deste curso o mago aprendeu a separar seu corpo mental a astral do material-denso, portanto isso não é mais novidade para ele. Nesse trabalho a novidade é que ele não precisará mais separar todo o seu corpo mental ou o astral, mas apenas exteriorizar ou destacar partes isoladas do corpo. Como os corpos mental a astral não estão ligados ao tempo nem ao espaço, então, ao separar as partes de seu corpo no Akasha, através da imaginação, o mago poderá transpô-las pelas maiores distâncias.

Assim, por exemplo, ele será capaz de transpor um ou os dois olhos a qualquer lugar a captar as impressões como se estivesse lá fisicamente, sem precisar gastar a energia de transpor-se com todo o seu corpo, mental ou astral. Ele conseguirá fazer isso também com a sua audição espiritual ou anímica a ouvir a distâncias infinitas. No início ele só conseguirá fazê-lo com o corpo espiritual, através da imaginação, a só mais tarde com os corpos astral a mental. Assim ele poderá ver a ouvir ao mesmo tempo com a sua audição a visão transpostos, sem entrar em transe ou no mundo das causas primordiais.

Depois de treinar bem os olhos a os ouvidos, ele poderá proceder da mesma forma com as mãos, ou eventualmente também com os pés. No começo ele fará isso só espiritualmente, e depois em conexão com as mãos astrais; adensando-as através do elemento terra, ele até poderá materializá-las. Com as mãos assim materializadas, é óbvio que ele poderá se manifestar a distâncias ilimitadas, através de pancadas a outros ruídos. Com mais tempo de prática ele poderá até mover objetos. É claro que desse modo poderíamos promover todo tipo de travessura, mas nenhum mago perderá tempo com essas brincadeiras.

A capacidade da escrita à distância entre pessoas vivas encontra aqui a sua explicação. Quando uma pessoa instruída na magia libera a sua mão mental a astral através da imaginação, apresentando-a em algum lugar em que o papel e o lápis já estejam preparados, ela poderá apoderar-se da mão do parceiro, mesmo a uma grande distância, a do mesmo modo que na escrita mediúnica, realizar comunicações normais. Através dessa experiência é possível até transmitir-se o manuscrito exato ao mago, a qualquer distância.

Entre os iniciados esse trabalho é chamado de “escrita à distância entre pessoas vivas”. Assim que o mago alcançar uma certa perícia na exteriorização das mãos a eventualmente também dos pés, de acordo com a sua vontade, ele poderá também, da mesma forma, transmitir os objetos à distância. Como tornar invisíveis os objetos a serem transmitidos é algo que descreverei num capítulo subseqüente desse grau. O mago perceberá que quando ele transpõe os olhos ou os ouvidos a algum lugar fora de seu corpo, não conseguirá ver ou ouvir com seus olhos a ouvidos físicos aquilo que ocorre durante a experiência, mesmo permanecendo com os olhos abertos. Na exteriorização de outros membros, o membro transposto, por exemplo, a mão, ficará sem vida, rígida, portanto cataléptica, até que o membro espiritual ou astral se ligue novamente ao corpo.

A Invisibilidade Mágica

Muitas histórias a contos de fada dizem que esse ou aquele feiticeiro tomou-se invisível, de que existe um anel de invisibilidade que a gente pode girar no dedo para se tornar invisível. Muitos livros também descrevem talismãs a pedras preciosas, que ao serem usados tornam seus donos invisíveis, a também fornecem orientações para que isso aconteça. Mas nada disso é sério e passível de utilização na prática. Mas existe de fato, do ponto de vista mágico, a técnica para a produção da invisibilidade; nós a descreveremos a confirmaremos aqui em relação às leis universais a ao que já foi ensinado até agora.

Existem principalmente uma invisibilidade mental ou espiritual, uma astral ou anímica, e uma física. A invisibilidade do corpo mental, do espírito, não tem um valor especial; mas na vida podem ocorrer situações em que até precisaremos dela. Caso o mago queira transpor-se a algum lugar, em espírito ou alma, onde ele não quiser ser visto ou percebido pelos sentidos instruídos de alguém ou por seres de qualquer espécie, então ele poderá usar a invisibilidade. Digamos que por exemplo, um mestre ou um guru queira procurar seu aluno mentalmente, para controlá-lo. O mestre então poderá transportar-se diretamente à proximidade do aluno através da invisibilidade, sem ser notado, mesmo quando o aluno já tiver desenvolvido seus sentidos, de várias maneiras. Além disso o mago poderá aproximar-se dos magos negros que realizam trabalhos maléficos, para saber de tudo o que ele está fazendo, ou se for necessário, até mesmo influenciá-lo de alguma maneira, sem ser notado. Na vida podem surgir muitas outras situações em que a invisibilidade mental ou astral se faça necessária.

A invisibilidade espiritual é muito simples, e é obtida quando se preenche o corpo espiritual dos pés à cabeça com o Akasha. Quando isso ocorre, o corpo espiritual desaparece imediatamente da frente de qualquer ser, pois o Akasha é incolor a isento de vibrações. Se o espírito do mago quisesse agir em um dos planos mentais, o seu trabalho seria notado no princípio do Akasha e mesmo invisível ele poderia ser percebido através da clarividência, por causa da sua atividade. Para evitar isso o mago deverá formar um invólucro negro ao redor de seu corpo, assim que terminar de preencher o seu corpo espiritual com o Akasha. Não importa se ele escolheu assumir a for­ma de uma esfera ou de um ovo; o importante é que ele não se esqueça de fechar-se totalmente com o Akasha também sob os pés e sobre a cabeça.

Antes de deslocar-se invisivelmente a algum lugar ele deverá concentrar-se na idéia de tornar sua atividade no Akasha totalmente neutra, portanto sem ser registrada, I. e., sem deixar vestígios ali. Essa concentração é necessária, pois de outro modo o mago deverá contar com o aumento de novas causas primordiais no Akasha, apesar de bastante ilegíveis. O próprio mago é responsável pelas ações no mundo espiritual, quando ficar invisível. O destino não poderá mais the pregar peças, pois o mago tornou-se senhor do Akasha, senhor de seu destino.

Ele passa a estar basicamente subordinado à Providência Divina, a só deve prestar contas a ela. Se um mago fizer um mau use dessas práticas, ele terá que enfrentar não o seu destino, mas a Providência Divina. Se as suas ações provocarem uma influência negativa, o mago correrá o risco de ver a Providência Divina abandoná-lo, a ele passará a viver no Universo como uma individualidade isolada, contando só consigo mesmo. Ele perderá a única possibilidade de apoiar-se na Providência Divina, a deverá ter certeza de que isso não seria só uma maldição. Não teria mais ninguém para olhar por ele, cedo ou tarde ele sentiria o abandono nitidamente a estaria à mercê do declínio de toda a sua individualidade. O mago poderá imaginar bem o que isso significa do ponto de vista mágico.

Depois de dominar bem a invisibilidade na viagem mental, poderemos usar o mesmo processo também na exteriorização do corpo astral. Nesse caso vale a mesma prática do carregamento de toda a personalidade com o Akasha, Le., dos corpos mental a astral juntos. As outras regras são as mesmas já descritas. A invisibilidade promovida no plano material, também pode ser promovida magicamente, só que ela não é feita com o Akasha, mas com a luz. O preenchimento do corpo físico com a luz deve corresponder à força da luz predominante no momento. Se a condensação de luz for mais forte do que o necessário, não nos tornaríamos invisíveis, mas transparentes a brilhantes, irradiando luz para fora, como o sol. A invisibilidade física não é fácil, exige uma prática a um domínio de muitos anos a só pode ser promovida com êxito a sem problemas por adeptos de altíssimo nível.

Quando o mago alcançar uma boa prática na promoção da invisibilidade de seu corpo mental, astral ou eventualmente até material, ele poderá, sem esforço, tomar invisível também qualquer objeto do mundo material. Existe ainda uma outra possibilidade de promoção da invisibilidade de um objeto comum, na medida em que trans­pomos o objeto da forma sólida à forma astral, através da imaginação, em conexão com o Akasha; assim ele desaparece imediatamente do campo de visão de um não-iniciado, Le., de uma pessoa com os sentidos mágicos não desenvolvidos. Um objeto transposto à forma astral pode ser transportado pelas maiores distâncias por um corpo astral, que pode ser do mago ou de outro ser qualquer, ou por uma parte do corpo deles, que pode ser a mão. O mago, ou o ser que fez o transporte, só terá o trabalho de transpor o objeto do estado astral à forma material. Esse transporte de objetos também é feito em ampla escala pelos médiuns espíritas, caso se tratem de fenômenos de materialização incontestáveis, que apesar de muito raros, são perfeitamente possíveis. Aquilo que as inteligências planetárias a extra planetárias mais elevadas conseguem dominar, o mago também conseguirá, o mago que conhece as leis universais a que chegou ao topo do seu desenvolvimento. Existe ainda uma invisibilidade que é produzida pelo desvio dos sentidos, como a hipnose, a sugestão em massa, além daquela promovida por seres que produzem no corpo físico um certo número de vibrações correspondentes às vibrações da luz. Sobre esse capítulo da invisibilidade promovida por seres, darei algumas indicações na minha obra “Die Praxis der Magischen Evokation” (A Prática da Evocação Mágica).

Práticas com Elementos

Àqueles magos que querem especializar-se mais ainda na utilização de elementos, ofereceremos aqui muitas possibilidades. Nessa especialização é preciso que o mago, através de freqüentes repetições, materialize, I.e., adense o elemento com o qual trabalha de tal forma a transformar a energia do elemento em energia física direta. Com uma boa perícia nisso ele poderá, por exemplo, através do elemento terra adensado em seu corpo obter uma sensibilidade quase igual à das experiências dos faquires hindus. Ele poderá passar objetos pontudos pelos seus músculos sem sentir a mínima dor, sem perder uma única gota de sangue a sem deixar nenhuma cicatriz. Os faquires que se deitam em camas de pregos conseguem fazê-lo, a um certo grau, através da auto-sugestão, mas o mago consegue o mesmo efeito de modo bem mais rápido através do elemento terra. Grandes feridas provocadas por cortes, em si mesmo ou em outras pessoas, são curadas de imediato através do elemento terra sem deixar cicatrizes, quando ele coloca a sua mão diretamente sobre elas. Uma ferida profunda de muitos centímetros, que necessitaria de uma sutura cirúrgica, poderá ser curada por ele em poucos minutos. Através do elemento terra adensado fora de si, ele terá a possibilidade de adensar qualquer pensamento, qualquer imaginação, qualquer ser, já falecido ou ainda não encarnado, de forma a torná-lo visível aos olhos de um não-instruído, podendo até ser fotografado.

Através da projeção instantânea em forma de raio do elemento terra, o mago poderá paralisar qualquer ser, mesmo o seu maior inimigo, homem ou animal. Há muito mais possibilidades de trabalhos com o elemento terra, mas essas diretrizes já deverão bastar por enquanto.

O elemento água projetado em si próprio a fortemente adensado capacita o mago a agüentar o maior dos calores, sem que seu corpo seja atacado ou queimado de alguma maneira. Quando esse elemento é projetado às mãos, o mago poderá, sem medo, segurar pedaços de carvão ou de ferro incandescentes sem se queimar.

Ele poderá até mesmo pisar num monte de estrume em combustão, com um sorriso nos lábios, sem sofrer o mínimo dano em seu corpo. Podemos exemplificar casos como esse através da citação bíblica em que um jovem colocado na fogueira permaneceu intacto. João, o apóstolo predileto de Cristo, foi jogado numa tina com óleo fervente a não sofreu nada. Agora o mago sabe que essas ocorrências não foram transmitidas só como lendas, mas que elas ocorreram de fato, a que esses supostos milagres podem ser realizados através do domínio dos elementos. O elemento água, projetado e adensado para fora, pode apagar qualquer tipo de fogo, de qualquer proporção.

Dessa maneira ou de outra semelhante, o mago poderá realizar muitas experiências quase milagrosas também com o elemento fogo. Através do represamento em si mesmo a da concentração desse elemento ele estará em condições de agüentar o frio mais intenso. Os lamas tibetanos conseguem produzir um calor tão grande em si mesmos que até as toalhas molhadas enroladas em seus corpos, no mais rigoroso inverno, secam em pouco tempo. No Tibete essa prática é chamada de Tumo. Através do elemento fogo projetado para fora o mago conseguirá facilmente acender qual­quer material combustível.

A Bíblia descreve ocorrências semelhantes, em que montes de esterco molhados previamente são acesos pelo elemento fogo. É incontestável que através da projeção do elemento fogo, uma planta, ou uma árvore, pode até morrer. Como prova de sua energia, Cristo deixou que as folhas de uma figueira murchassem, usando essa mesma lei. Nesse caso porém a projeção foi feita através de uma palavra mágica – Quabbalah (Cabala) – que indiretamente induziu o elemento fogo a executar a sua ordem. Existem ainda muitos outros efeitos mágicos que podem ser obtidos através dos elementos, a que o próprio mago poderá compor, baseando-se nas leis universais referentes ao domínio dos elementos

Fenômenos de Levitação

Sob levitação entende-se a supressão da força de gravidade. Com o estudo das leis universais o mago aprenderá que a força de gravidade depende da força de atração da Terra. A supressão da força de gravidade no corpo pode ser feita de duas maneiras. Na primeira, através dos exercícios a carregamentos – represamentos – constantes do elemento ar, Waju – Tattwa, a característica básica do elemento é tão materializada que o homem logo se eleva da Terra como um balão, ficando leve como uma pena. O segundo método consiste no domínio do fluido eletromagnético. Através da abundante densificação do fluido eletromagnético no corpo, devi­do ao represamento, correspondente ao peso do corpo, portanto à força de atração da Terra, o efeito da força de gravidade é suprimido. Nesse carregamento o mago não tocará a Terra a poderá até mover-se sobre a superfície da água, qualquer que seja a profundidade desta. Ao adensar ainda mais o fluido magnético o mago poderá erguer-se no ar quando quiser a movimentar-se em qual­quer direção através do elemento ar adensado ou do vento produzido por ele mesmo. A velocidade de um transporte como esse pelo ar depende só da sua vontade.

Muitos ioguis dominam esses fenômenos de levitação, a até a Bíblia nos diz que Cristo caminhou sobre as águas. Por essa descrição podemos concluir que desse modo até mesmo os objetos a as pessoas magicamente não­instruídas podem ser induzidos a levitar pelo mago, quando ele assim o desejar. O represamento do fluido magnético para isso pode ser realizado do mesmo modo, através da imaginação instruída magicamente ou de outras práticas, como a Cabala, os seres, os espíritos, etc.

O desligamento do fluido elétrico do corpo e o excesso de fluido magnético podem ocorrer não só de modo cons­ciente, mas também inconscientemente, como por exemplo em diversos médiuns espíritas em transe a também em sonâmbulos – ou lunáticos – nos quais o fluido elétrico é desligado através do transe e o fluido magnético passa a predominar. Os lunáticos também são tomados pelo fluido magnético, por causa de uma perda súbita do fluido elétrico, o que ocorre geralmente durante o sono. Muitas vezes já foi observado como esses lunáticos podem subir pelas paredes, leves como uma mosca, escalando pelos pontos mais perigosos da casa ou movimentando-se livremente de um lado a outro sobre um varal. A sobrecarga magnética durante o sono dos lunáticos é devida à influência da Lua; é por isso que elas são chamadas de lunáticas. De qualquer forma essa é uma desarmonia, uma perturbação do fluido eletromagnético, a conseqüentemente um estado patológico, portanto uma doença. Uma pessoa assim só poderia ser tratada através da harmonização do fluido elétrico, que nesse corpo enfermo teria de ser fortalecido.

Essa breve explicação sobre a levitação deve bastar ao mago, e se ele quiser poderá desenvolvê-la mais. É evidente que ele conseguirá produzir em si, em outras pessoas ou em objetos o fenômeno oposto, i.e., uma força de atração ou de gravidade, ou peso, multiplicada. Nesse caso trabalha-se do mesmo modo, só que não com o fluido magnético, mas com o elétrico. Essa explicação é inequívoca quando o mago sabe que duas forças iguais se repelem e duas forças desiguais se atraem.

Fenômenos da Natureza

Com a ajuda dos elementos a do fluido eletromagnético o mago poderá agir também na natureza, em maior ou menor escala, para isso ele precisará somente de um espaço maior, onde poderá projetar a adensar as energias desejadas. Assim por exemplo, ele poderá influenciar o vento através da projeção do elemento ar e produzir chuvas localizadas a até chuvas no campo através da projeção do elemento água. Através do fluido eletromagnético ele poderá chamar tempestades, projetando Volts elétricos e magnéticos no ar, que ao se chocarem produzirão raios. Através da concentração do fluido magnético ele poderá atrair automaticamente o elemento água, até mesmo de grandes distâncias, provocando muita chuva. Naturalmente ele conseguirá também provocar o efeito contrário, parando as chuvas a desviando as nuvens. Ele poderá também produzir o granizo ou desviá-lo para outro local. Tudo isso ele conseguirá fazer através dos elementos ou do fluido eletromagnético. Essa influência no clima é praticada de várias maneiras, com sucesso, pelos lamas do Tibet. O mago conhece a explicação de todos esses métodos a caso queira especializar-se nesse campo, estará apto a obter o mesmo efeito com as suas energias, da mesma forma como o lama tibetano o consegue com a ajuda de suas cerimônias de magia evocatória, através de seres e dos tantras.

O Poder sobre a Vida e a Morte

Um mago que domina totalmente os elementos e o fluido eletromagnético é também o senhor absoluto sobre a vida e a morte de cada pessoa. Mas ele jamais se atreverá a ameaçar a vida de seu semelhante, apesar de saber exatamente como produzir uma morte mágica. Existem muitas possibilidades, mas eu evito descrever quaisquer métodos mais detalhados para que o mago não resolva experimentá-los. Segundo as leis universais, ao chegar ao grau mais elevado de domínio das capacidades a forças ocultas, o mago pode até chamar os mortos de volta à vida.

Através de seus sentidos instruídos o mago vê o trabalho dos elementos no corpo, na alma e no espírito, além do efeito do fluido eletromagnético. Ele pode ver também o cordão de ligação entre os corpos material, astral e mental, a sabe como tudo pode ser influenciado através das leis universais. Para ele é muito fácil recuperar os dois elos de ligação, através dos elementos a do fluido eletromagnético. No caso de não ter sido afetado nenhum órgão vital, o mago poderá promover um despertar ou um retomo à vida, pressupondo-se que tenha recebido o sinal da Providência Divina para fazer isso.

O mago pode até invalidar a morte de uma pessoa ou animal, provocada por raios ou outros fenômenos semelhantes. Nesse caso ele precisa somente estabelecer o contato com o espírito no Akasha, conduzir cons­cientemente o fluido eletromagnético entre o espírito e a alma, para reforçar o elo de ligação entre eles. O mesmo deverá ser feito com o espírito e a alma em relação ao corpo, produzindo assim a harmonia correta através do fluido eletromagnético a dos elementos. Ao preencher rapidamente o corpo do morto com o princípio da luz, o mago então conseguirá chamá-lo de volta à vida. Essa é a síntese do despertar dos mortos à maneira mágica, conduzida através das energias dos elementos a do fluido eletromagnético, quer ele ocorra pela vontade ou em função de outros métodos. Todos sabem que existiram iniciados que conseguiam despertar os mortos.

Antes de encerrar o décimo grau eu ainda gostaria de observar que nem todas as capacidades mágicas aqui apresentadas precisam ser dominadas. Baseado nas leis universais, só mostrei aqui algumas diretrizes de como um mago pode produzir esses fenômenos que beiram o milagroso. Até onde o mago pretende se especializar, nesse ou naquele método, é algo que fica totalmente a seu critério. Um iniciado completo, um adepto, conseguirá realizar todos os fenômenos mágicos aqui descritos, a outros ainda maiores, sempre levando em conta as leis universais.

Todo o curso referente à primeira carta do tarô, a do mago, foi aqui descrito em detalhes. A pessoa que decidiu acompanhar todo este curso na prática terá a possibilidade de se desenvolver totalmente. É impossível apresentar essa prática com mais clareza do que nessa minha descrição; até hoje ela só foi ensinada a confiada a alguns alunos eleitos, em templos de Mistérios. Este curso em graus não poderá ser completado em pouco tempo; poderá ex­tender-se até a alguns anos. Mas o aluno sério não deverá assustar­se com isso, pois munido desse conhecimento ele poderá penetrar totalmente na primeira iniciação. Por isso é que também a primei­ra carta do tarô, a do mago, é o portal de entrada à verdadeira iniciação. Muitas pessoas que até hoje ironizam a magia, mudarão de opinião depois de ler esta obra, pois a magia é algo muito diferente do que supõe a maioria das pessoas. É o conhecimento mais difícil da Terra, a precisa ser dominado não só teoricamente, mas também na prática.

É de longe muito mais fácil a possível alcançar-se um conhecimento intelectual do que tornar-se um verdadeiro mago.

  • Resumo de todos os exercícios do grau X

I. Instrução mágica do espírito:
A elevação do espírito a planos superiores.

II. Instrução mágica da alma:

1. A ligação consciente com seu Deus pessoal.
2. O relacionamento com divindades, etc.

III. Instrução mágica do corpo:
Diversos métodos para a obtenção de capacidades mágicas.

Fim do décimo grau

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