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Magia Matemática de Pitágoras – História da Magia

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Pitágoras de Samos, chegou à Itália para fugir à tirania de Polícrate. Ele já percorrera todos os santuários do mundo. Na Judéia, se fez circuncidar para ser admitido nos segredos da Cabala; depois, iniciou-se no Egito com a recomendação do rei Amásis. Seu gênio superou os hierofantes e ele se tornou um mestre revelador. Pitágoras definiu Deus: “Uma verdade viva e absoluta revestida de luz; é a música suprema de que a natureza é a harmonia”. Ele dizia que o verbo é o número manifestado pela forma e que tudo tem origem na tetractys, isto é, o quaternário. São idéias pitagóricas: a expressão mais alta da justiça é o culto; o mais perfeito uso da ciência é a medicina; o belo é a harmonia, a força é a razão, a felicidade é a perfeição e a verdade prática é que se deve desconfiar da fraqueza e da perversidade dos homens.

Quando ele se estabeceu em Crotona, a princípio, os magistrados o temeram; depois, o consultaram. Pitágoras aconselhou que procurassem manter a mais perfeita harmonia entre eles mesmos porque são os conflitos entre os senhores que revoltam os servidores e ensinou um grande preceito religioso, político e social: “Não há mal nenhum que não seja preferível à anarquia”. Entre os preciosos legados de sabedoria deixados por Pitágoras, os mais populares, até hoje, são os Versos Áureos. Eis um trecho:

Aos deuses, segundo as leis, presta as devidas homenagens
Respeita o juramento, os heróis e os sábios
Honra teus pais, teus reis, teus benfeitores
Escolhe para teus amigos os melhores homens
Seja obsequioso (educado),
seja fácil (objetivo e claro) em seus negócios
Não odeies teu amigo por faltas leves
Serve com teu poder a causa do bom direito
Quem faz tudo o que pode faz sempre o que deve
Porém, saiba o momento de reprimir como mestre severo
os apelos do sono, de Vênus (do sexo e do amor) e da cólera

Não peques contra a honra nem de longe nem de perto
Seja a mais rigorosa testemunha de você mesmo
Seja mais justo em ações e menos em palavras
Não dê pretextos frívolos ao despertar do mal
A sorte que nos enriquece, pode nos empobrecer
Mas fracos ou poderosos, todos morreremos

Não fuja da tua parte nas dores da vida terrena
Aceita o remédio útil e salutar
e saiba que os homens virtuosos
são os menos infelizes entre os mortais aflitos

Resigna teu coração diante de alianças injustas
Deixa falar o mundo e segue sempre teu caminho
e nada faças por pura imitação da ação de um outro
que seja coisa sem retidão e sem utilidade
Recorda os conselhos dos sábios
para reconhecer o absurdo nas encruzilhadas

Não sejas negligente em cuidar da tua saúde
Consome o necessário com sobriedade
Tudo que não pode prejudicar é permitido na vida
Seja elegante e puro sem excitar a inveja
Fuja da negligência mas evite o fausto insolente
O luxo mais simples é o mais excelente
Não procedas sem pensar no que vai fazer
e reflete, todas as noites, sobre toda a sua jornada
Que fiz? O quê ouvi? O quê devo lastimar?

Pitágoras possuía esta faculdade chamada de “segunda vista” ou adivinhação. Um dia ele se achava com seus discípulos à baira-mar quando surgiu um navio no horizonte. Um dos discípulos perguntou: “Mestre, pensais que eu seria rico se dessem a carga deste navio?” Ela vos seria inútil, respondeu Pitágoras. Retruca o discípulo: “Pois eu a guardaria para deixar aos meus herdeiros.” Ao que rebateu o sábio: “Quereis então deixar-lhes dois cadáveres?” O navio entrou no porto instantes depois. Trazia o corpo de um homem que queria ser sepultadoem sua pátria. Conta-se que os animais obedeciam Pitágoras. Um dia, no meio dos jogos olímpicos, ele chamou uma águia que atravessava o céu; a águia desceu fazendo giros e continuou seu vôo quando o mestre fez sinal de ir-se embora. Uma ursa monstruosa devastava a Apúlia; Pitágoras a mandou vir a seus pés e ordenou-lhe que deixasse o país; depois disso ela não repareceu mais e como se lhe perguntassem a que ciência devia poder tão maravilhoso, respondeu: “A ciência da luz.”
Imortalidade

Pitágoras acreditava …na imortalidade da alma e na eternidade da vida. A sucessão contínua dos verões e dos invernos, dos dias e das noites, do sono e do despertar, explicavam-lhe assaz o fenômeno da morte. A imortalidade especial da alma humana consistia, na sua opinião, na prolongação da lembrança. Ele pretendia lembra-se …de suas existências anteriores e …achava, de fato, alguma coisa semelhante em suas reminiscências.


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