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Com o hábito é que vem o apreço;
Assim recusa o mátrio leite
A criancinha, no começo,
Mas chupa-o em breve com deleite.
Eis como ao seio da sapiência,
Se aguçará vossa apetência.
(Voz de Mefistófeles, em Fausto, de Goethe)
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Como é de todos sabido, uma das maiores preocupações do ser humano, objeto de quase todas as suas ações e fascínio que move grande parte de suas batalhas, o ideal imaginário trazido pelo conceito de Liberdade, estando continuamente presente na história de todas as civilizações e mesmo na formação do próprio pensamento da humana criatura, traça uma via de tão penoso trajeto, que sua empreitada só seria comparável aos mais difíceis temas teológicos, às mais aguerridas demandas e, sem exagerar, ao próprio fator inicial de toda existência, àquilo que usou-se denominar de Deus.
Nessa interminável busca, seja através de desatinos tais como guerras, politicagem, domínio religioso ou por qualquer outro tipo de crime hediondo, seja através de belas manifestações artísticas, filosóficas ou culturais, ou, ainda, nas grandes conquistas e avanços tecnológicos, o homem tem estado envolvido em lutas onde a liberdade desponta como uma das mais nobres dádivas a serem conquistadas por seu espírito.
E o homem continuará na luta. Assim será, até que finalmente a Liberdade seja de fato conquistada. Talvez a virada do século, o ansiosamente esperado terceiro milênio, traga-nos boas novas neste sentido. Seria difícil, todavia, confirmar esta expectativa ou prever tal situação; posso, contudo, antes de arriscar-me numa insólita carreira profética, apenas fomentar novas idéias, apresentando um esboço teórico de um modus vivendi, conhecido como “Lei de Thelema”.
Seria necessário, contudo, antes de adentrar-me nesta interpretação, uma longa relação de “poréns” e “todavias” para evitar ser glosado como mais um daqueles que, possuindo algo que considera por demais valioso, freneticamente esforça-se para acená-lo a tudo e a todos, numa embandeirada cruzada neo-evangélica de imposição da verdade. Esta não é minha proposição; e, conhecendo-me um pouco, arrisco-me até em afirmar, enfaticamente, que esta jamais será minha proposição.
Nesse rol de “poréns” faço questão de incluir a perturbadora mania de se oferecer a salvação. Ora essa, se você estiver descuidado em uma rua de seu bairro, certamente você correrá dois riscos eminentes, e ambos igualmente terríveis: ser assaltado ou ser evangelizado! Uma bobeira, pronto, lá se vai sua féria; outro descuido, danou-se sua sanidade.
Já existem tantos falando em salvação (e sempre através do mesmo preclaro mancebo. Aleluia!) e a conversão é tamanha, que sinceramente duvidamos que a nau comporte toda a horda, ou mesmo resista a um possível novo dilúvio; nadar seria mais seguro! Este cruel disparate cristofílico, que as pessoas de bom senso têm que aturar, está tão generalizado, que custamos, inclusive, a aceitar o rótulo Homo sapiens como designativo dessa nossa espécie de primatas (Simius insipiens seria, nesses casos, uma classificação bem mais adequada).
Como se não bastassem tais tormentos, ainda existe a tola moda esotérica. Esta então é de doer. Quando alguém que tem respeito e admiração por toda Ciência Oculta se depara com a enxurrada de coelhices promovidas a torto e a direito, bem, aí só fazendo como diz certa música: “melhor deixar pra trás…”
Aí concluímos não existir diferença entre os adeptos da jesusmania e os angeólatras, entre os caçadores de almas perdidas e os observadores de gnomos e fadas, entre a louvação ao Senhor e a canalização de Quixotes ascencionados. Bah!
Assim, findas as salvaguardas, sem qualquer pretensão salvadoresca ou conversionista, sem intuito angélico ou lugares-comuns leporídicos, sem tolices avioletadas ou multicores; mas apenas movido pela natural força do livre pensar, do descompromisso e desapego aos dogmas, e mesmo das supostas convicções pessoais, em nome da liberdade de expressão, inicio esta breve interpretação de algo que talvez desponte como sendo, no mínimo, interessante.
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A Lei de Thelema, conforme elaborada por Aleister Crowley (1875-1947), tem como resumo um pequeno escrito denominado Liber OZ,(1) elaborado nos início dos anos quarenta. Sua simplicidade muitas vezes induz ao erro, sua objetividade não sacia a complexidade do pensamento humano e a ausência de retórica confunde o intelecto; entretanto, se analisado como sendo as necessidades básicas de todo homem e toda mulher, pouco, ou nada, haveria para nele se acrescentar.
À cândida mentalidade, isso bastaria. Não tendo sido contemplado, entretanto, por esta dádiva, discorro e continuo nesta minha livre interpretação, assim como segue…
Em que pese a simplicidade de Liber OZ, essa filosofia, quando tomada de forma completa, ou melhor, quando apreciada pelos diversos ângulos necessários à sua íntegra compreensão, pela singularidade de proposição e pela natureza libertária, não encontra similar dentro do pensamento humano.
Mas Crowley, ao contrário do que pensam normalmente alguns de seus séquitos, não criou a expressão Thelema,(2) mas sim, aproveitando seu sentido, nela incorporou o peso de novas concepções místico-mágicas, desenvolvidas de forma obsessiva durante toda sua vida.
Porém, vale lembrar que o termo aparece em diversas outras obras, algumas das quais tomadas como inspiração por Crowley, quando do estabelecimento de sua escola. Neste particular sentido, não podemos deixar de mencionar o notável Gargântua, do ilustre Rabelais,(3) como o clássico exemplo deste modo de vida indicado pela Lei de Thelema.
A epígrafe “Faze o que tu queres deverá ser o todo da Lei”, sintetiza o que conhecemos por Lei de Thelema. Esse aforismo pode parecer, a princípio, um incentivo à insubordinação, uma profissão de tumulto e permissividade ou qualquer outro estigma ou atributo próprios a indefinidos conceitos subentendidos, grande equívoco, como sendo pertinentes à esfera da anarquia. Um exame criterioso do conjunto de ideais sintetizados por esse adágio, entretanto, nos desvelará algo nada parecido, ou mesmo sugerido, pela descuidada impressão inicial, mas sim, para desconforto do néscio, seu anátema.
A situação certamente se agrava quando todo o sufocado meio social ao qual pertencemos, num anseio irracional por tipos alternativos de contracultura e propostas neo-liberais, transborda uma desaculturada neo-lirbertinagem sócio-político-econômica que escapa a qualquer critério de qualificação, senão ao chulo, onde a temática associada a liberdade ainda é tida e classificada como algo pertencente aos domínios do subversivo e do promíscuo.
Mas contenhamos um pouco a pena e desenvolvamos mais a temática deste artigo, ou seja, uma livre intrepretação da Lei de Thelema.
Fazer a vontade pessoal será a plenitude da Lei de Thelema. Porém o que será a vontade pessoal? Entendida pelo termo vontade verdadeira, a vontade pessoal é certamente a chave de todo o processo thelêmico. O aparato que envolve todo o estudo da Magick não tem outro objetivo senão a sua identificação.
Aqui vale lembrar de nossos irmãos alquimistas, que dedicavam suas vidas à procura dos meios pelos quais haveriam de transformar chumbo em ouro, sendo a operação uma paródia da transmutação da própria natureza grosseira do homem em algo superior e divino.
Da mesma forma, cabe ao estudante, através do entendimento thelêmico, a identificação da natureza de sua vontade verdadeira. Então, só a partir daí, tendo identificado sua própria vontade, sua vontade verdadeira, a qual é única com a vontade que a tudo dirige, seria permitido ao Adepto seguí-la e realizá-la.
Mas será possível imaginar um lugar onde todos, tendo identificado suas vontades pessoais, fazem o que bem entendem? Onde reina a vontade pessoal de cada um de seus indivíduos, haverá aqui alguma possibilidade de organização? A grande maioria de nós teria uma resposta clara, óbvia e irretorquível: só poderia ser ela um sonoro e gracejoso não.
Todavia, quando se é negada esta possibilidade, o que acontece é apenas a exteriorização daquele comum medo e insegurança que dirige nossas vidas. Apenas sabemos que, se nos fosse permitido, as traquinagens aprontadas por nós mesmos seriam de tal ordem, que não haveria hipótese de se permiti-las a outros senão nós mesmo. Sim, um nítido exemplo do banal comportamento infantil – eu posso, os outros não.
O homem mediano desconhece os profundos significados da palavra Liberdade, pois está tão mal acostumado a entender liberdade por desrespeito, falta de limites, libertinagens e promiscuidades das mais diversas, que mesmo a si próprio é difícil admitir tal condição, da realização da própria vontade, pois além de, intimamente, desconfiar das loucuras e desatinos os quais seria capaz, de antemão acontece dele próprio perceber o quão confuso é.
Mas, como as analogias nos auxiliam, trazendo alegrias à mente superior, falando e orientando-a com vislumbres de organizações que obedecem ao modelo da vontade pessoal, recorramos pois a elas, porquanto da mesma forma com o Macro, o será ao Micro.
Assim, quando daquela feliz época em que os peixinhos, ávidos pela servidão que eram, nadavam afoitos em cardume, e, num prodígio só comparável àquele da piracema, obedecendo a algum tipo de eflúvio crístico, saltavam alegres nas vazias redes de abobalhados pescadores, tínhamos a utilização de certos coletivos como designativos de uma classe de indivíduos. “Rebanho” e o próprio “cardume” são os clássicos exemplos, como designativos de uma classe de homens quaisquer.
Análogos que eram a um tipo específico de comportamento, essas corretas designações sempre estiveram exatamente de acordo com, digamos, as emanações(4) daquela época. Não se tinha informação como hoje nós possuímos, restando aos homens e mulheres que ali viviam, praticamente, só o conhecimento do chão onde pisavam; e assim como a rês limitava sua perspectiva à fantástica distância da sua cabeça ao solo (uma língua de distância), viviam os cidadãos da época, confinados num mundo absurdamente limitado. Certamente, a humana criatura desta época reunia todas as suas esperanças nas possibilidades oferecidas por uma consciência um pouco maior que aquela presente em nossos antiquíssimos irmãos neolíticos.
Ávidos, da mesma forma como se comporta um rebanho, por serem conduzidos, admitiam assim toda sorte de profetas cujos propósitos invariavelmente oscilavam entre a loucura e o temporal poder pessoal.
Vivia-se então uma época que, tecnicamente, passou a ser conhecida como o Aeon de Piscis-Virgo, ou simplesmente a Era de Peixes.
O comportamento padrão desta Era de Peixes é marcadamente caracterizado por aquilo que ditam as religiões de massa, em espécie esta que, tomando de assalto o nobre ideal gnóstico, rotula a si própria como sendo cristã,(5) onde, acima de todas as prerrogativas, temos, como sendo imprescindível, a presença de um intermediário entre a divindade e o homem. Não seria exagero reconhecer este que se interpõe entre o fiel e Deus como uma espécie de atravessador da boa vontade e da fé humana.
Da mesma forma como cordeiros e ovelhas carecem de pastores que decidem entre o alimento e a tosa, a vida e a morte do rebanho, outros tipos de pastores iam decidindo entre o permitido e o pecaminoso, entre a salvação e danação de seu fiel rebanho de gente.
Nessa época bem que poderíamos afirmar que todo homem e toda mulher era uma rês…
Porém a vida não se reduz a um processo meramente estático e, mesmo havendo os que se empenham no sentido de impedir a própria evolução, a existência segue seu jogo, impondo seus desígnios e sua vontade a suas peças, sejam estas constelações ou seres humanos…
E assim como mudam o dia e a noite, muda também a posição das estrelas, as constelações e os mundos, mudam-se as influências, hábitos e necessidades; as pessoas também mudam.
E num contínuo jogo evolutivo de mudanças e mais mudanças, o vigésimo século da era vulgar testemunha um brutal avanço científico e tecnológico que, paradoxalmente, ao mesmo tempo, muito embora tenha afastado o homem dos antigos ideais religiosos, decretando a progressiva falência das grandes instituições religiosas, agora permite que todos compreendam melhor a relação homem-deus, eliminando a dependência que se tinha daquela figura, o intermediário, o atravessador da fé, cujo propósito único seria fazer a ligação entre o Macro e o Microcosmos.
Assim, o avanço do conhecimento proporcionou melhores condições ao desenvolvimento e ao entendimento do pensamento humano. O volume, a quantidade e a velocidade da informação têm sido, provavelmente, os fatores decisivos para a modificação dos impulsos que formam o pensamento diretor da ação humana.
Mas como poderá o pensamento ser mudado?
O primeiro item que se deve ter em mente é: nosso pensamento não é Causa Primeira, mas sim, pelo menos, Segunda; ou seja, ele é conseqüência de alguns fatores, ou ainda, é determinado pelos impulsos registrados por todos nossos sentidos físicos.(6)
O pensamento, por mais independente que pareça, será sempre dirigido pelas várias e várias informações que dispuser. Se estivermos acostumados, ou mesmo viciados, por exemplo, com um tipo de literatura, um tipo de sociedade, religião, costume, moral, idioma, enfim, um tipo qualquer de cultura, pensaremos sempre de acordo com os determinados padrões lógicos impostos pelos parâmetros referenciais advindos destes impulsos. Mudando estes impulsos, forçaremos a variação dos parâmetros que orientam o pensamento. O resultado dessa variação será a conjugação das novas informações (impulsos) com as anteriores já existentes em nossa mente; conseqüentemente mudaremos seu efeito, ou seja, o pensamento.
Assim, mais uma vez, nosso pensamento, ao contrário do que se crê, não é algo original. Ele é uma conseqüência de impulsos captados pelos nossos diversos sentidos e armazenados em nossa mente. Então, de acordo com as informações obtidas ao longo de nossa existência, será o pensamento; de acordo com o meio em que vivemos, será nosso pensamento; conforme o nível cultural em que vivemos, o pensamento será determinado; etc.
Desta forma, quando pensamos, apenas exteriorizamos todos os conceitos com os quais estivemos em contato; apenas repetimos os condicionamentos aos quais fomos submetidos. Provavelmente nada mais.
Se de fato o homem e seu trabalho são conseqüências e resultados da ação daquilo que ele pensa, então poderemos começar a ter uma idéia da importância de todos estes conceitos.
E nesta era, que bem poderia se chamar de a Era da Informação, astrologicamente regida pelo eixo Aquarius-Leo, Saturno-Sol, alguns pontos bem básicos substituem os antigos conceitos pertinentes a eras passadas. Mas todos estes novos conceitos, em seu aspecto religioso, podem ser reduzidos a uma premissa básica: o homem, como já dito, estando mais perto de sua verdadeira natureza (ou vontade), não mais necessita do intermediário entre ele e a divindade, seja esta qual for.
Antes, a distância que afastava homem e Deus induzia os fiéis a um entendimento do tipo “Deus criou o homem a sua imagem e semelhança”. Agora sabemos que o homem é o criador, é ele quem molda e cria os deuses a sua imagem e semelhança. Não existe, portanto, deus senão o próprio homem.
As novas informações, que agora são captadas pela mente humana, mostram ainda que existe uma peça chave em todo esse processo evolutivo: a liberdade.
Aí retomo a pergunta: Onde reina a vontade pessoal de cada um de seus indivíduos, haverá aqui alguma possibilidade de organização?
Abandonemos por hora os rebanhos e cardumes, pois, repetindo, embora esses coletivos tenham sido válidos como tradicionais exemplos de comportamento humano, eles agora pertencem a um passado quase remoto. Mas, se “todo homem e toda mulher é uma estrela”(7) pensemos então em seu coletivo, ou seja, constelações, e então encontraremos uma nova e bela forma análoga ao presente comportamento humano.
Milhares e milhares de estrelas, cada uma obedecendo a uma órbita própria. Um trajeto único e “pessoal” a cada uma delas, como se um indivíduo-estrela não interferisse no caminho de um outro; todos, todavia, obedecendo à própria vontade pessoal, representada pelas órbitas, as quais necessariamente estão em harmonia com Aquela Vontade de Todo o conjunto, a constelação, que, por sua vez, é regida por Outra ainda maior, a das galáxias, e deste modo com outras vontades maiores, infinitamente.
Sobre o assunto, Crowley nos diz que “O maior grilhão dentre todos os grilhões é a ignorância. Como um homem será livre para agir, se ele não conhece seu próprio propósito? Vós deveis portanto, antes de mais nada, descobrir que estrela, de todas as estrelas, vós sois, vossa relação com as outras estrelas ao vosso redor, e vossa relação e identidade com o Todo.”(8)
Da mesma forma, será a plenitude da Lei. A Lei do faze o que tu queres. Que cada um cumpra os desígnios da própria vontade, de sua própria órbita pessoal.
Essa, porém, nunca estará em conflito com a Vontade que movimenta o Todo.
Talvez agora seja mais fácil responder se falar ou promover a liberdade significa corromper o status quo vigente.
Porém seja dito que, por vezes, quando a estrutura psicológica e o caráter de alguém não suportam a zelosa conduta determinada por uma doutrina, seja esta qual for, é comum haver a deturpação de seus princípios, ou mesmo uma distorção generalizada de suas finalidades, resultando a utilização indevida de preceitos criados para a melhoria da vida humana. Porém não devemos julgar uma escola por atos isolados de alguns de seus supostos seguidores, que só trazem tormento e loucura.
É que existe, dentre tantos homens nobres de espírito e propósito, os que, por predisposição natural, possuem uma grosseira e vil natureza a qual, temendo-a, não ousam revelar nem mesmo àqueles mais chegados. Assim, aquilo que necessita de transmutação, visto o sublime objetivo alquímico da transformação do chumbo em ouro, não é exposto à Obra, permanecendo intocado e adormecido até que algo o desperte.
Com o aprendizado, vêm o conhecimento e, por vezes, a sabedoria. Entretanto, com o conhecimento também chegam a prepotência e o egoísmo. E a prepotência e o egoísmo, por vezes, despertam aquela adormecida natureza; então, os que inicialmente velaram sua condição grosseira, agora passam a manifestá-la. Não nos surpreende, portanto, ver que alguns, com o sacerdócio e o conhecimento, mais cheiram a récua que os próprios estrumeiros.
Mas certamente não deveríamos, pelo menos não antes de avaliarmos os verdadeiros agentes causadores de dor, a partir apenas dali, julgar as escolas, tradições e filosofias.
Com a Lei de Thelema, a história, feita por seres humanos passíveis a toda sorte de acontecimentos, não poderia ser diferente. Cabe, porém, unicamente ao bom senso do estudante, a orientação final em seu próprio caminho, que o conduzirá às fontes fidedignas por onde mina a verdadeira Tradição da Estrela de Prata.
Contudo; não existe Lei além de faze o que tu queres!
Notas:
0 – O presente texto foi originalmente publicado na Revista Safira Estrela, número 1, de Setembro de 1995
1 – Liber OZ ou Liber LXXVII, encontra-se na seção LivrosThelemicos.
2 – Transliteração do termo grego , significando vontade.
3 – O franciscano, depois beneditino, médico, professor de anatomia e escritor francês François Rabelais (1494-1553) é autor de, entre outras, A Vida Inestimável do Grande Gargântua, Pai de Patangruel (1532), e de Os Horríveis e Espantosos Feitos e Proezas do Mui Famoso Patangruel (1533). O erudito e curioso Rabelais é tido como perfeito modelo dos humanistas da Renascença, que lutaram com entusiasmo para renovar, à luz do pensamento antigo, o ideal filosófico e moral de sua época. Gargântua é leitura obrigatória para aqueles que pretendem entender as bases iniciáticas da Lei de Thelema.
4 – Melhor seria repetir o termo modus vivendi.
5 – O termo cristista é mais indicado neste caso.
6 – E quiçá os metafísicos, é claro.
7 – Liber Al vel Legis.
8 – Liber CL.
por Carlos Raposo
Alimente sua alma com mais:
Conheça as vantagens de se juntar à Morte Súbita inc.