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Grau VIII – Iniciação ao Hermetismo

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Instrução Mágica do Espírito (VIII)

Preparação para a Viagem Mental

Nesse grau apresentarei um capítulo muito importante para a magia, a que será a viagem para fora do corpo, o que significa que o corpo mental a depois o astral se desligarão do corpo material denso. Todo mago que trabalha seriamente no campo da magia deve possuir essa habilidade, pois ela the possibilitará deixar o seu corpo físico a qualquer momento para alcançar os lugares mais longínquos, até países remotos da Terra, enfim, transportar-se a qualquer lugar que desejar. Essa façanha aparentemente tão complexa é muito fácil para um mago experiente. Assim como a pomba que deixa o pombal, o mago sai facilmente de seu corpo físico para se transportar no mesmo instante àquele lugar em que ele quer ver, ouvir a sentir tudo à sua volta. Essa capacidade não serve somente para a satisfação da sua curiosidade em saber o que se passa no local em questão, mas ela contribui também para o bem estar das outras pessoas. A matéria não é obstáculo para ele; para o seu espírito não existe tempo nem espaço, e se quiser, ele pode viajar ao redor do mundo num único instante.

O desligamento do corpo mental do corpo material the permite não só movimentar-se livremente em nosso planeta, mas, de acordo com o seu grau de maturidade, poderá também transpor o seu corpo mental a outras esferas. Assim terá condições de conhecer todo o Universo, a em caso de necessidade, poderá também em certa medida atuar em todas as esferas. É muito emocionante para o mago poder conhecer todo o Universo, portanto o Macro­cosmo, pois essa é a meta verdadeira de toda a viagem mental, isto é, espiritual. Podemos até ensinar muita coisa teórica sobre essa capacidade a tudo o que se refere a ela, mas como se trata no nosso caso de uma obra de cunho prático, não perderemos tempo descrevendo experiências a vivências, pois afinal o próprio mago terá de passar por elas para o seu próprio aperfeiçoamento e uma eventual missão. Concentremos portanto nossa atenção à parte prática do desenvolvimento da viagem mental, que na verdade é uma transposição de consciência, ou seja, uma transposição espiritual.

Aconselhamos ao aluno assimilar primeiro alguns exercícios preliminares, para de certa forma preparar-se antes. Um exercício preliminar importante para a viagem mental é o seguinte: sente-se na sua asana habitual diante de um espelho, em que estará refletido o seu corpo por inteiro. Quem possui um espelho grande não precisa sentar-se a uma distância muito grande dele, mas quem só tiver um espelho pequeno deverá afastar-se até que seu corpo se reflita nele por inteiro. Observe a sua imagem refletida por alguns momentos, feche os olhos, a imagine-a mentalmente. Ao lembrar de todas as particularidades de sua imagem gravando-as em sua imaginação, prossiga. Caso isso não ocorra, repita o procedimento até conseguir imaginar em sua mente cada um dos traços de sua imagem refletida, dando uma atenção especial à cabeça e à expressão do rosto. Ao conseguir, depois de várias repetições do exercício, imaginar a sua imagem refletida de modo totalmente fiel ao original, então trans­ponha a sua consciência a essa imagem de modo a sentir-se pessoal­mente no interior da mesma. Essa transposição de consciência serve para que você aprenda a observar o seu corpo, a partir de sua imagem refletida no espelho. Tente observar alguns objetos visíveis por trás da imagem refletida. Como isso the parecerá muito difícil no começo, você poderá usar a força da sua imaginação a imaginar com precisão os objetos que estão à sua volta. Com o tempo você será capaz de captar tudo com exatidão logo após a transposição à sua imagem refletida, como se observasse as coisas com seus olhos físicos. Habituando-se com essa capacidade, você estará maduro para a viagem mental propriamente dita.

A Prática da Viagem Mental

O aluno deverá evitar arriscar-se nesse exercício sem a cuidadosa preparação anterior acima referida, pois através da libertação da consciência do corpo físico poderão surgir perturbações na consciência em pessoas mais fracas. Por isso essa advertência é necessária, a só aqueles alunos que podem afirmar, com a consciência tranqüila, que já dominam totalmente as etapas anteriores, é que poderão iniciar todos os exercícios subseqüentes sem medo de sofrer algum dano à saúde ou à mente.

Para o exercício da viagem mental em si não precisaremos mais do espelho material, pois agora trabalharemos do seguinte modo: assuma sua posição – asana habitual a concentre-se em seu espírito. Imagine que ele vê, ouve a percebe tudo, a que – total­mente independente do tempo a do espaço – pode movimentar-se tão livremente como se estivesse ligado ao corpo material. Deve­mos proceder desse modo antes de qualquer viagem mental. Quanto mais profunda for a sua meditação a quanto mais você tiver a sensação e a certeza de que o seu espírito está totalmente desvinculado a pode sair de seu corpo livremente de acordo com a sua vontade, tanto mais rápidos a melhores serão seus progressos na arte da viagem mental. Caso você obtenha, nessa meditação que consumirá apenas alguns minutos de sua atenção, a sensação in­terna de liberdade a desligamento, então imagine-se saindo de seu corpo como se ele fosse uma casca, que depois será colocada ao seu lado. Você terá de transpor-se ao espírito, com a sua consciência, de tal forma a sentir-se materialmente ao lado de seu corpo, como sé você deslizasse para fora de um roupão ou de um outro invólucro qualquer. Exatamente desse modo é que deve ser o procedimento, com a ajuda da imaginação. Afinal a imaginação do seu próprio espírito na forma a tamanho de seu corpo já foi treinada exaustivamente diante da sua imagem refletida no espelho.

a) em ambientes fechados

Tente olhar para o seu corpo como se ele não the pertencesse. Tente também repetir várias vezes esse estado de consciência do desligamento assim como sentir-se em pé ao lado do próprio corpo; para isso a primeira tarefa é a observação precisa do corpo. Experimente ver todos os detalhes de seu corpo, como por exemplo a expressão de seu rosto com os olhos fechados, a respiração tranqüila a regular, a roupa, a cadeira em que você está sentado, etc. Como já dissemos antes, no início tudo depende da força de sua imaginação, mais tarde você não precisará mais imaginar tudo isso. Quando, depois de repetir várias vezes o exercício, você tiver certeza de estar totalmente consciente ao lado de seu próprio corpo a observá-lo, tente dar atenção à percepção de seu entorno mais amplo. Também nesse caso a imaginação the será muito útil. Depois do exercício volte sempre para o seu corpo, como se você entrasse novamente no invólucro, desperte a verifique se tudo aquilo que você imaginou corresponde à realidade. Você deverá alcançar tanta desenvoltura em sua imaginação, que o seu espírito imaginado deverá assimilar todos os objetos do ambiente com a exatidão e a nitidez dos objetos que você vê com os seus olhos físicos. Se depois de exercitar-se bastante você conseguir isso, poderá dar mais um passo no aprendizado.

Transponha-se à lateral de seu corpo, mas não permaneça no mesmo lugar; tente andar de um lado a outro da sala, como se você estivesse desligado do seu corpo físico. A leveza e a percepção da ausência de tempo a espaço contribuirão para que você se movimente a passos bem mais largos do que aqueles aos quais o seu corpo físico está habituado normalmente, mas isso deve ser evitado no início para que se alcance uma separação bem clara do corpo mental. O importante é você sempre se ver como se estivesse amarrado à terra. Só mais tarde, depois de muito treinamento, é que poderemos usar as leis da esfera mental. Ao conseguirmos andar de um lado a outro da sala, devemos abrir a porta, como se estivéssemos no corpo físico, a tentar sair da sala, passo a passo. Primeiro entraremos só na sala ao lado ou no corredor, onde repetiremos a técnica da imaginação dos objetos, identificando-os depois com os objetos reais assim que voltarmos ao corpo material. Com a certeza de que podemos nos movimentar em nosso corpo mental a captar as coisas da mesma forma que em nosso corpo físico, estaremos prontos para seguir adiante. A prática cria o mestre, e o segredo da viagem mental reside só no treinamento. Devo voltar sempre a enfatizar a importância desses exercícios, pois eles são um estágio preparatório para a separação astral do corpo, conhecida como êxtase, em que não é só o espírito que se separa do corpo, mas o espírito em conjunto com a alma; esse assunto será explicado em detalhes ainda nesse capítulo.

b) em trajetos curtos

Depois de conseguirmos nos movimentar em nossa casa com nosso corpo espiritual da mesma forma que com o nosso corpo físico, poderemos nos arriscar a andar pequenos trajetos fora de casa. No começo será suficiente fazermos um pequeno passeio até a casa do vizinho ou então visitar conhecidos a parentes que moram nas proximidades; depois visitaremos aquelas pessoas que conhecemos bem. Ao acumularmos alguma experiência através desses exercícios, devemos tentar captar também algumas impressões do entorno, que não se limitem aos objetos. A consciência torna-se tão aguda a instruída ao longo dos exercícios, que ela consegue captar em seu corpo mental também as impressões dos sentidos, como a audição, a visão e o tato, como se estivéssemos naquele local com o nosso corpo físico. Mas só alcançaremos esses resultados depois de exercícios constantes na instrução da viagem mental.

C) visitas a conhecidos, parentes, etc.

Visite seus conhecidos a amigos para ver o que estão fazendo naquele momento. Veremos, por exemplo, uma pessoa realizar suas tarefas diárias; para isso poderemos inicialmente usar a força de nossa imaginação. Para saber se aquele ato imaginado corresponde à realidade, Le., se a nossa imaginação e a realidade são iguais, só precisamos imaginar que aquela pessoa que captamos em nosso corpo mental está fazendo alguma coisa diferente, eventualmente até o oposto do que imaginamos a princípio. Conseguindo isso, devemos tentar saber se o ser que captamos o contradiz; em caso positivo, podemos afirmar com certeza que um ou outro não são verdadeiros, mas ainda correspondem só ao imaginário. Então não teremos alcançado o nosso objetivo, a deveremos repetir os exercícios até conseguirmos diferenciar exatamente a realidade da imaginação. No começo nós só sentiremos que a imaginação cor­responde de fato à realidade, pois os sentidos foram desligados do corpo com força a transpostos ao corpo mental. Mais tarde não precisaremos mais temer que isso ocorra, pois já teremos a certeza absoluta a poderemos diferenciar com precisão se aquilo que vimos, ouvimos ou sentimos no corpo mental é real ou imaginário. Depois de muito treino essa habilidade torna-se corriqueira para qualquer mago, a em qualquer lugar para onde ele transpuser o seu corpo mental ele só captará o que corresponder totalmente às condições pertinentes.

Ao realizarmos progressos, como quando andamos normal­mente em caminhos extensos sem sentirmos cansaço, então esta­remos maduros para nos ocuparmos com a lei da ausência de tempo a de espaço. Desligue-se do seu corpo material denso da forma que acabamos de descrever, a imagine-se desligado também do tempo a do espaço. Pense que seu corpo mental poderá estar naquele mesmo instante em qualquer lugar que você desejar. Essa convicção profunda poderá ser alcançada através da meditação constante no corpo mental. Caso você deseje estar em algum lugar com o seu corpo mental, será suficiente imaginar que você já está lá, a isso acontecerá imediatamente. Em distâncias maiores você só conseguirá um sucesso satisfatório depois de muito treino e muita perseverança, a transposições freqüentes. Além disso você deverá escolher lugares conhecidos. Só depois que você tiver a certeza de conseguir captar tudo com os seus sentidos, em qual­ quer lugar em que seu corpo mental estiver, a qualquer distância e hora do dia, então você poderá começar a escolher lugares desconhecidos. As captações dos sentidos no local não the deixarão margem de dúvida de que aquilo que você viu, ouviu a sentiu corresponde de fato à realidade. Você terá que exercitar-se por muito tempo a com muito empenho para se acostumar com as impressões desconhecidas. Procure portanto, com o seu corpo mental, regiões tropicais, costas marítimas, cidades grandes, trans­ponha-se ao extremo sul a ao extremo norte, enfim, a todos os lugares que o atraem a que o seu coração pede para ver.

Depois de exercitar-se bastante você conseguirá transpor-se rotineiramente a todos os lugares, nos quais você poderá ver, ouvir, a sentir tudo.

A viagem mental não serve somente para que captemos o que ocorre no presente, naqueles lugares para os quais nos transpomos, mas também para que possamos agir naquele momento. Assim podemos por exemplo não só ver as doenças com nossos olhos mentais, mas temos também a possibilidade de tratar dessas doenças no local, com o nosso corpo mental, ou então usar outros tipos de influências benéficas. Todas as ações a trabalhos na esfera mental, que aprendemos a realizar anteriormente com a ajuda de um elementar, podem ser realizados por nós mesmos através de nosso corpo mental.

E quando finalmente você se sentir em casa no mundo físico inteiro através da viagem mental, a esse mundo não puder mais the mostrar nada de novo, então experimente procurar outras esferas através de seu corpo mental; tente entrar em contato com os seres desses outros mundos a obter aqueles conhecimentos de cuja existência o ser humano mediano nem mesmo suspeita. A ascensão a outras esferas é muito simples. Precisamos somente sintonizar-nos com a esfera que queremos visitar com o nosso corpo mental, a então nos deixarmos levar para cima a verticalmente como que suga­dos por um redemoinho através de um funil. A passagem de nosso mundo material denso a uma outra esfera ocorre muito rapidamente, como se voássemos sobre o mundo todo num único segundo. Nesse caso o mago deverá passar pela sua própria experiência, a por isso é melhor não entrar em maiores detalhes sobre esse assunto.

Durante os exercícios de viagem mental o mago poderá sentir, no início, uma sonolência quase incontrolável, contra a qual ele deverá se defender energicamente. A sonolência ocorre porque com o desligamento do corpo mental o cordão de ligação, Le., o cordão vital entre os corpos mental a astral torna-se mais frouxo, o que provoca uma transposição de consciência e a conseqüente sonolência. Com o treinamento constante, quando o desligamento do corpo mental se tornar um hábito, a sonolência acabará.

O domínio da viagem mental aqui descrita é uma preparação indispensável para o envio do corpo astral, cuja descrição a aplicação prática serão apresentadas a seguir, no capítulo “Instrução Mágica da Alma”.

Instrução Mágica do alma (VIII)

O Grande “Agora”

Quem já chegou até aqui em sua evolução deverá dar a má­xima atenção ao seu pensamento, principalmente ao pensamento plástico. A capacidade de concentração despertada em conseqüência dos intensos exercícios evoca imagens penetrantes do Akasha, através do pensamento plástico; elas são fortemente vitalizadas a tentam se concretizar. Por isso só devemos ter pensa­mentos nobres a puros, a devemos tentar transformar nossas eventuais paixões em qualidades positivas. A alma do mago já deverá ser tão nobre que ele nem mesmo conseguirá ter pensa­mentos negativos ou desejar o mal a alguém. Um mago deve agir de modo amável, prestativo a solidário, generoso a respeitoso, discreto a silencioso. Deve estar livre de egoísmo, orgulho e ganância. Essas paixões se refletiriam no Akasha, a como o princípio do Akasha contém a analogia da harmonia, o próprio Akasha colocaria obstáculos no caminho do mago impedindo a sua evolução, ou o que é pior, tornando-a impossível. Um Progresso posterior estaria então totalmente descartado. É só nos lembrarmos do livro de Bulwer, “Zanoni”, no qual a guardiã da fonte nada mais é do que o Akasha, que impede o acesso dos grandes mistérios aos impuros a imaturos. Mesmo se eles o conseguirem, então o Akasha tentará transformar tal pessoa, deixá-la ser dominada pela dúvida, ou prendê-la a um golpe do destino, para proteger os mistérios de todas as formas possíveis. A um imaturo os mistérios permanecerão sempre ocultos, mesmo se forem divulgados em centenas de livros.

Um mago verdadeiro desconhece o ódio religioso ou sectário; ele sabe que toda religião possui seu sistema específico que levará seus devotos a Deus, por isso ele a respeita. Ele sabe que toda religião tem erros, mas ele não a julga, pois cada dogma serve ao estágio de maturidade espiritual de seu adepto. Através da sua evolução o mago passará a ser suficientemente maduro a ponto de enxergar com sua visão espiritual todos os pensamentos, todas as ações, todas as atitudes, relativas ao passado, ao presente ou ao futuro; ele sempre será tentado a julgar o seu semelhante.

Mas com isso ele poderia contrariar as leis a provocar uma desarmonia. Um mago desse tipo não possui maturidade suficiente e perceberá que o Akasha anuviará a sua clarividência e o Maya o atormentará com ilusões. Ele precisa saber que o bem e o mal têm direito à existência a que cada um tem uma missão a cumprir. Um mago só poderá chamar a atenção de uma pessoa ou julgar seus defeitos a fraquezas quando convocado diretamente para tal, a deverá fazê-lo sem colocar nisso uma crítica. O mago autêntico aceita a vida como ela é, o bem the traz alegria e o mal the traz o aprendizado, mas ele nunca se deixa abater. Ele conhece as próprias fraquezas a se esforça em dominá-las. Jamais cultivará o arrependimento ou a culpa, pois estes são pensamentos negativos a portanto devem ser evitados. É suficiente que ele reconheça seus erros a não os repita novamente.

Sem Apego ao Passado

É basicamente errôneo prender-se ao passado a lamentar as coisas desagradáveis que o destino the impôs. Só os fracos queixam-se constantemente para despertar a piedade dos outros. O verdadeiro mago sabe que através da evocação de imagens do passado elas podem voltar à vida, desencadeando novas causas e criando novos obstáculos no seu caminho. É por isso que o mago vive exclusivamente o presente a olha para trás só em caso de necessidade. Para o futuro ele fará só o planejamento do que for estritamente necessário a deixará de lado todas as ilusões a fantasias, para não gastar com elas as energias tão arduamente conquistadas, a para não dar ao subconsciente a possibilidade de cri­ar obstáculos em seu caminho. O mago trabalha objetivamente na sua evolução sem esquecer seus deveres materiais, que deverão ser cumpridos com tanta consciensiosidade quanto as tarefas de sua evolução espiritual. Portanto, ele deverá ser muito severo consigo mesmo. Deverá sempre ser muito prudente, a no que se refere à sua evolução, discreto. O princípio do Akasha não conhece o tempo nem o espaço, ele age portanto sempre no presente, pois os conceitos temporais dependem dos nossos sentidos. É por isso que recomendamos ao mago adaptar-se o máximo possível ao Akasha, reconhecendo-o como o grande AGORA, pensando e agindo em função dele.

Perturbações de Concentração como Compasso do Equilíbrio Mágico

A capacidade de concentração, em relação aos elementos, depende do equilíbrio mágico, e é também o melhor parâmetro para se saber qual o elemento do corpo astral que ainda deve ser dominado. Caso o elemento fogo, por exemplo, ainda consiga de alguma forma atingir o mago astralmente, então os exercícios visionários de imaginação plástica não serão muito convenientes para ele. Quanto ao elemento ar, ele terá mais dificuldades na imaginação auditiva, quanto ao elemento água na concentração do tato, a no elemento terra, no domínio da consciência. Em último caso a vi­agem mental, por exemplo, ou um estado de transe onde houver necessidade de uma transposição de consciência, poderá trazer mais dificuldades, a então nesses casos deverão ser intensificados os exercícios de concentração que influenciam o elemento em questão. Final­mente, o mago deverá continuar com a prática dos exercícios de concentração a aprofundá-los. Um sinal do equilíbrio mágico é o sucesso por igual na realização de todas as concentrações, tanto as visuais, auditivas, sensoriais quanto as com a consciência. Nesse estágio o mago deverá ser capaz de manter uma imaginação, sem nenhuma interferência, qualquer que seja o seu elemento correspondente, por no mínimo quinze minutos. Portanto, para ele nenhuma concentração deve ser melhor que a outra, a ele não deverá ter a preferência de uma em detrimento da outra. Se isso ocorrer, será um sinal evidente de que o equilíbrio dos elementos no corpo, na alma a no espírito ainda não foi implantado totalmente; então o aluno deverá tentar alcançá-lo através de um treinamento mais intenso. Se ele não o fizer, todas as deficiências que surgirão nos trabalhos espirituais subseqüentes poderão atrapalhá-lo.

Segue-se agora a instrução mágica da alma desse grau, que descreve o OD e o OB dos cabalistas, além dos fluidos elétrico e magnético e o seu domínio.

O Domínio dos Fluidos Elétrico a Magnético

De acordo com a descrição apresentada na parte teórica existem dois fluidos principais, surgidos a partir dos quatro elementos, e que são os fluidos elétrico a magnético. O fluido elétrico provém do princípio do fogo, e o magnético do princípio da água. O princípio do ar é o elemento compensador entre esses dois últimos e o da terra é bipolar, portanto contém ambos os fluidos e é eletro­magnético; no ponto central ele é elétrico a na periferia é magnético. De acordo com as leis descritas esses dois fluidos agem em todas as esferas, nos mundos mental a astral, assim como material. Eles são a origem de todos os seres. O conhecimento e o domínio desses dois fluidos será nossa próxima tarefa, pois através do seu domínio o mago conseguirá tudo o que quiser em todas as esferas, no mundo mental, astral ou material. O efeito do fluido em uma dessas esferas depende porém da maturidade do mago, da força e da penetração que ele pretende dar à sua formação na esfera desejada. Existem dois métodos que podem ser empregados no trabalho com esses dois fluidos, a que são: o método indutivo e o dedutivo. Nesse grau o mago aprenderá a usar ambos. Em primei­ro lugar consideraremos o fluido elétrico.

O Domínio do Fluido ELÉTRICO – Método Indutivo

Você poderá realizar esse exercício em pé ou sentado, o que preferir. Assuma a sua posição, feche os olhos a imagine que seu corpo está completamente oco por dentro, a que você é o centro de uma bola de fogo, uma esfera que envolve todo o Universo. Você deverá imaginar esse elemento ígneo cintilante a brilhante como um sol. Assim como aprendeu a sentir o calor no capítulo sobre a projeção, você aprenderá agora a sentir automaticamente o calor na periferia do seu próprio corpo, sem precisar desviar a sua atenção para o fato. Nesse exercício você deverá sentir a expansão do elemento fogo no seu próprio corpo. Deverá imaginar que o elemento fogo universal comprime expansivamente a luz para dentro de seu corpo oco. Quanto mais intensivamente a incandescente você imaginar a bola de fogo, tanto mais luz será comprimida para dentro de seu corpo, vinda de todos os lados a entrando pelos poros da sua pele. Todo o seu corpo ficará carregado, Le., represado com essa luz. Você deverá sentir a pressão da luz em seu corpo a senti-lo como se fosse um balão cheio de luz. A pressão da luz deve vir de fora para dentro; com isso ela provocará uma sensação estranha de preenchimento, como se fosse estourar. Nesse exercício a respiração deve ser tranqüila, pois o mago é induzido a reter a respiração durante o preenchimento dinâmico com a luz, o que deve ser evitado a todo o custo. Ao conseguir provocar um represamento tão forte da luz, ou seja, uma dinamização da luz a ponto de achar que seu corpo vai explodir a qualquer momento, você também sentirá que seu corpo, principalmente as pontas dos dedos, se carregam com uma forte corrente elétrica. Capte com força essa sensação, pois trata-se do fluido elétrico aqui descrito. Tão logo você tenha concluído o represamento, deixe o fogo universal esvair-se lentamente, através da imaginação, até que ele se acabe. Ao mesmo tempo imagine que a luz represada também vai se apagando, a pressão diminuindo aos poucos, até que tudo por fora a por dentro de você se esvai ou se apaga totalmente. Assim estará completo o primeiro exercício com o método indutivo do fluido elétrico. Depois de treinar bastante e conseguir uma certa prática em produzir o fluido elétrico com facilidade e à vontade, tente começar a impregná-lo com um desejo. Para isso você precisará somente imaginar que a luz represada em você, ou melhor, o fluido elétrico contido nessa luz, estimula e fortalece as suas energias ativas do espírito, da alma a do corpo. Desse modo você poderá despertar em si, de fora para dentro, todas as capacidades a características ativas que correspondem aos ele­mentos fogo a ar. Você terá, por exemplo, a possibilidade de aumentar a sua força de vontade, sua fé a seu poder sobre os elementos até um nível quase sobrenatural. A amplitude do alcance dessa força a desse poder não pode ser descrita em palavras, a você se convencerá melhor disso através da sua própria experiência. Nos graus anteriores enfatizei como é importante enobrecermos a alma, afastar­mos todas as paixões a tentarmos alcançar o equilíbrio mágico. Esse exercício ou qualquer outro realizados por uma pessoa sem escrúpulos, que não tenha ainda alcançado o equilíbrio mágico, serviriam apenas para estimular mais ainda essas paixões através da sua ativação. O controle sobre o domínio dessas paixões desapareceria e elas se tomariam um tormento. Todo mundo reconhecerá que es­sas advertências não são apenas palavras vazias ou pregações de moral. Uma pessoa totalmente equilibrada não tem nada a temer, muito pelo contrário, ela tem a possibilidade de se elevar a terá todas as condições de concretizar os seus ideais.

O Domínio do Fluido MAGNÉTICO – Método Indutivo

Com esse fluido o método é exatamente o mesmo. Sente-se no seu asana, imagine estar oco como uma bola de borracha a ser capaz de captar o fluido magnético levando-o para dentro de si. Feche os olhos a imagine que o Universo inteiro está cheio de água a que você está no meio dele. Você sentirá imediatamente a umidade e o frio na periferia de seu corpo; mas não desvie sua atenção para o fato. Imagine somente que o seu corpo, como uma esponja seca atirada à água, suga a energia magnética do elemento água universal. Esse exercício de imaginação deverá ser ampliado constantemente, até você sentir uma dinâmica dentro de si semelhante a um pneumático cheio de ar, a saber que não há possibilidade de continuar com o represamento. Você sentirá o fluido magnético como uma força de contração a de atração. Ao atingir, com esse exercício, o ponto máximo da acumulação de energia magnética, deixe a imaginação fluir aos poucos para o nada e a energia magnética acumulada em você dissolver-se no infinito. Depois de conseguir diferenciar os fluidos magnético a elétrico, você terá a possibilidade, como no caso do fluido elétrico, de fortalecer em si aquelas capacidades que correspondem aos elementos água a terra, como por exemplo as capacidades mediúnicas, a sensitividade, a psicometria, a leitura do pensa­mento, a psicografia, etc.

O Domínio do Fluido ELÉTRICO – Método Dedutivo

Só se deve trabalhar com esse método quando os dois anteriores já estiverem bem dominados. O método dedutivo é igual ao indutivo, só que numa seqüência contrária. Represe o elemento fogo em seu corpo, extraindo-o do Universo através da respiração pulmonar ou dos poros ou de ambas, ou eventualmente através da simples imaginação, do modo como você aprendeu no capítulo sobre a inspiração dos elementos a seu represamento. Durante o represamento do elemento fogo você não precisará prestar atenção ao calor, pois este será sentido automaticamente. Através do ele­mento represado é produzida uma enorme expansão, que provoca uma forte irradiação do fluido elétrico para fora do corpo a que é sentida por toda a pele, como quando se é tratado com uma máquina de eletrificação ou com um aparelho de alta freqüência. A irradiação do fluido elétrico cresce a torna-se cada vez mais estável a penetrante através da repetição constante a do aumento do represamento do elemento, a densifica-se tanto que chega a ser visto a sentido por um não-iniciado. Podemos aumentar essa energia a ponto de conseguirmos ligar uma lâmpada de néon. Naturalmente esses exercícios não se destinam a esses ou outros objetivos, a experiências semelhantes devem servir somente para nos certificarmos ou convencermos os outros, pois geralmente essa energia só deverá ser usada para objetivos nobres a elevados. Ao alcançarmos com esse exercício o ponto máximo do represamento de um elemento, portanto a irradiação máxima, devemos deixar o elemento fogo, junto com o fluido elétrico, fluir novamente ao Universo, deixando o corpo livre a encerrando o exercício.

O Domínio do Fluido MAGNÉTICO – Método Dedutivo

De modo semelhante ao descrito no exercício anterior, com o fluido elétrico – método dedutivo -, devemos também proceder neste caso, que trata do domínio do fluido magnético – método dedutivo. A diferença é que ao invés do fogo, neste caso é considerado o elemento água. Represe o elemento água em seu corpo oco através da imaginação, o mais dinamicamente possível. Nesse represamento você poderá empregar a respiração pulmonar, dos poros ou ambas, ou então deixar que a simples imaginação o realize. Apesar de sentir a umidade e o frescor durante o represa­mento, dirija a sua atenção principal à camada externa e à pele de seu corpo. Você sentirá principalmente nas extremidades a na pele do corpo uma força de contração, como num magneto de verdade.

No início, a numa dinamização muito forte, antes de se acostumar, você sentirá esse fluido de forma quase paralisante. Ao levar o represamento ao máximo, vá dissolvendo aos poucos o elemento água junto com o fluido magnético no Universo, através da imaginação, a encerre o exercício.

Todos os quatro métodos devem estar dominados a ponto de conseguirmos empregá-los a qualquer momento através da imaginação, para produzirmos os fluidos elétrico e magnético, o que se consegue depois de um treinamento constante a incansável. Deve­mos prestar muita atenção nisso, pois o domínio desses dois flui­dos é muito importante; através dessas duas energias universais pode-se conseguir tudo, em qualquer esfera que o mago queira exercer sua influência. No início os exercícios deverão ser realiza­dos com os olhos abertos, a depois com eles fechados, sem levar em conta o lugar ou a situação em que nos encontramos. É importante também saber que nos quatro métodos o mago tende a contrair os músculos ou a reter a respiração, o que não deve acontecer. Esses métodos devem ser praticados com tranqüilidade e relaxamento, sem nenhum esforço externo aparente.

Como o mago pode ver, o método indutivo serve para canalizar uma energia do Universo para dentro de si, de seu corpo, sua alma a seu espírito, ao passo que o método dedutivo tem a função de enviar uma energia, um fluido, de dentro para fora. Adquirindo uma boa prática nos quatro métodos, ele poderá ampliar o exercício, a ao invés de deixar o elemento fogo externo dissolver-se no nada, através da imaginação, depois de acumular ao máximo o fluido elétrico dentro de si pelo método indutivo, ele poderá manter em seu corpo esse fluido elétrico com sua pressão e o respectivo elemento fogo. Depois de segurar esse fluido por algum tempo, o quanto ele conseguir agüentar, então poderá deixá-lo fluir novamente ao Universo. O mago deverá proceder da mesma maneira com o fluido magnético. Os dois métodos apresentados de­verão ser praticados até serem totalmente dominados; antes disso você não deverá prosseguir.

Os métodos aqui descritos para o domínio dos fluidos elétrico a magnético são, de certo modo, exercícios preliminares, e quando o mago conseguir dominá-los poderá passar ao último método, o mais importante, ou seja, o domínio do fluido eletro­magnético, que descreverei em seguida.

Devemos observar a seguinte analogia: a cabeça e o peito correspondem ao fluido elétrico, o ventre as coxas a os pés ao fluido magnético. A tarefa do mago é carregar os pés, as coxas e o ventre – até a caixa torácica – com o fluido magnético, e a cabeça, o peito e a garganta com o fluido elétrico, da forma descrita anteriormente. Ele deverá conseguir carregar essas duas partes do corpo com os respectivos fluidos de forma tão dinâmica, a ponto de sentir que está prestes a explodir. Depois de algum treinamento ele será capaz de segurar ambos os fluidos. Ao chegar a esse ponto, ele deverá comprimir o fluido elétrico no lado direito de seu peito através da imaginação, formando assim uma espécie de espaço vazio ao redor do coração. Melhor ainda é ele deixar o lado esquerdo do peito vazio, já no momento em que carregar a região superior do corpo com o fluido elétrico. Chegando nesse ponto, ele deverá tirar o fluido magnético represado da região inferior do corpo, através da imaginação, passando-o pelo peito esquerdo a represando-o em toda a mão esquerda até a ponta dos dedos. A mão toma-se portanto magnética, passando a ter uma irradiação refrescante a de contração. Da mesma forma devemos proceder com a mão direita, represando nela, imaginativamente, o fluido elétrico tirado da cabeça a do lado direito do peito. Com isso a mão direita toma-se elétrica. Passamos a sentir a energia expansiva, quente e elétrica em toda a mão, mas principalmente nas pontas dos dedos. Se essas duas energias não forem usadas para alguma tarefa pessoal, podemos dissolvê-las imaginativamente no Universo.

Ao dominarmos totalmente esse exercício, nos tornaremos mestres do fluido eletro-magnético, mestres das duas energias uni­versais com as quais poderemos conseguir tudo o que almejamos. Outras possibilidades de utilização desses dois fluidos serão descritas num outro estudo. Abençoe todo o mago com suas mãos elétricas a magnéticas, pois elas podem ser a verdadeira benção da humanidade!

lnstrução mágica do Corpo (VIII)

Dominando todas as práticas da instrução mágica do corpo descritas até agora, não precisaremos de mais nenhum tipo especial de instrução. Por isso, apresentarei nos capítulos seguintes da instrução mágica do corpo alguns ensinamentos a indicações para uma utilização eventual. Segue-se um método de influência através dos elementos, que o mago poderá utilizar para se influenciar a si mesmo ou às outras pessoas.

Influência Mágica através dos Elementos

Neste caso não importa se trata-se de uma auto-influência ou da influência de outras pessoas, correspondentes aos quatro métodos em questão.

1. Fogo – através da queima.
2. Ar – através do vapor.
3. Água – através da mistura.
4. Terra – através da decomposição.

Pudemos constatar centenas de variações a possibilidades de influências através dos elementos, sobre as quais eu poderia escrever um livro inteiro. Mas prefiro me limitar a um único exemplo de cada elemento. Com ele, o próprio mago poderá incrementar a sua prática a montar o seu próprio esquema de ação.

Esses quatro métodos agem sobre a matriz astral mais sutil do mundo material a induzem os elementos desse plano a agirem em todos os lugares que o mago determinar, indiretamente. Caso se trate de uma influência sobre uma pessoa, então os elementos materiais atuarão, com suas analogias, sobre a substância de ligação entre o corpo astral e o material. Um mago que domina total­mente os elementos em todos os planos, não precisa de nenhum desses métodos, ele alcança a sua meta da mesma forma rápida e segura através da interferência direta. Mas de vez em quando até mesmo o mago mais iniciado usa as energias inferiores, porque tanto estas quanto as energias superiores the servem a obedecem. Por outro lado os magos menos maduros gostam de usar essas práticas inferiores para realizar os seus desejos, pois essas energias obedecem cegamente à vontade do mago, que sabe como domina-las. Mas, poderemos perguntar, para quê afinal servem essas energias inferiores a seus métodos? Responderei a essa pergunta com dois exemplos:

Suponhamos que um aluno principiante de magia peça ajuda a um irmão mais evoluído, pois com toda a força de sua vontade ele não está conseguindo combater sozinho uma paixão, vício ou algo similar, ou então dispenderia tempo demais para dominá-la e obter o equilíbrio. O irmão evoluído terá condições de agir sobre o elemento correspondente ao vício através do método adequado, e enfraquecer essa forma negativa do elemento que está influenciando o aluno, para que ele o combata mais facilmente, ou então até consiga suprimir essa influência.

No segundo exemplo vamos supor que o mago deva tratar, através dos elementos, uma doença crônica de longa duração. Algumas intervenções diretas não seriam suficientes para curar a doença, a uma repetição constante dispenderia muito tempo. Em casos assim o mago poderá usar essas energias como fatores auxiliares. Existem muitos casos desse tipo, em que o mago pode utilizar-se dos elementos dessa categoria. Ele também poderá usar qualquer energia que conhecer; o importante é que os seus motivos e as suas intenções sejam nobres, pois ele parte do princípio de que tudo o que é feito com pureza permanece puro. No trabalho com os quatro métodos o mago terá três campos de ação: 1. A ação imediata; 2. A ação completa, que é temporalmente limitada; 3. A ação a longo prazo, que transcorre com o tempo a finalmente acaba totalmente quando a operação não é renovada. Em seguida passaremos à descrição da prática.

A Influência através do Elemento Fogo

A QUEIMA

Prepare um pedaço de flanela ou papel mata-borrão – em último caso poderá ser um papel comum – cortando-o no tamanho de cerca de 10×10 cm. Embeba-o com um condensador fluídico qualquer a deixe-o secar. Coloque o papel assim prepara­do à sua frente a concentre para dentro dele o seu desejo, através dos elementos densos e a imaginação. Não se esqueça de deter­minar o prazo da ação a ser impregnada, Le., se ela deverá ser imediata, limitada ou a longo prazo. Quando o papel estiver bem carregado com o seu desejo, queime-o numa chama qualquer, que poderá ser a de uma vela. Durante essa queima você deverá concentrar-se novamente no pensamento de que, através da queima do papel ou da flanela, a energia é liberada a aciona os elementos densos a desencadearem o efeito desejado. A cinza restante não tem valor mágico a deve ser tratada como qualquer outra cinza. Nessa experiência você poderá formular a ação também no senti­do dela ter, para a pessoa à qual é destinada, um efeito imediato, tão logo ela coma ou beba alguma coisa quente, entre num quarto quente ou faça contato com qualquer outra coisa quente. Através da operação há possibilidade também de se projetar o elemento fogo para dentro do papel, carregá-lo com um desejo a transferi-lo de volta ao elemento fogo ou ao princípio do Akasha em função da dissolução do efeito. Existem vários outros processos, mas esse exemplo deve bastar para dar ao mago uma indicação precisa nessa direção.

A Influência através do Elemento Ar

A EVAPORAÇAO

Numa pequena vasilha ou prato de um metal qualquer deve­mos verter um pouco de água comum, só até ela cobrir o fundo em alguns milímetros. Nela devemos colocar algumas gotas de um condensador fluídico específico para a água; se não o tivermos disponível então poderemos usar o condensador fluídico universal. Proceda então do mesmo modo anterior, concentrando o seu desejo para dentro do líquido. Coloque o pratinho sobre a chama do fogão, ou sobre uma estufa quente – só não use uma fonte elétrica – e deixe o líquido carregado com o seu desejo evaporar. Ao mesmo tempo concentre no vapor o seu pensamento de que o elemento ar assimilou o seu desejo, e o princípio mais sutil do ar foi induzido a realizá-lo. Concentre isso nele até que a última gota de líquido se evapore; então encerre a experiência. Durante a impregnação do desejo você poderá pedir para que a pessoa a ser influenciada assimile o princípio do ar a cada inspiração, quando então o desejo começará a se realizar. Esse é só um exemplo, e variações semelhantes desse tipo de influência pelo elemento ar poderão ser inventadas pelo próprio mago.

A Influência através do Elemento Água

A MISTURA

Pegue uma vasilha, um prato de vidro ou um pequeno vaso e procure uma fonte de água corrente, um regato, uma bica ou um rio. Durante a experiência tente não dar nas vistas. Encha o recipiente com água a coloque nele algumas gotas do condensador fluídico adequado ao elemento água; em último caso use o condensador fluídico universal. Então aja como no caso do elemento anterior, efetuando a impregnação do desejo. Quando a água assim preparada estiver convenientemente carregada com o seu desejo, jogue-a rio abaixo transmitindo-lhe o pedido de que as partes mais sutis do elemento água realizem o seu desejo imediatamente. Quando a pessoa a ser influenciada entrar em contato de alguma forma com o elemento água, por exemplo, ao se lavar, beber água ou tomar chuva, etc., então esse elemento entrará imediatamente em ação liberando o efeito desejado. Esse exemplo deve bastar para que o mago crie seus próprios métodos individuais dentre as várias opções disponíveis, que também serão muito eficazes.

A Influência através do Elemento Terra

A DECOMPOSIÇÃO

No trabalho com esse elemento podemos proceder de duas formas diferentes: 1. Do mesmo modo apresentado na experiência anterior, isto é, usando-se água corrente do rio ou da chuva – não se deve usar água da torneira – na qual colocamos um pouco de condensador fluídico, correspondente ao elemento terra. Podemos usar também um condensador fluídico universal. Com o condensador fluídico podemos também trabalhar diretamente, isto é, sem diluí-lo primeiro, a ao invés de jogarmos o líquido impregnado na água, devemos jogá-lo diretamente na terra, fazendo uma forte concentração do desejo para que a terra o absorva e o elemento terra libere o efeito desejado. Para essa experiência não devemos escolher a rua, onde há o trânsito de pessoas, mas um lugar discreto no jardim, gramado ou campo. Se tivermos dificuldade em encontrar esses lugares na cidade grande, então poderemos usar um simples vaso de flores com um pouco de terra. 2. Pegue uma maçã, uma pêra, ou melhor ainda, uma batata, a com uma faca ou descascador de batatas faça um buraco nela; jogue nesse buraco o condensador fluídico correspondente ao elemento terra. Em último caso use o condensador fluídico universal. Então proceda do mesmo modo anterior, carregando a batata com a impregnação do desejo. Então enterre a batata, a em cada manipulação concentre no ele­mento terra a vontade de que ele exerça o efeito desejado. Nesse item também deve ser incluída a simpatia e a magia mumial, o assim chamado transplante, em que não se trabalha com os condensadores fluídicos, mas com múmias, que são partes do corpo, como cabelos, unhas, sangue, suor, urina, etc. Não descreveremos aqui esse tipo inferior de magia, pois se o mago se interessar por ela poderá procurar informar-se a praticá-la por si mesmo.

Esses dois exemplos são suficientes para explicar a influência com o elemento terra. Seguindo essas indicações o mago poderá criar outros métodos, sabendo que sua intuição o levará a fazer a coisa certa. Como vimos pelos exemplos apresentados, o mago, ou sua vontade instruída, é o fator determinante que leva, através da imaginação, os elementos universais a desencadearem o efeito desejado. Ele poderá repetir a operação quantas vezes quiser, para obter a realização do desejo. Ele poderá também fazer essa experiência consigo mesmo, isto é, para sua auto-influência. Existe ainda outro tipo de auto-influência em que os seres elementais, as assim chamadas salamandras, fadas, ninfas a gnomos, realizam o desejo solicitado com a ajuda dos elementos. Como esses seres são chamados, para se tomarem visíveis a servirem ao mago, será publicado em minha segunda obra, cujo título é: “Die Praxis der Magischen Evokation” (A Prática da Evocação Mágica).

Condensadores Fluídicos

Qualquer objeto pode ser influenciado através da imaginação e da vontade, a carregado com qualquer fluido, elétrico ou magnético, com os elementos ou com o Akasha. Mas segundo as leis da analogia a as experiências realizadas, ficou demonstrado que nem todos os objetos nem todos os líquidos são adequados para manter ou acumular por muito tempo uma energia represada. Assim como a eletricidade, o magnetismo e o calor possuem bons ou maus condutores, também as energias superiores têm essa característica. Os bons condutores têm uma enorme capacidade de acumulação, pois conseguem armazenar as energias nele introduzidas a preservá-las dentro de si. Esses acumuladores são chama­dos, na ciência hermética, de “CONDENSADORES FLUÍDICOS”. Existem três grupos principais de condensadores fluídicos:

1. Sólidos,
2. Líquidos,
3. Aéreos.

No grupo principal dos condensadores fluídicos sólidos incluem-se as resinas a os metais, entre os quais o ouro é aquele que possui o valor mais elevado. Pequenos fragmentos, pedacinhos mínimos até de ouro dão a qualquer líquido uma capacidade extraordinária de condensação; é por isso que se costuma adicionar ouro em porções microscópicas a todos os condensadores fluídicos. Falaremos sobre isso mais tarde.

No segundo grupo incluem-se as lacas, óleos, tinturas a extra­tos feitos de resina, compostos a produzidos a partir de determina­das plantas. Como o ouro, que é considerado o mais nobre dentre os corpos sólidos por ser análogo ao sol, portanto correspondente à energia solar a luminosa, o ouro dos corpos líquidos é o sangue humano e o sêmen, ou esperma. Com isso o ouro pode ser totalmente substituído, pois resquícios mínimos de sangue a de esperma num líquido dão a este uma capacidade extraordinária de acumulação.

O segundo grupo é composto pelos defumadores, aromas, água de cheiro, enfim, todos os vapores; não entrarei em maiores detalhes sobre eles, pois não têm muita importância para a magia prática. Além disso, só poderei mesmo descrever aqui os condensadores fluídicos mais importantes para a prática da magia, pois se eu quisesse enumerar todos os tipos de condensadores, o seu pro­cesso de fabricação a possibilidades de utilização, a ainda considerar todas as pedras preciosas a semi-preciosas que são ótimos condensadores, só esse estudo já se transformaria num livro inteiro.

Existem dois tipos de preparação de condensadores fluídicos; os simples, ou universais, preparados a partir de uma substância ou planta, a que podem ser usados para quase tudo. Os do segundo tipo são compostos, preparados a partir de várias substâncias e plantas a possuem capacidades de acumulação excepcionalmente fortes. Como se costuma acrescentar uma quantidade ínfima de ouro a cada condensador fluídico, o mago deverá providenciar esse metal antes de prepará-lo. Em lojas especiais de equipamento fotográfico podemos comprar o assim chamado cloreto de ouro solúvel em água, ou Aurum chloratum, usado para tingir papéis fotográficos. Uma solução de uma grama desse cloreto em 20 gramas de água destilada nos dá uma maravilhosa tintura de ouro. São suficientes cerca de 5 a 10 gotas dessa tintura de ouro para cada 100 gramas de condensador fluídico líquido. Aqueles que conhecem bem o trabalho de laboratório, podem fazer sozinhos essa tintura de ouro através da eletrólise. Em farmácias homeopáticas ou onde são preparados remédios homeopáticos ou eletro­homeopáticos, será fácil encontrar ou mandar preparar essa tintura. Os remédios homeopáticos à base de ouro são geralmente diluições do cloreto de ouro ou tinturas preparadas através da eletrólise, como por exemplo, Aurum Cloratum D1-D3, Aurum muriaticum D1­D3 ou Aurum metaldicum D1-D3. O conhecedor de remédios homeopáticos sabe que o D maiúsculo significa potência decimal.

Caso você não tenha possibilidade de arranjar a tintura de ouro através dos caminhos apresentados, então não the resta outra alternativa senão prepará-la você mesmo, seguindo a velha receita dos alquimistas, que é muito simples. Pegue um pedacinho de ouro da melhor qualidade – não pode ser ouro novo – quanto maior o número de quilates tanto melhor. O ouro comum de 14 quilates também serve. A forma do ouro não importa, pode ser um bracelete, um anel, um broche, um colar ou a tampa de um relógio de pulso.

Arranje um pouco de água destilada, em último caso pode ser também um pouco de água da chuva. Coloque a água num recipiente, de modo a completar dez vezes o peso do ouro; por exemplo, se você tiver 10 gramas de ouro, então coloque na vasilha 100 gramas de água destilada. Aqueça o ouro numa chama até ele ficar incandescente, com a cor vermelha, a jogue-o então na água. Devemos tomar cuidado para que o cordão ou o gancho no qual o objeto de ouro estiver preso não toque a água. O ideal é usar um gancho de arame, no qual o ouro poderá ficar suspenso sobre a água. Com o resfriamento rápido a água chia a espirra, a devemos ter cuidado para que essa água quente não nos atinja, provocando queimaduras.

Tenha cuidado principalmente com os olhos! Na água destilada só deve ser mergulhado o ouro puro. Ambos, tanto a água quanto o ouro, devem ser deixados para esfriar. Esse procedimento todo deverá ser repetido de 7 a 10 vezes. Sete a dez resfriamentos serão suficientes, pois durante o processo sempre há uma evaporação de pequenas quantidades de água, a até quantidades maiores, quando trabalhamos com doses pequenas. Através do rápido resfriamento – oxidação – libertam-se pequenas partículas atômicas, e a água fica saturada de ouro. Os antigos alquimistas chamavam essa água saturada ou qualquer outra essência vegetal, mergulhada pelo ouro incandescente, de “Quintessência do ouro pela via quente”, a utilizavam-na como ingrediente para outras substâncias curativas alquímicas. Porém nós o usaremos para nossos condensa­dores fluídicos. O líquido saturado pelo ouro deverá ser filtrado através de um pedacinho de linho fino, papel de filtro ou algodão, em um funil, a guardado para as nossas experiências. Dessa tintura de ouro usaremos geralmente só de 5 a 10 gotas em cerca de 100 gramas de líquido condensador fluídico. A peça de ouro usada na preparação da tintura que acabamos de descrever deverá ser limpa com um produto especial para metais a guardada para ser usada novamente no futuro.

a) CONDENSADORES SIMPLES

Pegue um punhado de flores de camomila frescas ou secas, coloque-as numa panela, a jogue água fria até cobri-las inteira­mente. Depois leve-as ao fogo a deixe-as ferver por uns 20 minutos, com a panela tampada. Tire do fogo a deixe-as esfriar, sempre com a panela tampada. Filtre a infusão, a coloque-a novamente no fogo deixando-a ferver até chegar a uns 50 gramas. Algumas gotas a mais ou a menos não farão diferença. Deixe o extrato de camomila esfriar a acrescente a mesma quantidade em álcool comum ou álcool de bebida – em nosso caso 50 gramas – para conserva-lo. Em caso de necessidade podemos usar também também o álcool desidratado, ou inflamável. Acrescente a essa mistura cerca de 10 gotas da tintura de ouro. Se o seu condensador for usado para sua própria finalidade pessoal, você poderá reforçá-lo especialmente, colocando uma gotinha de seu próprio sangue ou esperma num chumacinho de algodão, ou então um pouquinho de ambos, jogando-os no condensador a agitando tudo junto. Depois, filtre tudo através de um pedacinho de linho fino, algodão ou papel de filtro, vertendo a solução num frasco que deverá ser bem tampado com uma rolha a guardado num local fresco seco a escuro para ser usado futuramente. Um condensador fluídico preparado e conservado dessa maneira não perderá sua eficácia mesmo depois de alguns anos. Antes de utilizá-lo devemos agitar bem o frasco, e depois tampá-lo novamente, guardando-o num local escuro e fresco. Desse mesmo modo você poderá preparar vários outros tipos de condensadores fluídicos universais, a partir do chá russo, do autêntico chá chinês, de flores de lilazes – de preferência brancas -, folhas de choupo, das raízes de mandrágora, flores de arnica, de acácias, a outros. No use comum, como na influência através dos elementos ou para o desenvolvimento dos sentidos astrais através dos condensadores fluídicos, basta um condensador fluídico simples, preparado com uma única planta.

b) CONDENSADORES COMPOSTOS

Para se conseguir represamentos de energia especialmente fortes, ou em trabalhos de influência não mental ou astral, mas material-densa, como por exemplo a criação de elementares (figuras de cera ou argila), vitalização de imagens, ou em outros fenômenos de materialização, devem-se usar os condensadores fluídicos compostos, que são preparados com os seguintes extratos vegetais:

Raízes de angélica, folhas de sálvia, flores de tília. Cascas de pepino ou sementes de abóbora. Flores ou folhas de acácia. Flores de camomila, flores, folhas ou raízes de açucena. Flores ou casca de canela, folhas de urtiga. Folhas de menta, folhas de choupo. Flores ou folhas de violeta, eventualmente amor-perfeito. Folhas ou casca de salgueiro. Tabaco, verde ou seco.

Existem três tipos de preparação. O primeiro a mais simples consiste em colocar numa panela grande partes iguais das plantas aqui indicadas, cobri-las com água a deixá-las cozinhar durante meia hora. Depois de fria a infusão deve ser filtrada a levada ao fogo novamente para ferver lentamente até engrossar o máximo possível. Acrescente o álcool na mesma proporção do extrato, adicione a tintura de ouro na proporção de dez gotas para cada cem gramas de líquido, a eventualmente um pouco de sangue ou esperma, ou ambos. Agite bem a mistura a passe-a por uma penei­ra fina, vertendo-a num frasco escuro – verde ou marrom – fechando-o bem com uma rolha. O frasco deverá ser guardado num local escuro até a substância ser utilizada.

O segundo tipo de preparação consiste em colocar partes iguais das plantas apresentadas num frasco de vidro, de conservas ou outro qualquer, a cobri-las com álcool, deixando-as macerar durante 28 dias num local mais ou menos quente. Depois a mistura deve ser prensada numa tela ou outro material semelhante e filtrada. Acrescente-se a tintura de ouro na proporção correspondente a eventualmente também as próprias múmias – o sangue e o esperma. Verta a mistura em frascos a guarde-a para o seu use próprio. Nesse extrato não será mais preciso acrescentar álcool para a conservação.

Um dos melhores métodos para se preparar essa infusão é fazê-la com cada planta separadamente; ou da maneira descrita anteriormente, no caso do condensador fluídico simples preparado com a camomila, ou então fazendo-se os extratos das plantas através das macerações no álcool que descansam por um longo período. Depois de prontas, devemos juntar todas as infusões numa só, acrescentar as gotas de tintura de ouro a guardar a substância final com bastante cuidado.

Devemos proceder da mesma forma com os quatro condensadores fluídicos especiais, usados para a influência dos elementos. As plantas a serem usadas são as seguintes:

1) Para o elemento fogo:

Cebola, alho, pimenta, grãos ou sementes de mostarda.

Nota: Por causa de sua forte capacidade de irritação esse condensador fluídico não deve entrar em contato com o corpo, principalmente com os olhos.

2) Para o elemento ar:

Folhas ou cascas de avelãs. Zimbro.

Flores ou folhas de rosa. Sementes de coentro.

3) Para o elemento água: Aveia; poderá ser usada também a palha de aveia, picadinha. Sementes de tubérculos de diversos tipos, como cenoura, beterraba, nabo, etc.

Flores ou folhas de peonia.

Folhas de cerejeira, eventualmente também a casca.

4) Para o elemento terra:

Salsa, a raiz, as folhas ou as sementes. Sementes de alcarravia.

Tanchagem forte, de folhas largas ou compridas, a erva. Flores de cravo ou a erva melissa.

Aos olhos de um não-iniciado as receitas aqui apresentadas, em que se misturam ervas a raízes, podem parecer uma grande bobagem, do ponto de vista farmacológico. Neste caso porém não é considerado o seu efeito farmacológico, mas o seu efeito mágico. A visão do iniciado que conhece as propriedades ocultas das plantas com certeza vai encontrar a correlação correta. Poderíamos montar centenas de receitas desse tipo, com base nas leis da analogia. Mas essas indicações já devem ser suficientes para o mago, e certamente ele conseguirá usá-las adequadamente. Todas as receitas aqui apresentadas originam-se da prática, a funcionaram muito bem. Antes de encerrar o assunto dos condensadores fluídicos líquidos, eu gostaria de esclarecer um pouco uma questão a eles relacionada, ou seja, a dos elixires da vida.

Os autênticos elixires da vida alquímicos nada mais são além de condensadores fluídicos, compostos de modo extraordinário, preparados analogamente aos elementos a aos três planos da existência humana, a carregados magicamente em relação a eles. Para a esfera mental são usadas essências, para a esfera astral tinturas e para a esfera material-densa os sais, ou eventualmente extratos, correspondentemente carregados. Os elixires produzidos dessa forma naturalmente não influenciam somente o corpo material­denso do homem, mas também os seus corpos astral a mental. Portanto um elixir desse tipo não é só um ótimo remédio, mas também uma substância regeneradora muito dinâmica.

Numa obra sobre alquimia, que pretendo publicar futuramente, apresentarei uma série de indicações relativas a esses aspectos. Neste livro porém eu gostaria só de observar que os elixires dos verdadeiros alquimistas nada mais são do que condensadores fluídicos especiais.

Condensadores Fluídicos para Espelhos Mágicos

No próximo grau descreverei a autêntica magia dos espelhos, ou seja, a prática com o espelho mágico; é por isso que o mago deve saber fazer ele mesmo um espelho mágico desse tipo. Para isso ele precisará de um condensador fluídico sólido, feito a partir de sete metais, que são:

Chumbo uma parte.
Zinco uma parte.
Ferro ………………………………… uma parte.
Ouro uma parte.
Cobre uma parte.
Latão uma parte.
Prata uma parte.
Resina de Aloe (Gummiresina aloe) uma parte.
Carvão animal (Carbo animalia) três partes.
Carvão de pedra sete partes.

As partes aqui indicadas não se referem ao peso, mas à medida. Se pegarmos, por exemplo, um centímetro cúbico de chumbo, então devemos pegar também um centímetro cúbico de cada um dos outros metais; o mesmo vale para a Aloe a os dois tipos de carvão. Todos os ingredientes devem ser pulverizados. Os metais mais macios como chumbo a zinco podem ser pulverizados usando-se uma lima grossa (a assim chamada limalha) a para os metais mais duros podemos usar uma lima fina. A resina de Aloe pode ser triturada num almofariz, caso ela já não venha em forma de pó. Devemos proceder da mesma forma com os dois tipos de carvão. Ao juntar todos os ingredientes devemos misturá-los bem; essa mistura na verdade já é o próprio condensador fluídico sólido.

O “Elektro-Magicum” dos antigos magos a alquimistas também nada mais é do que um fantástico condensador fluídico, com­posto de:

30 gramas de Ouro.
30 gramas de Prata.
15 gramas de Cobre.
6 gramas de Zinco.
5 gramas de Chumbo.
3 gramas de Ferro.
15 gramas de Mercúrio.

Como podemos ver, todos os metais planetários estão aqui representados. A liga desses metais servia para a fabricação de espelhos, sinos, a outros objetos mágicos. Os condensadores fluídicos sólidos por mim recomendados também são ótimos e confiáveis a foram testados muitas vezes.

d) Preparação de espelhos mágicos

Existem dois tipos de espelhos mágicos – os planos a os côncavos. Para ambos poderemos usar espelhos normais, pintados com amálgama de prata ou verniz preto a cobertos depois com condensadores fluídicos líquidos ou sólidos. São justamente esses últimos que têm um valor especial para nossa prática mágica, e através de alguns exemplos descreverei como você poderá fazê-los.

1. Para o espelho mágico mais simples, feito com um único condensador, basta a superfície de um espelho ou de uma vasilha, de preferência de vidro, sobre a qual passamos o condensador fluídico líquido ou sólido.

2. Corte um círculo de papelão com o diâmetro de 20 a 50 centímetros, conforme o tamanho do espelho mágico que você pretende fazer. Depois, corte outro círculo do mesmo tamanho, em papel mata-borrão ou papel de filtro, mergulhe-o no condensador fluídico ou passe este último nele, em várias camadas, com um pincel fino ou um chumaço de algodão, até que fique bem impregnado. Deixe secar bem. Cole esse círculo de papel mata-borrão ou de papel-filtro sobre o primeiro, de papelão, deixe secar, e o espelho estará pronto para ser usado. Um espelho tão simples com certeza poderá ser feito por qualquer pessoa. Quem não gostar da forma circular, poderá escolher uma forma oval ou quadrada. Se você quiser, poderá também emoldurar o espelho. O condensador fluídico a ser usado nesse caso poderá ser o de tipo simples, mas recomenda-se o use do condensador fluídico composto.

3. No terceiro método o processo é o mesmo, só que a superfície do papel mata-borrão ou papel-filtro deverá ser pintada com uma camada bem fina de verniz incolor, sobre a qual será pulverizado o condensador fluídico sólido (em pó), através de uma peneira. Esse espelho, que logo depois de seco já poderá ser usa­do, é o melhor espelho mágico plano que se pode imaginar, pois contém ambos os condensadores fluídicos e é especialmente adequado para o use prático.

4. A preparação de um espelho parabólico ou côncavo também não é complicada. Em uma fábrica de vidro ou uma relojoaria especial você poderá obter um vidro côncavo, como aqueles usados em grandes relógios de parede. Uma tampa de panela, côncava, também poderá servir. Na parte convexa externa deverá ser passado álcool preto ou nitro-verniz – verniz conservado em acetona – que seca rapidamente. Se você quiser usar o espelho para a vidência ótica, basta mandar enquadrá-lo numa moldura de madeira preta, então ele estará pronto para o uso. Porém se você ainda quiser cobrí-lo com um condensador fluídico, então passe uma fina camada de um bom verniz incolor na sua parte interna, espalhe o condensador fluídico sólido (em pó) com uma peneira fina a deixe secar.

5. Quem quiser fazer um espelho mágico côncavo a não conseguir obter um vidro côncavo, poderá usar, ao invés de vidro, um pedaço de madeira escavada ou um papelão, que depois de ume­decido poderá ser facilmente moldado. Um espelho côncavo simples, barato a fácil de fazer, é aquele que você mesmo molda, com argila, gesso, etc. Misture o gesso ou a argila amarela com um condensador fluídico líquido até formar uma massa compacta, em ponto de modelar. Com as mãos modele o espelho desejado a depois deixe-o secar lentamente para que não surjam rachaduras. Mas se elas ocorrerem, passe mais um pouco de argila umedecida sobre elas a deixe a fôrma secar novamente. Quando a fôrma do espelho estiver pronta, você deverá polí-la bem com vidro ou lixa de papel, para que não permaneçam irregularidades na sua superfície. Na superfície côncava do espelho deverá ser passada uma camada fina de verniz incolor, sobre a qual será espalhado o condensador fluídico sólido (em pó), pulverizado através de uma peneira fina. Deixe tudo secar bem. A moldura, caso você tenha feito uma junto à parte de trás da fôrma, deverá ser pintada com verniz de álcool ou nitro­verniz. O espelho está pronto para ser usado.

Um espelho desse tipo, de argila ou gesso, é até mais eficaz do ponto de vista mágico do que um de vidro, pois contém dois condensadores fluídicos eficazes, o sólido e o líquido. O condensador fluídico líquido está contido na argila e o sólido na superfície do espelho. A única desvantagem é que, em comparação com os outros, esse espelho é pesado a quebra facilmente.

Se restar um pouco de condensador fluídico sólido depois da preparação do espelho, guarde-o bem, pois poderá ser usado no futuro para outros fins, como por exemplo, para fazer uma varinha mágica, de um galho de sabugueiro de cerca de 30 a 50 centímetros de comprimento. No sentido longitudinal é feita uma pequena perfuração na varinha para a introdução do condensador fluídico sólido. Depois a varinha é tampada a selada, a carregada magicamente para diversas operações de magia, como a transposição de desejos a seres vivos ou outros seres, encantamentos diversos, etc. Sobre isso você encontrará mais detalhes na minha segunda obra, “Die Praxis der Magischen Evokation” (A Prática da Evocação Mágica).

  • Resumo de todos os exercícios do grau VIII

I. INSTRUÇÃO MÁGICA DO ESPÍRITO:

1. Preparação para a viagem mental.
2. A prática da viagem mental.
a) Num ambiente fechado.
b) Em trechos curtos.
c) Visitas a conhecidos, parentes, etc.

II. INSTRUÇÃO MÁGICA DA ALMA:

1. O grande AGORA.
2. Sem apego ao passado.
3. Perturbações de concentração como compasso do equilíbrio mágico.
4. O corpo astral e a luz.
5. O controle dos fluidos elétrico a magnético.

III. INSTRUÇÃO MÁGICA DO CORPO:

1. Influência mágica através dos elementos.
2. Condensadores fluídicos.
a) Condensadores simples.
b) Condensadores compostos.
c) Condensadores fluídicos para espelhos mágicos.
d) A preparação de um espelho mágico com a ajuda de condensadores fluídicos.

Fim do oitavo grau


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