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Vedanta significa literalmente “o fim do Veda”. Entretanto, o trabalho se refere tanto ao ensino dos Upanishads, o último tratado dos Vedas, quanto ao conhecimento dos significados finais. Estes significados finais dizem respeito à relação do homem com a existência de Brahman, com sua relação com o mundo, com seu semelhante e com seu próprio eu interior. Após 300 a.C. – o fim das formulações dos Upanishads, um estudo intenso dos Upanishads deu origem a uma série de escolas filosóficas com interpretações opostas de seu significado central.
Um resumo exemplar das doutrinas dos Upanishads (conhecidas como Brahma Sutra ou Vedanta Sutras) tornou-se o foco de uma discussão afiada. A mais conhecida e influente das diversas escolas do Vedanta foi a de Sankara (c. 788-c. 820), que era um brâmane shaivita e famoso por seu comentário sobre o Brahma Sutra e os dez mais estimados Upanishads. Para Sankara, o Upanishad apresentou uma unidade orgânica quando entendida em sua totalidade. Como não-dualista, Sankara via Brahman como uma pura realidade, pura consciência e pura bem-aventurança. E como o mundo é uma criação de Brahman e completamente dependente dele, e como Brahman e indestrutível, a aparente mudança que os homens discernem no mundo é meramente ilusão ou “maya”. Além disso, o Brahman existe como um Absoluto sem qualidades – seja como for, na existência do Brahman como um deus pessoal Ishvara, nesta encarnação há uma herança de qualidades. Finalmente, Sankara sustenta que a iluminação final não pode vir da devoção das divindades e rituais, mas sim da forma de erradicação da ignorância, ou maya, e através do conhecimento de Brahman, e de si mesmo.
Na oposição crítica aos pontos de vista de Sankara estavam duas escolas de Ramanuja (1017-1137) e Madhva (1197-1276). Ramanuja, que adorava Vishnu, acreditava que Brahman em seu aspecto cósmico possuía qualidades que são divinas; que existe um mundo separado de almas que são naturalmente dependentes de Deus; e que o caminho para a salvação é pelo caminho de Bhakti. Madhva também concorda com Ramanuja que existe um mundo de pluralidades; um mundo de realidade permanente, de almas separadas, e de Deus – que é Vishnu. Apesar dos pontos de vista conflitantes entre os intérpretes do Vedanta, esta perspectiva metafísico-religiosa continua a exercer uma influência dinâmica sobre a vida intelectual e religiosa da Índia.
Diversos Vedanatas (estudantes do Vedanta) influenciaram muito os leitores indianos e ocidentais, incluindo S. Radhakrishnan, Swami Viekananda, Aurobindo Chose. Escritores ocidentais como Aldous Huxley e Christopher Isherwoon popularizaram as ideias fundamentais do Vedanta e enfatizaram sua relevância para a humanidade moderna. Estas obras são The Perennial Philosophy (A Filosofia Perene) de Aldous Huxley (1946); e Vedanta for Modern Man (O Vedanta para o Homem Moderno) de Christopher Isherwood (1951), esta é a edição dos irmãos Harper, mas desde então tem sido publicada e reeditada sob diferentes títulos.
A.G.H.
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Fonte:
https://www.themystica.com/ved
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Texto adaptado, revisado e enviado por Ícaro Aron Soares.
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