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Terence McKenna
Transcrição de um excerto da versão de True Hallucinations
Jung escreveu:
“Embora saibamos por experiência que os processos psíquicos estão relacionados com os materiais, não estamos em condições de dizer em que consiste essa relação, ou como é possível. Precisamente porque a psique e o físico são mutuamente dependentes, muitas vezes foi conjecturado que eles podem ser idênticos em algum lugar além de nossa experiência atual.”
Em que consiste essa relação?
Meu próprio palpite, e é apenas um palpite, é que uma dimensão explicitamente espacial – de uma co-dimensão inclusive de nosso continuum – permite que um holograma de outras formas de organização existentes, muito distantes, se tornem visíveis em certos níveis de ressonância quântica no campo sináptico. Esses níveis foram atenuados pela seleção natural em favor de linhas de informação mais diretamente relevantes relacionadas à sobrevivência animal. A evolução não reforça seletivamente a capacidade de um organismo de perceber à distância, uma vez que tal capacidade não tem vantagem seletiva, a menos que a informação que ela transmite recaia sobre os receptores de um organismo já suficientemente sofisticado no uso de símbolos para abstrair conceitos para aplicação posterior. .
Assim, essas ressonâncias quânticas que carregam indícios de eventos à distância só começam a adquirir reforço genético quando uma espécie já alcançou sofisticação suficiente para ser chamada de consciente e possuidora de mente. O uso de alucinógenos pode ser visto como uma tentativa de engenharia médica que amplifica, para inspeção pela consciência, a ressonância quântica das outras partes do contínuo espacial holograficamente à mão.
Essa experiência é a visão que os OVNIs e a psilocibina transmitem: visões de planetas estranhos, formas de vida, perspectivas e sociedades, máquinas, ruínas, paisagens. As hierofanias se desdobram em um “nunc-stans” que tem todo o espaço em pé, como um holograma congelado. Assim, a experimentação com alucinógenos por seres humanos e o aumento de alucinógenos produzidos endogenamente à medida que se avança na filogenia dos primatas podem ser devidos a um foco lento no fenômeno da imaginação.
Imaginação sendo o envolvimento aprofundado da espécie com as coisas observadas, mas não realmente existentes mas não imediatamente presentes à mão.
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