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Sobre os Algozes da Ordem Demolay

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Clemente V (Bertrand de Got)

Papa de 1305 a 1314; nascido em Villandraut (Gironde), na França, em 1264.

Em 1309, o papa fixou residência em Avignon, cidade ao sul de França, alegando ser essa localização mais adequada do que Roma para administrar a igreja, pois a França era politicamente mais importante, devido as pressões de Filipe, o Belo.

A sede do papado manteve-se em Avignon por 70 anos (1307- 1377), episódio que ficou conhecido como Cativeiro de Avignon. Morto em 30 de Abril de 1314 em Roquemaure, na Provença, por ingerir esmeraldas reduzidas a pó (para curar sua febre e um ataque de angústia e sofrimento), que provavelmente cortaram seus intestinos. O remédio foi receitado por médicos desconhecidos (?), quando o papa retornava a sua cidade natal.

Clemente V deixou uma notável coleção de leis canônicas, as Clementinae, e fundou na Europa várias cátedras de línguas asiáticas.


Filipe IV (o Belo) – (Fointainebleu 1268 –  id. 1314)

Rei da dinastia Capetíngea. Filho de Isabel de Aragão e Felipe III, “o ousado”. Casado com Joana de Navarra. Foi excomungado por Bonifácio VIII, excomunhão que foi levantada por Clemente V. Saiu a caçar com seu camareiro, Hugo de Bouville; seu secretário particular, Maillard e alguns familiares na floresta de Pont-Sainte-Maxence. Sempre acompanhado de seu cães. Foram em busca de um raro cervo de doze galhos visto perto ao local. O rei acabou perdendo-se do grupo e encontrou um camponês que livra-se de ser servo. Deu-lhe sua trompa como presente por tê-lo ajudado a localizar o cervo. Achando-o e estando pronto a atacar-lhe, percebeu uma cruz (dois galhos que se prenderam nos chifres do cervo) que brilhava (o verniz do galho que reluzia ao sol). Começou a passar mal, não consegui chamar ninguém, pois estava desprovido de sua trompa. Sentiu um estalo na cabeça e caiu do cavalo. Foi achado por seus companheiros e levado de volta ao palácio, repetindo sempre – “A cruz, a cruz…”e sempre com muita sede. Pediu como o Papa Clemente em seu leito de morte, que fosse levado a sua cidade natal; no caso do rei, Fontainebleau. O rei ficou perdido no seu interior, parecendo um louco, durante uns doze dias. Era dito aos que perguntavam dele, que tinha caído do cavalo e atacado por um cervo. Filipe foi levado a fazer um novo testamento e foi instigado por seus irmãos: Carlos de Valois e Luís d’Evreux, a escrever o que eles queriam. Logo após terminado, sempre com sede, faleceu.

Diz-se que Irmão Reinaldo, Grande Inquisitor de França, que acompanhou o rei em seus últimos dias, não conseguiu fechar suas pálpebras, que se abriam novamente. Foi assim, em seu velório, necessária uma faixa que cobrisse seus olhos.

Segundo os documentos e relatórios de embaixadores de que se dispõe, Chega-se a conclusão de Filipe, o Belo, sucumbiu a uma apoplexia cerebral em uma zona não motora. A afasia do início pode ter sido devido a uma lesão na região da base do crânio. Teve sua recaída mortal por volta de 26 de novembro, vindo a falecer em 29 de Novembro de 1314.

Guilherme de Nogaret (Guarda-Selos do Reino)

Descendente de cátaros, era o oficial chefe de Filipe IV e principal conselheiro, arquitetou as acusações contra os Templários. Nogaret já havia cometido ações contra Bonifácio VIII: (seqüestro e espancamento) – Bonifácio VIII (Benedetto Caetani) – Papa de 1294 a 1303; nascido em Anagni, entre 1220 e 1230. Dedicou-se ao estudo de Direito, sendo considerado, quando cardeal, eminente jurista e hábil diplomata. Convenceu o Papa eremita Celestino V a renunciar, sendo eleito em seu lugar. Entrou em choque com Filipe, o Belo; quando promulgou a bula Clericis Laicos, proibindo o clero de pagar impostos sem autorização papal. Depois de 1300, cresceram as dificuldades entre Bonifácio VIII e Filipe, o Belo; que falsificou bulas e pôs os franceses contra o Papa. Guilherme de Nogaret, aliado a dois cardeais da família Collona, recruta na Itália um exército, e assalta o Palácio Anagni. Lá o Papa em seus 86 anos, dentro de seus aposentos sacerdotais, intimado a renunciar o papado teria dito: “Aqui está meu pescoço, aqui está minha cabeça: morrerei, mas morrerei papa!”. Foi esbofeteado por um dos cardeais Collona e excomungou Guilherme de Nogaret. Permaneceu prisioneiro por dois dias, até que a população o socorreu. Regressando à Roma, enlouqueceu devido ao golpe e morreu blasfemando depois de quatro meses (11 de outubro). Diz-se que morreu envenenado, fato que se atribui a Nogaret.

Envenenado por uma vela, feita por Evrard, antigo Templário, com a ajuda de Beatriz d’Hirson (dama de companhia de Mafalda d’Artois, mãe de Joana e Branca de Borgonha e tia de Margarida de Borgonha, esposas de Filipe, Carlos e Luís, respectivamente, filhos de Filipe, o Belo. Era também tia de Roberto d’Artois, um dos muitos amantes de Isabel, filha de Filipe, o Belo; cuja De Molay era padrinho de batismo). O veneno contido na vela era composto de dois pós de cores diferentes:

– CINZA: Cinzas da língua de um dos irmãos d’Aunay (que foram queimados por terem traído Carlos e Luís com suas respectivas esposas). Elas tinham um suposto efeito sobrenatural para atrair o demônio.

– CRISTAL ESBRANQUIÇADO: “Serpente de Faraó”. Provavelmente sulfocianeto de mercúrio. Gera por combustão: Ácido sulfúrico, vapores de mercúrio e compostos anídricos; podendo assim, provocar intoxicações tanto cianídrica, quanto mercurial.
Morreu vomitando sangue, com câimbras, gritando o nome dos que morreram por suas mãos.

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