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Sitra Achra

Parentes, valores familiares e outras pestilências

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S. Jason Black
Excerto de The Black Book, Vol III, pare II

“Esse culto nunca morreria até que as estrelas voltassem ao normal, e os sacerdotes secretos tirariam o grande Cthulhu de Sua tumba, revivessem Seus súditos e retomariam Seu governo da terra. O tempo seria fácil de saber, pois então a humanidade teria se tornado como os Grandes Antigos; livre e selvagem e além do bem e do mal, com leis e morais postas de lado e todos os homens gritando e matando e se deleitando com alegria. Então, os Antigos libertados lhes ensinariam novas maneiras de gritar, matar, festejar e se divertir, e toda a terra arderia em um holocausto de êxtase e liberdade.”
— H. P. Lovecraft, O Chamado de Cthulhu

Certa vez, enquanto tentava matar minha mãe com magia negra, matei outras três pessoas sem querer.

Mais tarde, o Dr. Hyatt me sugeriu que era impossível amaldiçoar minha mãe, pois ela não tinha uma personalidade central para atacar. Talvez seja assim. Sabe-se há mais de um século que quanto menor a inteligência de um sujeito, mais difícil é hipnotizá-lo. Algo semelhante pode se aplicar à magia. Se ninguém estiver lá, não há alvo para a maldição, então ela vai para outro lugar; neste caso, os parentes de minha mãe.

Consegui sua atenção? Ótimo.

Esperando ansiosamente pelo estertor de uma das pessoas mais inúteis a andar na Terra, recebi um ‘telefonema de minha prima, dizendo-me entre lágrimas sufocadas que seu pai, irmão de minha mãe, havia morrido na noite anterior, atropelado em uma rodovia do Mississippi. Na frente de um caminhão. A morte ocorreu dentro de setenta e duas horas após o ritual. Por um lado, fiquei desapontado com a sobrevivência da coisa-que-não-morreria, mas de alguma forma animado por ter pego seu parente mais próximo. Era como ter uma nova arma que funcionava perfeitamente, mas tinha uma mira que estava apenas por um triz. Um pequeno ajuste e ficaria bom. Talvez, ajustado demais.

Minha outra prima, a filha mais velha do outro irmão de minha mãe, foi sequestrada, estuprada e assassinada uma hora após a conclusão de minha segunda cerimônia. Foi um sequestro aleatório e nenhum suspeito jamais foi preso. O saco de rugas ainda estava respirando, mas mais uma vez a corrente maligna acertou perto de casa. Nas palavras do falecido Bullwinkle Moose, “Agora vai!”

Esperei até o próximo dia propício, que se não me falha a memória, era a noite de Walpurgi, realizei a cerimônia novamente. Desta vez, não sei que diabos de cheiro ele estava seguindo, embora haja uma possibilidade interessante que explorarei mais tarde. Ela também não morreu dessa vez, embora eu pensasse que uma vez enquanto dormia no sofá. Respirar, aparentemente, é desnecessário nessa idade. Em profunda depressão, evitei responder a muitas mensagens telefônicas por cerca de dez dias, embora as escrevesse. Por fim, atendi o telefone de um amigo na Califórnia (eu estava no Missouri) e ele me disse que estava tentando entrar em contato comigo há dez dias. Ele me disse que seu ex-amante cometeu suicídio com algum tipo de dor. Aconteceu no dia seguinte ao meu ritual.

O interessante sobre isso é que esse jovem sempre afirmou que era psíquico. Uma afirmação à qual nunca prestei muita atenção, pois ele tinha um Q.I. aproximado de uma esponja.

Emrrabada Astral

O pano de fundo para isso é um incidente ocorrido cerca de um ano antes. Eu havia realizado uma evocação que, de muitas maneiras, foi um grande sucesso. A entidade atraída executou todas as tarefas claramente definidas ao pé da letra, mas não foi embora. Em vez disso, divertia-se comigo e, para minha surpresa, com pessoas conhecidas minhas e pessoas conhecidas delas. Este não é o lugar apropriado para relatar na íntegra os fenômenos poltergeist recorrentes e outras coisas mais estranhas, que continuaram por oito meses inteiros. Uma coisa que aconteceu antes voltou a me assombrar ao ser informado do suicídio mencionado. Certa noite, recebi um telefonema quando estava indo para a cama. Era meu amigo. Ele parecia em pânico e disse que havia algo no apartamento.
Ele descreveu ter visto uma figura, como uma figura tridimensional independente de um homem, feita de fumaça preta nebulosa. Eu mesmo já tinha visto algo assim anos antes durante um experimento em Santeria (descrito em Urban Voodoo) e conheci outras pessoas ao longo dos anos, algumas sem nenhum envolvimento com o esotérico ou ocultismo, descrevendo coisas semelhantes. Mais recentemente. Sex and Rockets, a biografia de Jack Parsons, contou sobre uma aparição semelhante conjurada por ele e um grupo de companheiros de viagem (incluindo L. Ron Hubbard) em seu grupo mágico Crowleyano na Califórnia na década de 1940. Então, sentindo-me um pouco arrepiado neste ponto, perguntei-lhe se ele tinha algum alho (bem, o que eu deveria fazer?) os móveis voavam pela sala.
Algum tempo depois da meia-noite, o telefone tocou. Embora os sofás não estivessem voando, era óbvio por sua quase histeria que algo havia acontecido. Ele disse que estava na cama, no escuro, quando sentiu a pressão de um corpo contra o seu por trás, e presumiu que fosse o namorado. De repente, sem preliminares ou lubrificação de qualquer tipo (grosseira, no mínimo) ele foi penetrado por um membro masculino muito grande, movendo-se muito rápido. Ele gritou de dor e se debateu na cama. Ao fazer isso, ele tocou o namorado que estava do outro lado da cama. Ele congelou de terror e o “homem” desapareceu. Outros amigos me ligaram do nada durante aqueles oito meses com outras histórias estranhas, a maioria não tendo interesse nessas coisas, mas me ligavam porque eu tinha. Lentamente cheguei à estranha conclusão de que, quer o “espírito” pudesse ler minha mente ou não, ele era capaz de rastrear minhas associações. Foi o Dr. Hyatt quem primeiro me induziu a essa ideia, pois algo desagradável também aconteceu com ele (não, nenhuma emrrabada astral) que ele atribuiu ao meu trabalho “bem-sucedido”. Desde aquela época, li alguns dos livros mais antigos sobre o envolvimento com inteligências não humanas, desde Dion Fortune (essa magista que tem muito a dizer direto é muito inteligente sobre o assunto, talvez por ser psicóloga) até pesquisadores psíquicos do século XIX em diante, que examinaram pessoas que fizeram tais alegações de contato. A massa de comentários modernos sobre essas coisas de “mágos” é uma mistura de referências ineptas de Crowley ao inconsciente junguiano (apesar de suas afirmações, ele não sabia nada sobre psicologia, exceto o da manipulação, que provavelmente aprendeu com seu pai pregador) usado para explicar por que seu amigo imaginário inicial não pode fazer nada por você no mundo real.)

Os Crimujos

Muitas das coisas que nos matam desnecessariamente são normas culturais inquestionáveis e superstições que são aceitas como realidade, embora muitas delas possam ser facilmente verificadas. Entre os primeiros – e mais freqüentemente mortais – estão o suposto valor das relações familiares; o principal entre os últimos são os valores religiosos Cristãos, Muçulmanos e Judeus doravante referidos como Crimujos pela sonoridade.

Outras coisas são as que têm um cheiro sobrenatural para eles. Essas são as coisas nas quais a cultura ocidental não quer que você acredite, mas são reais e reais o suficiente para matar. Refiro-me às histórias bizarras no início deste ensaio. Um dos grandes mitos da sociedade européia e de seu enteado retardado, a América, é que as maldições (ou feitiços de boa sorte) só funcionam se a pessoa a quem são dirigidas acreditar nelas. Existe um fenômeno psicológico — formulado por volta dos anos 1940-60 — chamado “Morte Voodoo” ou Efeito Nocebo que envolve a morte de uma pessoa que foi informada de estar sujeita a uma maldição de morte. Eles são informados, de uma forma ou de outra, e o sistema nervoso autônomo reage a tal ponto que os mata.

Infelizmente, como já foi apontado muitas vezes, em uma sociedade que acredita na magia, qualquer um que descobrisse que está amaldiçoado procuraria imediatamente outro mago para neutralizar o feitiço. Caberia, portanto, ao feiticeiro manter seu trabalho em segredo. Há também um velho ditado nas ilhas do Caribe que diz que não há alvo mais fácil para um feitiço do que um homem branco que não acredita em magia. Deve-se dizer, no entanto, que em lugares como o Haiti, ou em comunidades onde se pratica a Santeria ou a Macumba, às vezes ambos os métodos são usados.
Entre a pequena minoria de “wiccans” ou “crowleyitas” que conheci que genuinamente praticavam magia para influenciar eventos em tempo real, aqueles que falaram abertamente sobre seus experimentos confirmaram que as regras básicas da bruxaria, que são idênticas em todo o mundo, mundo, parecem ser verdadeiras. Informar seu alvo sobre o feitiço não é uma delas.

Amante imprestável

Certa vez, tive um amigo que nutria um amor não correspondido por uma jovem. Ele soube do meu interesse por magia (eu já era co-autor de Urban Voodoo e ganhei o apelido de “Voodoo” de meus amigos locais. Sem respeito nenhum.) e me pediu um amuleto de amor. Eu já havia trilhado esse caminho antes e sabia o que ele poderia trazer, mas fazê-lo por outra pessoa, especialmente alguém tão equilibrado, parecia certo. Além disso, eu estava interessado no experimento.

Eu preparei um talismã de um dos grimórios tradicionais, apresentei a ele em uma reunião pré-combinada e disse a ele como usar e como consagrá-lo com seu próprio sangue. Ele deveria colocá-lo em algum lugar onde ela pudesse passar por ele ou ficar muito perto dele diariamente. Essa foi a última vez que o vi em quase seis meses. Quando o vi novamente, ele parecia um pouco ansioso demais para me ver. Ele me disse que plantou o talismã entre o colchão dela e as molas da caixa depois de seguir minhas instruções e esperou pelos resultados. (Ela estava morando com ele quando lhe dei o talismã, mas não o “amava”, tinha seu próprio quarto e estava prestes a partir.) A princípio, disse ele, os sentimentos dela não apenas reviveram, mas ela disse ela estava perdidamente apaixonada por ele. As coisas correram bem por cerca de três meses e depois ficaram estranhas. Ela tornou-se cada vez menos interessada em sexo, mas ainda manteve seu intenso amor por ele. Por fim, ela disse que não queria mais fazer sexo, mas que o amava e queria ficar com ele. Ele tinha certeza de que ela não estava saindo com mais ninguém. Ela não tinha intenção de sair ou de deixá-lo ver mais ninguém. O que ele deveria fazer? Recupere o talismã e destrua-o, respondi. Ele não podia. O quarto dela tinha sua própria fechadura, e desde que ele a plantou, ele não teve uma única chance de pegar a maldita coisa. E essa foi a última vez que ouvi falar disso. Eu o questionei cuidadosamente, e ele nunca disse nada para a garota.

O cara que assustava Hitler

As sementes do fascismo foram plantadas durante a inquisição. Mas mesmo sendo o nacional socialismo um fruto gordo da cultura Crimuju, o envolvimento nazista com o ocultismo tornou-se lendário desde a publicação de O Despertar dos Mágicos no início dos anos 1960 e The Spear of Destiny uma década depois. O primeiro livro é um exame sincero da estranheza histórica por dois franceses com formação em ciência; o segundo, no qual eu queria muito acreditar quando o li pela primeira vez, tem uma quantidade muito grande de porcaria misturada com história autêntica. A proporção de lixo para o fato, acabei descobrindo, era tão grande que um crítico experiente declarou que era um romance. Mas voltando aos verdadeiros nazistas. Em uma das histórias mais famosas contadas sobre Hitler, ele é citado como tendo dito: “O super-homem já existe. Eu o vi e tive medo”. Ele também acordava aterrorizado à noite, chamava um atendente e apontava para um canto vazio da sala e ofegava: “Aqui! Lá! Ele está lá! Você o vê?” Ninguém nunca parecia estar lá. Se alguém pesquisar as evidências da interação humano-não-humano nos vários campos do pensamento, da religião à periferia da ciência, aos relatos em primeira mão de conhecidos (que, se você começar a divulgar seu interesse, descobrirá que são alarmantemente numerosos) torna-se muito convincente. Também acrescenta uma perspectiva assustadora sobre alguns segmentos da história, como a da Alemanha nazista e a guerra religiosa em que começamos a nos envolver  novamente.

Nossa cultura Crimuju teve um milênio para aperfeiçoar as defesas verbais contra o tratamento de qualquer coisa do além que possa se comunicar – exceto seu amigo imaginário Jesus. Em épocas anteriores, havia retribuições físicas, mas agora elas foram em sua maioria internalizadas. No entanto, se prestarmos atenção, fica claro que mesmo a mais vazia das religiões, o Cristianismo, tem em seu seio pessoas que tiveram o que parecem ser contatos genuínos com uma coisa ou outra. A maioria, porém, está apenas tendo colapsos nervosos.

Drogas, Detergentes e Hipnose

Embora o uso de drogas para realizar tal coisa possa, com alguma justificativa, ser questionado nos tempos modernos, há pessoas cujas opiniões devem ser levadas a sério. Um dos mais notáveis é o falecido Dr. John Lilly, cujos experimentos com botos o tornaram mundialmente famoso. Mas antes de Flipper, houve outros experimentos com drogas que alteram a mente. Esses eram experimentos genuínos, não a gíria “experimento” como em “experiência sexual” ou “experiencia religiosa”.foi educado em uma tradição que até então considerava justificável que um pesquisador testasse uma droga experimental em si mesmo. Agora, até onde eu sei, isso é totalmente proibido. Em todo caso, ele estava em um quarto de hotel uma noite e se preparava para injetar em si mesmo qualquer droga cujos efeitos ele estava tentando codificar. O que era isso não é importante, pois ele pegou a seringa errada ou se esqueceu de prepará-la. Ele injetou em si mesmo o que descreveu como “espuma de detergente”. Se isso é literalmente o que era, ele teve sorte de não ter uma embolia! Mas aquilo o mandou para um lugar muito ruim, possivelmente perto da morte. Mas bem no auge (ou nadir) da experiência, ele entrou em um estado de calma – a sala desapareceu ao seu redor e ele se viu em uma câmara, ou espaço, onde dois seres estavam diante dele e se identificaram como alienígenas.  Depois de uma conversa com eles (que você pode ler por si mesmo em The Center of the Cyclone), ele acordou, com algum desconforto físico, mas fora isso tudo bem. Poderia ser descartado facilmente como uma alucinação induzida quimicamente, mas Lilly, um observador treinado, admitiu em seu livro que não tinha certeza. Após consideração (e foi algum tempo entre os experimentos e a redação do livro), ele disse que tinha qualidades únicas que não havia experimentado no LSD ou em outros produtos químicos e, portanto, considerou a possibilidade de que, de alguma forma, por algum motivo, fosse real. Uma coisa corajosa para um homem com uma reputação profissional a proteger para dizer na imprensa.

Além disso, há Terrence McKenna, um homem considerado um especialista em cogumelos psicodélicos também afirma ter conversado com alienígenas (ou algo assim) enquanto estava sob a influência. Eele sugere que as plantas psicodélicas podem ter dado um impulso ao desenvolvimento do cérebro do homem primitivo. Elas ainda são usados sacramentalmente em muitas religiões. Ele também aponta que os animais (por exemplo, cavalos) são conhecidos por procurar deliberadamente plantas como a datura. McKenna também afirma que a experiência psicodélica foi muito mais importante no desenvolvimento da história humana do que geralmente se acredita. Isso, é claro, é em parte devido à natureza dos historiadores e em parte devido a uma vasta ignorância das fontes orgânicas das próprias substâncias ao longo de grande parte da história ocidental – exceto para sociedades secretas como as bruxas (as verdadeiras, não as imitações modernas) e aquela a que teria pertencido o pintor Hieronymous Bosch. O que, no caso dele, explica muita coisa.

Já entramos em uma era há muito prevista pelos chamados “futuristas” de uma lacuna crescente entre aqueles com conhecimento – “gnose” no sentido mais amplo – e o rebanho comum. Essa lacuna sempre existiu, mas agora, graças à explosão do computador, está nos estágios embrionários de produção de uma sociedade violentamente dividida. Não estou falando de tumultos nas ruas, embora isso também possa acontecer. Refiro-me a uma crescente hostilidade de classe motivada por algo além da economia (embora haja um elemento importante disso), mas por uma hostilidade instintiva que pode se transformar em crime em nível individual, e a percepção muito correta de que o mundo está caindo aos pedaços. Estou me referindo aqui principalmente aos religiosos, mas isso se aplica até mesmo aos totalmente irreligiosos, cuja visão das coisas está presa a um tempo já passado. Isso é exemplificado por aquela tríade de estupidez, os Crimujos. Aqueles que desejam sobreviver, ou mesmo prosperar, neste ambiente devem adotar proativamente atitudes e tecnologias para a vida que talvez não desejem que seus amigos, familiares e vizinhos conheçam.

Entre eles estão medicamentos “alternativos” (que muitas vezes significam “estrangeiros”) e métodos de manutenção corporal que o médico de clínica geral pode desaprovar (nunca conheci pessoalmente um médico de família que soubesse de nada além de vitamnia B-12, mas Eu sei que eles estão por aí) estão a Ioga e auto-hipnose (a existência desta última ainda é negada de maneira nitidamente paranóica por alguns médicos). Ambas têm amplo histórico de pesquisa ocidental, a da hipnose remontando ao final do século XVIII. Tendo praticado ambos por vinte anos, posso atestar o fato de que dizer é mais fácil do que fazer, e há poucas atividades que demonstrarão o quão completamente você já está hipnotizado do que começar essas técnicas. Uma excelente história geral da hipnose pode ser encontrada em Trance por Brian Ingliss (Paladin, 1990).

Sexo, Esperma e Sangue

A disciplina, NÃO a repressão, do sexo é algo que mesmo as pessoas que conheci que são mais entusiasmadas sexualmente do que o normal acham quase impossível de fazer. O uso do sexo, em conjunto com ioga e atividades rituais, produz resultados surpreendentes muito além do físico, mesmo além daqueles que poderiam ser considerados fenômenos “kundalini”. Eu tive – e conheço outros que tiveram – experiências que só poderiam ser descritas como paranormais em conjunto com a adição sexual ao ritual. Não se engane, esses esforços não são “divertidos”. Elas requerem a abstenção do orgasmo por parte do homem ou a concentração em uma imagem ou objetivo durante o orgasmo. Também requer agendamento de acordo com requisitos astrológicos e rituais, o que mata toda espontaneidade. Há esboços de tais práticas em Pacts With the Devil (Black & Hyatt, New Falcon) e nas técnicas sexuais “secretas” de Aleister Crowley, bem como em Secrets of Western Tantra (Hyatt, New Falcon) e Tantra Without Tears (Hyatt & Black, New Falcon). Em referência especificamente à técnica de sexo “secreto” de Crowley (na realidade, um método tantra hindu padrão), um casal heterossexual faz sexo da maneira que quiser, mas o orgasmo deve ser obtido com o pênis inserido na vagina. Durante o clímax, ambas as partes devem visualizar o resultado desejado (embora Crowley admitisse ter praticado essa técnica sem que a parceira soubesse), e o homem então consome seu próprio esperma como um sacramento. Crowley erroneamente identificou isso como alquimia. Foi comentado que isso era, na realidade, uma expressão da homossexualidade de Crowley (durante a magia sexual homossexual, Crowley aparentemente desempenhou o papel passivo). Qualquer prostituta experiente provavelmente concordaria. Enquanto comer o próprio esperma de uma vagina que acabara de transar, é provável que em sua imaginação estivesse consumindo o esperma de outra pessoa. Existem, é claro, métodos de magia sexual homossexual. A técnica básica descrita acima pode ser adaptada com alguns floreios. Ignorando o escândalo de consumir seu próprio esperma, o uso primário de fluidos sexuais e, de fato, sangue em magia sempre foi a consagração de talismãs.

Boquetes Vampíricos

Tanto o sangue quanto os fluidos sexuais são considerados vetores da força vital. Como tantas coisas na magia, isso às vezes é considerado simbólico – mas pode ser literalmente verdade, já que sangue e sêmen são quimicamente parecidos, o que pode explicar o uso de sexo oral no vampirismo tântrico. Nesta prática, a pessoa que realiza a atividade oral se abstém do orgasmo e se concentra na força vital que entra em seu sistema e permanece lá. Embora o vampirismo seja decepcionantemente mais difícil na realidade do que nos filmes, alguns fenômenos distintamente estranhos parecem conectados a ele. As poucas pessoas que conheço que tentaram isso (isto é, aquelas em cujas histórias confio) descreveram estados físicos e psíquicos desconfortáveis e, às vezes, reações estranhas em seus parceiros sexuais, aparentemente incluindo contato telepático indesejado. Raramente recebiam os benefícios desejados. Parece haver um verdadeiro segredo para isso que provavelmente pode ser encontrado em textos tântricos e taoístas difíceis de encontrar.
A história mais clássica que conheço veio de alguém que era um estudante de ocultismo e veio para o sul da Califórnia no final dos anos 1970.

Selecione o dia e a hora apropriados para o trabalho (a hora varia de dia para dia; as informações necessárias podem ser obtidas na tabela em pactos com o diabo da maioria dos grimórios clássicos), prepare quaisquer ferramentas, talismãs ou altar necessários e em seguida, comece com um período de raja yoga (ou a técnica de transe equivalente) e, em seguida, execute qualquer ritual que você decidir ser apropriado. Pode ser algo como uma Missa Negra. Quando chegar a hora da parte sexual, você pode fazer uma pausa e usar qualquer meio necessário para se excitar. Se isso significa assistir programas de culinária feitos por velhinhas charmosas, que assim seja. O orgasmo não deve ser o fim do ritual, que deve terminar com dignidade — com TV desligada. Se as regras forem seguidas, os fenômenos associados (se ocorrerem) raramente terão uma reação negativa. Deve ser repetido, no entanto, e para qualquer objetivo sério; cerca de um mês, o ritual sendo realizado pelo menos duas vezes por semana. Uma desvantagem; seu talismã pode ficar um pouco encardido.

O uso ponderado e focado de fantasias para libertar-se das normas ambientais, hentai, pornografia, estranhos filmes antigos, pode ser usado em conjunto com técnicas tântricas e auto-hipnose com grande efeito. Por exemplo, ligue no The Today Show ou seu jornal noturno favorito e se masturbe enquanto assiste na Katie, seu convidado ou ambos. Este exercício é terapêutico para homens e mulheres. Se você estiver fazendo este exercício com um amante ou cônjuge, não deve haver coito. Vocês dois devem se concentrar na Katie. Katie é Kali.

Os de fora

O mito de “algo de fora “voltando para nos pegar – ou nos ajudar – parece sempre voltar a baila na história. Isso tem sido extremamente fortalecedor, tanto em suas formas boas quanto más, para a mentalidade do Crimuju no século XX. O crescimento exponencial da psicose religiosa na América e no Oriente Médio é um excelente exemplo disso. Do outro lado da moeda, o mito do “alienígena” (seja ou não baseado em fatos) teve forte influência nas gerações recentes. O Cthulhu Mythos de H.P. Lovecraft, que começou como uma ficção elaborada por um escritor brilhante, evoluiu para uma religião oculta subterrânea que se expressa não apenas em livros sobre magia e ocultismo como os vários Necronomics falsos, mas em jogos de RPG, ídolos para adorar e sacrificar, um lugar no satanismo moderno e um subconjunto do Crowleyanismo, bem como filmes (a maioria, exceto The Dunwich Horror, muito ruins) e memes como “Cthulhu Wants You!” Este mito é mais ou menos baseado na velha rotina do Livro de Enoque/anjo caído, o que o torna, em um nível profundo, mais fácil de seguir do que o movimento neopagão originalmente esperançoso, mas no final das contas torno-se patético. Nesse estranho aeon Parentes e Ancestralidade são coisas completamente diferentes.

Como a maioria das pessoas que estão me lendo já rejeitaram o núcleo filosófico da sociedade atual, sinto-me à vontade para afirmar abertamente que o satanismo ou, mais propriamente, o luciferianismo, é o tantrismo no contexto cristão. É tudo o que resta do gnosticismo da Igreja primitiva. Galhofa como era a Igreja de Satã LaVey era uma declaração aberta de desafio. Wicca e Crowleyanismo, dando a seus membros uma saída, permitiram que eles retornassem à sua programação infantil normal enquanto alegavam rejeição. Mas o objetivo principal de quase todos os sistemas esotéricos de autodesenvolvimento é a superação do treinamento de famílias incompetentes. Aborto, manipulação genética e mudança cerebral são métodos justificáveis para usar na luta pela antinomia. Infelizmente, esse esforço muitas vezes leva a maior parte de uma vida inteira.

Finalmente, para citar, ou citar incorretamente, ou algo assim, uma observação recente do Dr. Hyatt: “A mudança cerebral é a única maneira de escapar de sua programação. Danos cerebrais são alterações cerebrais. Portanto, o dano cerebral é bom.”

Então vá em frente, compre aquele novo plug anal, pegue aquele 1,5 litro de vodca e pense na Katie. Ah, e se você é judeu, aqui está algo muito fácil. Saia para jantar com alguns membros mais velhos de sua família e peça carne de porco.

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