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Experiências Psíquicas além da Cortina de Ferro – Parapsicologia na União Soviética

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O ocidental comum junta tudo o que não aprendeu a definir como espiritual ou científico numa grande cesta e depois corta em pedacinhos, para ajustar às suas preferências. Quando surgem assuntos que não parecem se encaixar em uma explicação pragmática ou espiritual, simplesmente nega sua existência.

Assuntos como esses que antigamente eram tratados como metafísica, hoje são simplesmente “psíquicos”.

Diferentemente do que dicionários classificam como “psíquicos”, e diametralmente opostos a eles, os assuntos que aqui serão discutidos são em todos os sentidos, não somente susceptíveis de observação científica, como de investigação tecnológica. Todos eles foram investigados na União Soviética.

Quando, em 1959, o submarino atômico Náutilus da marinha americana atravessou submerso o gelo da calota polar ártica, um jornal francês noticiou que cientistas americanos haviam feito experiências bem sucedidas de contato telepático com base naval nos Estados Unidos, estando separados por milhares de quilômetros de distância e debaixo de uma centena de metros de gelo. A marinha americana negou veementemente que tal fato tivesse acontecido, veemência já por si só suspeita.

Este fato, entretanto, não passou despercebido aos cientistas russos, que já naquela época vinham fazendo algumas experiências, principalmente procurando utilidade prática, inclusive militar, para alguns conhecidos videntes e médiuns dentro da Rússia.

Enquanto o mundo ocidental ridicularizava até pesquisadores eruditos sérios (exemplo, o Dr. J. B. Rhine, o primeiro a utilizar a palavra “Parapsicologia”), na União Soviética cientistas ilustres, físicos, químicos, filósofos, sociólogos, usando dinheiro público, iniciavam estudos profundos nessa ciência psíquica, ocidentalmente desprezada.

Em 1967 a telepatia pulsou em código entre Moscou e Leningrado, enquanto um sofisticado equipamento da idade espacial controlava o cérebro do receptor. Dizem os cientistas soviéticos que foram capazes de decifrar a mensagem com a ajuda das máquinas; dizem que foram capazes de transmitir palavras telepaticamente de uma mente a outra numa distância de 640 quilômetros.

Em outras partes da Rússia, revistas técnicas e universidades relataram coisas ainda mais surpreendentes do que a telepatia verificada por computadores. Publicaram fotografias de belas luzes coloridas que tremeluziam sobre o corpo humano e em torno dele. Seria esta a “aura” de que os médiuns falam há tanto tempo? “Acendem-se chamas elétricas, depois luzes azuis e alaranjadas. Grandes canais de clarões resplandecentes, roxos, ígneos. É fantástico, fascinante, um jogo misterioso — um mundo de fogo!” – bradavam cientistas geralmente circunspectos. De acordo com os soviéticos, eles inventaram uma máquina que permite a qualquer um ver a aura lendária e colorida, normalmente visível apenas para os médiuns.

No Báltico, geólogos soviéticos caminhavam com varas hidroscópicas; nos Urais fizeram experiências com a visão sem olhos; junto do Mar Negro estudaram as mãos de um médium curador. A parapsicologia, que dez anos antes não existia, entrou a florescer, de repente, em toda a URSS.

Uma cadeia inverossímil de acontecimentos levou as autoras da obra citada, durante um período de três anos, a enredar-se nesse pasmoso renascimento da pesquisa psíquica num país comunista. À parte os livros, artigos, peças e poesias que cada uma delas escrevia em campos muito diferentes, durante vários anos escreveram artigos sobre a União Soviética. Uma delas percorrera extensamente a Rússia em 1961 numa excursão de estudantes graduados. Seus artigos não focalizavam a política da Cortina de Ferro, mas a vida por detrás das cortinas de rendas da Rússia de todos os dias. Se a coexistência com os soviéticos era necessária, parecia-lhes razoável tentar conhecer alguma coisa a respeito deles.

Nos jornais e revistas soviéticas puderam encontrar um material sumamente insólito sobre a vida na Rússia — artigos sobre fenômenos psíquicos. Cientistas soviéticos perguntavam publicamente: Que é o homem? Possuímos, acaso, potencialidades não usadas e não sonhadas? Poderá a parapsicologia derreter as barreiras e criar o ser humano supernormal? Tais eram as fascinantes perguntas que se liam nas publicações soviéticas.

Em 1966 a prestigiosa revista Ciência e Religião publicou um número especial, o N.° 3, sobre as pesquisas levadas então a cabo na Rússia, no campo da telepatia. Soviéticos notáveis reclamavam novas investigações nesse campo. Entre eles figuravam: o Dr. Nikolai Semyonov, detentor de um Prêmio Nobel de Química e vice-presidente da Academia de Ciências da URSS; acadêmicos como o Dr. M. Leontovich, o Dr. A. Mints, o Dr. P. V. Rebinder, importante físico-químico; o Dr. Gleb Frank, diretor da “Cidade da Ciência” de Puschino, perto de Moscou. Filósofos marxistas manifestaram-se com clareza meridiana. “Todos os que criticam a pesquisa sobre a telepatia estão apenas utilizando o marxismo-leninismo para amparar o seu conservantismo científico. Todos os que colocam obstáculos no caminho do progresso científico deveriam pagar por isso”, trovejou o Dr. V. Tugarinov, chefe do Departamento de Filosofia da Universidade de Leningrado.

Parapsicologia na União Soviética

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