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Magia do Caos

Ritual de Vênus

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Para ser atraente para outra pessoa devemos oferecer a ela algo que reflita um pedaço de si mesma. Quando a oferta é recíproca, podemos fazer nascer àquele senso mútuo de complementaridade que é então celebrada o mais rápido possível com a intimidade física. Na maioria das culturas, é convencional que em público o homem demonstre ser ‘durão’, enquanto a mulher apresente-se como mais delicada. Mas em um encontro sexual, cada um buscará revelar os fatores escondidos; o homem tentará mostrar que pode ser compassivo e vulnerável sem deixar de ser poderoso e a mulher revelará sua força interior e a personalidade por trás dos sinais externos de receptividade passiva. Personalidades incompletas, como aquelas que são profundamente machistas ou algo do gênero, nunca são sexualmente atrativas a ninguém, exceto no sentido mais efêmero.

Desta forma, os filósofos do amor identificaram que uma certa androginia em ambos os sexos é um componente importante da atração. Alguns tiveram a licença poética de expressar o gracioso ideal de que o homem tem uma alma feminina e a mulher uma alma masculina. Isto reflete o truísmo de que para ser atrativo aos outros você deve primeiro ser atrativo para si mesmo. A meditação seguinte pode ser lida em grupo, ou gravada para uso pessoal, e foi criada para evocar uma apreciação da beleza e da força de sua androginia pessoal.

Declaração de Intento: É nossa vontade alcançar Consciência e Atração Andróginas.

A jornada Venusiana

Comece esta meditação numa posição confortável, deitado. Respire profundamente e uniformemente, por alguns momentos.

Em sua mente dê um passeio noturno na floresta, onde acontecerá uma pequena alquimia psíquica. Abra seus olhos astrais e descubra-se num caminho largo, coberto de folhas e iluminado pelas estrelas. É uma noite cálida e perfumada e a luz das estrelas brilham entre as folhas e os galhos das árvores.

Levante-se, caminhando através deste largo caminho entre as árvores da floresta. A noite está calma e carregada com a essência de jasmim.

Você entra numa pequena clareira iluminada pela luz prateada das estrelas. De pé em seu centro está uma perfeita reprodução viva de você mesmo, à sua espera. Aproxime-se de você mesmo como se você fosse um amante.

Ponha suas mãos nos ombros de seu amante e beije seus lábios.

Enlace e abrace seu amante. Sinta seu corpo pressionado contra o seu.

Tire as roupas da parte de cima do seu amante. Acaricie suas costas e incline-se para beijar seu peito.

Ajoelhe-se e remova as roupas da parte de baixo do seu amante. Acaricie suas coxas e suas nádegas.

Beije seu amante entre as pernas.

Deslize suas mãos pelas pernas de seu amante e beije seus joelhos.

Continue até seus pés e beije-os.

Olhe para cima, dentro dos olhos de seu amante, e diga em pensamento:

“Com o beijo quíntuplo eu te adoro, pois és belo e prazeroso a meus olhos”

Levante-se e olhe seu amante, dizendo em pensamento:

“Eu adoro o deus e a deusa dentro de ti”

Incline-se para dar adeus a seu amante. Continue seguindo o caminho estrelado, até o outro lado da clareira.

Você entra em outra clareira. De pé em seu centro, iluminado pelas estrelas, está o seu parceiro perfeito, sua suprema fantasia de amor.

Repita os procedimentos anteriores.

À medida que você anda na direção da próxima clareira, você se torna ciente de que foi estranhamente transformado. Olhe para si mesmo, você agora está nu e seu corpo transformou-se no de seu amante imaginário. Enquanto você dá seus últimos passos em direção à terceira clareira, sinta as diferenças em si mesmo, agora que você se tornou a imagem de tudo que desejou. Você entra em uma pequena clareira pela luz de uma estrela prateada e de pé em seu centro está uma perfeita reprodução viva de seu eu original, esperando por você. Aproxime-se como se fosse um amante.

Repita os procedimentos anteriores.

Deite-se no caminho, feche seus olhos astrais e reveja, por alguns momentos, o que você experimentou. Em alguns instantes, você estará de volta ao templo, totalmente vestido.

Assim termina esta jornada Venusiana.

por Peter Carroll

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