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Magia do Caos

O Que é Mágia Do Caos? – Caos Instantâneo parte 2 de 12

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As palavras ” Magia Do Caos” reverberam em mistério e intriga. É claro que isto foi intencional da parte daqueles que originalmente criaram o termo. Entretanto, é importante recordar que quando Gerald Gardner subiu com sua reconstrução do Paganismo Europeu na década de 1950 e chamou isto de “feitiçaria” ele estava perfeitamente atento ao efeito certo que aquele termo poderia trazer aos seu contemporâneos. Nesta época, não há nada mais interessante do que tocar o “proibido” se você deseja intrigar as pessoas.

O rótulo de “Magia Do Caos” sofre de dois obstáculos inerentes. Primeiro, as conotações “cyberpunk” do termo que tende atrair algum daqueles tipos misantrôpicos que foram atraídos ao rótulo “Satanista” por razões parecidas. Eles vêem isto como alguma espécie de “Satanismo Lite,”. Esta subclasse humana se acostumou a usar o termo “bruxa” ou “feiticeiro” para se descrever antes da aparição do termo ” Magia Do Caos” vir a se tornar moda. Quem uma vez pintou pentagramas em suas jaquetas de couro pretas e se auto denominava “feiticeiros” têm mudado agora para a “estrelas de oito raios” e estão chamando a si mesmos ” Magos Do Caos”.

O segundo (e mais importante) obstáculo é que muitas idéias inerentemente da Magia Do Caos desafiam descrições. Isto é altamente pessoal e experimental por sua natureza. Até mesmo quem reclama praticar, é duramente pressionado ao definir o que é isto, e exteriorisar sua própria versão pessoal. Mas isto não é simplesmente uma ” feitiçaria eclética”, embora seus métodos certamente sejam ecléticos. Isto pode ser unicamente definido pelo uso de certos pensamento comuns entre aqueles que clamam praticar isto, e até mesmo dentre aqueles que pensavam estar somente “fazendo sua própria magia” e nunca soube que isto tinha um nome.

Magia do Caos é temerosa, potencialmente perigosa, e portanto altamente compelida( compelir = obter a força). É ” a magia que não será barrada”. A regra é que não há regras, além disso você trabalha para você e usa o que puder e quiser para efetuar sua vontade, enquanto se evita ficar obtendo tudo o tempo todo do mesmo modo. A ameaça e fascinação dos muitos conceito de “caos” mentem sobre o poder da Magia do Caos. Não existe um caminho para descrever com exatidão a Magia do Caos, como ninguém pode com exatidão descrever o Tao. “O Tao que pode ser descrito não é o Tao Absoluto”, como disse o velho sábio. Num caminho, Eu suponho que os Magos Do Caos sejam a ” sociedade secreta final”, em vez de ser forçado por algum juramento ou decreto isto já é inerente da própria Magia Do Caos.

Então por quê isto foi chamado de Magia Do Caos? Bem, consenso geral, certamente nada mais que isto! Uma vez que isto é chamado “magia” , todos gostam de outras formas da Artes Mágicas, que procuram afetar o curso de eventos por meios paranormais. Ação à distância. Eventos que desafiam as causas lógicas. Estados alterados de consciência. Conhecimentos arcanos. Força. Êxtase. Mas o que fez isto Magia do Caos? (Ou “magick” — escolha a pronúncia que aprovar.) Isto pode ser impossível de se descrever diretamente, mas eu posso oferecer algumas opiniões. Há a suposição implícita da “aleatoriedade” e da natureza relativa da vida, do universo e tudo mais. O que nós somos e para onde vamos neste mundo de quantum de incerteza. A existência não pode ser completamente descrita por nenhuma religião ou outros sucessores como filosofia e ciência.

A matemática do Caos nos mostra que o que parece ser um fato aleatório ou um fato caótico teve na verdade uma alta ordem que pode ser percebida através de uma grande perspectiva . O Caos nos dá ascensão para nossa própria realidade. Isto é a tendência para matéria tomar forma e talvez uma inteligência par. Segundo o Dicionário Inglês Oxford, a palavra “caos” tem origem grega. Seu significado original foi: “um vasto golfo ou fenda; o abismo, espaço vazio, escuridão infinita, o primeiro estado do universo.”

Em Português , isto foi refinado como “o vazio disforme da matéria primordial, a ‘grande fenda’ ou ‘abismo’ do qual o cosmos ou estrutura do universo foi desenvolvido.” A moderna interpretação popular da palavra como um sinônimo para “desordem” é recente e é algo desprovido de desenvolvimento. Ambos, ordem e desordem são a mesma manifestação do Caos Original. O significado original teve mais em comum com que o misticismo oriental chama de Tao. Eu não penso que isto foi acidental de modo algum. Assim nós Caoistas chamamos esta conecção primitiva de “Caos”, em vez de “Deus” ou algum outro nome tradicional para remover quaisquer idéias do antropomorfismo de alguma coisa que é assim totalmente sobre humana por ser tão desafiador para a compreensão — no mínimo, por meios intelectuais. Outra razão por detrás do nome está em muitos daqueles modernos conceitos da Teoria do Caos que podem gerar uma interpretação metafísica.

Por Exemplo, é óbvio que vários sistemas ocultos têm muitos fatores em comum. Na Teoria do Caos, existe uma coisa chamada de “atrator estranho”, um certo tipo de coerência que aparece em qualquer sistema turbulento. Matematicamente falando, isto representa meramente uma certa quantidade de números que tendem a cair dentro de um conjunto reciclado de valores, quando certas fórmulas são aplicados. O que faz isto mais que um mero jogo de aritmética é que quando foram permitidos aos computadores continuarem interminavelmente a executar cálculos e mais cálculos, certos modelos geométricos emergiram para nossas percepções, indicando vários fenômenos mundiais. Entretanto, isso pode ser usado como ferramenta para fazer previsões (neste caso, como sistemas turbulentos ), que eleva isto para o reino da ciência — onde é propriamente referido como Dinâmicas Não-lineares.

Um bom exemplo de um atrator estranho no mundo físico é um turbilhão; dado as condições corretas, isto subirá em correntes de ar, correntes de água, tempestades de areia — Do Grande Ponto Vermelho de Júpiter ao ralo de dreno de sua banheira. Mas apesar do meio, um futuro turbilhão sempre assume um modelo parecido. Para aplicar este conceito ao oculto, assume-se que qualquer dado “sistema mágico” é um meio em que certos modelos (práticas, conceitos, fórmulas, etc.) emergem — atratores estranhos — aquela vontade é surpreendentemente parecido para todos.

Em termos mágicos, um atrator estranho poderia ser, projeção astral, ou centros de energia alinhados ao longo a coluna vertebral. Ou a interação com inteligências não-corpóreas (deus, demônios, espíritos, etc.) Uma espécie de modelo que sempre parece surgir independente do sistema de crença particular que acompanha as técnicas reais. Fatores Comuns surgem nos mais variados cenários dogmáticos Dentro deles todos põe o ” Atrator Estranho” que pode ser colhido do fundo de muitos simbolismos arcaicos e ser colocado em uso por um mago astuto.

Magos do Caos esperam estas condições usuais dentro de sistemas aparentemente diferentes como vestígios de um fator implícito que pode ser desnudado de seu simbolismo desnecessário se desejado e colocado em uso diretamente com qualquer conjunto de símbolos escolhidos a mesma prática, mas com outra roupagem ou até totalmente nua. A intenção é revelar as técnicas práticas que estão sendo enfeitadas por decorações externas , este simbolismo é uma expressão pessoal de Arte. Magia do Caos tem aplicado tais conceitos artísticos como pós-modernismo e desconstrucionismo ao estudo do oculto, e tem alcançado algumas visões notáveis, particularmente a idéia que todos sistemas de magia são socialmente derivados e culturalmente influenciados. Isto não é uma acusação, mas simplesmente um reconhecimento dos fatos.

Em termos culturais, Magia do Caos pode ser descrita como a vanguarda da prática esotérica Ocidental. Diferente dos seus predecessores, isto envolve mais espontaneidade e evita uma estrutura rígida de rituais e procedimentos. Também explora as técnicas de xamanismo e feitiçaria, algumas das muitas coisas que as tradições da magia Ocidental têm sempre tendido a evitar como existências “inferiores”. Isto é influenciado por integrar muitas tendências culturais modernas, tal como cyberpunk, pos-modernismo e desconstrucionismo. Os Caoistas querem também integrar muitas das teorias correntes na ciência , filosofia, física quântica, sincronicidade e, certamente, na teoria do caos com fenômeno oculto.

Há influências pares da história oculta, tal como Aleister Crowley, Austin Osman Spare, Taoismo, Budismo Tibetano, muitos formas de xamanismos nativos e do mesmo modo certa dose de ficção científica e escritores de fantasia, tal como de H.P. Lovecraft e William Gibson. Para citar um escritor, Peter Carroll: “Se você deseja uma linha de definição com que a maioria do Caoistas não poderiam discordar, então eu ofereço o seguinte: Caoistas usualmente aceitam a meta-crença que a crença em si mesmo é unicamente uma ferramenta para alcançar efeitos; e não um fim em si mesmo.” Meta-crença é um conceito importante em Magia do Caos. Está é a idéia de que a crença não e nada mais do que um estado psicológico da mente, e tal como, pode ser é manipulada pela vontade.

Crença pode ser deliberadamente auto-manipulada, embora tenhamos a força para formar nossa própria realidade, e às vezes a realidade de outras pessoas também. É o meio, não o fim; o veículo, não o destino. No Teatro da Magia, Ray Sherwin escreveu: “O [Caos] Mago não acredita em nada no sentido de ter fé. Ele experimenta praticamente tudo e retira de cada crença o que há de melhor . É fato que nós todos temos certas crenças orgânicas por motivo de conveniência. Você acredita que a cadeira que você está sentando é real — a maior parte do tempo. Isto não é entretanto um processo mental, mas antes disto orgânico ou instintivo sem o qual a vida poderia ser impossível.” .

A prática da meta-crença confere uma liberdade horrorosa e uma responsabilidade horrorosa. Praticar Magia do Caos envolve a adoção temporária de um sistema de crença obssessivo que leva em conta a possibilidade da magia em efetuar efeitos específicos, e então o abandono daquele sistema de crença com o termino do trabalho. Subseqüente, existem vezes em que pares de sistemas de crença contraditórios são adotados conforme a necessidade toma forma. Para fazer isto (e não ficar completamente insano) é de vital importância que nenhum conjunto em particular de crenças seja aceito como sendo o realmente verdadeiro.

Esta rejeição de absolutismo, presta contas a reputação sinistra da Magia do Caos no ocultismo moderno. Quase todos os renascimentos prévios de filosofia oculta, a pesar de sua reputação pública, tem sido maníacas sobre proclamação de seus “altos padrões morais.” Gerald Gardner, em seu ‘renascimento’ da Feitiçaria, formulou quase 200 “leis” morais para governar as atividades de seus seguidores, que até os dias de hoje nunca finalizaram a batalha para convencer o mundo de sua benevolência. Aleister Crowley e seus sucessores têm (agitado) o mundo do ocultismo , defendendo a máxima dos Thelemitas “Faze o que tu queres , há de ser tudo dentro da lei” como sendo o maior e ‘mais elevado’ sistema de moralidade.

Sendo ou não sendo este o ponto , deixemos de lado. Magia do Caos desvia a edição inteiramente; não há dogma ou doutrina “boa” ou “positiva” que interiorize padrões morais antes de obter os detalhes da técnica [acima do bem e do mal]. Quando você pratica Magia do Caos, você é que deve escolher o que é realmente “bom” ou realmente “mau”. Como resultado, Magia do Caos é magia sem limitações.

Magia do Caos não é um sistema novo, ou um ressurgimentos de sistemas mais velhos, ou qualquer espécie de sistema de qualquer modo. É uma nova atitude. É uma maneira diferente de olhar as Artes Magikas — como uma expressão de Arte acima de todas as outras considerações. Artistas geralmente são todos Iguais, mas Magos do Caos tendem a uma atitude de elitismo, uma grande parte da criação da Arte é a ocupação da excelência, e orgulho em suas criações.

Uma atitude elitista (enquanto isto é equilibrado com compaixão e não provém o fanatismo) é perdoável em qualquer Artista, pois sem isto nenhum grande trabalho da Arte poderia ser concebido. É fato que certos tipos misantrôpicos podiam se ligar a liberdade de expressão magica inerente em uma aproximação e usam isto para o detrimento de seus companheiros seres humanos , tal sociopata sempre encontrará um caminho para inflingir uma quantia igual de miséria nos outros, sejam praticando magia ou não. Eles são muitos inteligentes neste caminho. Magia do Caos não é “nova”, porque todo antigo adepto que buscou fora do sistema ou seu próprio caminho, foi herético, em efeito, respondendo ao chamado de Caos. Mas quando um sistema deixa qualquer caminho, quando livros sagrados são escritos, quando rituais e maneiras e moralidades são prescritas para “os seguidores,” isto então deixa de ser Magia do Caos. E tornasse o limbo que nós encontramos nos trilhos da Corrente do Caos .

Entretanto, isto não é o mesmo que simplesmente ir agarrando em qualquer coisa que aconteça na sua fantasia. Partes e vários pedaços de diversos rituais velhos e estruturas de crença, juntamente com um dado indivíduo é moldado dentro de um “sistema,” embora um indivíduo, isto não é outra Magia do Caos. Auto crença é auto crença, Meta Crença é Meta Crença são coisas diferentes embora parecidas.

Magia do Caos não é simplesmente um miasma de reformulações das velhas tradições mágikas com novas tendências e rótulos. Magia do Caos como comumente definida hoje derivada originalmente do trabalho de Austin Osman Spare e Peter J. Carroll. Ambos rejeitaram a maior parte da magia prática tradicional como sendo desnecessariamente complicada, culturalmente fanática e geralmente ineficaz, e adeptos de poderosas, mas perigosas técnicas de feitiçaria e xamanismo. Ambos também consideram que o ensinamento oculto tradicional esta empiricamente diluído em um sistema de moralidade, querendo fazer das religiões algo de fato real.

Spare foi o primeiro há desenhar a conexão entre magia e (em seu tempo) ao relativamente novo campo da psicologia, liberando a prática oculta da necessidade de uma visão religiosa do mundo. Carroll, em conjunto com o Sherwin, fundaram os Iluminados de Thanateros (IOT) e tentaram também integrar os conceitos da Teoria De Caos e Mecânica Quântica com o oculto e paranormal. Devido a essas influências, Magia do Caos é talvez a primeira espécie de mágica cerimonial que não aborda o assunto como uma arte antiga. A Magia não necessita estar com antigos adeptos para ser “real”. Ao invés disto, Magia é alguma coisa para seja experimentada e melhorada . Virtualmente todos outros sistemas (eles não se chamam de “tradições” por nada) assume que “Os Mestres Antigos” já descobriram não menos do que os segredos da mágica há muito tempo, e tudo o que nós, pobres modernos podemos fazer é recapturar o glamour das glórias do passado. Esta atitude antiaquariana tem infelizmente paralisado o desenvolvimento da Arte Mágica desde a queda da Roma Antiga. Magia do Caos se distinguiu dos “sistemas” do passado por sua aproximação. Ela vê a magia ritual como psicodrama, em vez de adoração.

Como tal, é completamente parecido ao sistema do Stanislavsky de Representação do Método. Isto é, define cuidadosamente o papel, uma vontade decretada durante um ritual de magia e, circundada pela condução do valor para aquele papel, joga a si próprio em uma inspiração de uma performance que pode executar. Assim como um ator gosta de um método, um Caoista procura pela realidade das circunstancias, todo dia e muda de crença constantemente. Para fazer isto, ele ou ela usa as ferramentas do ator: valor, vestuários, suportes, palavras, sons, e especialmente o que Stanislavsky chamou de memória emocional.

Qualquer poder, experiência transformadora pode ser usada para chamar de dentro a memória emocional, incluindo sexo, dor, confusão, ilação, aborrecimento e e êxtase — especialmente em combinações paradoxiçais. O propósito de um ritual de Magia do Caos está em induzir e utilizar um estado mental que nós chamamos de “gnosis”. Este requerimento do termo é parecido ao significado usado pelo Tantristas, onde a mente discursiva é curta-circuitada e a intenção do mágico pode ser impressa sobre o fluxo do quantum do universo. Até mesmo o momento o mais breve de gnosis, atingido em um ponto quando a vontade está sendo canalizado através da mente do subconsciente, pode ser o bastante para efetuar um resultado mágico. Magos do Caos usam sigilos ( intenções mágicas que foram feitas dentro de glifos simbólico ou mantras), técnicas rituais de qualquer fonte, especialmente as originais, e artefatos de qualquer cultura escolhida para formar um espaço mágico, uma zona autônoma temporária em que a mente do subconsciente pode ser direcionada.

Gnosis é a passagem para mágica efetiva. Isto é o momento de “não mente”, o estado de transe mágico onde as interfaces da mente se ligam diretamente com a interconetividades causais do universo. Reação emocional poderosa é a maior chave acessível para destrancar os portões da gnosis. Rituais psicodramáticos que usam memória emocional para chamar as reações desejadas é a mão que segura aquela chave.

Um ritual é tradicionalmente um mapa de conhecimento, e portanto pode ser útil como um mapa para dentro da psique própria de cada um. Entretanto, rituais prescrito com tais idéias como “Livros da Sombras”, ” Livros Sagrados”, são inventados justamente para proteger o praticante do Caos. Em resumo, há sempre espaço para novos métodos de Magia do Caos, mas nenhum que seja o sistema mágico do Caos. Filosoficamente, Magia do Caos carrega uma semelhança com o Taoismo, exceto quanto ao culto ao silêncio do Tao e técnicas de sucesso baseadas em aniquilação do ego. Assim há muito em comum com o Budismo Nagarjuna e as escolas do Madhyamaka, e talvez ainda mais om a escola do Nyingmapa do Budismo Tibetano.

Um exame dos rituais do Chod do Budismo Tibetano rende valiosas pistas sobre a formulação efetiva dos ritos do Caos. O efeito de um koan Zen na mente discursiva é um pequeno gosto do que procura um Mago do Caos. A prática da Magia do Caos pode ser desestabilizante, porque é projetado na desconstrução de crenças. Como drogas psicodélicas, isto pode alterar sua realidade drasticamente. Assim, Magia do Caos não é para o melindroso, ou para aqueles que teme o que espreita no fundo de seus egos, porque é desses egos profundos que os Caoistas forjam os seus deuses e demônios. Tais conceitos de dualística como magia “branca” ou “preta” não são aplicáveis para Maga do Caos, pelo menos não na sensação de ser bom ou mal. Magia é uma força, como eletromagnetismo, e não possui nenhuma qualidades moral inerente. Peter Carroll escreveu no Liber Null, “O fim que resulta de qualquer caminho é provavelmente semelhante aos caminhos que encontram em um caminho que é impossível de se descrever.

O assim-chamado ‘ caminho meio’, ou caminho de conhecimento, consistindo da mera aquisição de idéias usadas, é uma desculpa para não fazer nada e não conduz a parte alguma.” Como resultado, Magos do Caos tendem à empurrar os extremos, e achar o equilíbrio balançando de um pólo para outro, em vez de buscar “moderação.” Sendo moralmente neutro, Magia do Caos é provavelmente não por que tem não já sube com um certo-desenvolvido código de ética pessoal. De fato, os maiores Magos do Caos, embora não todos, poderiam se definir como magos “negros” ou no mínimo magos “cinzas”, mas não como definidos por que vêem o lado escuro de existência como meramente “mau.” Se sua mágica é “negra”, é porque isto é lidar com o que é oculto e escuro, e desenhado do abismo de primitivo Caos . Pessoas sem nenhum padrão ético de qualquer espécie, tendem a se aniquilar no futura de qualquer modo.E assim o processo da Magia do Caos, usualmente termina em alguma forma de iluminada loucura. Também é mago quem não ousa se levar muito seriamente.

Caoistas são geralmente conhecidos como tendo um senso de humor bem desenvolvido, e isto é expressado também em seus trabalhos mágicos, que vão de preces escarnecidamente sérias a um Coelho deus da malandragem, à banimentos da Catarse através do vômito, é usual que com a conclusão de uma prática ou cerimônia forme-se um círculo de estrondosa gargalhada. Embora o humor possa tender para o satírico, há uma grande medida de diversão genuína, em que a piada colossal é o universo é que de fato é um quanta de diversão que ri com a gente.

Em tempos recentes, o ocultismo tem estado unido até uma grande extensão com preferência política. A maioria das pessoas requerem algum tipo de estrutura, para que possa pendurar as suas opiniões e preferências fazendo uma mistura de magia e política, em um sistema holístico muito mais atraente que política. Os sistemas mágicos emergentes atualmente, como Thelema e Neo-paganismo, são simplismente populares porque eles combinam uma convicção sócio-política com uma avaliação mágica de realidade. Dá para a sua política um ” propósito ” mais alto. Política, é a arte de manipular outros em conformar ou aceitar a predominânciade de um jogo particular de valores culturais, não tem nada a ver com Magia de Caos.

Magia de caos expõe a loucura da política para nós , e os esforços para trazer a esta dimensão são totalmente fúteis. Tentativas de organizar as estruturas ao redor de convicção fixas tentam aumentar a certeza da existência. Esta é a anti-êtica ao conceito do Caos ,onde convicção é espontânea, assim como a força vital é espontânea e a evolução em si mesmo é espontânea. E em todos os caso, um grupo social politizado invariavelmente é impossibilitado de lutar contra as mudanças rápidas (em consciência) que pode acontecer dentro do grupo, especialmente quando as sua consciência desenvolve em resposta espiritual de considerações mágicas.

Como poderiamos esperar de um sistema que combina magia e política fosse instável? Isto é por que virtualmente todas tentativas de ” eco-política pagã”, e “espiritualidade feminista” e outras foram fracassos escuros e dificilmente elevaram um ‘bip’ na tela do radar cultural antes de se dissolver em cismas e lutas internas. Semelhantemente, pode ser dito que religião e Magia de Caos são fundamentalmente incompatíveis. Uma restringe, a outra o libera. Uma requer da pessoa que seu intelecto seja torcido para acomodar um sistema de convicção absurdo prescrito e que adere isto eternamente, o outro livremente adota sistemas de convicção absurdos de sua própria escolha e para seus próprios propósitos–e então os destrói.

Religião–e a maioria dos sistemas mágicos são e sempre foram essencialmente religiosos em sua natureza–requer uma mente-conjunta única para todas as pessoas, para todas as épocas, em todas as circunstâncias. Magia do Caos exige doutrinas pessoais, flexíveis de convicção; em outras palavra, meta-convicção. Religião exige classificar certos pensamentos e ações como bem ou mal. Magia de caos tenta entender e abraçar todos os aspectos de existência, com valor moral a ser julgado só pelo indivíduo.

Portanto, Magia de Caos não se preocupa com tais metas místicas amorfas como atingir o Nirvana, descobrir a sua Verdadeira Vontade ou cruzar o Abismo, pelo menos não diretamente. Se você deseja adorar a Deusa ou comungar com seu Anjo Guardião Santo, você poderia fazer algo melhor do que olhar para outro lugar; o moderno Neo-paganismo oferece um arsenal vasto de várias amalgamas de religião e magia, de Wicca para Thelema, de Fraternidades da Luz Brancas até a Igreja de Satanás. A meta de Magia do Caos é desenvolver técnicas mágicas práticas que criam realidade perceptíveis, que mudam de acordo com a vontade do mago. Isto não é limitado aos efeitos físicos externos, mas também (e talvez mais importante) as operações projetadas para alterar a psique do mago de modo profundo–mas em caminhos que o mágico escolheu ou desejou explorar, em lugar de uma maneira predeterminada. A ” estrutura ” da Magia do Caos, se isto pode dito se é mesmo que se tenha uma, é uma não-estrutura. É veementemente não-hierárquica. Magia do Caos é anarquia mágica, mas no verdadeiro sentido da palavra– é MAGIA sem líderes.

Com Mágica De Caos, o princípio é que você pode experimentar algo que você deseja da maneira que desejar ; Assim os Caoistas assumem o mote thelemita : “Faze oque tu queres, é o todo da lei” Portanto, magia do caos é você, onde e quando, e com o que você quizer . Em resumo, Magia do Caos é Magia do Caos . Não é uma nova religião, nem é somente um novo sistema de magia. Não é um “sistema” na verdade. Não peça para outros definirem isto para você em condições sociológicas, políticas ou religiosas. Embora eles possam poder construir um dogma que faz sentido, não terá nada que ver com o Caos.

Ou como Louis Armstrong colocou, quando perguntaram sobre a natureza de Jazz: “Se você quer que eu explique então nunca compreenderá!”

Caos é Caos, e não tem nenhum atributo que se aplique a si mesmo. Isto explica a dificuldade de descreve-lo, porque isto é um “não-isto”. Magia do Caos e um portal da não-dualidade, que tem confundido até mesmo aqueles que o “originaram”, sendo de existência tão múltipla; que seu desenvolvimento sempre avançará em direções imprevisíveis. Magia do Caos sempre crescerá independentemente de qualquer fonte. Ninguém pode “ensinar” Magia do Caos a você.

Parafraseando Austin Spare, ” o que todo professor pode sempre fazer é mostrar para você sua própria magnificiência.” Magia de caos é uma extensão além de nossa realidade e além os sistemas tradicionalistas. Sua descrição como um ” sistema ” simplesmente sublinha os humanos da armadilha de caírem dentro da necessidade de conceituar. Se a pessoa é insegura em como proceder, e não tem nenhuma experiência em magia , a pessoa terá a certeza de achar dentro da complexidade e variedade dos caminhos tradicionais uma mistura de métodos que sintonize com a sua natureza . Porém quando ele afiaram os seus talentos nestas tentativas e testaram sistemas, o próximo passo deve ser o Vazio e o desenvolvimento necessário de metodologias novas–que é o coração de Magia do Caos, e que irá impulsionar a Arte do Mago no século 21º, livre afinal dos constrangimentos e superstições do passado.

Este novo meio de se praticar a Arte da Magia é tão liberal quanto possível de todo o dogma moral, um caminho somente orientado para a descoberta pessoal. Porque a prática aponta assimilar e então supera o dualismo limitado e abordado pela Magia que tem marcado as tradições e nos algemados ao passado, é por sua natureza além de nossa compreensão, esta além de nossa capacidade prever que direção irá tomar.

Mas sua interface é o Caos, e por consenso popular, ” Magia do Caos” é seu nome. E pode ser descrito sucintamente nas palavras:

“Nada é verdadeiro. Tudo é permitido.”

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