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Introdução à Reiki, Magia & Sigilos

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Verónica Rivas (@veronica.sabah)

(Introdução do livro REI KIA. Reiki, Magia & Sigilos)

Em março de 1926 morria no Japão o fundador de uma das técnicas de cura mais difundidas no mundo; seu nome era Mikao Usui, e ele denominou sua técnica Usui Reiki Ryoho. Sem dúvida alguma, o seu legado transcende o próprio sistema que ele criou, e tem se expandido conquistando diferentes culturas e formas de pensamento. E, ainda hoje, continua crescendo e evoluindo de muitas formas. Um dos motivos dessa expansão e evolução é, sem dúvida, a universalidade que caracteriza o sistema. Essa abrangência está dada pelo fato de que a sua ferramenta principal é o uso da Energia Universal, chamada nas diferentes culturas com nomes diferentes como Ki, Qi,  Prana , Força Vital , entre outros. Essa Energia é uma fonte sempre presente, em qualquer lugar e em qualquer circunstância, pelo que pode ser canalizada a todo momento. Poder se ia afirmar que, m esmo não sendo conscientes disso, a vivenciamos e respiramos constantemente, ela forma parte de nós e, ao mesmo tempo, nós temos uma constante relação de reciprocidade com ela.

Desde que o homem começou a andar pela terra tendo consciência da sua existência, procurou diferentes formas de interagir com o seu entorno, visando compreendê-lo e, ao mesmo tempo, tentando desvelar o mistério de quem ele mesmo é. Essa preocupação foi crescendo e, ao longo dos séculos, essa relação, que a princípio era basicamente de observação da natureza e de seu funcionamento, foi tomando forma em sistemas práticos. Assim, foram aparecendo diferentes tipos de praticantes, em algumas culturas chamados de sacerdotes, em outra s de rishis , fang shi , e em outras ainda de místicos e até de filósofos . Mas, o que tinham todos esses em comum, apesar de pertencerem a lugares e tempos tão distantes? Tinham em comum o postulado de que vivemos em um Universo, para uns simples, para outros complexo, que responde a um princípio ou a uma vibração energética, chamado e vivenciado de diferentes formas; mas que, basicamente, segundo todos eles, pode ser estudado em diferentes níveis.

O fato de se perguntar de que estamos feitos? de onde viemos para onde vamos? por que morremos? e o que acontece depois da morte? levou ao surgimento da Filosofia e, paralelamente, de disciplinas de natureza prática como a Geomancia, a Astrologia, e a Alquimia, para citar algumas delas. No Oriente surgiram complexos sistemas médicos baseados no comportamento da Energia, tanto no interior do ser humano quanto no ambiente circundante. Também, diferentes estilos de luta e de treinamento físico foram baseados neste mesmo princípio energético. Todas estas áreas de conhecimento não fazem outra coisa além de tentar entender como funciona o Universo, estabelecer uma espécie de ponte entre nós e o Todo circundante e, deste modo, tentar identificar padrões para logo procurar formas de influir neles. O Reiki constitui uma dessas diferentes respostas sobre como funciona o Universo e, acima de tudo, sobre o pequeno Universo que constitui cada um dos seres que o habitam. Desta forma, como veremos, na época em que aparece a técnica de Usui surgiram outras técnicas similares, que usavam, embora de maneira diferente, a Energia Universal. Todas elas compartem alguns pontos importantes, sendo estes os seguintes:

– Postular a existência de uma Energia Universal, omnipresente e inesgotável. Uma Energia que não tem atributos, que não foi gerada por nada, que não pode ser contaminada nem poluída;

– Que nós somos espécies de “filtros” dessa Energia, estabelecendo uma relação de reciprocidade. Isto vai se traduzir em que ela, mesmo não tendo atributos, vai fluir de uma maneira específica e se manifestar de uma forma determinada, produzindo determinados estados nos seres vivos e nas coisas.

– Que, através de diferentes técnicas, ela pode ser acessada e canalizada, e assim é possível causar modificações no seu fluxo.

– Que são métodos que não formam parte de concepção religiosa alguma, onde o êxito e os benefícios não são obtidos pela crença na existência de um deus omnipotente.

– E, por último, que todas elas tinham a pretensão de que fossem cientificamente comprováveis; que fossem consideradas como ciência em toda a extensão do termo, e não como um mero sistema de crença. Neste aspecto, como veremos mais à frente, a influência do Budismo teve, desde a perspectiva deste livro, uma importância capital.

Essas técnicas respondem a um determinado sistema cosmogónico, a uma concepção particular da essência da vida e da morte e de determinadas realidades espirituais. Elas são, como veremos ao longo deste trabalho, frutos da sua época, da consciência predominante do momento em que o Japão abria suas portas a o Ocidente. Assim, o propósito deste livro é explicar o Reiki dentro do seu contexto cultural, nos apoiando em um olhar histórico, antropológico e filosófico como forma de poder entender os alcances e a completitude desse sistema. E, baseando nos nisto, estender seu uso e aplicação em conjunto com a prática mágica conhecida como Sigilização ou Técnica de Sigilos.

Para isto, considero que é importante entender determinados pontos que dizem respeito às origens de Reiki, visando ter uma compreensão mais abrangente da nossa própria prática e, assim, obter maio res benefícios dela. E, também, teremos em consideração certos elementos nos quais se baseia a prática de Reiki; por isso, falaremos de alguns sistemas que procuram mostrar a configuração energética do corpo como, por exemplo, o sistema de Chakras.

Desde a perspectiva deste livro, e considerando a Energia como a fonte de toda forma de vida, o Reiki não é um miraculoso sistema de cura, e sim um maravilhoso sistema de sintonização com a energia, de caráter objetivo e prático, eminentemente simbólico, baseado na existência da Energia e desprovido de qualquer forma de crença religiosa. Aqui não se trata de acreditar, aqui se trata de vivenciar, de experimentar e de colocar em prática, sabendo que sempre a escolha está nas nossas mãos.

Podemos esperar por milagres ou permitir que o Reiki nos ajude a mergulhar no nosso interior, naquilo que não conhecemos de nós mesmos e que, muitas vezes, queremos esconder ou reprimir. Mergulhar no que não entendemos, e em tudo aquilo que nos impede de saber quem somos, e qual é o nosso propósito. Por isso, para entender Reiki devemos traçar suas origens, suas fontes, o que não é uma tarefa fácil. São muitas coisas que deverão ser consideradas e analisadas para se ver o Reiki como o resultado de um complexo sistema de crenças em um contexto cultural específico.

Não é o meu propósito induzir ninguém a pensar como eu, nem muito menos a “acreditar” em algo. Neste momento, chegam à minha mente as palavras que um dia expressou Madame Curie, um dos grandes nomes e exemplos do mundo científico, duas vezes prêmio Nobel de Física e Química. Ela dizia que estamos em uma época de conhecer mais para temer menos. Por isso, meu propósito é focar principalmente nos fatos históricos, nas características culturais das diferentes épocas que atravessou a prática de Reiki que Usui nos apresentou, e em como isto influenciou no seu desenvolvimento. Também, nos diferentes elementos que a integram.

O meu objetivo é aportar dados para que cada um possa fazer sua própria valoração e compreensão da técnica baseado nos dados históricos e no marco filosófico em que se enquadra. Considero também que o Reiki tem muito de mágico, de oculto e de misterioso. Não falo isto somente pelos inúmeros relatos que tenho lido e escutado de pessoas sobre como o Reiki chegou a suas vidas, e sobre os efeitos que nelas teve, mas também pela minha própria experiência; e pela própria história do surgimento e evolução do Reiki.

No meu caso particular, a primeira vez que escutei falar sobre o Reiki foi da parte de uma pessoa que e u praticam ente tinha acabado de conhecer; porque ela viu em mim o que ela chamou de “aura mágica”, me convidou a participar de um curso de Reiki com uma Mestra que vinha de Argentina. Eu, muito curiosa, perguntei sobre o que se tratava isso. Ela me explicou que era um sistema de cura mediante a imposição das mãos no qual se canalizava a Energia Universal. Eu agradeci o seu convite, mas o rejeitei. A estudante de Filosofia que eu era na época não podia admitir a existência de tal coisa. Mas, o que confesso que me deixou intrigada foi a alegria e convicção com que aquela pessoa falava do Reiki.

No ano seguinte, minha paixão pela antropologia e pelo estudo das culturas pré-colombianas me levou até o México e, mesmo que esta não tenha sido uma experiência muito agradável para mim, lá o Reiki apareceu de novo. Resultou que, por querer saber sobre xamanismo, lá eu conheci um homem muito simpático, que me cumprimentou de uma forma muito amável. Ele me falou que era Mestre de Reiki, ao que eu respondi que tinha escutado falar, mas que não sabia nada sobre e tampouco chamava a minha atenção. Ele sorriu amavelmente e pegou as minhas mãos, olhou e falou para mim “talvez por enquanto Reiki não te diga nada, mas Reiki vai ser algo muito importante na tua vida, mas do que você pode imaginar”.

Eu sorri e respondi que achava que ele estava errado, porque meu interesse era a Filosofia e a Arqueologia e que, se bem que técnicas como a Yoga e o Qi Gong me interessavam, era por conta do meu gosto pelas artes marciais. E tudo ficou por a li. Passaram anos e não voltei nem sequer a ouvir mencionar alguma coisa sobre Reiki.

Mudei para o Rio de Janeiro e comecei a me familiarizar com alguns elementos da Magia Cerimonial Ocidental por causa do meu esposo. Eu era Budista praticante, iniciada na linha Vajrayana do Budismo Tibetano. Foi na primavera de 2010 que o Reiki apareceu novamente na minha vida. Estava passando uma temporada em Uruguai na casa dos meus pais e vi um anúncio sobre um Curso de Reiki Nível I; foi algo quase instintivo, não sabia explicar por quê , mas o que sabia era que eu tinha que estar ali. E assim começou o meu caminho com o Reiki.

Desde que fui iniciada no Primeiro Nível, de certa forma soube que ia continuar até me tornar mestra. Para mim, os níveis anteriores à Mestria foram como degraus que foram desvelando formas diferentes e nunca exploradas por mim de me familiarizar com a Energia. Comecei a perceber tudo ao meu redor como sendo diferentes manifestações e formas que a Energia toma, a sentir que nós mesmos somos uma configuração energética específica, única, mas, ao mesmo tempo, constantemente mutável. O Reiki abriu para mim experiências completamente novas e desconhecidas. E, com o passar dos anos, o Reiki continua me surpreendendo e maravilhando… abrindo portas que eu nem suspeitava que existissem.

Já a Mestria representou uma espécie de chave mestre. Ser Mestre de Reiki não torna a pessoa um grande ser de conhecimento, mas sim a coloca no caminho, e a escolha, a escolha é sempre nossa. Ser Mestre de Reiki é também, de certa forma, uma maneira de viver e entender a compaixão, se considerarmos o fato de que não somente podemos tratar e beneficiar a outros com Reiki, mas que também podemos possibilitar que outros possam praticar a técnica, e assim o benefício se torna infinito. Ser mestres é um compromisso que estabelecemos em vários níveis.

A medida em que mais eu praticava com o Reiki, comecei a sentir que suas funções e aplicações não tinham limites, e percebi também que constituía uma técnica mágica muito efetiva. O Reiki é uma forma de vida e, com certeza, depois de termos sido iniciados, já não somos os mesmos. A percepção de nós mesmos muda e, por causa disto, mudam também os vínculos que estabelecemos com as pessoas, com o nosso entorno, e as nossas atividades diárias são substancialmente modificadas.

O fato de que, através da minha prática, eu sentia emergir componentes e elementos que talvez não fossem os “convencionais”, ou que habitualmente sã os ensinados como parte da técnica, me levou a aprofundar a minha pesquisa. Decidi que ia me dedicar a pesquisar sobre o Reiki e sobre diferentes formas de trabalho com energia relacionadas à cura. Mas, eu embarquei nesta tarefa desde uma perspectiva epistemológica, aplicando tudo o que tinha aprendido quando estudava Filosofia, já que eu acredito que o Reiki pode ser considerado e estudado desde um ponto de vista científico e em seu aspecto filosófico.

Assim, começou para mim uma apaixonante aventura por antigos manuscritos, práticas e ensinamentos de várias culturas orientais e pré-colombianas. A riqueza do mundo espiritual pré-colombiano é imensa e constitui meu objeto de estudo particular, o qual me deu uma forma diferente e mais abrangente de compreender o Reiki. Também me dediquei a pesquisar sobre os diferentes estudos sobre os fenômenos energéticos, e sobre as formas destes serem vivenciados nas diferentes culturas e épocas, realizados desde áreas como a Psicologia, a Neurociência, a Física e a Antropologia.

Considero que, como pesquisadores, erramos grandemente quando deixamos de lado certas áreas ou fontes por chamá-las de pseudociência, porque não se enquadram dentro do que pode ser convencionalmente considerado ciência. Toda área de conhecimento tem importância na hora de se reunir dados e tentar compreender determinados fenômenos. Também estendi minha pesquisa aos livros sobre Magia, e a alguns grimórios, o que naquele momento era algo completamente novo para mim. Logo depois, chegou às minhas mãos o livro de Christopher Penczak, The Magic of Reiki (A Magia de Reiki); além de ter sido uma leitura interessante, significou para mim um aporte de novos elementos, tanto na minha pesquisa quanto na forma de trabalhar com o sistema.

Penczak relaciona o Reiki com a Magia, escrevendo sobre o uso do Reiki na preparação de rituais, tanto para as pessoas quanto os lugares. É notável a claridade mental que nos outorga ter feito um autotratamento de Reiki antes de uma cerimônia mágica, por exemplo; de fato, depois do autotratamento, nos sentimos mais “limpos” energeticamente e, desta forma, potencializamos a realização do nosso ritual.

A minha inclinação por autores como Levi Strauss e Ernst Cassirer, dentre outros que estudam o ser humano desde a sua própria realidade simbólica, me levou também a me focar no uso dos símbolos em diferentes culturas e caminhos espirituais. Assim, cheguei a uma prática que me chamou muito a atenção e me conquistou: a Técnica de Sigilos. Comecei a estudá-la, a pesquisar sua s origens e a criar sigilos, o que se tornou para mim uma espécie de expressão artística também. Senti que podia ativá-los ou empodera-los usando Reiki. E isto se transformou na minha prática de base, sempre estreitamente unida ao Reiki. Os diferentes sistemas de Reiki que apareceram depois de Usui são, em um a boa parte, baseados no uso de símbolos. O mesmo Usui, como veremos mais à frente, começou a usar símbolos como uma forma para que as pessoas pudessem acessar a energia de uma maneira diferente, mais facilmente e, até mesmo em determinados casos, de forma mais eficiente.

Podemos dizer que a técnica de Sigilos se enquadra em uma concepção do homem como uma realidade simbólica em si mesmo, e se baseia na ideia de que existe um conteúdo que não é percebido pela nossa mente consciente e que pode ser acessado, ou ativado, mediante o uso de símbolos. Esse conteúdo, ao qual não temos acesso facilmente, tem uma grande importância na nossa vida, mas o desconhecemos em grande parte, como funciona e de que está formado. Existe um caminho entre a natureza finita do ser humano e sua dimensão transcendente e esse caminho são os símbolos.

Grandes nomes da Psicologia como Freud, Jung, Hillman, entre outros, nos falam de um grande potencial inconsciente, que muitas vezes se manifesta de diferentes maneiras, como na criação onírica, por exemplo, ou quando alcançamos estados alterados de consciência mediante a meditação ou através de uso de substâncias psicodélicas. Esse inconsciente não estaria formado somente por coisas que aparentemente foram esquecidas pela nossa consciência, mas também por capacidades e funções que desconhecemos. Assim, Carl Gustave Jung expressa o seguinte:

Como há inumeráveis coisas além do entendimento humano, usamos constantemente termos simbólicos para representar conceitos que não podemos definir ou compreender totalmente. Essa é uma das razões pelas quais todas as religiões empregam linguagem simbólica ou imagens. Mas essa utilização consciente dos símbolos é somente um aspecto de um fato psicológico de grande importância: o homem também produz símbolos inconsciente e espontaneamente em forma de sonhos. (Jung 1995:21)

Tanto o Reiki quanto a técnica de Sigilos consideram o homem como um ser eminentemente simbólico e mágico. Podemos dizer que também o Reiki pode ser visto como um tipo de sistema de Sigilos, já que, como veremos no decorrer do presente trabalho, suas raízes são ancestrais e os elementos que o compõem guardam uma estreita relação com a representação simbólica e cosmogônica que surge de uma intenção, que é como basicamente podemos definir um Sigilo. Austin Osman Spare que, como mencionaremos mais à frente, desenvolveu diversas concepções sobre a natureza da realidade e algumas técnicas mágicas derivadas delas e, mais importante, também uma técnica de Sigilos, dizia que o simbolismo era algo tão importante na existência do ser humano que este era capaz de estabelecer pontes entre a consciência e o subconsciente.

Desta forma os sigilos são, segundo Spare, um meio que permite unir algo no qual acreditamos com o desejo por alguma coisa em particular, algo que queremos que aconteça no mundo físico. O que no início tem uma existência meramente como ideia, com o sigilo tem a possibilidade de passar a ter uma existência material, física. Assim, o sigilo se torna umas das grandes expressões mágicas por excelência. O estudo das culturas antigas nos mostra que, durante muito tempo da nossa história, o ser humano se expressou e se manifestou como um ser mágico através de símbolos, explicando e baseando a sua relação com o mundo fenomênico de uma forma mágica.

Poderíamos considerar também que a Magia, em alguns casos, foi quem deu origem à ciência como a conhecemos hoje em dia. Neste presente trabalho entendemos a Magia como algo inerente ao ser humano, como uma capacidade, talvez como uma ferramenta, que nos permite interagir com o que

nos rodeia, com nós mesmos, e compreender a forma que a Energia toma n a diversidade da qual formamos parte para que, assim, possamos tentar modificar ou corrigir a relação que nós mesmos temos com essa Energia. Aqui não consideramos a Magia como algo miraculoso e nem extraordinário, e sim, como uma constante relação de causa e efeito.

Desde esta perspectiva, exploraremos a técnica de Sigilos unida à técnica de Reiki; e o trabalho prático que surge do paradigma teórico a que ambas se conformam. A junção destas duas técnicas, e o trabalho que deriva delas, decidimos chamar de “Rei Kia”; é essa a razão pela qual demos este nome ao presente trabalho. O termo “Kia” é usado por Spare para se referir a aquilo que não pode ser pensado nem definido, mas que a tudo impregna e que transcende toda existência. Não pode ser entendido pela compreensão limitado do Ego, e não pode ser considerado como uma ideia ou conceito. Na parte correspondente à Magia e Sigilos, nos estenderemos mais na explicação deste termo e sobre a forma em que é usado no presente trabalho.

Não é o propósito deste livro tentar defender uma determinada escola de Reiki, e nem criticar nenhuma delas. O propósito é somar, acrescentar, em virtude de que o Reiki é uma técnica que se constrói constantemente, e que faz o caminho por si mesma. O Reiki é algo que está além de escolas e além mesmo de Usui e de todos os Mestres que têm se dedicado a esta técnica. Eu considero que o Reiki é na verdade um grande sistema, que vai além de ser apenas uma técnica; por exemplo, Usui o definiu como um caminho para a saúde e a felicidade suprema. Ensinava que a prática e a aplicação da sua técnica levavam à felicidade, que podíamos chegar a atingir através dela a felicidade sublime, e que todos os benefícios físicos não eram mais do que os maravilhosos efeitos secundários dela.

É o meu desejo que esse livro seja uma humilde contribuição na vida de quem passe por estas páginas. Pretende ser também um tributo ao trabalho de todos os que vieram antes e dos que ainda caminham conosco, nos guiando e elucidando para que a ignorância não nos acorrente à constante ilusão.

Que as tochas do conhecimento permaneçam

sempre acessas, e que todos possam se

beneficiar infinitamente!!!

Referência: Jung, Gustave. El hombre y sus símbolos. Ed.: Paidós. España, 1995.


Verónica Rivas é esquisadora e escritora sobre cosmogonias e tradições mágicas orientais. Mestre de Reiki Usui Tradicional e iniciada na tradição do Budismo Vajrayana. Melong Yeshe.

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