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A Vara de Qayin – O Cetro da Sombra da Morte

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Excerto do Liber Falxifer

De acordo com a tradição, o Senhor da Morte, em Seu aspecto como Mestre de Todos os Túmulos é conhecido por se manifestar com uma vara de abrunheiro mantida em uma das mãos, ao invés da foice ou lâmina sangrenta, que é Seu instrumento e símbolo mais bem conhecido. A vara de abrunheiro, como representação simbólica do domínio de Qayin sobre as sombras dos mortos pode, dentro deste contexto, ser comparada aos cetros e varas de certos outros deuses da morte. É com esta ‘Vara Bellicum’ que nosso Mestre governa todas as almas penadas e ordena aos mortos para se erguerem de seus túmulos.

A vara santa de abrunheiro / bellicum, a qual acredita-se estar diretamente relacionada ao próprio Cetro das Sombras da Morte de Qayin através dos rituais corretos, está entre as ferramentas necromânticas de magia mais cobiçadas e importantes usadas dentro do culto da morte Qayinita. Esta vara é usada em todas as formas superiores de necromancia infernal e possui o poder de despertar e comandar as almas dos mortos.

A vara também serve como um fetiche central dentro do culto do Dominor Tumulus, e está profundamente relacionada aos mistérios ocultos da cruz negra, o primeiro túmulo, a caveira e os ossos cruzados.

Em um nível esotérico, a vara de Qayin também deve ser compreendida como o ‘Axis Mundi das Sombras’, que conecta os reinos ctônicos aos mundos superiores. Ela serve como degrais tanto para descida dos vivos ao reino dos mortos como para a subida dos mortos ao reino dos vivos.

Neste texto, daremos uma descrição detalhada de um dos ritos tradicionais que é utilizado para consagrar a vara do Dominor Tumulus. Observe que o rito e si não pode ser realizado até a licença e bênção para fazê-lo ser obtida diretamente com o Mestre Qayin em si. De acordo com a tradição e o pacto entre o Templo do Ceifador Da Mão Esquerda, o seguinte ritual somente pode ser executado após um mínimo de três anos de trabalho intensivo e contato com o Esqueleto Senhor da Morte.

Somente após o período requerido de trabalho iniciatório é que é permitido ao devoto de Qayin a pedir ao Mestre a licença, direção e proteção que será necessária antes da criação, consagração e uso correto do reflexo físico da própria Vara Bellicum de Qayin, pode ser possível.

Somente após a permissão para conduzir este trabalho ser obtida, através de sonhos e da mente desperta, então será possível este ritual causar os efeitos desejados e manifestar com êxito na forma de outra porção de poder transcedental do Mestre. Seguir neste caminho espinhoso das sombras sem a bênção do Primeiro Coveiro resultará em nada a não ser na escavação da própria sepultura…

Os seguintes elementos serão necessários para a criação e consagração da Vara de Abrunheiro de Qayin:

  • um ramo apropriado de abrunheiro, não menor que o tamanho de seu próprio braço.
  • 23 moedas (13 para o daemon do abrunheiro, 7 para o túmulo e 3 para pagar a saída do cemitério)
  • 2 charutos grandes (1 para o daemon do abrunheiro, 1 para o trabalho principal no cemitério)
  • caixa de fósforos
  • 2 garrafas de cerveja (1 para o daemon do abrunheiro, 1 para os mortos)
  • 13 velas (3 velas para o daemon do abrunheiro, 1 vela preta para o Senhor do Cemitério, 1 vela branca e 1 preta para os mortos, e 7 velas pretas para o túmulo)
  • um incenso composto para o daemon do abrunheiro (consistindo em partes iguais de mirra e patchouli)
  • um pano de seda negra para embrulhar a vara
  • óleo de mirra ou óleo de patchouli (ou óleo essencial de patchouli misturado com óleo de mamona)
  • tinta preta
  • pirógrafo para marcar o sigilo na vara
  • um pedaço de giz branco (purificado, abençoado e marcado com 7 cruzes)
  • braseiro com carvões (e mais carvões extras)
  • incenso composto para o ritual principal realizado perante o altar lápide (consistindo em 3 partes de sândalo, 3 partes de mirra, 3 partes de losna, 2 partes de teixo, e 2 partes de mandrágora)
  • um rosário talismã preto e branco de Dominor Tumulus (feito de 182 contas: 7 x 13 contas pretas e 7 x 13 contas brancas)
  • uma garrafa de água de nascente
  • pedras de ônix
  • 1 garrafa de vinho tinto doce
  • 300 g de farinha de cevada
  • 300 g de grãos de milho
  • pão sem sal (feito de farinha de cevada, farinha de trigo, losna, mel e leite)
  • uma garrafa de leite fresco
  • uma jarra de mel
  • uma garrafa de sangue de porco fresco
  • um pedaço de pano preto (para remover o sigilo marcado na lápide)

0 – Encontre um abrunheiro adequado e, numa noite de Sábado quando a lua estiver minguando ou em sua fase negra, colha um ramo do tamanho e formato correto. O daemon do abrunheiro é um dos familiares de Qayin mais poderosos dentro dos jardins deste mundo, e a colheita do ramo deve, portanto, ser acompanhada dos ritos e sacrifícios apropriados. As oferendas que devem ser dadas como pagamento ao abrunheiro e seus espíritos dentro deste contexto, são as treze moedas, tabaco (na forma da fumaça do charuto em frente à árvore, ou como tabaco solto enterrado perto de suas raízes), uma garrafa de cerveja, três velas, incenso de patchouli e mirra, e três gotas de sangue extraídas do dedo indicador da mão esquerda.

Você deve usar o sangue para ungir o ponto exato da árvore onde o ramo foi cortado. Pise com seu pé esquerdo três vezes como uma saudação e um chamado ao daemon da árvore, e então use a ponta do ramo para marcar um triângulo no chão em frente ao abrunheiro. Coloque uma vela preta em cada ponto do triângulo e acenda-as em nome de Qayin Qatsiyr, como um sacrifício ao Seu fervoroso e letal ‘servo dos espinhos’.

Queime o patchouli e a mirra no meio do triângulo e coloque as treze moedas em círculo em torno do incenso aceso. Se tabaco solto for dado como oferenda, ele deve ser enterrado nesta hora, no ponto superior do triângulo, que deve estar em direção ás raízes da árvore que você escolheu para colher. Se um charuto for usado no lugar do tabaco solto, você deve acendê-lo em nome de Amiahzatan e como oferenda ao daemon do abrunheiro, fume metade dele e sopre a fumaça em direção da árvore. Coloque a metade restante do charuto perto do incenso aceso dentro do círculo de moedas, e então abra a garrafa de cerveja. Derrame metade dela em um círculo em sentido anti-horário em volta do triângulo, então coloque a garrafa dentro do triângulo, do lado esquerdo do incenso.

Em uma oração silenciosa ao daemon do abrunheiro, peça a ele para aceitar suas oferendas em nome de Qayin, como pagamento pelo ramo que você pegou da árvore, e para abençoar seu trabalho concedendo poder a todos os ritos que você irá realizar em relação com seus trabalhos com a vara de abrunheiro.

Embrulhe o ramo no tecido de seda, curvando-se à árvore e seu daemon presente, e dê graças a Qayin Messor. Então, com seu pé esquerdo, dê três passos para trás, vire-se e volte para cara sem olhar para trás.

Retire a casca do ramo e o reserve para trabalhos futuros. Use cera da vela vermelha do altar para selar a ponta do ramo que será a empunhadura da vara, e use cera da vela preta do altar para selar a ponteira. Este selamento serve para ligar a vara ainda mais aos poderes de Qayin que dão conectados ao altar. Isso também permitirá a madeira curar vagarosamente, assim se tornará mais forte tanto na forma como na essência. Coloque o ramo de abrunheiro sobre ou embaixo do altar de Qayin e fumigue toda noite por pelo menos um mês com a fumaça do patchouli e da mirra que queima como oferenda ao Mestre Qayin Dominor Tumulus.

Depois de um ou dois meses, quando o ramo tiver secado o suficiente para ser trabalhado mais adiante, você deve retirar a cera vermelha e preta que selaram suas pontas e começar o próximo passo do tratamento da madeira. Por um período de um mês, toda Segunda feira à noite após as oferendas a Qayin ter sido dadas, você deve ungir totalmente a vara com o óleo sagrado de mirra ou patchouli, a fim de fortificar a madeira e abençoar seu espírito residente, que é ligado ao grande servo espinhoso do Mestre Qayin. De outra maneira, o óleo essencial de patchouli pode ser misturado com óleo veicular de base de mamona e usado como óleo de unção. Durante a unção semanal da vara, você deve invocar os poderes do Senhor de Todos os Túmulos, Qayin Dominor Tumulus, e rogar a ele para abençoar e dar poder à vara de abrunheiro que você visa ligar ao Seu Cetro de Dominação Mortal.

Na noite de sábado após a unção final, a vara deve ser marcada com o sigilo sagrado que, através do poder da simpatia, irá ligar sua forma à essência feiticeira poderosa e espiritual de Qayin Dominor Tumulus. Esta marca deve ser feita durante a hora da noite quando a influência de Saturno estiver mais forte. Você deve primeiro escrever as treze partes do Sigilo Chave da Necromancia na vertical em toda a extensão da vara com a tinta preta apropriada. Quando a tinta estiver secado totalmente na fumaça de incenso de mirra, o Sigilo Chave inscrito deve ser marcado na vara permanentemente com o pirógrafo.

Vara de Qayin

Embrulhe a vara marcada com o sigilo em sua seda e deixe em frente ao fetiche central do Mestre até o Sábado seguinte.

1 – Na noite de Sábado, pouco antes da meia noite, pegue a vara e todos os outros elementos que serão usados no ritual e leve a um cemitério desolado. Fique perante o portão do cemitério, pise com seu pé esquerdo três vezes no chão e diga:

Eu, NN, rogo ao Mestre do Cemitério a permissão para entrar por este portão dos ossos!

Eu rogo ao Poderoso Espírito Esqueleto a licença para lançar os pés em Tua terra!

Eu rogo ao meu Mestre, Qayin Dominor Tumulus, a permissão para pisar através do portão do reino dos mortos!

Salve Qayin Dominor Tumulus!

Salve o Mestre de Todos os Cemitérios!

Salve o Rei de Gûlgaltâ!

Pisando com o pé esquerdo, entre através do limiar do portão e ande sobre o caminho que leva ao campo dos mortos. Caminhe até a sétima sepultura que você avistar ao lado esquerdo do caminho, e bata três vezes em sua lápide ou cruz com sua mão esquerda., entoando a Fórmula da Chamada sete vezes, então coloque a vela preta na cabeceira do túmulo.

Rogue a Qayin Dominor Tumulus por Suas bênçãos e permissão para trabalhar dentro do cemitério. Explique a Ele que você veio para consagrar a vara de abrunheiro com Seu fogo ctônico, e que é sua vontade unir a vara a Seu Cetro das Sombras da Morte. Acenda a vela com um fósforo e olhe dentro de sua chama por cerca de um minuto.

Durante este período, você deve abrir sua mente para mensagens sutis diversas, sinais e presságios que você deve receber do Mestre. Se tudo parecer positivo e a vela continuar acesa após um minuto, isto significa que você teve a permissão para fazer o trabalho. Curve-se perante a chama e exclame, ou sussurre:

Salve o Primeiro Coveiro!

Salve o Senhor Esqueleto Coroado!

Salve o Rei do Monte!

Caminhe mais pelo cemitério e deixe o Mestre lhe guiar até uma lápide negra adequada que, durante o ritual, servirá como altar e portal através do qual você canalizará as correntes ctônicas.

2 – Caminhe para a lápide, bata três vezes nela com sua mão esquerda, e rogue ao morto para lhe dar permissão para trabalhar em seu túmulo. Em nome do Primeiro Coveiro, peça licença para usar sua lápide como altar sagrado e o portal para os poderes de Qayin Dominor Tumulus.

Coloque uma vela preta e uma branca em frente à lápide e acenda-as como oferenda ao morto. Coloque sete moedas em círculo em torno das duas velas, então abra a garrafa de cerveja e use seu conteúdo para molhar as sete moedas. Peça ao morto para aceitar sua oferenda de libação e, em troca, abençoar seu trabalho e ajudá-lo a abrir os portais da morte e dos mortos.

Curve-se perante o morto, então caminhe em torno da sepultura e fique de frente para a parte de trás do túmulo. Com o giz branco, trace o seguinte sigilo no lado liso da lápide negra, enquanto você entoa a Fórmula da Chamada sete vezes:

Coloque as sete velas pretas em frente ao sigilo traçado, o mais próximo possível da lápide, e acenda-as uma a uma. Você deve entoar a invocação seguinte a cada vela que for acesa, de modo que seja entoado sete vezes quando as sete chamas queimarem perante o sigilo:

Eu invoco Qayin Dominor Tumulus!

Eu invoco o Mestre de Todos os Enterros!

Eu invoco o Primeiro Coveiro!

Eu invoco o Senhor da Cruz Negra!

Eu invoco o Regente das Almas Penadas!

Eu invoco o Semeador de Caveiras e Ossos!

Eu invoco o Rei Coroado de Gûlgaltâ!

Acenda os carvões e coloque o braseiro no chão, em frente ás sete velas acesas. Salpique um pouco de incenso nas brasas quentes, e diga:

Poderoso Mestre, Qayin Dominor Tumulus, deixe agora que a fumaça de seu incenso sagrado se torne a chave para o portão que eu marquei sobre a lápide negra, e me abençoe, NN, com o poder de sua presença!

Permita ao Poderoso Morto, que encobre e envolve seu corpo esquelético do Azoth cristalizado, estar presente agora e transmitir seus poderes aos ritos que irei realizar em seu nome!

Permita a suas legiões da morte me conceder sua força nesta noite consagrada, como eu agora, com a licença e as bênçãos que você tem dado a mim, coloco meus pés e caminho na trilha espinhosa reservada apenas para os seus favoritos!

Senhor de Gûlgaltâ, Oh tu que segura o Cetro das Sombras da Morte, permita que sua chama ctônica chamusque a terra e conceda os poderes da chama fria aos meus ritos sagrados da feitiçaria necrosófica!

3 – Retire a cobertura da vara de abrunheiro, segure-a em sua mão esquerda, e bata com sua ponta três vezes sobre a lápide, e exclame três vezes:

Salve Qayin Dominor Tumulus!

Coloque o rosário preto e branco do Mestre no chão à sua frente, de modo que forme um círculo que irá atrair e concentrar as correntes com as quais você deseja carregar a Vara de Qayin. Abra a garrafa contendo a água de nascente e derrame metade do seu conteúdo na forma de um ‘X’ sobre o círculo marcado pelo rosário. Este ‘X’ representa a Encruzilhada da Morte e cria um ponto limiar através do qual os poderes que a vara será imbuída serão conjurados.

Ponha a garrafa d’água de lado e queime um pouco mais de incenso nos carvões quentes dentro do braseiro, então mantenha a vara verticalmente sobre a fumaça que se eleva. Olhe fixamente a caveira dentro do sigilo que você traçou na lápide e diga:

Mestre, esta vara que eu preparei em seu nome e marquei com o sigilo sagrado que revela os portais dos mortos, eu agora a trago diante de ti e rogo a ti para conceder o brilho de tua Luz Negra sobre ela e queimá-la com a tua tripla chama ctônica!

Permita que a forma física desta vara se torne ligada à essência da vara de abrunheiro que tu seguras em vossa mão, e conceda o poder para conjurar e controlar as legiões dos mortos que estão sob teu único domínio!

Da mesma forma que a fumaça de teu incenso sagrado permeia esta vara, eu te rogo, oh Senhor de Todos os Túmulos, para permear e carregá-la com teu poder infernal que somente tu possui!

Permita teu toque santificado tornar esta vara uma chave que deverá abrir os portais de todos os teus maiores mistérios velados, e conceda a ela o poder de revelar os caminhos entre os vivos e os mortos!

Eu te suplico agora, em nome de teu próprio Pai verdadeiro, oh tu que é a cria da Grande Serpente, permita que teus poderes se movam através do solo da terra dos mortos, e consagre esta vara que eu dedico aos ritos necromânticos de teus mistérios mortíferos!

Salve Qayin!

Impulsione a vara, sendo primeiramente a ponta, no chão no centro do ‘X’ que você marcou dentro do círculo do rosário, de modo que permaneça na posição vertical, fincada no solo do cemitério. Contemple por um momento a vara na vertical constituindo uma ponte para os mortos debaixo da terra, e veja com sua mente formas negras e sombrias começando a avançar através da raiz da vara de abrunheiro, que deve estar firmemente plantada na terra fértil dos ossos.

4 – Ajoelhe-se sobre sua perna direita perante a vara erigida tendo seu pé esquerdo firme no chão e, em nome de Amiahzatan, acenda o charuto com a ajuda de três fósforos mantidos em sua mão esquerda. Dê sete baforadas do charuto e a cada exalação, sopre a fumaça sobre o rosário de Dominor Tumulus que cerca a vara, e, através de invocações mudas levadas pelo fôlego de Amiahzatan, conjure os poderes do Mestre Qayin. Depois da sétima exalação da fumaça, sussurre três vezes:

Eu invoco as forças obscuras que adormecem sob a terra do primeiro túmulo!

Eu invoco o poder da caveira branca e da cruz negra!

Dê mais sete baforadas do charuto, desta vez direcionando a fumaça de cada exalação na vara mesmo, de sua ponta até a raiz dentro da terra, conforme você simultaneamente conjura mentalmente as sombras dos mortos os quais você está transferindo o poder fortalecedor do fumo do tabaco através da ponte vertical ao submundo criada pela vara. Depois da sétima exalação da fumaça, sussurre três vezes:

Eu invoco as Legiões dos Mortos Poderosos!

Eu invoco os espectros dos ossos consagrados!

Dê as sete últimas baforadas no charuto e, desta vez, direcione cada uma das sete exalações na vara, de sua raiz enterrada até sua extremidade apontando para o céu negro. Veja com sua mente as sombras de fogo de elevando através da vara de abrunheiro, como se fossem atraídas pelo fôlego de Amiahzatan. Com sua visão interior, observe a ponta da vara se tornar inflamada por chamas fantasmagóricas negras e roxas que ascenderam através dela, e sussurre três vezes:

Eu invoco os Fogos da Luz Ctônica!

Eu invoco a Chama Tripla do Submundo, que coroa o Rei da Morte!

Coloque o charuto no chão, em frente à vara dentro do círculo de rosário, e diga:

Salve Qayin Dominor Tumulus!

Salve as sombras dos Mortos Poderosos!

Salve as Chamas Negras do Submundo!

5 – Fique em pé e adicione mais incenso aos carvões quentes dentro do braseiro. Pegue as sete pedras de ônix e mantenha cada uma delas na fumaça do incenso que se eleva, e entoe a seguinte fórmula sete vezes (uma vez para cada pedra):

Zammazo-Emoth-Zaraqaen-Baaltzelmoth!

Pressione cada uma das sete pedras para dentro da terra em volta da vara de forma que marquem um círculo dentro do perímetro do rosário. Para cada pedra que você semear na terra sagrada do cemitério, você deve dizer:

Em nome do Primeiro Coveiro, eu abro totalmente agora o portal ao Reino das Sombras da Morte!

Quando a sétima pedra for semeada na terra, abra a garrafa de vinho. Olhe a vara, pise três vezes com seu pé esquerdo, e diga:

Eu apelo a ti que habitas as entranhas da Terra Negra!

Eu apelo a ti que atravessa o Outro Lado do espelho, sob os Invernos da Morte!

Eu apelo a ti, cuja morada está atrás dos portões fechados do submundo!

 

Em nome de Qayin, eu te evoco e por esta oferta de libação, drenada das veias de Abel, eu te ligo agora a esta vara de abrunheiro, que é o reflexo físico do Cetro de nosso Mestre!

Derrame o vinho tinto, em sentido anti horário, sobre o círculo de rosário e sobre a extremidade da vara erguida, e veja mentalmente como o vinho percorre ao longo e através da vara e para dentro das mandíbulas abertas de todas as deidades sombrias que se reúnem sob a terra do cemitério. Concentre os poderes de sua vontade, fé, imaginação e Espírito em direção do Sigilo Chave marcado sobre a vara, e veja-o brilhar como resultado dos poderes que estão sendo puxados e se tornando unidos com ela.

6 – Deixe a garrafa vazia de vinho de lado e pegue a farinha de cevada. Derrame-a em forma de círculo e sentido anti-horário, sobre as sete pedras de ônix, e diga:

Eu ofereço este sacrifício ás almas obscuras que servem ao meu Mestre Qayin e os ligo a esta vara, em Seu nome, que ela possua o poder de despertar, conjurar e direcionar seus poderes terríficos!

Salve a Todos os Mortos Abençoados e Amaldiçoados!

Pegue os grãos de milho e espalhe-os sobre as pedras de ônis enterradas de forma similar, da mesma maneira feita com a farinha de cevada, e diga:

Eu ofereço este sacrifício aos Daemons do Submundo e os Habitantes dos Túmulos e, pela Tripla Chama do Primeiro Coveiro, eu ligo todos a esta vara, que deverá se tornar uma chave para as Estações Ocultas da Cruz Negra!

Pegue o pão, parta-o ao meio e coloque um pedaço do lado direito e o outro no lado esquerdo da vara no rosário em círculo, e diga:

Eu ofereço este sacrifício a todos os espíritos, sombras e daemons ctônicos que servem ao meu Mestre Qayin, o Rei de Gûlgaltâ, e em nome de Qayin Coroado em Fogo, eu ligo todos eles ao Cetro da Morte, para que se torne uma ponte entre os Astutos entre os Viventes e os Poderosos entre os Mortos!

 

Salve os poderes imortais do Submundo!

7 – Abra a garrafa de leite e derrame seu conteúdo em círculo, em sentido anti horário sobre o rosário, e diga:

Pelo guardião tricéfalo dos mortos e em nome de Qayin Baalzelmoth, eu selo os poderes daqueles conjurados e os vinculo a abençoar esta Vara Sagrada da Morte!

Repita exatamente o mesmo processo com o mel e o sangue de porco, e então queime mais incenso, acendendo mais pedaços de carvão para este fim se necessário. Sente-se no chão perto do círculo de rosário, e coloque suas mãos para os lados, com suas palmas pressionadas contra a terra do cemitério. Sinta a terra pulsar devido aos poderes que você conjurou e, com a visão interior, veja as forças ctônicas, as sombras dos mortos, e as sombras- chamas ascenderem dentro do círculo do rosário e mergulhando totalmente a vara de Qayin e imbuindo-a com sua essência. Após alguns momentos de contemplação dos poderes manifestados, você deve, pela força de sua Vontade e Sangue Flamejante e através de invocações mudas, rogue ao próprio Mestre Qayin Dominor Tumulus, assim como todas as sombras e daemons conjurados se dissolvam lentamente em uma forma do aspecto manifesto e revelado do Senhor de Todas as Covas. Feche seus olhos e, com o Olho do Espírito, observe o Mestre Qayin em pé diante de você, colocando Suas mãos esqueléticas sobre a ponta da vara de abrunheiro. Em orações silenciosas, peça a Ele que a sature totalmente com Seu poder.

Deixe a comunhão extática com o Senhor da Cruz Negra começar e receba Suas bênçãos ou maldições. Quando você sentir estar pronto, louve e agradeça ao Mestre, e exclame:

Salve Qayin Dominor Tumulus!

Salve o Poderoso Senhor Esqueleto!

Salve o Comandante dos Mortos Poderosos!

Salve o Primeiro Coveiro!

Salve o Senhor da Sombra da Morte!

Salve a Cruz Negra!

Salve o Rei de Gûlgaltâ!

Abra os olhos e levante-se. Caminhe em direção a vara e apanhe-a com ambas as mãos. Sinta o poder que agora corre dentro da vara enquanto a puxa, e exclame:

Zammazo-Emoot-Zaraqaen-Baaltzelmoth!

Medite por um momento sobre os poderes que consagram e carregam a Vara de Qayin, tornando-se assim ligada a si mesmo. Quando estiver pronto, envolva a vara na seda negra e ponha-a de lado. Pegue o pano preto para limpeza, umedeça nos conteúdo que resta na garrafa d’água, e utilize para remover o sigilo marcado sobre a lápide, deixando o mais limpo possível, enquanto você entoa silenciosamente:

Salve Qayin Dominor Tumulus!

Salve o Senhor dos Mortos!

Salve o Rei de Todos os Cemitérios!

Dobre o pano de limpeza preto e coloque-o dentro do rosário em círculo. Pegue a vara embrulhada e incline-a para as sete chamas, dê três passos para trás, vire-se e caminhe para a saída escolhida. Pouco antes de você pisar fora do limiar do portão do cemitério, atire três moedas sobre seu ombro esquerdo, como uma última oferenda aos mortos e seus guardiões.

Fonte: Liber Falxifer: O Livro do Ceifador da Mão Esquerda, Parte II, por N.A – A. 218.

Traduzido Por: Strige Kjosja E Frater Nigrvm K. Kyaho Tormentvm 218.

Texto revisado e enviado por Ícaro Aron Soares.

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