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Encontrei essa história ingênua, mas autêntica, no The wisdom of the Egyptians, de Brian Brown (New York, 1928), citado por Lin Carter numa antologia.
O papiro egípcio de onde esta história foi extraída data mais ou menos de trinta e dois séculos.
Nefer-Ka-Ptah encontrou o vestígio do Livro de Toth graças a um sacerdote antigo. O livro era guardado por serpentes e escorpiões, e principalmente por uma serpente imortal. Estava fechado numa sucessão de recipientes encaixados, os quais estavam no fundo de um rio. Auxiliado por um mágico, sacerdote de Ísis, Nefer-Ka-Ptah apoderou-se da caixa graças a um engenho de soerguimento mágico. Cortou então a serpente imortal em duas, enterrou as duas metades na areia, longe bastante uma da outra para que elas não se pudessem juntar. Leu, então, a primeira página do livro e compreendeu o céu, a Terra, o abismo, as montanhas e o mar, a linguagem dos pássaros, dos peixes e dos animais. Leu a segunda página e viu o Sol brilhar no céu noturno e em volta do Sol grandes formas dos deuses.
Entrou em sua casa, procurou um papiro novo e uma garrafa de cerveja, escreveu as fórmulas secretas do Livro de Toth no papiro, lavou-as com cerveja e bebeu essa cerveja. Assim, todo o saber do grande mágico ficou nele.
Mas Toth voltou do país dos mortos e vingou-se terrivelmente. O filho de Nefer-Ka-Ptah, e depois o próprio Nefer-Ka-Ptah e sua mulher morreram. Foi enterrado com todas as honras devidas a um filho de rei e o livro secreto de Toth foi enterrado com ele.
Aparentemente não para sempre. Pois o Livro de Toth reapareceu através dos séculos. Uma lenda posterior diz que a múmia de Nefer-Ka-Ptah, com suaas mãos cerradas em torno do Livro de Toth, foi encontrada por Apolônio de Tiana.
por Jacques Bergier
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