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To Mega Therion, Celtic Frost

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Celtic Frost, formado em 1984 na Suíça é outro conjunto que se destaca no estilo Black Metal. O álbum escolhido para representar o grupo é “To Mega Therion” que não apenas significa “Para a Grande Besta”  numa relação com a besta do apocalipse, mas também é um dos nomes mágicos usado por Aleister Crowley em seus trabalhos. De fato todo este álbum é uma justa homenagem ao pai da Thelema.

A trupe de Thomas Fischer (aka Tom Warrior), que hoje anda se vestindo igual ao Ville Valo, com touca e tudo ) continua mandando chumbo quente como último disco da banda, Monotheist, mas seria uma grande injustiça, comparar o trabalho de hoje com as magistrais pérolas infernais dos anos oitenta. Tanto nos tempos do Hellhammer quanto no próprio Celtic Frost.

A capa desde por si só já é uma blasfêmia. Desenhada por H.R. Giger artísta plástico e ocultista dedicado a uma estética ero-mórbida, traz o nazareno de braços abertos sendo usado pelo diabo como estilingue. Mas vamos ao que interessa, a letra de “The Usurper” que trata Jesus Cristo como um pária judeu, sozinha já vale pelo álbum inteiro:

Celtic Frost ( To Mega Therion ) The Usurper

 

Lend me your steel-bearing hand
So I may reign the Jewel Throne
My soul feels the gods’ demand
As the lost kings uphold my side

Blood and sand
Mark their way
The usurper’s tears
Guide my sword…

Fantasia slept in my thoughts
As I was a son of infinity
The emperor, forgotten, rests in my dreams
As, back to the wall, I start the conquest

Innocence and wrath
Now lie far beyond
As we cross the deserts
To reach the fortress’ gates

Tragical serenades
Are whispered in the wind
As eyes in fury
Grant us our strength

(They’re) throning on the dignity of might
But the successor is to enter the hall
False truth saw them climbing the steps
But I remain the Jewel Throne’s choice

Tradução de The Usurper
(O Usurpador)

Empreste-me seu punho de aço,
Para que eu possa reinar no trono de jóias
Minha alma sente as exigências dos deuses
enquanto os reis perdidos ficam ao meu lado.

Sangue e areia
Marcam o caminho
As lágrimas do usurpador
Guiam minha espada.

Fantasia dorme em meus pensamentos
enquanto eu for um filho do infinito
O imperador, esquecido, descansa em meus sonhos
Me voltando às muralhas eu começo a conquista.

Inocência e ira,
estão distântes agora
enquanto cruzamos o deserto
para alcançar as portas do forte.

Serenatas trágicas
São sussurradas ao vento
Enquanto os olhos em fúria
aumentam nossa força.

(Eles estão) entronizados na dignidade do poder
Mas o sucessor entrará no salão
Falsas verdades verão os passos da escalada

 

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