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“O homem louco. – Não ouviram falar daquele homem louco que em plena manhã acendeu uma lanterna e correu ao mercado, e pôs-se a gritar incessantemente: “Procuro Deus! Procuro Deus!”? – E como lá se encontrassem muitos daqueles que não criam em Deus, ele despertou com isso uma grande gargalhada. Então ele está perdido? perguntou um deles. Ele se perdeu como uma criança? disse um outro. Está se escondendo? Ele tem medo de nós? Embarcou num navio? Emigrou? – gritavam e riam uns para os outros. O homem louco se lançou para o meio deles e trespassou-os com seu olhar. “Para onde foi Deus?”, gritou ele, “já lhes direi! Nós o matamos – vocês e eu. Somos todos seus assassinos! […] Deus está morto! Deus continua morto! E nós o matamos!”
– Nietzsche, A Gaia Ciência
É muito comum encontrarmos manifestações culturais, artísticas e intelectuais que se opõe e criticam as religiões de orientação cristã. No cenário alternativo da música extrema, por exemplo, essa oposição é quase uma característica sine qua non e é o assunto principal da maioria das bandas de Black Metal. Venom, Deicide, Sarcófago, Possessed, Dark Funeral, Impaled Nazarene, Beherith e tantas outras milhares que poderiam ser citadas, extravasam sua violência sonora sobre a cruz cadavérica da civilização cristã. Agressão e violência extrema como na música “Kill the Christian” do Deicide ou na “Blasphemy” do Morbid Angel.
Na literatura podemos citar Pepe Rodríguez, doutor em psicologia pela Universidade de Barcelona, que escreveu excelentes livros “incendiários” nas últimas décadas sobre os bastidores da Igreja Católica. Alguns de seus títulos mais conhecidos são: “Os Péssimos Exemplos de Deus (Segundo a Bíblia)”, “Pederastia na Igreja Católica”, “Mentiras Fundamentais da Igreja Católica” e “A Vida Sexual do Clero”. Rodríguez questiona, investiga e argumenta com autoridade sobre temas controversos das bases do cristianismo, desde a “imaculada” concepção de Jesus até a veracidade de seus “milagres”. Ele escreve baseado em profundos estudos acadêmicos e históricos.
William Blake, Marquês de Sade, Aleister Crowley, Anton S. LaVey, Nietzsche e outros mais, também questionaram, criticaram e expuseram o caráter reducionista e obscurantista das religiões de massa, especialmente do cristianismo.
Podemos dizer que atualmente é o mesmo que chutar um velho cachorro morto ou posar ao lado de um leão abatido para uma fotografia. A “quase” e relativa liberdade de expressão conquistada pela humanidade permite que falemos aquilo que pensamos, desde a ofensa gratuita em prol de um amontoado de “blasfêmias” até manifestações sérias, carregadas de inteligência, intelectualidade e sabedoria.
É fato que as religiões cristãs mudaram muito nos últimos séculos e por não possuírem mais o poder de nos condenar à forca ou à fogueira, não nos sentimos tão ameaçados pelos seguidores de Cristo. Ao menos o barbarismo e a intolerância assassina não fazem mais parte do cotidiano de católicos ou de protestantes.
Agora surge uma questão, por que não há quase nenhuma manifestação cultural, artística ou intelectual que questione, critique e ofenda o islamismo como a música extrema, por exemplo?
A resposta parece simples: esse cão está bem vivo e não ladra antes de explodir. Ninguém quer se aproximar do leão enquanto ele está vivo.
O islamismo é a maior religião da humanidade em número de adeptos e é a religião que mais cresce no mundo, alavancado pelos altos índices de natalidade dos países islâmicos e pela facilidade de conversão de novos adeptos.
Em 1997, segundo as pesquisas realizadas sob encomenda da Igreja Católica, o número de muçulmanos já era maior do que o de católicos. O Islã tinha 19,6% de adeptos e a Igreja 17,8%.
No censo de 2000, realizado no Brasil pelo IBGE, 0,016% dos entrevistados alegaram que eram muçulmanos. Católicos representavam 73,57% e seguidores da Igreja Universal do Reino de Deus 1,24%.
No banco de dados do site de pesquisas religiosas Adherents estima-se que 21% das pessoas do mundo sejam muçulmanas.
Em nosso país o islamismo ainda está engatinhando, mas faz isso de maneira progressiva e linear, ou seja, por enquanto, quase não temos com o que nos preocupar, mas, será que algum dia estaremos sitiados pelos seguidores de Mohammad?
Breve Resumo Histórico
Por volta do ano 611, no início do século VII, Mohammad, um analfabeto e possivelmente epilético, diz ter recebido a visita de um anjo chamado Gabriel. Era o início de uma série de revelações que culminariam no Alcorão, o livro sagrado do Islã.
Como era analfabeto, Mohammad teve que ouvir e memorizar os 114 capítulos (suratas) que compõe a obra para futuramente dita-la aos seus seguidores e escribas. O livro é composto por aproximadamente duzentas e noventa mil palavras.
Gabriel havia lhe dito que há somente um deus e que toda a humanidade deveria ser submissa a ele, tanto que etimologicamente a palavra islã surgiu da raiz árabe “asalam” que significa “submissão” (à lei e vontade de deus) e muçulmano significa aquele que se submete a deus.
Isso ocorreu em Meca, na região atualmente conhecida como Arábia, local onde Mohammad iniciou sua pregação nas tribos politeístas.
Mohammad foi ameaçado e perseguido e teve que emigrar para Medina para sua própria segurança, pois pregar o credo em deus único não era visto com muitos bons olhos pela maioria das tribos. Em sua “fuga” foi seguido por muitos discípulos e por sua rica esposa Khadija, que gastou toda sua fortuna para ajudar o marido em sua tarefa divina. A emigração, conhecida como Hégira, marca o início do calendário islâmico.
Foi acolhido em Medina e aclamado como líder religioso.
Cerca de oito anos após a emigração, por volta de 630, Meca foi conquistada por seus discípulos e Mohammad pôde retornar para sua terra.
Morreu em 632 em Medina quando houve a primeira grande confusão entre seus fiéis: parte deles acreditava que Mohammad havia designado Ali ibn Abu Talib como seu sucessor e outra parte discordava, surgia assim a divisão que futuramente dividiria o Islã entre Xiitas e Sunitas.
Os 32 anos que sucederam à morte do Profeta foram fundamentais para a formação e expansão do islamismo. Foram quatro califados expressivos que levaram o Islã ao Egito, à Síria e ao Irã, nesses mesmos 32 anos o Alcorão foi publicado pela primeira vez.
O período seguinte, conhecido como Islã Clássico, começou por volta de 661 e se estendeu até 1258. O islamismo chega à Espanha e à Índia, o Xiismo é fundado e os escritos sobre a vida e as pregações de Mohammad são compilados. Um dos principais marcos históricos desse período é o fracasso das cruzadas cristãs.
Até 1918 cristãos e muçulmanos ainda brigam por seus territórios… Surgem impérios islâmicos na Índia e novas dinastias no Irã. Surge o Império Otomano que conquista a cristã Constantinopla que passa a se chamar Istambul.
Pode-se dizer que de 1918 até nossos dias o islamismo está em seu “período moderno”, sendo que os principais pontos históricos são:
- divisão do Império Otomano entre as potências européias;
- países muçulmanos deixaram de ser colônias ocidentais;
- surgem os grupos extremistas, como a Irmandade Muçulmana em 1928;
- guerra entre israelenses e árabes;
- fundação da Organização para Libertação da Palestina;
-
Revolução Islâmica do Irã;
- milícia Talibã toma o poder no Afeganistão e cria o regime islâmico mais radical e rigoroso do mundo;
- ataques terroristas, inclusive nos EUA;
- EUA iniciam ofensivas para “democratizar” o mundo islâmico;
- Guerra do Iraque;
- execução de Saddam Hussein;
Algumas Características do Islamismo “Moderno”
Ausência de divisão entre estado e religião: o estado deve ser guiado por um representante de deus ou de Mohammad e pelo Alcorão. Geralmente há um líder totalitário e militarista. Democracia: nem pensar.
Leis rigorosas e controversas: os países muçulmanos são regidos por legislações inspiradas na interpretação do Alcorão, como a Sharia, conjunto de leis e regulamentos que devem ser obedecidos à risca pelos fiéis. Nesse código são previstas punições severas que variam de prisão até a morte por apedrejamento (lapidação).
Em 2007, uma professora inglesa do ensino fundamental de uma escola do Sudão foi condenada a 15 dias de prisão por permitir que seus alunos de 6 e 7 anos chamassem um ursinho de pelúcia de Maomé. Seu crime: blasfêmia contra o profeta. Houve manifestações em vários países islâmicos para que a professora fosse condenada à morte.
Em 2002, Safiya Huseini, uma mulher nigeriana foi condenada à morte por apedrejamento. Seu crime: ela foi estuprada e engravidou!
Foto de Hajiyeh Esmaelvand, mulher iraniana condenada à morte por apedrejamento. Seu crime: adultério. A condenada tem parte do corpo enterrado e uma multidão atira pedras de tamanhos definidos até que ela morra. É comum que a família do condenado tenha que fazer os preparativos para a execução.
Em 2007, o farmacêutico egípcio Mustafa Ibrahim, que trabalhava na Arábia Saudita, foi condenado à morte por decapitação. Seu crime: práticas de bruxaria!
Em janeiro de 2008, Abdelrahman al Racheed e Qashaan Al Sebeí foram decapitados a golpes de sabre em público na cidade de Ad-Dammam, Arábia Saudita. Seus crimes: tráfico de drogas.
Em 2007, o iraniano Makwan Mouloudzadeh, de 20 anos, foi enforcado. Seu crime: o rapaz era acusado de ter cometido três estupros quando tinha somente 13 anos de idade, apesar de nenhuma prova e das supostas vítimas (meninos) terem desmentido as acusações, as autoridades iranianas aguardaram até o momento em que a execução pudesse ser realizada.
Misoginia: As mulheres quase não possuem expressão. No universo islâmico elas são tratadas a parte dos homens. Em locais públicos há áreas reservadas para as mulheres, que só podem entrar acompanhadas de homens da família ou com seus esposos. Há esquisitices como Mac Donald’s somente para homens, etc.
É muitíssimo comum que as meninas sejam proibidas de freqüentar escolas, o que as lega ao analfabetismo. Em alguns países islâmicos as escolas são divididas entre os sexos numa espécie de “appartaid”.
As mulheres são proibidas de andar sozinhas pelas ruas, de fazerem compras sozinhas e de trabalhar.
Em países muçulmanos as manicures não devem ganhar muito dinheiro: decepar os dedos de mulheres que pintam as unhas é algo muito comum.
Impedidas de trabalhar, mulheres solteiras ou viúvas costumam viver de esmolas ou passam fome.
A feminilidade é simplesmente desmotivada, condenada e banida. As roupas escondem os corpos, os rostos e os olhos: trata-se da burqa, vestimenta que esconde a mulher do mundo e a isola do convívio social.
Para o pensamento ortodoxo muçulmano a mulher é inferior ao homem.
Os casamentos são arranjados e os muçulmanos podem ter várias esposas.
Mulheres não podem nem pensar em olhar para outros homens além de seus maridos, pois isso poderia terminar em execução pública devido ao adultério, mesmo que o “crime” não ocorra.
Para os homens o adultério não é crime punido com execução.
Ateqeh Rajabi, 16 anos. Condenada à forca em 2004 por adultério.
Intolerância agressiva: Atos terroristas e de violência são extremamente comuns.
Já há boletins de ocorrência registrados nas delegacias brasileiras: um professor de teologia cristã foi ameaçado de morte por um libanês muçulmano de Santo André, somente porque o dito professor publicou um texto sobre o islamismo na Internet.
As charges do profeta Maomé desencadearam diversas crises diplomáticas pelo mundo.
Artistas franceses foram duramente ameaçados por fazerem críticas públicas aos regimes totalitários de alguns países islâmicos.
Supressão e discriminação de minorias: nos países islâmicos as minorias não muçulmanas vivem em constante discriminação, grupos de infiéis segundo o Alcorão.
Execução grupal no Irã: punição aplicada também em casos de bruxaria…
“Entendo a corrupção, como já se está a adivinhar, no sentido de décadence; a minha afirmação é que todos os valores em que agora a humanidade condensa os seus desejos supremos são valeurs de décadence. Considero corrupto um animal, uma espécie, um indivíduo, quando perde os seus instintos, quando escolhe e prefere o que lhes é prejudicial. […] Mas a própria vida é para mim o instinto de crescimento, de duração, de acumulação das forças, o instinto de poder; onde falta a vontade de poder, há degenerescência. A minha afirmação é que esta vontade falta em todos os valores supremos da humanidade que, sob os mais sagrados nomes, dominam os valores da decadência, os valores niilistas […]”
Nietzsche,O Anticristo
Últimas palavras
O islamismo, ao contrário de seus concorrentes no mercado das almas, está em franca expansão pelo mundo: outra religião para redenção das almas, outras cordas para animar as mesmas velhas marionetes desprovidas de cérebro. Diferenciais: a dinamite, o chumbo (e o aço encamisado), a pólvora e a espada.
A ausência entre estado e religião, professada pelos discípulos de Mohammad, é um dos fatores mais preocupantes, pois geram regimes injustos, voltados para minorias, sem qualquer espécie de liberdade de expressão e cruelmente misóginos.
As guerras mais recentes e as ondas de ataques terroristas revelaram e expuseram ao mundo um pouco mais dos gigantes petrolíferos islâmicos: países com níveis baixíssimos de desenvolvimento humano, condições subumanas de existência, povos com baixíssimo nível de instrução e ausência de liberdade. Na Arábia, por exemplo, 40% da renda nacional está nas mãos da família real.
A justificativa da maioria dos indivíduos muçulmanos, auto-declarados pacíficos, é que o extremismo e a violência são professados e praticados por uma minoria islâmica. Explica, mas não justifica.
Não nos importamos com a existência de pastores e dos seus rebanhos em constante engorda, mas devemos nos preocupar quando esses pastores e seus respectivos rebanhos pretendem atirar pedras pesadas sobre nossas cabeças para cumprir seus preceitos religiosos controversos.
Deveríamos nos submeter somente a nós mesmos ao invés de seguirmos doutrinas professadas por analfabetos epiléticos que saíram por aí tendo visões de anjos de deus, mesmo porque deus está morto e seus profetas também.
“Entendo a corrupção, como já se está a adivinhar, no sentido de décadence; a minha afirmação é que todos os valores em que agora a humanidade condensa os seus desejos supremos são valeurs de décadence. Considero corrupto um animal, uma espécie, um indivíduo, quando perde os seus instintos, quando escolhe e prefere o que lhes é prejudicial. […] Mas a própria vida é para mim o instinto de crescimento, de duração, de acumulação das forças, o instinto de poder; onde falta a vontade de poder, há degenerescência. A minha afirmação é que esta vontade falta em todos os valores supremos da humanidade que, sob os mais sagrados nomes, dominam os valores da decadência, os valores niilistas […]”
Nietzsche,O Anticristo
Frater Nigrum Azoth
Por Pharzhuph – Lucifer Luciferax 2º – junho 2008 e.v
Alimente sua alma com mais:
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