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excerto de “Angel Tech” de Antero Alli
A palavra “aura” é derivada do grego “avra”, que significa brisa. Assim como as brisas vêm em muitas formas, as auras também: ventos quentes do golfo, rajadas frias, brisas de outono, furacões… talvez haja algo verdadeiro na expressão “ser levado pelo vento”. Como uma brisa, a aura é um campo em movimento capaz de ser registrado pelas coisas que afeta, como um prado ondulante. A aura é um campo eletromagnético de energia que cerca e permeia todas as formas vivas. Tudo que é vivo possui uma aura, e, como os flocos de neve, cada uma é única. Clarividência é a habilidade de, entre outras coisas, ver auras. A experiência clarividente também é única, pois dois “psíquicos” olhando para a mesma aura provavelmente verão manifestações diferentes do mesmo campo. Isso acontece porque o mecanismo de filtragem psicológica de cada pessoa também é único. Não existem “canais claros”, apenas diferentes interpretações.
Ninguém realmente sabe o que é uma aura ou como ela realmente se parece. A declaração anterior foi feita para esclarecer sobre o que esperar. A vida é, no mínimo, um mistério. Devido aos nossos preconceitos e psicologias individuais, as auras podem aparecer em uma variedade de formas e formatos: cores, imagens, texturas, ovos iluminados, nuvens e outras curiosidades. Não existem auras “ideais”, como alguns livros esotéricos nos fazem acreditar, até mesmo incluindo “fotos” e desenhos delas. Talvez, ao ultrapassarmos nossas preconcepções sobre “auras”, haja uma chance viva de detectar suas qualidades. Quando o que estamos tentando descrever é obscurecido pela nossa definição disso, testemunharemos apenas nossas próprias limitações iluminadas. Tornamo-nos clarividentes ao apoiarmos nossa impressão inicial, evitando sua tradução. A interpretação virá naturalmente com nossa necessidade de comunicar o que vemos da maneira mais propícia à pessoa que está ouvindo.
Nós somos nossas auras. A aura é gerada e sustentada pela Consciência, expressa através de centros de energia específicos em nosso corpo. Esses centros são vórtices de energia giratória originalmente chamados de Chakras, uma palavra em sânscrito hindu que significa “roda”. Esses centros giram em diferentes velocidades, do centro mais lento (base da coluna) ao centro mais rápido (acima da cabeça) e expressam oito funções da Inteligência. Subjetivamente, isso pode ser sentido como a qualidade mais densa de consciência disponível para nós (primeiro centro) até a consciência mais clara que podemos acessar (oitavo centro). De uma perspectiva psíquica, não há qualidades certas ou erradas de consciência. Clareza não é melhor do que densidade e vice-versa. De uma perspectiva relativística, cada qualidade tem seu valor, função e lugar em sustentar o ser como um todo. Isso não significa que não ficamos presos em um dos centros… nós ficamos. O trabalho psíquico é aprender a ler o centro em que estamos tendo problemas e os que não têm problema algum.
O tamanho, forma, densidade, profundidade e qualidade gerais de uma aura variam amplamente com cada indivíduo. Existem basicamente dois níveis áuricos principais: 1) O eixo central dos centros de energia (coluna e cérebro) e 2) A periferia na área do eixo central. O segundo nível passa pelas mudanças mais notáveis e dramáticas, enquanto o eixo central demora muito mais para se transformar e é, de fato, mais fixo. É como o oceano, em que a ação das ondas na superfície passa por mudanças muito mais perceptíveis do que o fundo do mar. Os centros de energia no eixo podem se reconstruir, mas apenas com um trabalho prolongado consigo mesmo. Esses centros expressam fixações e excitações de longo prazo… em uma palavra, o código kármico de cada indivíduo. Isso ocorre porque todas as experiências nos impressionam no nível áurico. Cada um de nós é um livro aberto para aqueles que podem ler. Se você pudesse ver auras, gostaria de vê-las o tempo todo?
A periferia áurica muda com mudanças de humor, pensamento e atividade física. Alguns de nós possuem a capacidade incomum de parecer diferentes hora a hora, dia a dia, dependendo de quão vulneráveis estamos a sermos influenciados por nossa própria energia e pela dos outros. Bons atores no Teatro são capazes de “carregar” sua aura, ou atmosfera, com uma vasta gama de cores, humores e texturas. Esses atores permitem-se ser moldados e afetados por suas criações em caracterizações impressionantes de se testemunhar. Certos indivíduos, como você sem dúvida notou, carregam uma “aura” ao seu redor, como se os limites de sua aura fossem mais bem definidos. Outros, quase como névoa, se misturam tão bem com seu ambiente imediato que se tornam camaleões e imperceptíveis, exceto em relação. Então, há aqueles indivíduos excepcionais que, após desafiar todas as tentativas de categorização, continuam se destacando em multidões como um holofote em meio a velas. Às vezes, essas pessoas de holofote parecem normais em todos os outros aspectos, exceto pelo fato psíquico de brilharem mais.
Toda aura tem seu lado claro e escuro… ou, de forma mais sucinta, pontos claros e escuros. Não tem nada haver com bem e mal. Áreas escuras em uma aura referem-se à resistência, são uma condensação de energia resultando em um escurecimento. Os pontos claros transmitem um fluxo livre de energia iluminada. Dependendo de qual centro de energia os pontos estão próximos, identifica-se a área específica onde a ação está ocorrendo, por exemplo, um ponto escuro em torno do primeiro centro (base da coluna) indica resistência em torno de questões de sobrevivência física e segurança. Um Clarividente experiente, no transe consciente, pode olhar para o “coração do ponto escuro” e ver a imagem em que estamos presos. Torna-se uma informação útil quando a resistência é articulada de maneira que faça sentido para a pessoa em resistência.
Um indicador psíquico de muita resistência em uma aura é que sua periferia é “frágil”. A matéria sutil dessas condensações, precisa vir de algum lugar. Nossa periferia é onde somos mais sujeitos a ataques emocionais, psicológicos e psíquicos. Se não sabemos como estar em nosso centro, provavelmente estamos pendurados na periferia. Quando a aura é frágil, é mais fácil de quebrar. É um alvo em movimento para o que quer que seja inclinado a ser jogado contra ela. Você tenderá a atrair para si mesmo exatamente aquilo que resiste.
O contraponto mais eficaz para ataques psíquicos é a não resistência. Começamos adotando uma atitude menos julgadora. A não resistência, do ponto de vista psicológico, significa deixar que você e os outros sejam o que todos querem ser. (Pare de se criticar e/ou criticar os outros.) Cada julgamento rigidifica a aura. Quantas vezes vimos alguém despedaçado por um evento porque não conseguiu parar de julgá-lo como “errado” da forma como aconteceu?
Pontos brilhantes na aura podem indicar habilidades de cura. Sempre que há uma aceleração de energia e uma grande abertura na área do coração, mãos, joelhos e às vezes plexo solar… existem tendências para catalisar aberturas em outras auras. Muitas pessoas são curadores naturais e nem sabem ou nem pensariam em se chamar de “curadores”. Elas simplesmente têm uma tendência para fazer as pessoas se sentirem melhor e mais elas mesmas. Isso é o que a cura é… tocar o eu inato nos outros, para que eles se ajudem a emergir mais. Toda cura pode ser apenas auto-cura. Se você não quer ser curado, provavelmente não será. Se acredita que será, então pode ser que sim. Tal é o poder da crença quando focada com intenção positiva.
A seguinte meditação psíquica tem o objetivo de nos familiarizar com nossos pontos claros e escuros. Pode ser facilitada sozinha ou em grupo, contanto que o ambiente esteja controlado.
Meditação do Corpo de Luz
Conecte-se completamente com a terra como previamente instruído e/ou com qualquer outro método de estabilização. Sente-se com os olhos fechados.
- Coloque sua atenção no meio do seu cérebro. Este é seu Posto de Comando Psíquico… onde sua mente controla sua realidade.
- Do meio do seu cérebro, visualize ou imagine uma réplica do seu próprio corpo, em sua forma e postura atual, moldada em cristal claro na sua frente a cerca de um metro e meio de distância.
- Inspecione seu corpo de cristal em busca de rachaduras ou falhas; conserte-as.
- Projete sua consciência para fora, para o corpo de cristal. Em seguida, puxe-a de volta para caber em seu corpo físico.
- Repita o passo 5 várias vezes; cada vez vá um pouco mais fundo em cada corpo.
- Habite seu corpo físico e puxe o corpo de cristal para dentro dele, de modo que se encaixe como uma luva. Esteja ali com o corpo de cristal sincronizado com o físico.
- Examine seu corpo em busca de pontos escuros. Ao encontrar um, veja se está tudo bem dar a si mesmo permissão para deixá-lo ir. Se puder, deixe-o cair no planeta. Se não puder, não se preocupe, passe para outro ponto escuro.
- Passe o tempo que quiser deixando cair pontos escuros, mas não seja muito duro consigo mesmo… além disso, os importantes reaparecerão.
- Visualize e/ou sinta um horizonte à distância, estendendo-se 360° ao seu redor em todos os lados.
- Deixe um sol nascer sobre o horizonte. Não predetermine isso. Simplesmente permita que o sol nasça no seu próprio ritmo sobre seu próprio horizonte.
- Absorva toda a luz que puder com seu corpo de cristal. Deixe-a trabalhar.
- Do centro do seu cérebro, convide o sol a se aproximar duas vezes mais, de modo que se mova para um ponto a meio caminho entre você e seu horizonte.
- Deixe seu corpo de cristal absorver sua luz e refratá-la dentro de si mesmo.
- A partir daí, gradualmente traga o sol para mais perto… enquanto absorve sua luz. Descubra quanta luz você pode absorver… quanta luz seu corpo de cristal se sente seguro o suficiente para absorver.
- Se puder, traga o sol para dentro do seu corpo e deixe-o encontrar seu próprio lugar ali. Deixe-o irradiar de sua posição auto-designada e encher todo o seu corpo com luz.
- Verifique seu aterramento. Re-aterramento. Veja como isso afeta a luz.
- Quando se sentir resolvido e tiver atendido às suas necessidades, abra os olhos e registre qualquer mudança em seu estado de ser e/ou percepção. Se houver outras pessoas por perto, converse sobre isso. Se não, escreva.
A meditação anterior foi configurada para a indulgência essencial de experimentar a si mesmo como luz. Também indicará o grau de iluminação que você é capaz de alcançar no momento presente. O “sol” nesta meditação é um embaixador da sua Verdadeira Fonte, na medida em que você pode determinar sua relação com a Fonte no tempo presente pelo horizonte de onde ele surgiu. Você estava de frente para sua Verdadeira Fonte? Ela o surpreendeu por trás? Você a pegou indiretamente pelo lado? Investigações adicionais por conta própria, talvez em um Ritual, fornecerão mais informações. Você é sua aura. Somos todos seres de luz.
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