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Pequeno Dicionário de Divindades e Entes Espirituais Mesopotâmicos

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Romulo Guyrauna

Este pequeno dicionário, deveras incompleto, tem por objetivo contribuir com os estudos e práticas daqueles(as) que, assim como eu, interessam-se pela mais antiga forma de Magia Cerimonial conhecida neste Planeta: a Magia Mesopotâmica.

Considerada “o Berço da Civilização”, a Mesopotâmia (região localizada entre os Rios Tigre e Eufrates) foi solo fértil ao surgimento das mais vetustas religiões e ritos mágicos, oraculares e feitiçarias, presentes no Universo Mágico Ocidental – a Ciência Oculta dos sacerdotes sumérios, sendo progressivamente assimilada, transmitida e ampliada por acádios, babilônios, assírios e caldeus, migrou para outras civilizações orientais; até ter suas bases finalmente apreendidas pelo Império Romano e difundidas, ao longo dos séculos, por entre povos de terras muito distantes.

Grandes religiões, como o Judaísmo, o Zoroastrismo, o Cristianismo e o Islã, possuem fortes elementos de origem mesopotâmica; assim como o que hoje chamamos Teurgia e Goécia, Magia Angélica e Magia Planetária, Necromancia e Nigromancia, encontram seus fundamentos históricos nas Antiquíssimas Magia Cerimonial e Feitiçaria mesopotâmicas.

Futuramente pretendo publicar este Pequeno Dicionário, acrescido de revisões e aprofundamentos, em algum de meus trabalhos sobre Ritos Mágicos e Feitiços Mesopotâmicos. Por ora, esta é uma síntese didática de minhas últimas investigações neste campo de conhecimentos – trabalhos presentes em meu seminário FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, TEÓRICOS E PRÁTICOS DE MAGIA E FEITIÇARIA MESOPOTÂMICAS.

A

ADAD: As origens desse ente divino não são sumérias ou semitas – mas possivelmente fenícias ou asiânicas. Os Fenícios contavam que quando todas as suas divindades possuíram templos na Terra, apenas Adad ficou sem santuário. Já os asiânicos o representavam como o habitante dos altos cimos. Portanto, sua presença, entre os Babilônios, é estrangeira. Ele é o Senhor das Tempestades seguidas de raios e trovões, assim como das chuvas favoráveis. Suas armas são o raio e o relâmpago e sua propriedade é o touro por conta de seu mugido que lembra o trovão. Sua esposa se chama SALA ou SHALA, a “Dama da Espiga” (uma divindade vegetal possivelmente anterior ao panteão Anunáki).

AMURRU: Deus dos amorreus. A princípio, não possuía local de morada. Para poder ser estabelecido entre os Deuses, precisou de um abrigo e de uma esposa.

AN (em semita ANU): Deus Supremo, desde o período sumério. Reside no Céu e seu ideograma é a estrela (signo que tanto descreve o Deus quanto seus templos, nas cidades de Der, em Acad, de Uruk, em Sumer, e de Lagash, em Girsu). Possuidor de poderes maiores que os dos outros deuses, sendo possuidor de atributos presentes nos deuses da fecundidade e da fertilidade. Com o tempo, outras divindades celestes assumiram poderes semelhantes aos seus. É o pai de ISHTAR – cujo culto findou por suplantar o de seu pai. Até o momento em que Marduk o superou, Anu foi considerado Rei dos Deuses e Deus Supremo, cujas insignias são: o cetro, o diadema, o bastão de comando e a coroa. É um Deus hospitaleiro, pois no Céu dá abrigo aos demais deuses.

ARALU: O “inferno” mesopotâmico não era lugar de “demônios” (como atualmente são compreendidas essas entidades, no universo judaico-cristão), mas morada dos mortos, sobre os quais mais à frente direi algumas palavras.

ASSUR: Deus Supremo dos Assírios, cujo nome pouco aparece nos mitos babilônicos.

B

BABU: Divindade feminina ligada à saúde: curava a saúde dos seres humanos, mas também poderia prejudicar nossa espécie. Esposa de NINURTA.

BEL ou BILU: Alguns pesquisadores afirmam que esse foi o Grande Deus da Babilônia, correspondente ao BAAL dos Fenícios. Outros estudiosos afirmar que havia vários Bel – pois que várias divindades recebem este título que quer dizer “senhor”. Se o termo “Bel” for, de fato, um título, deve estar relacionado a um dos nomes que JEOVÁ, Deus dos Hebreus (os Hebreus são descendentes dos Acádios), recebe: EL.

BÉLTIS (BELIT, em Caldeu): “A Dama”, associada pelos Caldeus (Neobabilônicos) ao Deus Bel, a princípio relacionada a Ishtar. Foi identificada, pelos gregos, com AFRODITE – também chamada MILITA. Seu culto foi marcado pela chamada “prostituição sagrada”: mulheres virgens deveriam passar um tempo em seu templo e entregar “as primícias da virgindade” ao primeiro que se apresentasse.

D

DANQUINA: Não possuímos maiores informações sobre essa deusa. Sabemos apenas que é esposa de EA.

DEMÔNIOS: Babilônios e Assírios se preocupavam com os chamados GÊNIOS – entidades que cercavam os seres humanos e podiam ser boas ou más. Os demônios benfazejos eram grafados como touros alados e guardavam as entradas dos palácios. Os maus gênios, entretanto, eram maioria. Suas origens são diversas: teriam sido gerados por Bel ou por Anu; ou ainda pelo casal Ea e Danquina; e se unido a uma deusa infernal. Em outros momentos parecem ter sido vomitados por Ea, visto que são chamados “a bílis de Ea”. Os maus demônios eram imaginados com monstros horrendos e divididos nas seguintes categorias: UTUKKU, os “Sete”, era a mais frequente e mal definida (até mesmo porque eram muito mais de sete) – às vezes sendo chamados EDIMMU (“Os que voltam” possivelmente do mundo dos mortos, almas esquecidas por seus familiares que ressurgiam para prejudicar os vivos) e NAMTARU (“O Demônio da Peste”). Perseguiam os viajantes, provocavam discórdia entre pessoas de uma mesma família, maltratavam os animais, causavam acidentes, adoeciam homens e mulheres, etc. Se os Sumérios não sabiam ao certo a causa do mal no mundo, os Babilônios parecem ter considerado esses seres a fonte do sofrimento. Percebemos que muitos mortos poderiam se tornar Edimmu: quem sofria morte injusta ou que não houvesse, quando vivo, alcançado alegrias esperadas; aquele que teve seu cadáver abandonado e ficou sem sepultura; mulheres que morreram virgens; mães de natimortos; afogados; que caíram de uma palmeira e morreram… se vingavam prejudicando os vivos. Outra categoria de demônios eram os ÍNCUBOS e SÚCUBOS: a princípio, almas de natimortos e abortos; posteriormente entidades espirituais geradas ou comandadas por LILITH (ser que, como veremos, é mais antigo que a Lilith presente nos mitos hebreus), especializadas em atacar homens e mulheres que dormiam sozinhos para sufocá-los e causar-lhes orgasmos. PAZUZU, de origem suméria, provavelmente durante o período assírio era visto como uma entidade bivalente, capaz de afugentar Lilith (ou antes LAMASTU, entidade que parece ter se fundido ou originado Lilith, que se alimentava de recém-nascidos e prejudicava as mães durante os partos); originariamente era compreendido como uma Força capaz de trazer a fome durante a seca e as doenças nas épocas de chuva. ENKUM era uma outra categoria de monstros que aparecem, em determinado momento, sob as ordens de Ea.

DÉRCETIS: Deusa síria, também chamada DÉRCETO, ATÁGARTIS e ASTARTE, originalmente deusa filistéia. Possuía corpo de peixe – o que pode apontá-la como uma ancestral de nossas SEREIAS. Relacionando-se com um mortal, foi mãe de SEMÍRAMIS – fundadora da Babilônia, esposa de Nino, Rei da Assíria. Quando seu governo estava prestes a ruir, percebendo que NÍNIAS, seu filho, procurava destroná-la, entregou-lhe a coroa antes de se transformar em uma pomba.

DUMUZI: Deus da Vegetação, principalmente das colheitas, possivelmente pertencente ao “Ciclo de Deuses Vegetais”, como Shala, anterior à formação do Panteão Anunáki.

E

EA (ENKI em Sumério): o Senhor do solo profundo, do subsolo, região considerada um abismo aquoso, pelos babilônios – lugar chamado APSU sobre o qual o mundo flutuava. O próprio nome “Ea” quer dizer “casa d’água”; e os babilônias afirmavam que a Sabedoria, a Ciência e a Prudência se localizavam em Apsu – o que faz desse Deus o Sábio por excelência. Como Senhor do Saber, a Magia, a Adivinhação, a Astrologia, a Medicina, dentre outros conhecimentos, estavam sob sua égide. Sua esposa era a Deusa DANKINA, sobre a qual pouco sabemos até o presente. Ea é considerado o Criador da humanidade e protetor dos entes humanos. Foi Ele que, à guisa do Jeová bíblico, fazendo uso de argila, modelou o homem (embora os outros grandes deuses também pudessem fazer isso) e o animou com o Sopro Vital. Foi esse Deus oleiro que avisou Umnapisti da eminência do grande dilúvio e o orientou a construir a arca e recolher sua família. Ea foi chamado Deus do Olho Brilhante – o que parece ter alguma relação distante com o “Olho que Tudo Vê”, da Maçonaria. Foi Ele quem trouxe civilização à humanidade e dividiu as línguas humanas.

ENLIL: em semita essa divindade se chama BEL, palavra que em português significa “Senhor”. Enlil domina a Terra. Em épocas remotas esse Deus era nomeado “Rei dos Deuses” e chamado “sábio”, “ajuizado” e “prudente”. Porém, foi Enlil quem ordenou o dilúvio. Durante a hegemonia babilônica MARDUK, ao tornar-se a principal deidade, passou a ser chamado BEL-MARDUK – enquanto Enlil foi tornado “Bel o Antigo”. Sua esposa se chamava BELIT, “A Dama”.

ENKI: ver Ea.

ENZU: Deus Lua, Senhor do Saber. Pouco sabemos sobre essa Potestade.

ERESKIGAL: Rainha de ARALU (região cujo nome vem sendo traduzido pelos histpriadores como “os infernos”, mas que parece significar “país do qual não se retorna”), irmã de SAMAS e ISTAR. Quando o Deus NERGAL invadiu seus domínios e a maltratou, Ereskigal ofereceu-se-lhe em casamento. A partir de então Nergal se tornou o Rei de Aralu.

G

GATUMDUG: a Deusa do Leite. Parece ser uma divindade menor, talvez de culto mais antigo que o panteão dos Grandes Deuses.

GÊNIOS: ver Demônios.

GESHTIN ANA: Deusa agrícola, “A Vinha Celeste”.

GIBIL: Deus de origem suméria, também chamado NUSKU.

GIZIDA: Deus da vegetação, pertencente, assim como A Vinha Celeste, a provável antigo ciclo de divindades ligadas à Natureza.

GULA: Deusa esposa de NINURTA. A Saúde e a cura das doenças humanas, assim como a aplicação de prejuízo às pessoas, estavam sob sua autoridade. O cão era seu animal companheiro.

I

INSHUSHINAK: ver Ninurta.

INANA: Deusa responsável pela “prostituição sagrada” – instituição necessária à preservação da vida, em uma época em que a maioria das crianças geradas morria em pouco tempo e menos de 10% da população ultrapassava os 55 anos de idade. Inana controlava a compulsão à cópula.

INURTA: ver Ninurta.

ISTAR (ISHTAR): com o passar do tempo esta Deusa se tornou a expressão de diversas outras divindades – e por isso sua história é incerta. A princípio parece ser anterior ao panteão dos Anunaki. Foi considerada filha de SIN, assim como de ANU. Irmã de SAMAS e de ERESKIGAL. Teve muitos amantes e maridos: quase todos os principais deuses das cidades casaram-se com ela. Istar foi simultaneamente considerada a Deusa do Amor, do Prazer e da Volúpia; e a Deusa das Batalhas – como se o princípio da fecundidade estivesse unido ao elemento marcial. Atuando em cada uma dessas formas Istar recebia nomes, símbolos e atributos diferentes. Foi identificada com ASTARTE, ASTAROT ou ASTORET; e ainda, mais à frente, ao ser assimilada por outros povos antigos, com VÊNUS, AFRODITE e CIBELE. Foi a Grande Deusa dos povos semitas.

L

LAMASSUS: Possivelmente entidades benfazejas, representadas como touros alados com cabeça humana que usavam a coroa cornífera pertencentes aos Deuses; guardavam, ao que parece, os aposentos reais do período Assírio.

M

MARDUK: o Filho de Ea foi adorado em Babilônia como Divindade Suprema. Vencedor das divindades do Caos e organizador do Céu e da Terra. Também era chamado MERODAK. Seus atributos eram: o dragão, o peixe-cabra e o cão. Podemos considerar Marduk e Ea como os principais Deuses da Magia. Durante a reforma religiosa da primeira dinastia babilônica (1830 – 1531 a.C.), Ea progressivamente cedeu seus poderes a Marduk.

ME: Força ou Energia misteriosa; expressão sem tradução em línguas ocidentais, mas que pode ser compreendida como “a Força que traz a civilização”. Ea (Enki) era o Deus depositário dessa Força.

N

NABU: “O Escriba dos Deuses”. Conforme os antigos mitos, no começo de cada ano os Deuses realizavam uma assembleia para elaborar o destino do ano nascente, Nabu tomava nota, em tabuinhas, as determinações do divino conclave.

NEBO: Divindade assíria cultuada em Babilônia.

NERGAL: Deus de Aralu, marido de ERESKIGAL. Possui, assim como SAMAS, caráter solar. Entretanto, ao contrário do Sol Benfazejo, Nergal está relacionado ao Sol Destruidor.

NIDABA: Foi uma Deusa da Fertilidade ligada à vegetação – uma divindade grão, Deusa dos juncos e dos caniços. Com os caniços os artesãos preparavam os estiletes de escrever sobre a argila – por isso, Nidaba evolveu para a Deusa dos Números e dos Presságios. Tornou-se, também, a divindade das plantas de modo geral. Também foi chamada NISABA.

NIN: Grande Deusa mesopotâmica, que deu nome à cidade de Nínive.

NINKARRAK: esposa de NINURTA, presidia a saúde humana.

NINGIRSU: Deus associado à guerra e a destruição

NINGIZIDA: divindade ligada à Natureza, Deus dos Bosques e da Verdura – chamado “Senhor do Bosque da Vida”. É o mesmo Deus GIZIDA.

NINTUD: Deusa que comandava os partos, invocada particularmente pelas mulheres grávidas.

NINURSAG: Deusa Mãe cultuada em Ur pelos caldeus. Não encontrei maiores informações a respeito.

NINURTA (INURTA): No tempo dos sargônidas (última dinastia assíria, 722 – 609 a.C.) foi o Deus dos Combates. Sua origem, entretanto, parece estar localizada em antigos cultos naturistas – quando foi considerado, entre os sumérios, o Deus da Fertilidade que presidia as cheias dos rios graças às quais havia vegetação. Seu símbolo, nesse período, era a charrua. Entre os assírios, foi simbolizado por armas. Nele estão confundidas outras divindades: INSHUSHINAK, ZABABA, dentre outras. Parece ter tido, também, mais de uma Deusa como esposa: BABU, NINKARAK e GULA são algumas delas.

NUSKU: Relacionado ao Fogo é o Deus da Chama. Representa o Deus sumério GIBIL. Seus devotos rendiam-lhe graças continuamente, uma vez que, sem fogo, os sacrifícios não seriam consumidos. As origens remotas desse Deus parecem estar localizadas no Paleolítico – entre um e dois milhões de anos atrás, período em que os homens e mulheres aprenderam a dominar o fogo.

O

OANES: Seu mito de origem afirma que saiu do mar Eritreu. Possuía metade de seu corpo em forato de peixe e metade em forma humana; e duas cabeças – estando a de homem abaixo da cabeça de peixe. Vivia entre os seres humanos sem nada comer. Ensinou-nos as letras, as artes, a agricultura e as ciências. Diariamente, ao por do Sol, Oanes retornava para as águas. Surgiu, pela primeira vez, nas proximidades da Babilônia.

S

SALA: “A Dama da Espiga” era esposa de ADAD.

SAMAS (SHAMESH, SAMASH): Era o Deus Sol chamado, em sumeriano, UTU. Foi filho do Deus LUA. Era o Sol da Manhã, benéfico, que aquecia a terra, alimentava as plantas, dispersava a escuridão e afastava os maus espíritos. Todavia, à medida que traçava seu curso ao passar das horas, Samas deixava de ser um benfeitor dos entes humanos: seu calor queimava as plantações. O Sol do meio dia gerava, entre os homens, ataques de insolação e disseminava doenças. Samas se transformava em Nergal e este passava a espalhar as doenças que geravam a morte. Sem a morte, o Aralu não seria abastecido. O “inferno” mesopotâmico era “o mundo dos mortos” (e não o reino de Satanás e morada de espíritos malignos, como ensina o sacerdócio cristão). Os povos que o conceberam ou acessaram acreditavam que o Sol via todas as coisas, envolvia todos os espaços com sua Luz – por isso Samas, em uma concepção mais antiga, foi considerado o Deus da Justiça. As leis promulgadas pelos governantes eram colocadas sob Seu Patrocínio. Em período posterior, Samas foi considerado pai de QUITU (“Direito”) e MESARU (“Justiça”). Sua Esposa era a Deusa AIA, a respeito da qual quase nada se sabe. O culto às Deusas parece ter sido consideravelmente obliterado pelo culto às divindades masculinas.

SEMÍRAMIS: Possível rainha assíria, semideusa, filha da Deusa DÉRCETO ou DÉRCETIS. Tendo sido abandonada por sua mãe, Semíramis foi escravizada. Um general de um líder chamado Nino, fascinado por sua beleza e pressentindo sua genialidade, tomou-a por esposa. Nino, por sua vez, impressionado com a coragem de Semíramis durante o ataque de um povo invasor, retira-lhe de seu marido e casa com ela. Semíramis passou a controlar seu novo marido – pedindo-lhe, inclusive, que a concedesse, por um simples momento, o poder total da realeza. Tendo cedido a sua instância, Nino foi massacrado. Mesmo assim, geraram um filho chamado Nínias. Graças à semideusa, Babilônia cresceu em força e beleza (os “Jardins suspensos da Babilônia” teriam sido erguidos sob sua orientação). Dominou a Armênia, a Arábia, o Egito, uma parte da Etiópia e da Líbia – fracassando apenas ao tentar confrontar a Índia. Possivelmente, seu filho a tenha matado. Semíramis reinou por 43 anos – passando a ser adorada pelos assírios sob a forma de pomba: afirmavam que, quando criança, após ter sido abandonada, foi criada por pombas; e que ao morrer, ascendeu sob a forma desses pássaros. Embora outras tradições tragam histórias distintas, esta parece ter sido a mais difundida.

SHATARAN: Encontrei apenas o nome dessa divindade.

SIN (em sumeriano ENZU): Deus Lua, Senhor do Saber. Ao lado da crença que localizava em Apsu a morada do Saber, coexistia o credo de que o Saber estava localizado no Céu. Era o Deus Lua que regulava o curso dos meses e a regularidade do curso lunar fez com que Sin fosse relacionado com a Ordem e a Sabedoria. Era imaginado como um homem maduro de barbas compridas. Para a população mesopotâmica, o crescente lunar era a barca em que Ele percorria o Céu.

SIRRUSCH: O Dragão da Babilônia. Ente sagrado para os Deuses – inclusive para Marduk. Era um quadrúpede, de pernas altas, com o corpo coberto de escamas, pescoço longo, cabeça de serpente, olhos grandes e língua bipartida. Tinha um chifre no meio da cabeça.  Alguns historiadores acreditaram que os sacerdotes babilônios pudessem ter criado um réptil que era exibido à meia luz, no interior de um templo, apresentando-o como se fosse um dragão.

T

TAMUZ: Entre junho e julho, o “Mês de Tamuz”, os mesopotâmicos realizavam festas em honra a este Deus. Era um Deus da Vegetação, cultuado até o primeiro milênio antes de Cristo. A partir de então, foi sendo esquecido – até o momento em que os gregos o adotaram e vivificaram sob o nome de ADÔNIS (adaptação do termo semita ADON que também quer dizer “Senhor”). Sua morte era celebrada nos períodos de estiagem.

U

UTU: O Sol em Sumério. O mesmo SAMAS.

Z

ZABABA: O mesmo NINURTA.

ZU: Pássaro também conhecido como ANZU e IMDUGUD.


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