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20 de agosto de 1987 e.v.:
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
A passagem do tempo e a influência do texto original desta carta sobre o Romanismo viram o surgimento da assim-chamada “Teologia da libertação”, Para os incautos, pode parecer que a Igreja Romana está melhorando. Depois da chacina impiedosa dos militantes comunistas nos movimentos populares de reforma agrária (chacina organizada e executada pela direita católica romana brasileira), este movimento, infiltrado de padrecos e outros “pastores” crististas (firmemente apoiados pelo sionismo, diga-se de passagem!), agora reivindica reformas através de “missas” e “procissões”. Dirigentes marxistas, como Fidel Castro, fazem ruídos de tolerância contra para com o romanismo “reformista” que se propagandiza como “amigo e defensor dos pobres”.
Os teologismos de Leonardo Boff e “Frei Beto”, entre outros, parecem bastante plausíveis àqueles cuja capacidade de raciocínio é rudimentar – como, após um quarto de século de cuidadosa lavagem cerebral, soe serem a maioria dos latino-americanos. A Igreja Romana espertamente promove esses e outros pseudo-dissentes através de bem propagandizadas “censuras” e “punições”.
Esta mesurada dança de batinas esbarra, entretanto, contra várias rudes verdades. Do ponto-de-vista material, duas estatísticas falam: primeiro, que a Igreja Romana é o maior proprietário de imóveis do Brasil (sempre atrás de testas-de-ferro, “irmandades”, etc.); segundo, que mais de setenta por cento dos brasileiros não moram em casa própria.
Do ponto de vista psicológico, a “Teologia da Libertação” em nada muda o defeito fundamental do Romanismo: em nada ataca, em nada atinge o Credo de Nicéia. A finalidade dessa “teologia liberadora amiga dos pobres” é simplesmente tornar o romanismo aceitável aos marxistas, que já controlam metade do globo, e estão gradualmente conquistando, pelo menos ideologicamente, a outra metade. Ultimamente, o que o Vaticano de seja é o que sempre desejou: total controle do poder político e econômico em todo o mundo e total restrição da vida moral e intelectual da humanidade. A “Nova Teologia” é tão “nova” quanto a “Nova República”.
Um famoso “médium” brasileiro, autor de muitas obras “psicografadas” assinadas com os nomes de gênios literários falecidos, tanto de nosso país como de outros, recentemente comentou candidamente a uma admiradora que às vezes ele duvida da verdade do que faz; mas que, como a maior parte do dinheiro que ele angaria é dedicado à caridade, ele acha que faz mais bem do que mal aos seus semelhantes.
Esta opinião tem sido ecoada por muitos charlatões através dos séculos; entre outros aquele que disse “Quanto nos ajuda esta fábula de Cristo!”. Ocorre, entretanto, que os fatos da natureza não podem ser mudados pela ilusão humana. O bem-estar social não nasce da mentira: a “caridade” praticada com uma falsidade como base produz apenas mais gerações iludidas; os últimos quinze séculos, dominados pelo cristismo, deveriam servir de lição – e servem aos brasileiros verdadeiramente inteligentes, e verdadeiramente interessados no bem-estar e prosperidade da nação. Um escravo bem nutrido ainda é um escravo; e que está disposto a trocar a sua liberdade por um falso conforto não é um ser humano: é um bípede implume de Diógenes, ou um macaco falante de Kipling, ou um homem baixo de Aiwass.
Quanto ao sionismo, o motivo por que auxilia o cristismo é muito simples: os sionistas e o Vaticano formam juntos o maior poder financeiro do assim-chamado mundo “capitalista”. O propósito da “Teologia da libertação” é exatamente análogo ao da “T.F.P.”: proteger as enormes fortunas multinacionais da nacionalização e da socialização que elas têm invariavelmente sofrido nos países marxistas. Agora, como antes, a religião continua sendo o ópio das massas e a garantia dos ricos. E no que concerne ao judeo-cristianismo, “teologias da libertação” têm como finalidade simplesmente prolongar essa garantia através dos séculos.
Enquanto não abandonar publicamente e definitivamente o Credo de Nicéia, a Igreja Romana não mudará, e o cristismo continuará. Não se elimina causas atacando os seus efeitos; nem mesmo quando o ataque não é fingido.
Amor é a lei, amor sob vontade.
PARZIVAL XIº
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