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Shri Gurudeva Mahendranath (Dadaji)

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Sua Santidade Shri Gurudeva Mahendranath (Dadaji) nasceu em Londres em Abril de 1911. Desde sua tenra juventude ele tinha um profundo interesse pelos padrões ocultos e espirituais do mundo. No início dos seus vinte anos ele veio a conhecer o infame (sic) Aleister Crowley, cuja hipérbole agitou e enfureceu a Fleet Street nos anos vinte e trinta.

O conselho de Crowley ao jovem buscador era simples – vá para o Oriente para aprender mais sobre os padrões de ocultismo e sabedoria que lá floresceram desde as eras pré-cristãs. Entretanto, a Guerra Civil Espanhola – na qual Dadaji lutou contra os fascistas como membro da Brigada Internacional – e a Segunda Guerra mundial intervieram.

Era 1949 quando Dadaji partiu das costas da Bretanha para chegar, sem um níquel, em Bombay. Lá ele foi apresentado através de um mútuo reconhecimento à um sadhu do culto Adinath. Os Naths foram uma vez muito numerosos e influentes na Índia; existem nove sub-seitas, uma das quais é o culto Adinath. ‘Nath’ é o termo Sânscrito para ‘Senhor’ e é um epíteto de Shiva, o Senhor do Yoga. Os iniciados tem os seus nomes terminados em ‘nath’.

Um dos iniciados Nath – Goraknath – criou ou reintroduziu o Hatha Yoga no Século 11. O culto Nath também foi responsável por obras tais como o Hatha Yoga Pradipika e os Shiva e Goraksha Samhitas.

O sadhu apresentado à Dadaji era o último Adinath Yogi remanescente em toda a Índia, e era também o Adiguru ou mantenedor da linha sagrada da tradição. Diferentemente de algumas das outras seitas dos Naths o principal interesse do Adinath era o Yoga de libertação das restrições das condições de vida, e tornar-se livre da Roda do Samsara ou morte e renascimento. Dadaji foi iniciado como um sannyasi pelo Adiguru Lokanatha, tornando-se assim o primeiro cidadão inglês a se tornar um sadhu.

Um sadhu pode fazer apenas três exigências: por abrigo – a sombra de uma árvore; como vestimenta – trapos. Para comida – pedaços de sobras. Estas condições nos tempos anteriores ajudavam o buscador da sabedoria à perceber a natureza transitória e finalmente inútil do apego.

Nisto os sadhus emulam a figura do Guru de toda a Índia, o Senhor Dattatreya. Datta é o fundador e espírito guardião legendário de muitas senão da maioria das sub-seitas Nath. Ele representa um ser humano que se libertou dos três gunas ou fios da filosofia hindu a partir dos quais se diz que todo o tecido do Cosmos é costurado. Por este motivo ele é sempre retratado como um homem nu com três cabeças e seis braços para representar a Trindade de deuses hindus, Brahma, Vishnu e Shiva.

Pelos próximos trinta anos Dadaji caminhou pelo Sudeste Asiático como um sannyasi sem um centavo. Suas viagens o levaram ao Butão, onde ele foi iniciado na Seita Kargyupta do Lamaísmo Tibetano. Ele também viajou para a Malásia onde se tornou um sacerdote Taoísta e estudou o I Ching, e para o Ceilão, onde ele foi durante um período um Bhikku do Budismo Theravada.

Talvez possa parecer estranho que um sannyasi de uma tradição hindu pudesse também se tornar um lama, um bhikku e um sacerdote, porém como a maioria das tradições Orientais reconhecem apenas a sinceridade em um aspirante por sabedoria e conhecimento não existe contradição essencial no fato de uma pessoa ter mais de um guru ou guia ou em procurar onde quer que uma busca pessoal possa levar.

Durante as andanças de Dadaji pela Índia, ele conheceu e foi iniciado pelo último Guru sobrevivente dos Uttara Kaulas dos Tantricos do Norte. Ele também se tornou um iniciado do culto do Sahajiya Nu de Benares.


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