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Denominações Luciferianas

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por Lilith Ashtart

ESTE TRECHO FOI RETIRADO DO LIVRO “LUX AETERNA”

O LUCIFERIANISMO E O TEÍSMO

Dentro do luciferianismo teísta encontramos a crença na existência de deuses, seja ela politeísta ou henoteísta. A filosofia monoteísta como utilizada classicamente nas religiões dificilmente poderia ser encontrada aqui, pois determina o cumprimento de normas rígidas sob forma de mandamentos divinos que direcionam a conduta dos fiéis, privando-os de questionarem-se sobre tais ações. Havendo um único deus, nega-se a divindade latente às suas então denominadas criaturas, inferiores e servis. Somado a isso ainda pode haver a concepção de predestinação e salvação externa ao indivíduo, o que lhe dispensa qualquer esforço, já que a vontade final de deus é que será cumprida. Suas particularidades são reprimidas ao englobá-los em um grupo homogêneo para o qual é determinado um código moral a seguir, o que contradiz a alma da filosofia luciferiana, que se encontra no progresso do espírito humano, sendo o final desta jornada o alcance da unidade indivisível de homem
e Deus, condição anterior e eterna.

Ao contrário doque se poderia pensar, então, não há um culto a Lúcifer como a maioria das religiões cultua seus respectivos deuses. Ele não é aceito como um deus acima dos homens, e por isso inalcançável a estes, mas como um deus do qual carregamos a essência dentro de nós. Lúcifer antes de tudo é cultuado no próprio adorador, que descobre a própria divindade em si mesmo.

Outro fator importante é que, embora Lúcifer seja o nome concedido a esta força criadora, os luciferianos sabem que em verdade ela não possui nome e que qualquer aspecto que nós possamos atribuir a ela corresponde apenas em partes  como  conseguimos  concebê-la através de nossa limitada racionalidade e percepção humana, o que não reflete o que é em sua realidade, pois este conhecimento ainda é inacessível me nossa escala evolutiva. Mas que, ainda assim, é u pequeno vislumbre que possuímos para ser utilizado como referencial em nossas buscas neste plano, que é no qual habita devemos nos focar em atingir o potencial máximo aqui possível.

Os luciferianos teístas aceitam a revelação de entidad metafísicas a indivíduos que teriam como  missão  re-glaistreá passá-las  através  de  textos  e  instruções  auxiliares  aos  se semelhantes para ass-ilsotis em sua evolução.

Dentro do teísmo podemos encontrar conceitos mais restritos e definidos da relação deus/universo expostos em religiões como o
panenteísmo que defende que, apesar de tudo estar contido em deus (ou nos deuses, quando em identificação com o politeísmo)
sendo parte dele, deus transcende a toda a criação. São aqueles que
acreditam no “Deus dos inumeráveis números, que cria os próprios
membros, que são os deuses”, porém, sem perder sua unidade.

Em oposição a esta ideia se encontra o panteísmo, que identifica
o universo exatamente com a divindade, que se encontra em tudo
que existe. Algumas culturas politeístas abordam este conceito
dividindo o Universo em aspectos individualizados atribuídos para
cada divindade, que representaria a manifestação de um elemento
ou força natural. Aqui não há a crença em um criador isolado, já
que tudo é manifestação divina, autoconsciente e responsável por si
mesma.

O LUCIFERIANISMO E O DEÍSMO

É uma postura filosófica religiosa que admite Lúcifer como
divindade, porém recusa qualquer revelação divina encontrada em
livros sagrados escritos ou recebidos por humanos em virtude de
suas condições questionáveis e subjetivas, já que tal registro estaria
sob a influência da interpretação do indivíduo que a recebeu, sendo
apenas válida a ele. Não há verdade absoluta para o deísta. Ele é um
livre pensador que constrói seus valores pessoais através do
raciocínio lógico empírico e não pela imposição de alguma
autoridade

Sem um livro sagrado, os deístas desprezam qualquer religi fundamentalista e organizada, crenqduoe apenas a razão é capaz de nos assegurar a existência de uma força superior. Sua realid poderia ser constatada, visto isso, nas leis naturais do Universo e influência sobre nós, estudadas pela ciência. Por isso é defendida por este segmento de de modo tão intenso a união entre religião e ciência.

Nesta visão Lúcifer é considerado muitas vezes como a própria fonte de energia ilimitada responsável pela criação, sem, contudo, exercer qualquer tipo de influência sobre ela.

O deísmo teve seu florescimento principalmente no Iluminismo, e deu origem às correntes religiosas sincréticas como o pandeísmo (deísmo + panteísmo) e o panendeísmo (deísmo + panenteísmo). O deísmo teve seuflorescimento principalmente no Iluminismo, e deu origem à correntes religiosas sincréticas como o pandeísmo (deísmo + panteísmo) e o panendeísmo (deísmo + panenteísmo).

A filosofia de Plotino pode ser bem colocada aqui, já que segundo ela o mundo emana de um deus primal (Lúcifer), através de graus e a Ele se eleva e retorna, pois acredita que sendo uma emanação de Lúcifer, se torna UM com Ele, sem nenhuma intervenção divina, já que deus teria apenas criado o mundo e dado a todos os seres as capacidades necessárias para sobreviverem e evoluírem por si mesmas.

Os rituais são de grande importância para os luciferianos em geral, independente de sua denominação. Isso porque, como será ressaltada em capítulos futuros, a finalidade ritual é adentrar estados psíquicos específicos e muitas vezes dificilmente experimentados, independente do arquétipo utilizado ser particularmente aceito apenas como uma idéia ou não. É através dele que o praticante experimenta de forma mais profunda este contato entre ele e o divino interior, vislumbrando o que ele mesmo um dia será através de suas buscas

O LUCIFERIANISMO E O AGNOSTICISMO

O luciferianismo agnóstico é aquele que não crê que os deuses possam ter provada ou negada sua existência, acreditando este ser um conhecimento incognoscível à capacidade de entendimento humana, e por este motivo, ser um problema insolúvel.

É totalmente errôneo atrib-luoí como um sinônimo de ateísmo ou simples falta de crença. O agnosticismo apresenta em verdade uma postura intermediária entre o ateísmo e o teísmo. O termo deriva do grega ognôstos(desconhecido), demonstrando que não há nenhuma ligação quanto à inexistência, mas sim à recusa de se pronunciar sobre a realidade ou não de uma existência divina.

A diferença entre os agnósticos fideístas e os agnósticos ateístas reside somente na questão de se ter fé ou não nesta força divina,apmobisos admitem não terem provas de sua realidade ou ficção.

Deste modo, o luciferiano agnóstico reconhece a limitude da aparência dos fenômenos como captados pelos sentidos humanos e não se permite aprisionar na fuga para uma realidade  desconhecida  e,  ptaonrto,  duvidosa,  que  apenas  viria  a  empobrecer  seu autoconhecimento, este sim possível de se obter desde que realmente desejado e perseguido. Esta finitude humana impediria a descoberta do Cosmos em sua totalidade, deixando que informações talvez necesasásrni ão fossem adquiridas.

Immanuel Kant, uma das inspirações para o surgimento do agnosticismo, afirmava que não era possível o conhecimento de Deus, mas que a idéia de sua existência era algo prático para a humanidade.

O LUCIFERIANISMO E O ATEÍSMO

 Os luciferianos ateus são aqueles que não crêem na existência de deuses, negando o teísmo em suas variadas formNasã.o há crença em um deus primal, sendo o homem visto como seu único deus, seu próprio princípio e fim, seLnúdcoifer visto apenas como um arquétipo.

É uma procura pelo verdadeiro “self”, sem se utilizar a idéia de alguma divindade por detrás dele,contendo aspectos extremamente humanistas. A procura pela sabedoria neste caso também é com o intuito de se tornar um deus, porém no sentido de se tornar algo além do comum, seu próprio Senhor através do conhecimento de si mesmo. A idéia de continuação deuma vida após a morte não se encontra em uma suposta outra dimensão, e sim na imortalidade de suas obras e atos.

Não havendo a crença em algo além do aqui e agora, os rituais realizados pelos ateus tendem a se concentrar apenas no princípio do treinamdeanmtoente e do conhecimento

do inconsciente, fundamentan-odso nos métodos da psicologia. A ritualística é, assim, utilizada apenas para este propósito em situações especiais que poderiam-lar.equerê

Nietzche, uma de suas principais influências, afirma qcurieação de Deus pelo homem ocorreu para compensar sua miséria, fornecendo um escape do mundo real no qual ela se encontra. Sendo assim, a humanidade incorporaria em si todos os vícios e fraquezas, enquanto que o lado virtuoso e potente seria atribuDídeousa, atraindo os homens a aspirá-lo e repudiarem a si mesmos.

O cristianismo foi por ele intitulado como a maior das blasfêmias, uma doença mortal para o espírito humano, o afastando da vida como condição de salvação da alma. Por isso a aspiração por uma humanidade nova, formada por super homens, indivíduos que são ao mesmo tempo o salvador e aquele que é salvo. Em suas palavras: De fato, nós filósofos e “espíritos livres” sentimos-nos, à  notícia de que “o velho Deus está morto”, como que iluminados pelos raios de uma nova aurora”

No luciferianismo, independentemente de sua influência filosófica e/ou religiosa, Lúcifer jamais é interpretado como sendo a personificação absoluta do mal. Tal visão cairia necessariamente na aceitação e validação do dogimstaãocrcom suas alegorias sobre a existência de um salvador externo ao próprio indivíduo e da repreensão de escolhas devido a uma dicotomia moralmente estabelecida. Ele é aceito como a representação da totalidade.

O que são os opostos senão complementosi dmeesmos?Por que repudiar um e adorar a outro?

Talvez os opostos mais polêmicos sejam o bem e o mal, devido à grande ênfase dada a estas forças por vários sistemas religiosos. O dualismo é a maior prova da ignorância dos sistemas monoteístas, onde hánfcloito entre a Luz e as Trevas, entre a carne e o espírito, onde o triunfo do deus do Bem só ocorrerá após a eliminação do mal. Esqueçamos o conflito entre estas duas forças, tão amplamente pregado por diversas filosofias. Pensemos ao invés deste conflito em uma harmonia, que traga o equilíbrio: estas forças existem e podem exercer influência sobre nós apenas até serem confrontadas e conseguirmos transcendê-las. O bem e o mal são dois aspectos de um só ato; estão presentes dentro de cada um de nós e em toda natureza. As polaridades antes de se chocar, se atraem, acabando por se completar e levar ao equilíbrio, e é aí que está sua importância. O homem não pode evoluir praticando apenas o bem, assim como praticando apenas o mal. Isto porque o bem e o mal são relativos, conceitos que mudam no tempo, em diferentes ocasiões e até mesmo de filosofia para filosofia. Só conseguiremos reconhecê-los ao vivenciá-los. Nunca devemos nos esquecer que todos somos seres únicos nesta esfera causal, assim como nas próximas até atingirmos a esfera do equilíbrio e plenitude, e por isso possuímos experiências, pensamentos, percepções e concepções únicas também. Afinal “todo homem e
toda mulher é uma estrela”, e todas as estrelas juntas formam apenas um ser maior, o Cosmos, ou o próprio princípio criativo.


Lilith Ashtart é psicóloga, taróloga, escritora, pesquisadora e praticante de ocultismo e LHP. Editora da publicação aperiódica Nox Arcana. Autora do livro Lux Aeterna


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