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Tudo o que você já sabia sobre Deja vu

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Déjà vu é uma sensação psicológica de que você já passou antes por uma dada situação, já esteve em algum lugar ou já conhecia uma determinada pessoa antes de que estes eventos tenham de fato acontencido cronologicamente. É uma expressão francesa que significa literalmente “Já vi isso!”. Da mesma forma que é impossível se explicar a um daltônico o que é a cor verde, trata-se de uma experiência psicológica impossível de ser satisfatoriamente explicada para quem nunca passou por ela.

Déjà vu é uma sensação psicológica de que você já passou antes por uma dada situação, já esteve em algum lugar ou já conhecia uma determinada pessoa antes de que estes eventos tenham de fato acontencido cronologicamente. É uma expressão francesa que significa literalmente “Já vi isso!”. Da mesma forma que é impossível se explicar a um daltônico o que é a cor verde, trata-se de uma experiência psicológica impossível de ser satisfatoriamente explicada para quem nunca passou por ela.

Ok, agora você sabe do que estamos falando. Embora aqui você tenha realmente passado pela mesma situação duas vezes, a sensação de Déjà vu é exatamente a mesma. Só que com uma variante: imagine você pedir pela primeira vez um sanduiche de ciruelitas roxas grelhadas; agora imagine que logo que pediu, você já sabe o gosto que o sanduiche vai ter, sem nunca ter provado. Fica pior, você sabe exatamente o gosto do sanduiche que acabou de pedir e que o cozinheiro nem começou a fazer. A pessoa que experiencia um déjà vu o faz desta forma, como se acontecesse de trás para frente. Você tem a clara sensação de já ter experienciado algo, ou seja está experienciando a coisa pela SEGUNDA vez, mas não sabe quando foi a primeira.

Lugares, rostos e eventos inéditos podem soar extremamente familiares e em algumas situações você pode jurar que poderia ter previsto com exatidão quais as próximas palavras seriam ditas. Na sua cabeça um evento surge como se fosse uma memória, embora esteja acontecendo agora e você não tenha uma memória anterior dele. Como se isso não bastasse a experiência é tão rápida que você logo duvida desta certeza pois não tem nenhuma prova concreta de que aquilo já tivesse acontecido antes, não há uma memória. Mas se você parar para pensar, também não tem nenhuma prova concreta de que ficou com febre mês passado, mesmo que tenha ficado. Ou seja, sabe quando quer lembrar o nome de uma música e ele fica na ponta da língua, mas não vem nunca? É parecido, mas pior. É como ter algo na ponta da língua, sem ter uma língua em primeiro lugar.

O que mais incomoda ao experimentar o Dévà vu é que, embora você saiba que passou duas ou mais vezes pelo mesmo evento não há nenhum registro em sua memória capaz de localizá-lo no passado. Nos acostumamos a classificar acontecimentos em ordem cronológica em nossa mente, de uma forma quase espacialmente disposta em prateleiras. Às vezes basta evocarmos um nome e a memória relacionada nos vêm a tona. As vezes temos que nos esforçar mais para lembrar quem começou uma briga. Mas o Déjà vu desafia esta organização ao apresentar um evento que não pode ser encontrado em lugar nenhum.

Variações do Deja vu

O déjà vu atormenta tanto as vítimas quanto os estudiosos, o que fez com que tentassem isolar as diferentes áreas de atuação dessa não memória para buscar onde a “falha” pode ter sua origem. Aqui estão as principais dentre elas.

Déjà vécu

Significa literalmente ‘já visto’ ou ‘já vivido assim’. A maioria dos relatos de déjà vu referem-se a situações de déjà vécu, mais de 1/3 deles. A experiência de uma sensação relacionada àquilo que estamos dizendo ou fazendo. Olhar ao redor e se lembrar do local ou das pessoas que nos cercam assim como dos objetos presentes. Acredita-se que as pessoas mais afetadas por ele estejam entre os 15 e 25 anos.

Déjà senti

Significa “já sentido”, déjà senti é primeiramente ou igualmente exclusivo para um acontecimento mental, sem aspectos precognitivos, e raramente, permanece na memória da pessoa logo depois. É uma memória sensorial e física.

Déjà visité

É a sensação mais incomum de todas. Quem passa por essa situação, pode, por exemplo, conhecer tudo a sua volta em uma cidade que nunca tenha visitado antes, sabendo que nunca esteve lá antes. Para diferenciar o dejà visité do dejà vécu, é importante identificar a causa da sensação. Déjà vécu é uma referência a ocorrências e processos temporais. Enquanto déjà visité tem mais ligações a dimensões geográficas e espaciais.

Explicações Possíveis para o Deva vu

Durante uma vida toda nos deparamos com vários destes espaços flutuantes de memórias. Como é costume no modelo científico, rotulamos o fenômeno com um nome descritivo e fingimos que ele está explicado. Matéria escura, DNA-Lixo, Gravidade, Deja vu.

Nosso cérebro é uma entidade complexa. Ele permite que nossa memória tridimensional se organize em padrões holográficos complexos. Uma memória em particular pode entrecruzar com outras em uma rede intrincada. Estudos mostram por exemplo que quando tentamos lembrar o nome de alguém, ativamos nossas memórias dos rostos destas pessoas em uma parte do cérebro enquanto que ao mesmo tempo acionamos uma outra parte da massa cinzenta para lembrar de seu nome. Nós não temos simples dados soltos que brilham quando pensamos neles, todos estão dispostos em conjunto, basta se lembrar da época da escola, é mais fácil se lembrar de uma sequência de 12 letras ou de uma frase complexa, para então deduzir das palavras códigos e desses códigos uma sequência de 12 letras? Na escola era muito comum se decorar a frase “hoje li na cama Robinson Crusoé em francês”, essa frase então era transformada em Hoje LI NA Kama RoBinson CruSoé em Francês” e então decodificada para H, Li, NA, K, Rb, Cs, Fr. E voilá, temos a primeira coluna da tabela periódica com os elementos Hélio, Lítio, Sódio, Potássio, Rubídio, Césio e Frâncio. Bizarro, mas é assim que nossa mente funciona.

Agora como sabemos que parte dela precisa ser acionada para que as memórias comecem a ser acessadas ainda é um mistério. E onde fica uma lembrança quando ninguém se lembra dela?

Para sermos honestos ainda não temos nenhuma explicação racional para este fenômeno.

  • Algumas pessoas serão rápidas em afirmar que trata-se de memórias perdidas de vidas passadas.
  • Algumas pessoas dirão que por uma falha no cérebro armazenemos fatos triviais na memória de longo prazo, causando uma ilusão temporal.
  • Algumas pessoas dirão que temos muitas encarnações simultâneas em outras dimensões e às vezes uma memória escapa de uma dimensão para outra.
  • Algumas pessoas dirão qe trata-se de uma falha no mundo de ilusão em que vivemos.
  • Algumas pessoas dirão que não é algo relacionado ao passado, mas a uma memória do futuro.
  • Algumas pessoas dirão que isso é causado por demônios que querem nos confundir com ilusões.
  • Algumas pessoa dirão que você está mentindo.

Nenhuma destas explicações pode ser refutadas. Nenhuma é mais ou menos racional do que outra. Por isso, qualquer um que defender qualquer uma destas explicações deve também satisfatoriamente refutar todas as outras alternativas. A não ser é claro que a causualidade seja também uma ilusão. Neste caso tudo pode ser explicado de formas diferentes e até opostas. Ironicamente, se a causualidade for uma ilusão então não precisaríamos de razão alguma para lembrar de qualquer coisa.

Tamosauskas


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