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Alan Moore em como seu novo Cthullu é cômico como (e ao contrario) Watchman

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Então Watchman é este trabalho inaugural em quadrinhos certo? Ele tomos nossa sensibilidade a capas e meias e transformou-os para sempre em seu ouvido. Sem Watchman, quem sabe o que seria dos quadrinhos hoje? Poderíamos ter revertido para sorrir como Bob Kane – ao estilo Batman! Mas não o fez, e nós temos que agradecer a Alan Moore.

 

Enquanto isso, os mitos de H.P Lovecraft meio que vivem em seu próprio mundinho. Muitas luas atrás, suficientes colegas escritores do gênero trabalharam apoiando Lovecraft, chegando com todos os tipos de criaturas antigas, de criação da loucura. Mas eu penso que se estamos sendo honesto, o estilo Lovecraftiniano meio que tem definhado ao longo dos anos. Não que as pessoas não escrevam, é que nunca teve aquele momento que redefina Watchman.

E não é que Alan Moore nunca escreveu neste estilo; no passado nos ainda recomendamos sua historia “Allan and the Sundered Veil”.  E nos últimos anos, Moore também fez uma serie de quadrinhos chamada “Necronomicon” que definitivamente tinha o toque do tentáculo Lovecraft nele.

 

Mas nenhuma dessas histórias fez o que o Watchman fez tão bem – redefinir um gênero para sempre. Mas agora Alan Moore esta trabalhando no que de certa forma, é um seguimento “Neonmicon”, chamado “Providence”. E isso parecer ser um artigo genuíno. Alan Moore falou com o “The Beat” sobre isso recentemente, e o que ele tinha a dizer nos deixou muito animados. Veja isto:

 

… Com “Providence”, o que estou fazendo, olhando tanto a sociedade norte-americana em 1919, tanto quanto estou olhando Lovecraft, nos termos da minha pesquisa, e estou me conectando com os temas de Lovecraft e sua personalidade, a certo ponto que as tensões foram incrivelmente se evidenciando na sociedade americana. Assim não há o elemento do mesmo, mas a quantidade de pesquisa a qual estou fazendo dentro da América de 1919, na cultura “gay” da América de 1919, na forma que a sociedade americana estava começando a formar correntes em torno disto, e a pesquisa sobre os lugares reais, pois isto é definido em uma América de verdade – não existe Arkham nele, não existe Innsmouth, mas há verdadeiras localizações que eu acredito que são “sites” coerentes para as historias de Lovecraft aonde eu ligo. Significa que, por exemplo, com a edição de quatro, eu tenho acumulado um material enorme de referencia relativo à cidade de Athol, em Massachusetts. Eu sei mais sobre Athol, provavelmente, mais do que as pessoas que por lá vivem. Nós temos toda historia da cidade e a sua atual situação, os mapas de diferentes períodos – eu estou fazendo meu melhor para fazer tudo absolutamente autentico.

 

De modo que é muito promissor. Esta noção de realmente fazer a pesquisa e realmente compreender a realidade desse mundo que Lovecraft estava tentando retratar, poderia realmente dar a “Providence” uma vantagem que outras histórias contemporâneas de Lovecraft às vezes falta. Quanto a comparação com Watchman…

 

É obvio que é um animal completamente diferente de qualquer coisa como Watchman, mas não é este o ponto de semelhança. Começa a partir de – se os personagens de Lovecraft, se os monstros, se os locais de Lovecraft realmente existiram em um mundo real, então o que eles realmente são e como seria o mundo? Então é a mesma premissa, mas isso esta me levando em algumas direções novas interessantes.

 

Portanto você tem isso – Alan Moore esta se aproximando de “Providence” com o mesmo zelo e paixão que ele teve com Watchman. Não será o mesmo (pois nada pode ser), mas a perspectiva de Moore é revigorar os mitos Lovecraftiniano, nos fazendo salivar e ficar esperançosos de que isso ira significar um novo amanhecer para o velho Cthullu e o resto de seus amigos assustadores.

Trad. por Carolina Rezende – Hécate


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