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As Bacantes ou Mênades, as furiosas, as impetuosas; mulheres tomadas de paixão por Dionísio e entregues a seu culto com tamanho fervor, que por vezes chegavam ao delírio e à morte. Em relação aos gregos, pode-se ler sobre esse tema na tragédia de Eurípedes, As Bacantes, e, em relação aos romanos, a descrição dramática de Tito Lívio (XXIX, 8-9). Deu-se às suas estranhas práticas, difundidas ao longo do contorno da bacia mediterrânea, o nome de ‘orgiasmo’ (celebração de orgias e mistérios, sobretudo no culto de Dionísio) ou ‘menadismo’.
Certas cenas não poderiam deixar de evocar as famosas descrições médicas de histeria. Sob muitos aspectos, o delírio das Bacantes, com os movimentos convulsivos e espasmódicos, a flexão do corpo para trás, o descaimento e o agitado movimento da nuca, faz lembrar as afecções neuropáticas devidamente descritas hoje em dia e que implicam o sentimento da despersonalização, da usurpação do ego por uma pessoa estranha, aquilo que é precisamente o entusiasmo na Antiguidade (i.e., exaltação ou arrebatamento extraordinário daqueles que estavam sob inspiração divina, como as sibilas etc.), ou seja, a possessão (SECG, 292). Elas simbolizam a embriaguez de amar, o desejo de serem penetrada pelo deus do amor, como também a irresistível influência dessa loucura, que é uma espécie de arma mágica do deus (JEAD)
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