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por T.Q.M.B.E.P.N.
Dentro da Quimbanda todos os elementos são vistos de uma única forma: Energia. O corpo grosseiro e material necessita dos alimentos como fontes energéticas que proporcionarão equilíbrio e movimento além de agirem em todas as funções biológicas. Dentro dos campos astrais os espíritos não necessitam do mesmo tipo de energia que os corpos materiais, porém, quando atravessam os ‘portais que separam vivos e mortos’ necessitam manipular fontes energéticas de diversas naturezas. Todas as oferendas têm fundamentos elementais, ou seja, são feitas para incitar e/ou equilibrar os quatro elementos primordiais (fogo, ar, água e terra) com o quinto elemento: O Espírito. Por tal motivo, após anos de estudos e práticas, percebemos que as oferendas são fundamentais para o ciclo de força de nossos Mestres e para nosso próprio desenvolvimento.
Muitos professam que os espíritos criam “sombras/cópias astrais” desses elementos e se consomem os mesmos nos Campos Astrais. Essa afirmativa é completamente errônea! A forma com que manipulam essas energias se reflete apenas no mundo material e para ações relacionadas à materialidade. Alguns seguidores confundem os Exus com ‘espíritos famintos’, carentes de atenção e suscetíveis a vínculos familiares.
Novamente entramos em conflito com tais ideais, haja vista que para um espírito receber o ‘título’ de Exu necessita estar completamente liberto de todos os vínculos terrenos, inclusive sua própria ancestralidade carnal. Se concebermos Exu como um espírito que se transforma em um Ser irado e causador de danos quando não recebe as oferendas, certamente os conceberíamos como meros ‘sofredores’ astrais presos aos vícios e comportamentos mundanos. O desconhecimento dessa faceta esotérica de Exu faz os leigos acreditarem em uma suposta ‘ira do espírito’ ao invés de compreenderem que a falta de oferendas é algo que dificulta a ação dos espíritos em NOSSAS PRÓPRIAS JORNADAS. Quando não ofertamos energias ao nosso corpo material as consequências são o desanimo, fraqueza, falta de disposição e a dificuldade do organismo se proteger de doenças. Da mesma maneira funciona com Exu, mas com uma grande diferença: jamais ocorrerá um canibalismo interno! Exu não comprometerá sua armadura astral por nada! (Principalmente para suprir nossas dificuldades).
Imaginemos que nossos Mestres (Exus e Pombagiras) fazem o caminho reverso da morte natural burlando o cíclico e escravista Sistema de Reencarnação para adentrarem no mundo material. Esse trajeto de “retorno” tem seus pontos de entrada e saída, porém, não são fontes capazes de alimentar/abastecer os Mestres para seus trabalhos individuais. As oferendas individuais ou em grupo garantem fortes descargas que serão absorvidas pelo espírito e a consequente capacitação magística para determinados atos. Certamente esse é o princípio básico de todas as oferendas da Quimbanda Brasileira.
A Corrente 49 entende que a Quimbanda não é um Sistema e sim uma via evolutiva de mão única. Exu, para nós, não é um mero ‘mercenário astral’, ao contrário, é um Poderoso Mestre capaz de nos indicar caminhos sábios e verdadeiros para que alcancemos a libertação. Nesse sentido são criados laços mais profundos entre o adepto e os espíritos. O interesse de Exu é a transformação dos adeptos para que possam agir no Sistema como ferramentas (lúcidas) de embate (guerra). Toda relação cria um vínculo vampírico, todavia, se existir benefícios em tais conexões se torna extremamente favorável. As oferendas, também são meios de abrandar esse vampirismo energético existente entre as partes, além de ser uma forma de contaminação material.
Ao oferendarmos algo para Exu sabemos que a energia nos beneficiará atenuando os laços vampíricos (em ambas as partes), favorecendo a ação desse espírito em nossas jornadas (física, material, astral, psicológica, mental e espiritual), ampliando a ação material das Legiões e fortalecendo sua ação nos cruzamentos energéticos (pontos de força).
Ao longo do tempo verificamos que cada Legião recebe a energia correta através de determinados elementos unidos. Isso fez com que certos códigos fossem determinados, ou seja, foram criadas “assinaturas” para as oferendas de cada Legião. A questão simples é: “Exu come tudo? ” E a resposta adequada é: “Sim e Não! ”. O que diferencia os Exus de todos os demais espíritos é a ligação e o conhecimento que possuem acerca da natureza humana. Ao contrário do que muitos acéfalos propagam, Exu reconhece cada ato praticado pelos seus ‘filhos’, dessa maneira, quando um adepto não tem condições financeiras de ofertar grandes quantidades energéticas Exu aceitará o que for ofertado. Isso não faz da Quimbanda um culto simplista; apenas adaptável. O seguidor que achar que com uma simples farofa consegue tudo de Exu está MUITO enganado, pois como dito anteriormente, esses espíritos necessitam de fortes descargas energéticas para exercer intervenções incisivas no plano material (relativo a individualidade). Enquanto o adepto não tiver condições financeiras de realizar determinados tipos de oferendas, dedicações simplórias são aceitas e esgotadas ao limite para conceder ao adepto a evolução necessária. A Quimbanda Brasileira é uma via religiosa e magística progressista que luta pela evolução interna de seus adeptos para que possam exterioriza-las conquistando seus objetivos. Assim sendo, o adepto respeitará as ‘assinaturas’ conhecidas pela Corrente e inserirá novos elementos de acordo com o próprio conhecimento e prática pessoal. Isso garante a “reciclagem e a expansão” de toda gnose.
Fonte: https://quimbandabrasileira.wixsite.com/ltj49/necessidade
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