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Rubens Saraceni
1 – Os pontos riscados pelos guias espirituais são espaços mágicos cujas funções lhes são dadas por eles.
2 – Os pontos riscados se servem da escrita mágica sagrada simbólica.
3 – Dentro desta escrita mágica sagrada, os guias servem-se de signos, símbolos e ondas vibratórias que são realizadoras e, assim que são riscados, são ativados e começam a trabalhar.
4 – Existem milhares de ondas vibratórias que formam telas infinitas e das quais são retirados modelos de símbolos e signos mágicos, os quais assim que são riscados e ativados aqui no plano material religam-se a elas que lhes darão sustentação nos trabalhos que serão realizados.
5 – Destas telas vibratórias são retirados símbolos e signos, sendo alguns bastante conhecidos e de fácil identificação e interpretação, enquanto a maioria nos são desconhecidos e praticamente impossíveis de serem identificados e classificados.
6 – Os guias espirituais preferem trabalhar com espaços mágicos fechados ou circulares porque assim suas irradiações ficam contidas dentro do círculo e não interferem com outros espaços mágicos riscados por outros guias dentro do mesmo espaço físico coletivo.
7- A escrita mágica simbólica é tão antiga quanto a humanidade, e têm sido encontrados signos e símbolos em construções antiquíssimas dentro de túmulos e urnas funerárias com milhares de anos de idade, portanto, esta escrita mágica simbólica, usada pelos guias espirituais, não é propriedade da Umbanda e sim é um bem colocado à disposição da humanidade pelos seres espirituais superiores e que dela muitos têm se servido no decorrer dos séculos.
8 – Algumas ordens antiquíssimas criaram, a partir de signos e símbolos, suas escritas mágicas sagradas e cada uma delas serviu-se ou ainda se serve da sua simbologia, que se não é exclusiva, no entanto, tem significado especial e interpretação própria para cada grupo de usuários deste bem coletivo, colocado à nossa disposição por Deus.
9 – Os guias espirituais de Umbanda servem-se de uma certa quantidade de símbolos e signos mágicos que aparentemente é limitada a algumas centenas apenas, pois se podem encontrar pontos riscados de diferentes entidades, a reprodução de símbolos e signos idênticos.
10 – Na Umbanda, manifestam-se através de nomes simbólicos muitos poderes divinos que são em si mistérios, cujas atuações estão voltadas para o crescimento religioso dos seres, e os símbolos riscados pelos guias, nos seus pontos, estão indicando mistérios firmados e ativados por eles.
11 – Até recentemente, todo o mistério da escrita mágica sagrada usada pelos guias espirituais era assunto fechado dentro da Umbanda, e o que tínhamos à nossa disposição eram coletâneas de pontos riscados pelos guias, mas que não nos esclarecia muito porque, apesar de sabermos que eram poderosos e capazes de realizar trabalhos, tudo era muito vago e ficavam sempre pairando dúvidas sobre quando utilizá-los, uma vez que eram de uso exclusivo dos guias espirituais e, só raramente, eles autorizavam seus médiuns a riscá-los para que, sem incorporarem, pudessem ajudá-los nas suas necessidades ou dificuldades.
12 – Faltavam-nos muitas informações que pudessem permitir um aprofundamento neste mistério, e nos faltavam mais informações, que aí sim, o tornaria compreensível por todos.
13 – O que andaram escrevendo sobre os pontos riscados pelos guias incutia receio e medo nas pessoas, principalmente quanto aos pontos riscados das linhas da esquerda, e isso não ajudou em nada o desenvolvimento desta ciência espiritual dentro da Umbanda.
14 – Pelo contrário, alguns autores umbandistas, tal como Emanuel Zespo, chegaram a escrever que só os profundos conhecedores e iniciados na famosíssima, mas desconhecida, LEI DE PEMBA é que poderiam riscar pontos e trabalhar com eles.
Outros como W. W. da Matta e Silva chegaram ao absurdo de coletar uma ou duas dezenas de signos e dizer que eles sim eram a genuína LEI DE PEMBA (sabe-se lá o que isso quer dizer), eram o ponto de raiz, e a partir daí autonomearam-se profundos conhecedores da desconhecida, mas muito famosa, Lei de Pemba, e começaram a desclassificar os pontos riscados usados pelos guias espirituais desde as primeiras manifestações deles na Umbanda, e que vinham ajudando a dar sustentação aos trabalhos realizados dentro dos centros assim como davam proteção aos seus médiuns.
15 – Graças a estes, a magia do ponto riscado não desapareceu por completo dos centros de Umbanda, fato este que privaria a religião deste importantíssimo instrumento de trabalho.
16 – Quanto aos supostos e pseudo iniciados e autonomeados “mãos de pemba”, por desconhecerem os verdadeiros fundamentos existentes por trás dos pontos riscados, seus escritos empacaram e não levaram a lugar algum, e muito menos à compreensão e ao desenvolvimento desta ciência divina. Na verdade, eles atrasaram em 50 anos a abertura deste mistério dentro da Umbanda, quase o levando ao esquecimento.
17 – Leiam e releiam estes escritos destes falsos “mãos de pemba” e verão que eles criaram uma ilusão que não tem fundamento e, por 50 anos, ficaram repetindo e afirmando a mesma coisa: “A Lei de Pemba existe, mas não pode ser revelada aos não iniciados”.
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